Saí por aí, ao longo da estrada
Câmera digital em punho
(Uma câmera digital empunho)
Paisagem branca/prateada
Beleza ímpar na manhã de junho!
Saí por aí, subindo degraus
"Menos dois" é a temperatura
Plantas cobertas de alvura
(Eu e meus óculos de grau)
Tudo é branco, alma pura.
O sol da manhã em plenitude
Flecha a manhã gelada, gelada
Pelo frio que veio na madrugada
E doura a paisagem na planitude.
Torna ouro a prata da geada.
E eu volto pelos mesmos degraus
Eu e meus óculos de grau.
Euclides Riquetti
09-06-2012
sábado, 9 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
As maravilhas do passado no facebook - Time Ouro-Capinzal
Não tenho as habilidades digitais que muitos de meus amigos têm, mas procuro pessoas e informações no Doctor Google regularmente. Foi assim que redescobri o colega Francisco Samonek, que atua junto aos seringueiros, no Norte. É o Chico Mendes da hora. A comadre Vitória Brancher, madrinha da filha Caroline, no Mato Grosso do Sul. Até ex-alunos no exterior. E, de cada pessoa, sempre tenho uma lembrança.
Neste feriado do Corpo de Cristo, entrei no facebook e comecei a ver algumas fotos da turminha Capinzal-Ouro. Fiquei maravilhado com as mudanças das pessoas. A maioria nós, antigos magricelos, restamos um pouco maiores, com nossas nossas pretuberâncias abdominais, nossas calvícies ou cabelos agrisalhados (aqueles que ainda os têm). As colegas antigas, hoje senhoras, conseguem um desempenho sempre acima da média, pois cuidam-se melhor que os homens, investem mais nos cuidados com sua presença pessoal. Têm os belos cabelos, o rosto mais liso, a leveza de seu olhar mais suave, o corpo mais privilegiado. Parabéns a elas, todas. E, nós homens, que precisamos reconhecer que elas têm talentos e habilidades profissionais imedíveis, precisamos aplaudi-las.
Mas, pela ordem das fotos que vi, vou mensionar a característica que mais me faz lembrar de cada um (a):
Eluíza Andreoni (Santana), morava ali acima do Belisário Pena, tinha os cabelos bem encaracolados e me dizia que não tinha mais pai. Ela devia ter uns 8 ou 9 anos de idade e me perguntava porque eu carregava aquelas sacolas pesadas, até a casa do Bazzi, seu viznho.
Márcia Dambrós (Peixer): andava no banco de trás do DKW, do Olávio, no banco traseiro, ajudando a carregar a máquina fotográfica e o flash, incomodada pelo Romulado (Momo) e o Renato. A Dona Iolanda, ´no banco da frente. Também, antes, andavam no fusquinha.
Silvinho Santos: tinha uma bicicleta Monark, sem paralamas. Era um privilegiado. Poucos tinham uma Monark daquelas que o pedal não estragava. Jogava futebol n´Os Porcos.
Hilarinho Zortéa: era goleiro, jogou até no Loanbra (Lourenço Antônio Brancher), mas as pessoas achavam que era muito franzino e por isso deveria jogar na linha. Os grandalhões não gostavam de chutar bolas de futsal contra um goleiro mini-jovem.
Rubens Estêvão Bazzo: jogava futebol no juvenil da São José e chamavam-no de "Tevo". Batia pênaltis para seu lado esquerdo e direito do goleiro. Nós éramos do Palmeirinhas e dizíamos para meu primo Cosme, nosso goleiro: Ele bate o pênalti na sua direita. O Cosme ia para a esquerda, e o Rubens fazia gol.
Eloí Elisabeth Santos, agora Bocheco: poderia ter virado protética, mas gostava de poesias. E virou escritora bem conhecida. Carregava seus cadernos na frente do peito, como se fosse para se proteger, ou proteger suas poesias, contos, crônicas.
Paulo Eliseu Santos: jogava no Juvenil do Vasco, cabeça de área, com a camisa nº 5. Tirava os óculos para jogar, pois, nas outras horas, sempre o víamos de óculos.
Edi Pecinatto, esposa do Paulinho: a ruivinha, que veio da Carmelinda, estudava no Mater Dolorum e era muito agitada. E tinha forte espírito de liderança.
Denize Sartori: era fortinha, jogava bem caçador. Na hora de escolherem para o caçador e o volei, era a primeira a ser escolhida. Ajudou a pintar as camisetas SMR50. Fiz sucesso com uma dessas camisetas quando estudei em Porto União da Vitória.
Maria Luíza Morosini: jogava vôlei no Floresta, era tímida. No Baile da Formatura da CNEC, em 1971, estava de conjuntinho xadrez.
Meire Pelegrini, era a mais delicada ( e dedicada) aluna do Segundo Grau Magistério no Mater. Virou professora lá mesmo, cheia de moral com a Irmã Ignez, depois foi para Curitibanos. Era uma fera.
Sônia Módena: coitada daquela Brasília verde do Américo Módena. Todos dirigiam, mesmo sem habilitação... Fazia sucesso nos JECOs. Até fisgou o Polaco. Seria pelo futebol ou pelo violão?
Idnei Baretta: quietinho, falava pouco, mas pensava muito. Seu pai tinha uma Ford F-100 azul, que está lá na casa do Pedro Rech, em Linha Sagrado.
Jane Serena: Por trás daquela menina delicada sempre havia uma grande fera. Casou-se com o rapaz que veio fazer o cadastro imobiliário das prefeituras. Não sei qual era mais podferosa, se ela ou sua irmã Inelvis.
