quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Carnaval acabou, é hora de trabalhar! E de pensar...


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Um dos carros da Escola de Samba Aliança



Minha Coluna no Jornal Cidadela, de Joaçaba, SC, em
16-02-2017:


       O Brasil viveu, nesta semana, mais um de seus carnavais. Chamado de “O Maior Espetáculo da Terra”, realmente se constitui num evento de muita envergadura, chamando a atenção do mundo todo para o Brasil e movimentando fortemente a atividade turística. No Rio de Janeiro, onde se pode presenciar um espetáculo de arte, beleza e muita criatividade, arrastões macularam um pouco nosso carnaval. Uma pena!

       O bom de passarem os dias de carnaval é que as pessoas começam a cair na realidade e a trabalhar de fato. Embora que a marcha ainda leve uns dias para ser engatada e o carro sair andando, pois a semana de calças curtas não é lá muito produtiva, na segunda, 19, todos devem estar aptos a enfrentar sua jornada de trabalho. E, sendo o menor mês do ano, resta apenas uma semana e meia para que fevereiro acabe. Então, digamos que os primeiros dois meses do ano são os meses da enrolação, da pouca produtividade, da pouca produção. Agora, é colocar a mão na massa e agir!

       Nos dias do mês que restam, há expectativas de que se vote a Reforma da Previdência Social. Melhor que deixem para novembro, depois das eleições, quando os políticos passarão a atuar mais com a razão do que na defesa de seus interesses eleitorais. A campanha eleitoral vai oportunizar um grande debate, em que será colocada em cheque a classe política, em razão da corrupção.  E a Previdência Social será um tema bastante em evidência. Até porque será uma forma de os malfeitores mudarem o foco para outra direção.

       E o Carnaval de Joaçaba, que envolveu duas escolas de samba de Joaçaba e uma de Herval d´Oeste, sobreviveu mais uma vez. O jovem Diego Joe Muller tem se constituído num obstinado batalhador para manter o evento em pé. Sou a favor de nosso carnaval, pois acho que, sem ele, nossa cidade ficaria às moscas em janeiro e fevereiro. Perder o carnaval seria um fator contributivo para grande perda de auto-estima. Com menos dinheiro, as escolas foram muito mais criativas. Quem fazia carnaval apenas por interesse, está caindo fora. Virão forças autênticas que farão que nosso carnaval se fortaleça.

       Temos, no entanto, algumas observações a fazer: ainda há gente que fala muito empolgada no rádio, que prejudica o evento. Por exemplo: alguém disse, no meio da semana, que os ingressos estavam esgotados. Na sexta-feira, presenciei a ira de um dos responsáveis pela venda de ingressos, que tinha a informação de que em duas arquibancadas o número de ingressos vendidos não passava de 40% deles. Ainda, alguém falou em “trio elétrico da Bahia”. A placa do caminhão era de Carazinho, RS... De positivo, havia amplo espaço disponível para quem quisesse assistir sem pagar. E, quem pode, paga nas acomodações, o que é muito justo.

       Ainda tenho comigo que o debate sobre o planejamento para o futuro do carnaval deva ocorrer já. É preciso um planejamento em que todos os entes que lucram com o carnaval possam participar e contribuir. E não se deve ignorar a possibilidade de ter uma local de eventos aqui na cidade alta que comporte o carnaval e atividades sociais, educacionais e esportivas. Importante também é incentivar para que a Vale Samba volte à cena, pois, além da rivalidade que ela ensejava, trazia muitos elementos das cidades vizinhas. Como aconteceu com a Aliança, que contou com cerca de 50 pessoas oriundas da cidade de Bituruna, Paraná, que aqui estiveram lideradas pela turismóloga  Adriana Nhoatto, primeira dama,  e pela Raquel Dalmas, vice-primeira dama. Com a presença do Prefeito Claudinei de Paula Castilhos e do Vice Rodrigo Marcante, nossos parceiros que encaminhei para o camarote das autoridades, e mais 3 casais de lá. O trabalho que vem sendo feito por Bituruna, no Vale do Iguaçu, próximo ao Faxinal do Céu, é digno de elogios.  A integração do nosso turismo com outras cidades daria impulso ao setor aqui, mas as ações têm sido muito tímidas. Estamos pecando no quesito e perdendo dinheiro. Temos um grande potencial que não está sendo devidamente aproveitado.

Euclides Riquetti  - Escritor – Membro da ALB/SC

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