sábado, 10 de outubro de 2020

Flor-de-lis

 



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Um dia você sonhou que era livre
Que voava como o pássaro feliz
Que seu mundo era tão grande, era infinito
Era paz, amor tão puro, Flor-de-lis...

Um dia você sonhou que era feliz
E andou pelos caminhos da paixão
De repente veio a sua decepção
E deixou murchar a bela Flor-de-lis.

Um dia você sonhou o impossível
Para um tempo em que convinham certas normas
E tornou sua vida um sonho tão sofrivel
E deixou que Flor-de-lis caísse fora.

Flor-de-lis foi das paixões a mais querida
Que tomou caminhos novos, diferentes
E a paixão que foi outrora amor ardente
Virou cinza, virou mágoa tão sentida.

Seus caminhos, Flor-de-lis, são diferentes
Mas alguma coisa forte ainda os prende
Ainda acende o seu romance tão bonito
Amor de amor, amor de sonho, sem conflito...

E eu, que nessa história tenho um pouco
Não me conformo em ver o rumo que tomou
Onde um amor de juventude, muito louco
Virou apenas a lembrança que ficou.

Euclides Riquetti
18-08-1993
(Poema para Sheila)

Perdas ensejam saudades...

 




Perdas são sempre sentidas
Ensejam  as saudades
Aguçam a sensibilidade
Ferem os corações e as almas doridas...

As perdas dilaceram os ânimos
E mutilam os pensamentos
Fazem a mente viajar pelo tempo
Perder-se em dias, meses e anos...

As perdas deixam marcas que não se apagam
Que ficam conosco eternamente
E que nos destroem  lentamente.

As perdas acontecem e as vidas passam
Fica a dor a matar quem já tanto sofreu
Fica o tempo a lembrar-nos de quem se perdeu...

Euclides Riquetti

Silêncio no Asfalto - (Soneto do autor Euclides Riquetti, vencedor do Concurso Miguel Russowsky de Poesias)

 








Euclides Riquetti recebendo premiação das mãos de Jucelino Ferraz, Prefeito em Exercício de Joaçaba, pelo primeiro lugar no "Concurso de Poesias Miguel  Russoswsky", em 20-12-2018,  na categoria Soneto. O concurso foi promovido pela Gerência  da "Casa da Cultura Rogério Sganzerla" 




Silêncio no asfalto


O asfalto liso, azul-cinza matizado
É palco de nostalgias e de dilemas
O asfalto que tem o brilho prateado
É canteiro de meus prantos e poemas.

O asfalto escuro vai perdido na curva
Onde morre o sonho e vagam os atritos
Coração dilacerado em alma turva
Na sentida dor, abalos e conflitos.

O asfalto inóspito se alonga na vista
Duas faixas douradas decoram a pista
No desafio sutil, terno e sedutor.

É um instigar e uma dúvida presente
Tétrico palco da tragédia iminente:
Calou-se a voz do poeta sonhador...



Euclides Riquetti

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Buscar-te...

 





Buscar viver
Perto de ti
Perto de um rio
Perto de um mar.

Buscar viver
Buscar sorrir
Tornar a ti
Tornar a amar.

Buscar-te incessantemente
Perdidamente
Desesperadamente
Esperançosamente.

Apenas buscar-te
Estar perto de ti.
Apenas abraçar-te
Ver-te sorrir.

Encontrar-te:
Suavemente
Carinhosamente
Amorosamente...

E beijar-te!

Euclides Riquetti

No show da vida

 



No show da vida não tem replay
Mas certamente que tem stop and go
Existem as coisas pelas quais optei
Venho de um lugar e sei aonde vou.

A vida é um show, sou um dos artistas
Onde tento me animar e também entreter
Se acumulo reveses,  há as conquistas
As vitórias que vêm do desejo de vencer.

Eu, você, todos, fazemos as escolhas
Se escolhemos mal, isso pode ser fatal
Como nas plantas crescem flores e folhas
Lutar pelo que se quer é muito natural.

Lutar sempre, buscar o que se quer
Lutar com garra e com todo o afinco
Estar preparado para tudo o que vier
Colocar em meu poema tudo o que sinto!

