sábado, 24 de fevereiro de 2018

Levanto-me cedo


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Levanto-me cedo, dia chegando
Para ouvir o canto dos passarinhos
Que começam a sair dos ninhos
E me apraz ouvi-los cantando...

Levanto-me cedo, manhã gostosa
Ar fresco, leve, limpo e puro
Para ver os animaizinhos no escuro
Esperando pelo raiar da aurora...

Levanto-me para ter mais tempo
De ficar pensando em quem eu quero
Para contar com o seu amor sincero
Que vem a mim trazido pelo vento...

Levanto-me porque é um novo dia
É hora de viver a vida intensamente
É hora de comemorar efusivamente
De vivermos a vida com alegria!

Euclides Riquetti
24-02-2018





Quando a esperança renascer das cinzas


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Quando a esperança renascer das cinzas
E então o  verde corar todos os gramados
Quando as florinhas amarelas voltarem
Nos campos do Sul de céu azulado...

Quando os seus cabelos forem sacudidos
Pelo vento fresco da manhã de solidão
Quando sua voz movimentar os sentidos
E eu poder ouvir a sua doce canção...

Quando no horizonte eu puder vislumbrar
A silhueta imaginária de seu corpo elegante
Quando na noite, de novo,  puder recordar
As linhas doces  e a beleza de seu semblante..

Eu saberei que valeu a pena!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Nas ondas do sonho

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(Tainá Hinckel, na Guarda do Embaú, onde mora,
litoral de Santa Catarina)


Nas ondas do sonho
Ganhei  teu abraço
Um beijo gostoso
Um olhar carinhoso
Depois do cansaço...

Nas ondas do sonho
Enrolaste-me em laço
Entreguei-me de todo
A teu corpo cheiroso
Perdi-me em seus braços!

Mulher carinhosa
Na tarde de verão
Na tarde gostosa
Me atacas fogosa
Roubas meu coração.

E nas ondas do sonho
Me levas embora
Com teus beijos de fogo
De amor e de gozo
Me levas, senhora
Me levas embora.

E eu
Por minha própria vontade
Me deixo levar!

Leva-me
Para algum lugar
Onde possas me amar
E me fazer sonhar.
Leva-me
E não me deixes voltar!

Euclides Riquetti

Partilhar sonhos de luz

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Busque a realização de seus sonhos
Não deixe que nada a  atrapalhe
Busque-os com seu rosto risonho
Pois sem eles a vida pouco vale.

Procure realizá-los com sabedoria
Com a astúcia e a calma necessária
A luta pelos sonhos que contagiam
Não deve ser isolada ou solitária.

Buscar os sonhos mas não deixar
Que eles se sobreponham ao real
Realidade e sonhos,  um belo par
Caminhando juntos em especial.

Quero viver os seus sonhos azuis
Contar na noite as estrelas do céu
Quero viver os seus sonhos de luz
Partilhar sonhos de luz e de véu.

Euclides Riquetti
08-01-2015

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Carnaval acabou, é hora de trabalhar! E de pensar...


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Um dos carros da Escola de Samba Aliança



Minha Coluna no Jornal Cidadela, de Joaçaba, SC, em
16-02-2017:


       O Brasil viveu, nesta semana, mais um de seus carnavais. Chamado de “O Maior Espetáculo da Terra”, realmente se constitui num evento de muita envergadura, chamando a atenção do mundo todo para o Brasil e movimentando fortemente a atividade turística. No Rio de Janeiro, onde se pode presenciar um espetáculo de arte, beleza e muita criatividade, arrastões macularam um pouco nosso carnaval. Uma pena!

       O bom de passarem os dias de carnaval é que as pessoas começam a cair na realidade e a trabalhar de fato. Embora que a marcha ainda leve uns dias para ser engatada e o carro sair andando, pois a semana de calças curtas não é lá muito produtiva, na segunda, 19, todos devem estar aptos a enfrentar sua jornada de trabalho. E, sendo o menor mês do ano, resta apenas uma semana e meia para que fevereiro acabe. Então, digamos que os primeiros dois meses do ano são os meses da enrolação, da pouca produtividade, da pouca produção. Agora, é colocar a mão na massa e agir!

