sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Dia da Gratidão

          Hoje, Dia de Reis, Dia da Gratidão. Simto-me como um Rei. Tenho saúde, minha  família tem saúde. Quero ser grato ao Deus Rei, Nosso Senhor, Dono do Universo, Timoneiro de nossos destinos.

          A algumas pessoas devo muita gratidão: Ao meu pai e minha mãe, que me geraram. E me protegeram. Meu pai esforçou-se para dar-nos a melhor educação. Minha mãe lavou roupa para fora para que não nos faltassem as coisas. E, nós, filhos, cada um escolheu o destino que julgou ideal e conveniente. Ao padrinho João Frank e à madrinha Raquel, que cuidaram de mim até os oito anos, quando fui para a escola e voltei a morar com os pais. Ao Nono Vitório e à Nona Severina, que além de tudo eram amigos. Ao Tio Vitório, a quem quero muito bem.
          Meu irmão Ironi, pagava-me as roupas quando fui para a Faculdade, em União da Vitória, em 1972. O Hiroito (Tio Piro) dava-me seus rapatos novos e ficava com os meus velhos. A Iradi, o Vilmar e o Edimar davam-me forças. cada um da maneira que podia, torcendo por mim. E me apoiaram sempre..

          No tempo de Faculdade, a colega Maria de Fátima Caus Morgan me dava apoio moral, e até o seu noivo e marido, o Paulo Sérgio. Não esqueço deles. O Leoclides Fraron levou-me morar na República "Esquadrão da Vida". Lá, meus colegas de República me deram muita força.

          Os professores Nelson Sicuro, Geraldo Feltrin, Franciso Boni, Fahena Porto Horbatiuk, Abílio Heiss, a Abigail, a Rosa da Maia, O Filipak, o Nivaldo, Padre Leo e Leopoldo  e os outros,  também me  dearm força. O Sidnei, que vinha à Faculade com os sapatos esbranquiçados de cal, o Mineo Yokomizo, que me  deu um sapato nº 39 e eu calçava 42; o Osvaldo e os outros repeblicanos;  o Silvestre Schepanski, o Altamiro, o Vilsom, o Mauro, e o Solon Carlos Dondeo, o patrão  Jorge Mallon, que me deram força lá na Mercedes-Benz, em União da Vitória. O Roque Manfredini, conterrâneo que me dava moral e que era o goleiro titular no Iguaçu, que enfrentava as feras do Coritiba e do Atlético, e que nos orgulhava muito. Todos foram grandes amigos e incentivadores.

          Depois, a Mirian, sempre presente, cuidando de nossos filhos,  a mãe dela, que me dava um prato de sopa quando eu não tinha dinheiro para comprar,  Dona Ana; os seus irmãos, os cunhados, todos. O Tio Celso que bancava a tropa e a  Tia Sirlei, conselheira de todos;  o Tio Jorge, que se preocupa com todos e a Tia Rosane;  o Milo, que apoia o Kiko (que era uma velinha bem comportada), a Tia Bea, que faz macarronada, o Tio Cláudio, que cuida bem da Mirtes, que pinta quadros bonitos, o Tio Sírio, que foi morar no céu, ...

          Depois, no Zortéa, a Dona Vitória e o Compadre Aníbal,  a Marlene de Lima, a Alias e o Ticão, a Dona Holga e o Sadi Breancher, a Oliva Andrade, a Alda e o Messias, a Isolda, a Teresinha Andrade, o Isaías Bonatto, o Alcides Mantovani, a mãe dele, o Célio Tavares e a esposa, o Olivo Susin e a Rose, o Xexéu, o Preto e o Baixo, o Lourenço Brancher, o Seu Guilherme, e quantos outros. E aos colegas do Sílvio Santos.

          Depois, em Ouro, o Sr. Ivo Luiz Bazzo, que me encaminhou para a política, todos os seus familiares, pelo bom exemplo que sempre foram e o incentivo que nos deram. E aos 57% dos eleitores ourenses que me elegeram Prefeito em 1988 em Ouro. Aos meus colaboradores da época, o Caio, a Celita, O Ade, o Neri e o Amantino, o Válter, bem como os outros.

          Ao Clarimundo Bazzi e à Eloídes, ao Tio Arlindo e à Tia Elza, que me deram emprego em minha aadolescência.

          Ao Shirlon Pizzamiglio, que escolho para que represente TODOS os outros meus amigos. Ao Severino Dambrós para que represente TODOS os que jogavam conosco no time de  Veteranos do Arabutã.

          À Dona Ezide Miqueloto e à Zanete e o Neri, na casa de quem deixávamos as crianças quando íamos trabalhar.

          Seria infindável minha lista de pessoas a quem devo gratidão.

          Aos meus filhos Michele, Caroline e Fabrício, à neta Júlia, aos genros Daniel e Buja, à nora Luana. Aos meus novos vizinhos, que nos acolheram.

          A todos, minha GRATIDÃO ETERNA.

Euclides Riquetti
06-01-2012 - Dia da Gratidão

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Quinta Crônica do Antigamente

          Sou razoalvelmente antigo, já disse isso. E minha tenra antiguidade me permite lembrar de coisas boas e,  outras,  nem tanto.