Euclides Riquetti

Mulher

 






Mulher dos olhos amendoados
Encantados...
Mulher dos lábios rosados
Beijados...
Mulher dos cabelos castanhos
Que já não me são estranhos...
Dos pensamentos proibidos
Dos sentimentos bandidos...
Do corpo sensual
Da atitude magistral...

Teus abraços me despertam desmedida paixão
Teus beijos me levam à perdição!

E meus devaneios me conduzem ao infinito
Minhas palavras são apenas iguais a outras tantas.
Mas, quando as combino
E dou-lhes o romântico destino
Eu as torno santas
E elas me remetem ao teu rosto bonito.

Em minhas ilusões e em minhas turbulências
Tu te fazes presente
Vens, e somes de repente
E levas contigo o carinho que guardei
Nas horas em que esperei
Pra te ver de novo
Pois sou a madeira
E tu és o fogo...

Tu és demais!

Beijos!

Euclides Riquetti

Diamante negro

 






Diamante Negro
Um olhar acanhado, uma sutil timidez
A discrição, a virtuosa e doce sensatez
Uma lembrança, um sorriso,  um segredo!

Diamante que se enobrece com o passar dos anos
O mais singelo, magistralmente  lapidado
Soprepôs-se a tudo pelo tempo já passado
E ainda  resplandece e povoa meus sonhos profanos!

Diamante que exala elegância, charme, sensualidade
Mas que esconde, em si, mistérios indecifráveis
Sentimentos ocultos e infindáveis
Que esbalda a fragrância, o perfume, a veleidade...

Diamante de beleza singular
Diamante negro como a noite mais morena
Divindade cândida, dócil, serena
Preciosidade rara e sem par!

Diamante negro, mais do que um corpo bem esculpido
Mulher amada, musa, anjo deslumbrante
Mulher desejada, tal qual raro diamante
Mulher do sorriso de luz, do olhar eternecido!

Mulher diamante
Amada
Distante
Segredo
Que me traz medo!
Tão rara quanto...
Diamante Negro!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Uma canção de paz...uma canção de amor!

 



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Eu quisera compor
Uma canção de paz...uma canção de amor
Onde eu pudesse revelar
Todos os meus sentimentos
As alegrias, os bons momentos
O prazer de sonhar!

Eu quisera poder dizer
Nas palavras de um poema... na letra de uma canção
O quanto eu adoro viver
A intensidade de uma paixão!

Eu quisera escrever
As frases mais bonitas e encantadoras
Algumas ousadas e tentadoras
Com uma mensagem delicada
Para que você as pudesse ler
Quanto se sentisse abandonada!

Eu quisera dar muito amor
Amor, carinho, atenção
A quem não os tivesse:
Dar um beijo, uma flor
De qualquer cor
Para que você pudesse
Guardar em seu coração!

Euclides Riquetti

Sem camisa...

 





Sonhei que te abraçava
Sem camisa
E que te beijávamos
Eu e a brisa...
Era nosso encontro
Com todo o frenesi
Um momento muito santo
Que eu curti
Junto de ti
Ao teu lado
Lábios bem beijados
Corpo bem colado.

Sonhei que te carregava
Nos meus braços
E que eu te namorava
Flutuando no espaço
Éramos apenas nós dois.
Porque houve um antes, um agora
Há em toda a hora
E haverá um depois.

Sim, mas em meus planos
Sem nenhum engano
Som um mais um
E obtenho um "nós dois"

Se sonhar é bem legal
Verdadeiro como o infinito
Vou te ver em meu sonho matinal
Que será muito bonito
E quererei te beijar
Eu e a brisa
E, de novo te abraçar
Sem camisa!

Euclides Riquetti

Nasceu um girassol

 



 

 
Nasceu um girassol na beira da estrada
É  uma planta  divinamente colorida
Que me parece acompanhar, toda exibida
Uma mulher bonita, uma dama encantada.

Nasceu um girassol amarelo, um girassol
Com caule verde e sementes cheirosas
Com caule verde e sementes deliciosas
Um girassol amarelo da cor dourada do sol.

O girassol, do alto de sua soberana majestade
Olhou-me e sorriu seu sorriso largo e generoso
Convidou-me para um colóquio  de amizade.