       Nos dias do mês que restam, há expectativas de que se vote a Reforma da Previdência Social. Melhor que deixem para novembro, depois das eleições, quando os políticos passarão a atuar mais com a razão do que na defesa de seus interesses eleitorais. A campanha eleitoral vai oportunizar um grande debate, em que será colocada em cheque a classe política, em razão da corrupção.  E a Previdência Social será um tema bastante em evidência. Até porque será uma forma de os malfeitores mudarem o foco para outra direção.

       E o Carnaval de Joaçaba, que envolveu duas escolas de samba de Joaçaba e uma de Herval d´Oeste, sobreviveu mais uma vez. O jovem Diego Joe Muller tem se constituído num obstinado batalhador para manter o evento em pé. Sou a favor de nosso carnaval, pois acho que, sem ele, nossa cidade ficaria às moscas em janeiro e fevereiro. Perder o carnaval seria um fator contributivo para grande perda de auto-estima. Com menos dinheiro, as escolas foram muito mais criativas. Quem fazia carnaval apenas por interesse, está caindo fora. Virão forças autênticas que farão que nosso carnaval se fortaleça.

       Temos, no entanto, algumas observações a fazer: ainda há gente que fala muito empolgada no rádio, que prejudica o evento. Por exemplo: alguém disse, no meio da semana, que os ingressos estavam esgotados. Na sexta-feira, presenciei a ira de um dos responsáveis pela venda de ingressos, que tinha a informação de que em duas arquibancadas o número de ingressos vendidos não passava de 40% deles. Ainda, alguém falou em “trio elétrico da Bahia”. A placa do caminhão era de Carazinho, RS... De positivo, havia amplo espaço disponível para quem quisesse assistir sem pagar. E, quem pode, paga nas acomodações, o que é muito justo.

       Ainda tenho comigo que o debate sobre o planejamento para o futuro do carnaval deva ocorrer já. É preciso um planejamento em que todos os entes que lucram com o carnaval possam participar e contribuir. E não se deve ignorar a possibilidade de ter uma local de eventos aqui na cidade alta que comporte o carnaval e atividades sociais, educacionais e esportivas. Importante também é incentivar para que a Vale Samba volte à cena, pois, além da rivalidade que ela ensejava, trazia muitos elementos das cidades vizinhas. Como aconteceu com a Aliança, que contou com cerca de 50 pessoas oriundas da cidade de Bituruna, Paraná, que aqui estiveram lideradas pela turismóloga  Adriana Nhoatto, primeira dama,  e pela Raquel Dalmas, vice-primeira dama. Com a presença do Prefeito Claudinei de Paula Castilhos e do Vice Rodrigo Marcante, nossos parceiros que encaminhei para o camarote das autoridades, e mais 3 casais de lá. O trabalho que vem sendo feito por Bituruna, no Vale do Iguaçu, próximo ao Faxinal do Céu, é digno de elogios.  A integração do nosso turismo com outras cidades daria impulso ao setor aqui, mas as ações têm sido muito tímidas. Estamos pecando no quesito e perdendo dinheiro. Temos um grande potencial que não está sendo devidamente aproveitado.

Euclides Riquetti  - Escritor – Membro da ALB/SC

Nossa Senhora dos Pedágios (do Paraná...)


  Se viajar pelo Paraná, reze por Nossa Senhora. Que ela nos acuda!




Nossa Senhora dos Pedágios
Protege os caminhoneiros
Livra-os dos concessionários
Que lhes tomam seus dinheiros!

Nossa Senhora das Estradas
Protege os heróis da boleia
Trabalham e não sobram nada
Pórco cán, porca miséria!

Nossa Senhora dos Borracheiros
Que consertam os pneus furados
Tenha dó desses  brasileiros
Que vivem tão  explorados!

Nossa Senhora dos Bons Motores
Faze sempre o melhor possível
Deixa limpos os bicos injetores
E segura o preço do óleo diesel!

Nossa Senhora do Bom Frete
Pede ao Governo pra que tape os buracos
Pois é a ele que compete
Conservar bem todo o asfalto!

E sempre que na banda da estrada
Tiver uma pequena gandaia
Fecha os olhos, não é nada
É apenas  uma boa parada...

Porque a vida não é só trabaio, tchó!

Euclides Riquetti
01-07-2013

Quando a saudade bater à porta

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Quando a saudade bater em sua porta
Talvez você nem mesmo se dê conta
Mas isso agora já pouco nos importa
Pois  a realidade já não amedronta...

Quando a saudade fizer sentir a dor
A dor da perda sem ter a reparação
É porque ainda em nós resta o amor
E só o amor nos dará compensação...

