sábado, 12 de julho de 2014

Buscar-te

Buscar viver
Perto de ti
Perto de um rio
Perto de um mar.

Buscar viver
Buscar sorrir
Tornar a ti
Tornar a amar.

Buscar-te incessantemente
Perdidamente
Desesperadamente
Esperançosamente.

Apenas buscar-te
Estar perto de ti.
Apenas abraçar-te
Ver-te sorrir.

Encontrar-te:
Suavemente
Carinhosamente
Amorosamente...

E beijar-te!

sexta-feira, 11 de julho de 2014

De Copa, de Política e das Olimpíadas de 2016

          Copa do Mundo,  Eleições e Olimpíadas são eventos parecidos. Há os que ganham e os que perdem, os que comemoram e os que lamentam.  No nosso caso, acabamos de lamentar a vergonhosa participação de nossa seleção de futebol (merece letra minúscula, se não nos tivesse desonrado, atribuir-lhe ia um S e um F bem maiúsculos).
   
          No Brasil, criam-se expectativas que frustram a maioria das pessoas no futebol. Com relação às eleições, incoerências maiores do que com o esporte bretão. E, quando aos atletas olímpicos, apenas os relegam a um plano infinitamente secundário. Em pouquíssimas modalidades coletivas logramos ouro ou prata. Nas individuais, só conseguem êxito aqueles cujos pais deram lhes  muita atenção desde pequenos, incentivando-os a praticar algum tipo de esporte. E, quando alguém aparece com notável talento, acaba obtendo um patrocínio. Mas, sempre, depois de ralar muito.

          Depois de nossa atuação desastrada contra a Alemanha, ao falar com as pessoas nas ruas, ( o que faço sistematicamente), procurando captar o sentimento delas. A maioria diz que a derrota da seleção implicará no cmportamento do eleitor e, consequentemente, no resultado das eleições, em todos os cargos, do Executivo e do Legislativo. Com relação ao futebol, incisivamente, querem mudanças radicais. Entendem que todos nós somos muito movidos a paixões. Na política, também. Às vezes votamos em tranqueiras que sabemos que são apenas demagogos, aproveitadores e oportunistas. A bagunça das coligações, em que há significativa mistura de partidos com ideologias antagônicas numa mesma composição, revolta o eleitor. Mas isso não é suficiente para que deixem de votar no seu "lado de preferência".

          Então, fui pesquisar sobre as nossas Olimpíadas de 2016. Não sabemos, ao certo, quem estará gvernando o Brasil, o Estado do Rio de Janeiro e a sua Capital. Sabemos que a estrutura para os Jogos Olímpicos é algo de grande investimento também. E, embora já tenhamos sediado no Rio os Jogos Panamericanos, muita coisa que se contruiu já virou INÚTIL, como foi o caso do Velódromo e do Engenhão. Não me admira que, em poucos meses, comecem a aparecer as falhas nas construções dos estádios das 12 sedes da Copa. Mas, o que me chamou a atenção, foi um artigo publicado em 2012, em que o articulista falava da importância da preparação dos atletas desde crianças, tanto no aspectos físico quanto o psicológico, passando pelo desenvolvimento dos fundamentos técnicos. E nos mostrava, justamente, como isso acontece na Alemanha e outros países, onde os componentes "organização e razão", estão muito presentes. Têm planejamento.

         Pratiquei esportes durante toda a minha vida: joguei futebol, vôlei, handebol, nadei muito e até ganhei uma medalha jogando peteca em duplas. Fui político, participei como candidato uma única vez,  fui eleito Prefeito em Ouro (Não me deixei contaminar pela vaidade), mantenho amizade e respeito com meus adversários e seus familiares. Vivi assim, quero continuar vivendo assim, sou feliz assim! Sinto-me, com isso, na condição de opinar sobre algumas modalidades de esportes e sobre política. Faço isso no Jornal Cidadela, do jornalista Mário Serafin, aqui em Joaçaba.   E o espaço neste blog reservo para a literatura, onde escrevo poemas, crônicas e alguns artigos.

          Mas, posso asseverar a todos os que têm paciência para me lerem que, como sabem meus leitores, o resultado limpo e agradável em todos os campos se obtém pela forma como se começa desde criança e com as posturas que se ostenta durante toda a nossa vida. Isso tudo é para dizer que me preocupa muito o desempenho dos brasileiros nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, pois não veja efetivas ações na preparação de atletas, o que deveria estar acontecendo há pelo menos uma década. O que vejo, são apenas algumas ações  isoladas e alguns preparado-se no exterior, talvez duas centenas deles.  Não há estrutura, não houve  planejamento, nem determinação em relação à formação de atletas. A atenção tem sido para o futebol que fascina, encanta, movimenta bilhões e engana milhões.

Euclides Riquetti - Escritor - Membro da ALB/SC
Articulista do Jornal Cidadela
Joaçaba - Santa Catarina

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Rezei por você

Rezei por você, adorável mulher
Pedi a Deus que realize seus sonhos
Escrevi as orações em folhas de papel
Para ler e reler nos momentos tristonhos.

Rezei orações singelas e poéticas
Orações para Deus e Nossa Senhora
Pronunciei as palavras ternas e diletas
E que possam ajudá-la em todas as horas.

Rezei, pedindo pela sua felicidade
Pela sua saúde, pelo seu bem-estar
Rezei porque sempre eu sinto saudades
Você que já  mora  no meu pensar

Rezei, rezei  muito,  infinitamente
Já perdi a conta de tantas orações
Quero que viva feliz e contente
E que possamos viver belas emoções.