O girassol me sorriu com sua sutil vaidade
Num gesto de garbo, gentil, carinhoso
Me fez lembrar de você com muita saudade...

Euclides Riquetti

Rosas vermelhas também choram

 


Rosas vermelhas também choram
Quando não são recebidas com amor
E quando dadas nos momentos de dor
As rosas vermelhas também choram.

Choram por causa do coração  incompreendido
Choram pelo amor não correspondido
Apenas choram...

Rosas vermelhas da conquista
Rosas vermelhas da comemoração
Rosas do dia dos namorados
Do pedido de perdão pelos pecados.

Choram porque existem as distâncias
Choram por causa da intolerância
Mas choram...

Choram as rosas vermelhas, choram tanto
Choram o leve e o copioso pranto
Choram a pureza, choram o mundano
Enquanto esperam, como eu, pelo novo ano.

Algumas rosas riem
Outras comemoram...
Enquanto algumas delas...
Apenas choram!

Euclides Riquetti

Anila-se o céu da primavera nova




Azula-se o céu da primavera nova

Na imensidão do horizonte anilado

Calor primaveril a tomar nossa hora

No amanhecer do novo sol dourado. 


São novos tempos a desafiar o mundo

A provocar-nos uma imensa reflexão

Algo nos estaria ocasionando isso tudo

Talvez para chamar a nossa atenção...


O ser humano movimentou o planeta 

Tomou-lhe a água e lhe devolveu detritos

Derrubou florestas com a pena da caneta

Tirou-nos a paz e nos deu os conflitos. 


Cabe a nós recompor o que está perdido

Deixar florirem e verdejarem os montes

Que o malfeitor seja julgado e banido

Queremos  o planeta que tínhamos antes!


Euclides Riquetti

08-10-2020





quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Um versinho pra você!



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- Faz um versinho pra mim?
- Faço, sim!
   Faço versos diversos
   Faço diversos versos!

   Faço versos livres ou rimados
   Simples ou apaixonados
   Versinhos bem desenhados
    Para seus sonhos sonhados!

- Faz um versinho pra mim?
- Faço, sim!
  Faço versos com paixão
  Pra animar seu coração!

  Pra que os leia de noite e de dia
  E os cante com muita alegria
  Pra que nunca se esqueça de mim
  Bem assim!

Euclides Riquetti

No gramado de minha casa

 



 

 
 
 
No gramado de minha casa caem peras
São peras verdes, peras amarelas
Frutas pesadas, mas singelas
No meu gramado me caem lágrimas e estrelas.

No gramado de minha casa choram emoções
De ver a criança deslizando os pés delicados
E os beija-flores buscando o adocicado
(No meu gramado acalentamos corações).

A pitangueira, ali, atrai os passarinhos
Ela, com os  pequenos frutos alaranjados
Eu, aqui, com os meus zelos e cuidados
Jogando alpíste para os pequeninhos.

E as bergamoteiras acanhadas
Sombreiam as pequenas jaboticabeiras
Ameaçadas pela corpulenta ameixeira
Reverenciam as  laranjeiras carregadas.

E vêm canários, pardais ou tico-ticos
De todos os lados, até de azul  penugem
Nem se vê de onde, mas de repente surgem
Trazendo raminhos nos pontudos bicos.

É a natureza que sobrevive à fúria  humana
Antagonizando com os blocos de concreto
Contra o vidro, o cimento, o prumo certo
Majestosa força, soberana!

E os caquizeiros, respeitosos, aguardam o entardecer.
Buscam encontrar o aroma da romã
Que não vem, porque a mão humana, esta vilã
Não lhes sobrou lugar para crescer.

Euclides Riquetti

Poetize

 



Família de poetas: Júlia, Miriam, Euclides. A poesia mora lá em casa!
Júlia, terceiro lugar categoria infantil; Miriam: Campeã categoria sênior;
Euclides: Campeão categoria Soneto - no Concurso de Poesias Miguel
Russowsky - Casa da Cultura Rogério Sganzerla - Joaçaba - SC, em
20-12-2018.