Sempre que retornar aquela tristeza
Aquela que vem com dor e saudade
Que vem por causa de nossa frieza
Ela nos alerta para uma realidade...

O mundo é mais do que gosto e prazer
É feito para o amor e o entendimento
A alegria deve sobrepor-se ao sofrer
É preciso dar asas ao bom sentimento!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Ficarei te esperando



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Ficarei te esperando
Na beira do Mar
Pra te ver mergulhando
Pra te ver nadar...

Serei como a areia
A afagar os teus pés
Bela e  doce sereia
Doce e  bela mulher...

Nas águas do Arroio, sim
Quando vais te banhar
Vais te lembrar de mim
De mim vais te lembrar...

Nas tardes mais quentes
Nas manhãs mais frias
Pensarás como sempre
Na nossa alegria...

Pois estarei te esperando
Na beira do Mar
Num Arroio  nadando
Pra poder te abraçar...

Euclides Riquetti

Luiz Faccioni - o colono inventor - Homenagem aos saudosos Vicenza e Deoclides Rech

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          Em outubro de 1910, quando inauguraram a estrada de Ferro da Rede Viação Paraná Santa Catarina, mais tarde RFFSA, já havia muitas famílias morando em Rio Capinzal e no então Distrito de Abelardo Luz. E, pela questão do Contestado, Abelardo Luz, hoje Ouro, não pertencia a Santa Catarina e sim à cidade de Palmas, Paraná.

          Ocorre que, pela conveniência da história, contada pela "classe dominante", sempre se omitiu dizer que havia, em Ouro, muitos caboclos e "brasileiros" antes da chegada dos descendentes de italianos. (Se buscarmos a literatura histórica do saudoso amigo Dr. vítor Almeida, vamos ver que é um pouco diferente do que se propagou durante os anos). Mas, em reuniões que realizei, há 10 anos, nas diversas comunidades do Ouro, com as pessoas mais idosas, levantei que antes de nossos italianos havia, por exemplo, os Teixeira Andrade, em Linha Bonita (1902), o Veríssimo Américo Ribeiro (viram d Vacaria em 1919, mas ainda não havia italianos ali), e outros em Pinheiro Baixo, e um "tal Francisco D ´amendoa e um Benedito", em Leãozinho, e os Silva, em Pinheiro Alto. Os Teixeira Andrade e os Américo Ribeiro adquiriram sua terras. Os outros eram considerados posseiros.

          Pois bem, em Pinheiro Alto até hoje é bom escutar as histórias contadas pelos Morés, Masson  Dambrós e  Borsatti. Quando se reunem para jogar baralho ou bochas, no pavilhão da comunidade, tomando um brodo no inverno,  ou umas birotas, é até bom só ficar ouvindo-os contarem as histórias. E eles riem até dos próprios infortúnios.

          Uma das histórias que mais me marcaram foi a sobre Sr. Luiz Faccioni, um dos primeiros a chegar. Contam os que ali ainda vivem que este senhor era um grande inventor. Tinha farta imaginação e tudo o que imaginava gostava de materializar. Enquanto carpia ou roçava, pensava. Pensava muito. E, nos dias de chuva, procurava dar forma às suas ideias. Gostava de inventar máquinas e equipamentos. Até  inventou uma máquina de costura, feita em madeira. fez as agulhas com espinhos de laranjeira, que quebravam facilmente e isso o deixava irritado, mas não desistia nunca.

          Agora, do que mais riem nossos amigos lá, é da história das asas. De certa feita, com madeiras leves e panos, confeccionou um par de asas. Queria voar. Se os pássaros voavam, era possível que ele também pudesse voar. Amarrava-as ao corpo, às costas, e corria pelo pátio, ali onde morou, até recentemente, o Mário Masson. Fica numa estradinha que dá acesso à estrada geral, indo-se do sentido da cidade para lá,  uns dois quilometros antes da Igreja, à direita.

          E chegou o grande dia. reuniu esposa e filhos e falou-lhes, em seu dialeto italiano, que tinha chegado a hora. ia fazer sua primeira viagem voando. Voaria até Caxias do Sul, onde rencontraria seus parentes. Depois voltaria para o Pinheiro Alto. E, se as asas fossem aprovadas, faria depois umas que lhe permitissem voar até a Itália...