Euclides Riquetti
10-07-2014

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Quero beijar teus olhos sedutores

Quero beijar teus olhos sedutores
Apalpar as maçãs de teu rosto, avermelhadas
Quero  fitar teus lábios tentadores...
Acariciar as tuas madeixas onduladas.


Quero que cada beijo seja como o da primeira vez
E mergulhar no teu corpo que me alenta 
Mordiscar o perfume de tua tez
E cheirar tua pele doce  que me tenta.

Quero, sobretudo, ver teu belo sorriso
E sentir que sou amado, sou correspondido
Porque és tudo o que há de bom e de que eu  preciso!

Quero te querer, te desejar,  te quero
Quero te flechar e ser o  teu cupido
Quero te entregar todo o amor sincero!

Euclides Riquetti
09-07-2014

terça-feira, 8 de julho de 2014

Tangos e tragédias! a realidade de nosso futebol...

          Desta vez fui eu que liguei para o Amílcar: "Amílcar, como está? Como é que foi o jogo do Brasil aí?" E ele: "Se nóis num tivesse tomado nenhum, nóis teria ganhado de um a zero!" Eu só queria zoar um pouco...

          Eu estava com dor de cabeça. E posso garantir que não foi por causa do futebol. O Seu Guilherme Doin me disse, uma vez, que não ia mais ao campo ver o Arabutã jogar porque seu coração não aguentaria ver o time perder. Também estava decepcionado com o seu Flamengo, o Palmeiras e a Seleção. Imagine se estivesse ainda vivo, o que estaria nos dizendo, agora. Minha dor de cabeça veio por causa de umas preocupações na parte da manhã, mas que foram resolvidas. Quando tomamos o sexto gol ( o sexto do cesto), eu estava dormindo no sofá. Acordei com a gritaria do pessoal que estava, jocosamente, anchando o jogo engraçado! Aprendi, com o Doin, que não se deve sofrer muito por causa do futebol. Já temos outras coisas o suficiente para nos incomodarem...

        Dia desses, escrevi no facebook que os torcedores brasileiros não querem tatuagens e nem cabelos "diferenciados". Querem "garra". E que uma produção de marketing envolve nossa seleção e todo um aparato promocional em cima do futebol. Agora, não quero ser portunista, quero ser realista:  não há mais times bobos, o futebol evoluiu no mundo todo. Aqui, evoluímos na vaidade. Foi frequente ver, durante a Copa, notícias de que familiares de jogadores estavam indo com jatinhos particulares ver os jogos. Nesta semana, um jogador que está no exterior veio para negociar contrato com o Criciúma: veio de jatinho! Ostentação desnecessária!

          O futebol é algo apaixonante. Joguei bola desde minha infância até há meia dúzia de anos. Cinquenta anos correndo atrás da bola. Futebol amador, por diversão. pagávamos para jogar, todos nós. Duas lesões muito sérias, parafuso de titânio dentro do joelho, mas mesmo assim continuei a jogar. Jogar para se divertir, por amor à bola, para integrar-se com amigos, para fazer amigos.

          O que aconteceu hoje com a seleção brasileira jamais seria imaginado, não apenas por nós, mas por qualquer vivente terrestre.

          Minha conversa com o Amílcar foi só para dar uma descontraída. Eu, como você, gostaria de poder comemorar uma belíssima vitória. Nem que fosse nos pênaltis. Mas a indiscutível superioridade alemã foi arrasadora. Inimaginável. Sete gols marcados. Nosso time bagunçado, com ataque inoperante e o meio desarticulado. Vingou o ditado que fiz: "A melhor defesa é um bom ataque". E o nosso, sem o brilho individual do Neimar, não existiu. Mais uma vez nos fica a lição: Todos os projetos, para terem êxito, precisam acontecer "em equipe". Não se pode ficar na dependência deste ou daquele.

         Os alemães nos venceram porque são melhores do que nós, mais organizados e determinados. Mereceram!

          Agora, voltar à normalidade o mais rápido possível. E torcer para que possamos sair com uma honrosa "Medalha de Bronze". Será que a gente consegue?

          Eu procuro me acalmar escrevendo. Meu vizinho, Valério Dalcortivo, já abriu a sanfona. Está tocando umas vaneronas e toca até tango. Melhor tangos do que tragédias!

Euclides Riquetti
08-07-2014

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Tarde de sol, noite de sonhos ternos...

Manhã de céu desanimado
De sol se resignando, enfraquecido
Do vento triste, frio, acabrunhado
Dos rostos sóbrios, dos semblantes abatidos...

Tarde de gente altiva e animada
Rostos contentes e radiantes ressurgindo
Tarde doce, linda, ensolarada
O mundo inteiro está sorrindo.

Os corações tristes da manhã bem fria
Se alegraram na tarde redentora
E bailaram com as almas em harmonia.

De volta toda a energia reconfortante
Na espera pela noite promissora
Dos ternos sonhos e do sono deleitante.

Euclides Riquetti
07-07-2014

domingo, 6 de julho de 2014

Dona de mim

Dona da noite prateada
Enluarada
Dona da noite imaginada
Acalentada
Dona das noites e dos dias
Dona das noites e de minhas poesias
Dos dias encalorados e das noites frias
Dona de todas as noites
Minhas e tuas
Nuas...

Dona das manhãs claras
Das nuvens raras
E das lembranças caras...

Dona das notas das canções
Dos abandonados e dos encontrados
Dos sussurros amordaçados
Dos perdidos ... e de nossas perdições...

Dona...
Apenas dona|
Dona, assim
Dona de mim
Dona do meu livre verso
Dona do universo
Sem fim...
Dona de mim!

Euclides Riquetti