Poetize...
Em todos os seus bons momentos
E deixe que seus versos vaguem ao vento
Poetize...
E deixe que seus versos se dispersem no tempo
Mas poetize!

Realize...
Transforme seus sonhos em realidade
Todos os imaginários e os de verdade
Realize...
Mesmo  que amanhã possa sentir saudades
Mas realize!

Poetize nas madrugadas de domingo
E nos dias de semana...
Realize os sonhos mais lindos
E transforme em poemas os seus sentimentos
Toda a sensibilidade que de sua alma emana
Sem tristezas, incertezas ou lamentos!

Realize...escreva..., pense em mim e...
Eternize:
Poetize!

Euclides Riquetti
25-12-2018

O sorriso que brilha

 






O sorriso que brilha
É como ouro que reluz
É como o corpo que seduz
Mesmo que em alma maltrapilha.

O sorriso singular
É aquele que me atrai
É aquele que vem e que vai
Que me convida a viver e sonhar.

O sorriso mais puro
É aquele que me encanta
É aquele da voz que canta
Que brilha no claro e no escuro.

O teu sorriso aberto
Estampa em ti a sutileza
Em teu rosto de luz e beleza
Que inspira a compor-te os versos:

Versos românticos para quem partilha
O sorriso que tanto brilha!

Euclides Riquetti

A assustadora alta dos preços (e a falta de consideração com os idosos)




       É assustadora a alta dos preços no Brasil. Em nossa microrregião, não se foge à regra. A Lei da Oferta e da Procura, a mais natural a regrar a economia, nunca esteve tão invocada como no decorrer deste segundo semestre de 2020. Há razões que vão além da possível redução da oferta e do aumento do consumo... justifica-se com o aumento do volume das exportações, a alta do dólar e do consumo durante a pandemia. E, diz um internauta: “É o efeito do fique em casa.  Para de produzir, consuma bastante e deixe que as coisas aconteçam...”

       Tenho lido e ouvido as reclamações sobre a alta de preços de alguns produtos do consumo cotidiano das famílias brasileiras e as maiores e mais propaladas recaem sobre o arroz, o leite, a carne e o óleo de soja. Mas, além desses gêneros de primeira necessidade, há que se mencionar a de parte dos medicamentos, material de proteção pessoal como as máscaras cirúrgicas e as luvas que são utilizadas pelos que atuam na manipulação de alimentos. Em Santa Catarina, houve a tentativa de um aumento exagerado no fornecimento de energia elétrica, mas que foi barrado pela Justiça, ao menos para que não aconteça de imediato.

       No entanto, tão preocupantes quanto todos esses, são os aumentos verificados nos materiais de construção, em material de informática e mesmo em artigos para o lar. Primeiros foram os computadores. Notebooks que eram ofertados por R$ 1.399,00 em novembro do ano passado, estão sendo vendidos a R$ 3.099,00. Mesma marca, mesmas configurações, mesma capacidade de armazenagem de dados e velocidade. Há uma explicação simples para isso:  Muitos aparelhos pessoais tiveram que ser substituídos por outros com mais capacidade de resolução. Também muitas novas aquisições para facilitar o manuseio pelos usuários estudantes e pelos professores. Pelos educandários, pelas prefeituras, pelos estaduais e federais. E a corrente levou à situação de alta de preços em razão da aceleração das compras.

       Na área da construção civil, que foi a primeira a retomar as atividades produtivas durante a pandemia, os preços, pelos diversos motivos e razões, estão já fugindo do controle. Aumentos em até 100 por cento na fiação elétrica e até 50 por cento nos metálicos, incluam-se ali o ferro para construção e mesmo as embalagens das latas de tintas. Estas, com mais de 20 por cento de reajuste, conforme as marcas, não pela alta dos insumos derivados do petróleo, mas justamente por causa das embalagens e pelo aumento do consumo. É certo que a alta dos preços tem sido atribuída à vontade de as indústrias recuperarem os preços que vinham sendo defasados pelo freio do consumo nos últimos anos.