           E, no dia escolhido, subiu ao sótão da casa  e  fixou, com a ajuda dos filhos seu par de asas. Despediu-se e planou... Seu voo breve deu-se até sobre os arames do parreiral, onde quebrou umas costelas. A notícia logo espalhou-se pelas redondezas.

          Conta-me o amigo Deoclides Rech que ele era bem criança ná época e foi com seus pais visitar o vizinho que, além de algumas costelas quebradas estava com muitos hematomas pelo corpo. Lá, ainda encontrou a Vicenza Masson, uma menina da comunidade.

          Agora, o Vovô Deoclides e a Dona Vicenza, bem idosos, moram na Vila Unidos, no mesmo local ainda. E, quando contam essa história, riem muito. E fazem a gente rir junto!

      

         Euclides Riquetti - 2012

Seus olhos entristecidos


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Navegam seus olhos fundos,  entristecidos
Buscando no horizonte algumas respostas
Talvez buscando entender alguns desatinos
Escrevendo o poema certo nas linhas  tortas.

Navegam seus olhos bonitos nas incertezas
Buscando entender os difíceis mistérios da vida
No rio que leva distante,  em suas correntezas
Histórias de traumas, de lutas,  confrontos e brigas.

Navegam seus olhos com medo de ver as verdades
Estradas que levam no tempo, na busca da cura
E trazem consigo lembranças e muitas saudades
Dos tempos de amor, de ilusão e aventura.

Navegam seus olhos e,  ao longe, encontram os meus
Despertos na espera do encontro que tanto desejam
Que aguardam  respostas que venham de dentro dos seus
Respostam que acalmem meu ser e também me protejam.

Eu olho seus olhos, seguro suas mãos e você nem me vê
Em pensamentos, desejos, pecados, pecados, desejos
Só quero sentir o perfume sutil que vem de você
E, se possível, roubar de seus lábios apenas um beijo.

Um beijo do amor sentido e não correspondido
Um beijo para não mais ser esquecido!
Um beijo meu
Um beijo seu
Nada mais!

Euclides Riquetti

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Viajando pelo universo



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Se viajares  pelo universo
Transformarei teu sorriso em versos...
Se andares pela estrada asfaltada
Te farei uma poesia rimada...
Se andares sem direção
Te farei uma bela canção...
Se andares por meio aos espinhos
Irei na frente abrindo o caminho...
Se fores passear sob o luar prateado
Farei tudo para estar ao teu lado...
Se andares pelos bravios oceanos
Esperar-te-ei por meses e anos...
Se viajares pela imensidão
Dou-te para levar meu coração...
Com amor
Deu-te a flor:
Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Por que as mulheres vivem mais tempo do que os homens?


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          Você já foi a um desses encontros da Terceira Idade que acontecem em todas as cidades? Viu o quanto eles se divertem? Dançam, cantam, comem, bebem e, sobretudo, riem! E isso os torna mais felizes, lhes dá longevidade. Mas, percebeu que mais de 70% dos integrantes são mulheres? Onde estão os homens? Ficaram em casa? Não, não ficaram, não estão mais em casa...

          Há exatas duas décadas o país começou a destinar dinheiro para o lazer social das pessoas que já deram sua contribuição para a família e a sociedade, trabalhando arduamente desde sua infância, principalmente na lavoura, portanto mais  do que as pessoas das gerações atuais. E não dispunham das  ferramentas e utnsílios com que se conta hoje, o trabalho era quase que totalmente braçal. As pessoas executaram serviços pesados, indistintamente, se homem ou mulher.

          Também, deve-se registrar que recorrentemente se considerava que a mulher que ficava em casa durante o dia "não trabalhava". Ledo engano, já disse alguém, algum dia! A mulher que ficava em casa cuidava de sua numerosa prole, preparava-lhes comida, cuidava da casa, lavava, passava e costurava as roupas. E a mulher agricultora também fazia isso e ainda ordenhava as vacas, buscava pasto para elas, fazia o queijo, colhia os ovos, e  ajudava na roça.  Pouco lazer lhe restava. Nos finais de semana punha ordem naquilo que deixara de fazer durante a semana. Até hoje a maioria delas, as urbanas principalmente, fazem nos sábados e domingos aquilo que não conseguem executar na semana, por trabalharem fora.