          Na noite em que a Vera Fischer concorreu ao Miss Universo, fomos eu e o amigo Vilmar Adami até a casa do Benjamim Dorini. O "Andaime" tinha um gravador de rolo e jaqueta xadrez, igualzinha à  que o "Tio Buja" estava usando quando se jogou da ponte. O Vilmar tentou evitar, mas não pode. Ele estava desiludido com a namorada e sumiu nas águas... (no outro dia o Chascove o resgatou com um gancho daqueles de tirar balde caído em poço).  Eu era muito amigo do Tio Buja, que era pedreiro. Até fui servente dele. Mas, como dizia, vimos "La Fischer" pela TV, lá no Dorini. Estava divina, mas perdeu. Teve muitas vitórias e muitas perdas na vida conturbada.

          Também está meio conturbada a da Marjorie Estiano, a Manu de "A Vida da Gente", que agora vai dar um tempo com o Rodrigo e ficará um ano em Floripa. Numa dessas a gente transforma ficção  em "real" e tropeça nela na Praça da Figueira, em Florianópolis. (Nas novelas das 9 dizem Florianópolis, na Malhação dizem "Floripa"). E é comum ficção e realidade si confundirem e me confundirem. Provavelmente, você também.

          Sou do tempo em que as pessoas eram mais simples. Não havia internet. Nem TV. Nem Chevette e Brasília ainda havia. Só tinha jeep, rural, pickup e fusquinha importado da Alemanhã, com o vidro traseiro bem pequeno, um oval. Mas digo que as pessoas eram simples e havia poucos doutores, só alguns  doutores da Medicina,  das Leis,  e um Engenheiro, o Flávio Zortea. Ainda hoje chamam farmacêuticos, dentistas, agronomos e veterinários de "doutor", embora a maioria deles nem mestrado tenha. Doutorado, nem pensar!...

          Lembro com simplicidade de algumas pessoas ilibadas, respeitadas, que tocavam seus comércios em Ouro e Capinzal, (não eram doutores) e tinham um costume comum: guardar o lápis atrás da orelha. E o usavam para anotar na caderneta o fiado que vendiam. Naquele tempo valia muito a palavra. Hoje há quem negue sua própria assinatura. (Nem mais usam bigode para não ter que desonrá-lo, sistematicamente). E, nas folhas dobradas de papel de embrulho, que havia sobre os balcões para empacotar as compras, faziam as "contas", habilmente, sem calculadora. Muitos nem faziam contas, calculavam tudo "de cabeça". Alías, cabeça, naquele tempo, servia para mais coisas que não fossem apenas usar chapéu ou boina.

          Posso lembrar do Jacob Maestri, do "Silvério" Baretta, cujo nome era Severino; do Carleto Póggere, do Arlindo Baretta, do Benjamim Miqueloto, do Vitorino Lucietti, do Anildo Mázera; do Alcides, do Leôncio e do Dorotheu Zuanazzi; do Marcos Penso, do Adelino Casara, do Pedro Surdi, do Valdomiro Morosini, do Atílio Barison, do Antônio Biarzi, do Ivo  Brol, do José Formentão, do David Seben, do Agenor Dalla Costa, do Vitório Baretta, do Oziris, do Orvalino e do Osvaldino  D ´Agostini; do Crivelatti, do Augusto Hoch, do Eugênio Tessaro, do Clemente Moresco, do Antoninho Sartori, do Selvino Viganó, do Older Póggere e, se pensar um pouco mais, de muitos e muitos outros, que foram comerciantes, comerciários e açougueiros e que não tinham calculadora, nem balanças automáticas, nem produtos previamente embalados, mas que, nem por isso, deixaram de atender com muita precisão nos cálculos e bom atendimento, seus clientes.

          Ah, mas têm uns "poréns" que preciso relatar: Não faz muito, vi uma distinta e jovem senhora gabar-se de que "só conseguia somar o valor do serviço  da pintura do cabelo e das unhas de mãos e pés, utilizando calculadora. (Se eu dissesse que seu cabelo não era castanho, você iria me tachar de preconceituoso, né?)...

          Outra vez, vi, (de novo,  com esses olhos que a terra há de comer), uma senhora distinta, com tatuagens delicadamente expostas nos ombros, à mesa de um restaurante, perguntar para a filha, que estava numa mesa próxima, almoçando com amigas: "Filha, carne tem carboidratos, não é?" E ela:  "Não, mãe, carne e ovos têm proteína, carboidrato tem no macarrão!)

          E, contam-me, e recuso-me a acreditar, que outra senhora, de mesma faixa etária que as outras duas, que se acha bem "instruída", pegou o mapa-múndi de pernas para o ar e estava a pedir ajuda às colegas para localizar o Brasil...

        É, sou antigo, mas preciso viver muito para contar tudo o que já vi neste mundo de Deus! Ah, antes que eu me esqueça: o gravador de rolo era para as serenatas.

Euclides Riquetti
03-01-2012

       

domingo, 1 de janeiro de 2012

Meu primeiro poema

Meu primeiro poema
Tinha que ser surpreendente
Tinha que contagiar num repente
Tinha que ter alma de gente
Meu primeiro poema.

Meu primeiro poema
Tinha que ter versos singelos
Como os lírios amarelos
Como os belos castelos
Meu primeiro poema.

Meu primeiro poema
Tinha que começar às onze horas
Para continuar até agora
Antes de nos irmos embora
Meu primeiro poema.

Seria um poema divino
Da alma branca lavada
Da noite abençoada
E da nova manhã esperada (da madrugada)
Ah, sim, seria um poema divino!

(Seria um poema perfeito
Sem nehum defeito)

Mas, como sou imperfeito
Como minhas métricas e rimas
Só consegui escrever
As palavras acima...

Para ti!

01-01-2012