       Mas, indo para a área social e política, é necessário mencionar que no dia 27 comemoramos o Dia Nacional do Idoso. O Dia Mundial, no dia 01 de outubro, quinta-feira. A classe política, especificamente a local, deveria se preocupar mais com o idoso e ir além de oferecer discursos bonitos e lazer, este, aliás, inexistente no momento em razão dos necessários cuidados com a saúde, por causa da pandemia. Estudos do Dieese apontam que em 34,5 % das residências brasileiras há ao menos 01 pessoa com mais de 60 anos de idade, sendo que 83% delas moram com outras pessoas e 17% moram sozinhas. E 23 por cento delas continuam a trabalhar.

       Por conta da pandemia, muitas pessoas ativas voltaram a residir com os pais e avós por terem perdido o emprego ou terem reduzidos os seus salários e isso resultou no aumento dos índices de violência contra os idosos e a mulher. Agressões e até assassinatos, com destaque aos feminicídios entre os casais mais jovens por causa da intolerância.  

       Então, agora que se passaram mais quatro anos e não vimos grande evolução na questão de benefícios aos idosos, quando foram realizadas apenas as questões básicas, como em todos os lugares, é bom que todos os candidatos ao Executivo e ao Legislativo perguntem a si mesmo: 1. O que tenho feito em favor do idoso? 2. Tenho conhecimento e ciência de que o percentual de idosos entre a população está crescendo e muitos deles não têm sucessores, consequentemente passarão a depender dos cuidados do serviço público? O que se poderá fazer pelas pessoas idosas que já perderam os companheiros (as) e os filhos terão que sair para trabalhar? Quem cuidará delas? Onde ficarão no tempo em que os filhos estiverem fora? Como serão arcados os custos com seus cuidados se as aposentadorias não permitem a autossuficiência, muitas vezes nem suficientes para cobrir os gastos com saúde?

       Na semana passada, um familiar meu esteve numa repartição pública para requerer um documento. Após agendamento por meio digital. Na repartição, encontrou uma pessoa que lá havia ido para requerer um documento e, enquanto um funcionário atendia meu familiar, outros dois nada faziam. E diziam ao idoso que ele tinha que agendar por internet para que pudesse ser atendido. Mas ele disse que não sabia lidar com isso, que era idoso e não tinha internet. Então, senhores, ISSO É MUITO SÉRIO!  Onde está o respeito ao IDOSO? Os decretos e as portarias, ou o que quer que seja, estão acima dos direitos do cidadão? Vocês têm consciência de o quanto as pessoas são maltratadas pelo poder público, que se torna semideus, enquanto a sociedade parece ter pouco valor? Então, especificamente, quem já ocupou ou ocupa cargos, no Executivo e no Legislativo, entendam que o Ser Humano está muito acima das leizinhas e normas que vocês ajudam a criar e aprovar. Fazer o trivial é sua OBRIGAÇÃO, fazer o melhor pelas pessoas é condição humana e de dignidade.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Eu e meus pecados

 





Aqui estou, meu Senhor
Eu e meus pecados
Não queremos muito, não
Apenas sermos perdoados.

Eu, por havê-los cometido
Por ter perdido,  às vezes,  a razão
Por não ter escutado meu coração.
Eles, por me terem seduzido.

Somos,  ambos,  duas almas descuidadas
Merecemos, assim, o incondicional  o perdão
Não somos da história o vilão
Queremos nossas culpas deletadas!

Preciso em minh' alma toda a alvura
Iniciar,  cada mês,   novinho em folha
Então, peço perdão, não tenho escolha
Perdoa-me, Bom Senhor lá das Alturas!

Falo por mim e por meus pecados
E por isso mesmo já vou escrevendo
Não podemos chegar em dezembro
Sem que sejamos perdoados
Eu... e meus pecados...

Perdão, Senhor, perdão!!!
Euclides Riquetti

Se dói tua alma...

 






Se dói a tua alma de dor enferma
Doem meus braços que te seguram
Sofrimento e dor na vida efêmera
Doem meus olhos que te procuram.

Se tua alma enferma dói de paixão
Se dói de dor teu coração abalado
Se tua vida é um cantar sem emoção
Viajo pelo céu para estar a teu lado.

A dor d´alma é pior que a dos braços
Porque esta te maltrata em dia frio
Pois aquela, pior que meus cansaços
Mata com sua dor meu orgulho e brio.