          O homem, por sua vez, após o seu trabalho, à noite, exausto, jogava-se numa cadeira de balanço ou sofá, ligava o rádio e esperava pelo jantar. Após a ceia, enquanto sua esposa dava destino à louça suja, cuidava dos pequenos e os punha dormir, o homem retomava o descanso. E, ainda, depois de tudo isso, ela tinha que cumprir com seus "deveres de mulher"...

           Dia desses, encontrei um velho amigo e comentei que iria escrever sobre a questão de os homens viverem menos anos que as mulheres. Era de manhãzinha. Ele riu e mostrou-me uma latinha de ceveja geladinha sobre sua mesa. E disse: Começa por aí!...

          As mulheres, é  sabido, são muito mais disciplinadas do que nós, homens. Vão com frequência ao médico, realizam exames, ingerem bem menor quantidade de álcool, fumam menos. Enfrentam as adversidades com mais tranquilidade, mais calma, abatem-se menos que nós. Levam um monte de vantagem em termos de fatores que as favorecem a viver mais. O homem é mais estressado, reacionário, enquanto que a mulher, que age muito ouvindo seu coração, tem respostas mais imediatas para resolver seus conflitos pessoais.

           Então, se você acompanhar as estatísticas nos noticiários, verá quanto mais os homens são envolvidos em confusões  por terem bebido ou consumido substâncias que alteram seu comportamento, em acidentes com veículos. E terá muitos outros argumentos além dos meus para ajudar a responder à indagação inicial.

Euclides Riquetti
08-01-2013

Quando você cantou aquela canção de amor


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Quando você cantou aquela canção de amor
Mexeu muito comigo, revolveu meus sentimentos
Ora, é como se isso já fizesse tanto tempo!

Quando você cantou aquela canção de amor
Mas que mexeu muito comigo
Mesmo que parecesse não ter sentido...

Quando tentei dedilhar acordes no meu violão
Mas eu não sabia tocar nada, nada
Fiquei sem chão e sem estrada...

Quando tentei dedilhar acordes no meu violão
E eu percebia que as notas me escapavam
E que as palavras não combinavam...

Então deixei meu violão "Freedom" jogado sobre a cama
Esperando que alguém me ensinasse a tocar
Aquela cama macia em que você poderia deitar...

E meu "Freedom" vai ficar sobre a cama
Ocupando o seu devido lugar
Até que você venha para me reencontrar!

Euclides Riquetti

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Dicionário de amor e de amar


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Amar com todo o ímpeto do meu ser
Beijar vorazmente, dar-lhe e receber
Cuidar de você com toda a delicadeza
Doar-me a você com paixão e singeleza
Externar - lhe o amor mais prazenteiro
Facilitar a conciliação pura e verdadeira.
Gamar, amar, e continuar  gamado
Honrar o ser por quem eu sou amado.
Ignorar a hipocrisia e a falsidade
Jurar-lhe  amor só se for de verdade
Libertar-me das faltas e dos defeitos
Morder seus lábios e corpo perfeito
Nutrir minha alma da seiva do amor
Ocultar os espinhos e enaltecer a flor.
Perdoar para poder ser perdoado
Querer você para estar ao meu lado
Retribuir pelo tempo que passamos
Serenar a ansiedade, serenar os ânimos
Tratar com respeito e muita gratidão
Ultimar momentos de muita emoção
Valorizar a quem se ama grandemente
Xingar quem desrespeita porque não sente
Zelar para ter você pra mim para sempre!

Euclides Riquetti
18-02-2018



A canção que vem do nada...


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Não sei se você ouve
A canção que vem do nada.
Mas sei que eu a ouço sempre
Quando ando pela estrada.

Não sei como eu ouço
A canção que vem do nada
Que não tem sequer letra
Mas que em mim está gravada.

Mas eu sei que ouço
E sei que ela me agrada
Porque é animadora
A canção que vem do nada.

Talvez ela me traga
Uma saudade desgraçada
Mas fico muito feliz
Com a canção que vem do nada.

Talvez você possa ouvir
A melodia exacerbada
Que insere em seu coração
Uma canção que vem do nada.

Talvez possamos ouvir juntos
A canção que vem do nada
E que nos traz boas lembranças
De nossa história passada.

Meu coração também consegue
Ouvir a que vem do nada
A canção maravilhosa
Em mim eternamente gravada!

É a canção do coro dos anjos
Que me chega na madrugada
E que me faz sentir você
Mesmo que venha do nada!

Euclides Riquetti
18-02-2018