Anda, então, busca o novo, o vivo
Rende-te aos novos e ousados desafios
Vem encontrar-me em meu atual abrigo
Busca novos ares mesmo que bravios.

Euclides Riquetti

Fim de tarde

 





Fim de tarde:
O sol começa a se por
O coração a se opor...
E as almas ardem.
É fim de tarde!

Fim de tarde:
As sombras da noite se libertam
E flertam...
Flertam comigo
Contigo
Flertam...

Fim de tarde: a noite vem.
Vem, como as demais
Quando cessam os pardais
E há o encontro dos pensamentos casuais
Na noite que vem
Escura...

Fim de tarde:
Da noite emergente é o prenúncio
Da  manhã que vem é prévio anúncio
É mais um fim de tarde:
Como as demais
(Não voltará, não, nunca,  jamais)
O que vai, não volta mais...
Apenas volta, no firmamento
A lembramça de ti em meu pensamento.

Mas, como a tarde, tu também vais
E não voltas...(mais!)

Euclides Riquetti

Canção do som do mar

 






Ao cantar esta canção
Me lembro, com emoção
Da praaaaia!...

Foi lá que eu te conheci
Me encantei quando te vi
Na praaaaia!...

Encontrei-te junto ao mar
Com a  areia a te queimar
Da praaaaia!...

/Hoje eu canto esta canção/Que me traz tanta emoção/
Ao lembrar o som do mar/Ao lembrar o som do mar... do mar!/
(duas vezes)

Foi amor, foi alegria
Foi amor naquele dia
Na praaaaia!...

Eu me lembro bem feliz
Do ceú claro, azul aniz
Da praaaaia!...

Na verdade eu nunca tinha
Visto algo tão bonito
Na praaaaia!...

/Hoje eu canto esta canção/Que me traz tanta emoção/
Ao lembrar o som do mar/Ao lembrar o som do mar... do mar!/
(duas vezes)

Foi  minha vez primeira
A pisar naquela areia
Da praaaaia!...

Não me deste o telefone
Mas escreveste teu nome
Na areeeeia!...

Até hoje te procuro
Seja claro, seja escuro
Na areeeeia!...

/E hoje eu canto esta canção/Que me traz tanta emoção/
Ao lembrar o som do mar/Ao lembrar o som do mar... do mar!/
(duas vezes)

Euclides Riquetti

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

A primeira rosa

 






Saudei a primeira rosa do dia
Que me sorriu.
Era o bordô da alegria
Que me invadiu
E, como ninguém
Me fez sorrir também!



Depois, não me estranhe
Mas me intimidei
Quando a amarelo-champanhe
Eu vislumbrei
Ali no cantinho do jardim
Bem perto de mim!



E, bem de tardinha
Estava ali a rosa matizada
Divinamente rosinha
Encantada...
E, com seu delicioso charme
Animou meu final de tarde...

E eu fiquei muito feliz
Porque te amo!

Euclides Riquetti

Pessoas que irradiam luz

 






          As pessoas, em si, têm a sua individualidade. Cada ser é um ser. E isso vale também para os animais...

          Há pessoas que irradiam luz! Há gente que tem um brilho muito próprio, algo muito pessoal, que as diferenciam das outras. Muitas vezes, isso causa inveja a outras. Mas, ter um belo sorriso, ter carisma, saber portar-se diante dos demais, andar com elegância, ter comedimento ao falar, saber movimentar as mãos com habilidade e elegância, cuidar bem de si, evitar que o sofrimento as abata, tudo isso ajuda homens e mulheres a tornarem-se pessoas que irradiam luz. E, se irradiam, também recebem!

        Há pessoas capazes de encantar as crianças, cativar os velhos, atrair os da mesma idade, de dar e receber carinho e amor. São pessoas muito especiais, que ajudam os outros, e por isso mesmo, quando precisam, recebem ajuda. Muitas vezes, de pessoas que mal as conhecem.

        O planeta Terra é habitado por seres humanos muito diferentes uns dos outros. Os que têm a bondade no coração, os que se abrem para com seus semelhantes, os que os tratam com respeito, certamente são irradiadores e recebedores de luz.

        Admiro gente assim. Não lhes importa o que os outros pensam, mas observam o que eles fazem. E, como resultado, sempre ficam inseridos no contexto dos que são admirados e respeitados. Parabéns a você, leitor, leitora, vocês que têm a valiosa capacidade de ajudar os semelhantes, capazes de irradiar muita luz. Vocês  são muito especiais!

Euclides Riquetti

O tempo passa

 




O tempo passa...
E isso é uma verdade incontestável.
A vida se vai...
E deixa sinais inapagáveis!

O tempo passa, calado.
Então é preciso agir
Porque há um mundo a ser ousado
Uma realidade a se construir.

O tempo passa
Vai-se como um sopro de vento
Vai-se,  imperceptível e lento
Mas ele passa...

E, mesmo calmo e silencioso
Vai, despertando saudades nas pessoas
Despertando boas lembranças dos momentos
Nutrindo vaidades ou sentimentos
Enquanto passa!

O tempo passa
E isso é, mesmo, a maior verdade
E,  nos rostos,  ele vai deixando
Suas marcas indeléveis.
Por onde  passa...

Euclides Riquetti

Diamante cor de rosa

 





As mais belas flores desabrocharam
Na manhã ensolarada e juvenil
Quando já era outubro primaveril
E as rosas vermelhas me encantaram.

Surpreendeu-me a roseira bem viçosa
Engalanada em seu vestido escuro
Espalhando seu encanto mais puro
Com seu fulgor de diamante cor de rosa.

Esse mesmo diamante que admiro tanto
Me anima, me instiga, me desperta
Poe minha alma negra bem alerta
Devolve-me as lágrimas de meu pranto...

Ora, eu não quero apenas te contemplar
Prefiro-te basalto do que diamante
Quero-te mais amada do que amante
Quero-te ao meu lado e não num altar!

Euclides Riquetti

domingo, 4 de outubro de 2020

O Sol Oriente

 

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O Sol nasce vermelho no meu horizonte azulado
É a pintura divinal pelas mãos supremas  concebida
É um sol que rebenta  atrás do verde que o sustenta
E se pendura  no céu da manhã que é vinda.

O sol nasce para todos
Pra mim, pra ti, pra nós.
Difunde seus raios de fogo ao alvorecer
Recolhe-os, cansados, no meu entardecer.

E, em nossa noite, vai inundar as ásias
E, em nossa madrugada, clarear as europas
Para, pouco depois, alçando as douradas  asas
Dizer-nos Bom Dia e colorir as américas.

O sol nasce para todos
Para nós, para elas, para eles
Lírica, plana, ou ondulada etérea
A natureza viva espera por ele.

Esse mesmo sol que bronzeia peles morenas
Fere as peles alvas
Mas é nosso Sol
Com seus raios que nos abençõam, ou nos maltratam.

Nosso Rei Sol que vem do Oriente
É o mesmo que enseja  as premonições dos profetas
E que atiça a inspiração e as emoções dos poetas
É o Leste Sol que fortalece a gente.


E, na sua imobilidade
Conduz nossa mão delicada
Para, com leveza e suavidade
Desenhar sílabas, escrever palavras.

O sol que inspira meus poemas
Que apenas dita meus versos
Assim, sem nenhum estratagema
Far-me reunir os fragmentos dispersos.

E eu vou compondo meus escritos
Frases, versos, poemetos
Inspirado em seus raios benditos
Comporei, sim, eu te prometo...

Prometo pra ti...
Apenas para ti!

Euclides Riquetti

A casa grande - a casa das paixões indescritíveis...

 

Replay of remembers!


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        Imagine uma casa grande. Grande pelo número de seus cômodos, grande por tudo o que pode acontecer com ela, por aquilo que pode acontecer em seu interior. Uma casa com jardins de flores amarelas e perfumosas,  gramados verdes da cor da esperança, com janelões altos, envidraçados. As portas com almofadas. Quatro almofadas verticais e uma horizontal, em estilo italiano, bem peculiar ao costume das famílias. Uma casa em que algo tem o formato de um coração, mas não posso precisar qual algo é.

          Mergulho na casa grande como se estivesse mergulhando num vasto oceano. Um oceano de cristais esverdeados. Busco, em cada aposento, perfumes raros e amadeirados que estão impregnados justamente nas madeiras. Cada tábua e cada mata-junta da casa grande têm uma história. Cortinas da cor bordô  que lembram as vestes da dama elegante. Ah, eu queria pintar uma obra-prima em que eu retratasse tudo aquilo que eu quero descrever.

        Na casa grande as pessoas riem, sorriem. Nela eu procuro sorrir o sorriso da mais pura alegria. mas uma sensação de dor e de saudade toma conta de meu íntimo. E procuro respostas: quero saber o porquê... O porquê de minhas aspirações não se concretizarem. Quero saber por que a própria história da casa grande me rejeita. Eu, que sempre a louvei, quis pra mim, desejei, não como um bem material, mas como algo que se queira, fico inconformado.

         Nenhuma distância pode amainar os sofrimentos. Lembranças são  inerentes a quem tem uma história.  Saudades também... Perdas, quando ocorrem, levam ao desespero. A sensação de perda é sempre deprimente e constrangedora. Perdas não têm sentido, perdas geram sofrimentos desnecessários. Que poderiam ser refutados com toda a veemência e com a eloquência dos discurso do orador e os poemas épicos do ultrajado.

          Uma casa grande, mas mais significativa do que as demais. Ruas estreitas, obstáculos, carros caracterizados, pessoas que tomam condução para o trabalho, crianças que se dirigem às escolas, velhinhos que acenam com as mãos já calejadas, com o rosto envelhecido, mas irradiando sorrisos de felicidade. Ah, que in veja! Eu gostaria de envelhecer na casa grande, curtir bem ela, desfrutar de tudo o que ela pudesse me oferecer. Vou lutar por isso, quero viver muito, quero ser feliz. Eu e a casa grande, onde transformarei as dores de minha alma e de meu coração em afagos, apoios, abrigo terno e delicioso. Imperdível!

         Uma casa grande, lembranças de um carro escuro, de perfumes, de ousadias, de temeridades, de certezas que se transformam em incertezas. Uma casa grande. Grande, mas com muito amor, carinho, doçura. Algo para ser eterno, afável, de indizível descrição, mas compreensível. Uma casa grande onde o amor vingará e as mazelas e tristezas irão embora  com os ventos para não mais voltarem. E, sempre que for necessário, um pedido de perdão. Talvez por amar demais essa casa grande! Porque uma casa grande, em algum momento, encantou-me e me traz lembranças!

Euclides Riquetti
11-01-2015

A celebração do amor, da paz e da poesia

 




Celebrar o Amor, a Paz, a Poesia

Cheirar a flor, seu perfume, sentir

Sorver os seus olores e absorvê- los

Pensar no bom que haverá de vir

Vivermos nossa vida com maestria...


Celebrar a vida, o natural, o nascer

Apegar-se ao que nos alegra e anima 

Ver os sinais do mundo e entendê-los

Nas tristezas, dar a volta por cima

Que cada dia seja tempo de renascer.


Celebrar pelas pessoas ausentes

E aquelas que sempre nos rodeiam 

Pelas que se encontram distantes

Que em outros lugares campeiam

Mas que de alma estão aqui presentes.


Celebrar as melodias das canções

A significação romântica dos versos

O amor exacerbado dos amantes

Os sentimentos unidos e os dispersos

O ensejo da paz e a vida das emoções!


Euclides Riquetti

04-10-2020

Asfalto molhado

 



Alfalto molhado, acinzentado
Palco de alegrias e de dilemas
Alfalto de brilho prateado
Inspira-me cantos e poemas.

Alfalto que se perde nas longas curvas
Onde somem  carros e vagam  os conflitos
Os corações despedaçados as almas turvas
As perdas, os abalos, os  aflitos.

Asfalto alongado a se perder de vista
É o vai-e-vem nas faixas de cada  pista
É o desafio ousado  e sedutor

É a provocação, a incerteza presente
É um palco de tragédias inclementes
É a vida ceifada de tanto sonhador...

Euclides Riquetti