Darcy Callai: quando trabalhava no BB era sempre muito atencioso. Uma vez encostei um pouquino meu carro na lateral de seu Monza e fiquei preocupado. Nem estragou, mas eu lhe disse que arrumaria e ele falou: Nada disso. Não foi nada, amigo. Foi um gesto bonito de parte dele e passei admirá-lo. Aconteceu bem ali na frente da ótica do Callai, seu irmão.
Antônio Carlos Belotto: No Mater, eu nunca sabia se era ele ou o irmão gêmeo dele que estava na minha frente. Ajudou-nos na implantação do curso de Informática no Colégio Sílvio Santos. Ensinou-me o CDir (Change Directory) e o MD (make Directory. É que naquele tempo não havia sequer o mouse e só quem viveu a informática dos anos 80 sabe bem o que isso representa.
Ah, e tem a Vera C.B. Zortéa: ela era a "Moça Bradesco", usava camiseta branca com o nome do Banco escrito em vermelho no peito e calça comprida ou saia, ambas de um "vermelho ferrari". Tinha os cabelos escuros com franjas e casou-se com o Caio, grande amigão que nos deixou antes da hora.
Ah, lembrar dos costumes das pessoas é, para mim, motivo de alegria. Espero que compreendam que meu objetivo não é expô-las, mas sim homenageá-las. Foi bom, um dia de minha vida, tê-las conhecido. Abraços...
Euclides Riquetti
07-06-2012.
Neste feriado do Corpo de Cristo, entrei no facebook e comecei a ver algumas fotos da turminha Capinzal-Ouro. Fiquei maravilhado com as mudanças das pessoas. A maioria nós, antigos magricelos, restamos um pouco maiores, com nossas nossas pretuberâncias abdominais, nossas calvícies ou cabelos agrisalhados (aqueles que ainda os têm). As colegas antigas, hoje senhoras, conseguem um desempenho sempre acima da média, pois cuidam-se melhor que os homens, investem mais nos cuidados com sua presença pessoal. Têm os belos cabelos, o rosto mais liso, a leveza de seu olhar mais suave, o corpo mais privilegiado. Parabéns a elas, todas. E, nós homens, que precisamos reconhecer que elas têm talentos e habilidades profissionais imedíveis, precisamos aplaudi-las.
Mas, pela ordem das fotos que vi, vou mensionar a característica que mais me faz lembrar de cada um (a):
Eluíza Andreoni (Santana), morava ali acima do Belisário Pena, tinha os cabelos bem encaracolados e me dizia que não tinha mais pai. Ela devia ter uns 8 ou 9 anos de idade e me perguntava porque eu carregava aquelas sacolas pesadas, até a casa do Bazzi, seu viznho.
Márcia Dambrós (Peixer): andava no banco de trás do DKW, do Olávio, no banco traseiro, ajudando a carregar a máquina fotográfica e o flash, incomodada pelo Romulado (Momo) e o Renato. A Dona Iolanda, ´no banco da frente. Também, antes, andavam no fusquinha.
Silvinho Santos: tinha uma bicicleta Monark, sem paralamas. Era um privilegiado. Poucos tinham uma Monark daquelas que o pedal não estragava. Jogava futebol n´Os Porcos.
Hilarinho Zortéa: era goleiro, jogou até no Loanbra (Lourenço Antônio Brancher), mas as pessoas achavam que era muito franzino e por isso deveria jogar na linha. Os grandalhões não gostavam de chutar bolas de futsal contra um goleiro mini-jovem.
Rubens Estêvão Bazzo: jogava futebol no juvenil da São José e chamavam-no de "Tevo". Batia pênaltis para seu lado esquerdo e direito do goleiro. Nós éramos do Palmeirinhas e dizíamos para meu primo Cosme, nosso goleiro: Ele bate o pênalti na sua direita. O Cosme ia para a esquerda, e o Rubens fazia gol.
Eloí Elisabeth Santos, agora Bocheco: poderia ter virado protética, mas gostava de poesias. E virou escritora bem conhecida. Carregava seus cadernos na frente do peito, como se fosse para se proteger, ou proteger suas poesias, contos, crônicas.
Paulo Eliseu Santos: jogava no Juvenil do Vasco, cabeça de área, com a camisa nº 5. Tirava os óculos para jogar, pois, nas outras horas, sempre o víamos de óculos.
Edi Pecinatto, esposa do Paulinho: a ruivinha, que veio da Carmelinda, estudava no Mater Dolorum e era muito agitada. E tinha forte espírito de liderança.
Denize Sartori: era fortinha, jogava bem caçador. Na hora de escolherem para o caçador e o volei, era a primeira a ser escolhida. Ajudou a pintar as camisetas SMR50. Fiz sucesso com uma dessas camisetas quando estudei em Porto União da Vitória.
Maria Luíza Morosini: jogava vôlei no Floresta, era tímida. No Baile da Formatura da CNEC, em 1971, estava de conjuntinho xadrez.
Meire Pelegrini, era a mais delicada ( e dedicada) aluna do Segundo Grau Magistério no Mater. Virou professora lá mesmo, cheia de moral com a Irmã Ignez, depois foi para Curitibanos. Era uma fera.
Sônia Módena: coitada daquela Brasília verde do Américo Módena. Todos dirigiam, mesmo sem habilitação... Fazia sucesso nos JECOs. Até fisgou o Polaco. Seria pelo futebol ou pelo violão?
Idnei Baretta: quietinho, falava pouco, mas pensava muito. Seu pai tinha uma Ford F-100 azul, que está lá na casa do Pedro Rech, em Linha Sagrado.
Jane Serena: Por trás daquela menina delicada sempre havia uma grande fera. Casou-se com o rapaz que veio fazer o cadastro imobiliário das prefeituras. Não sei qual era mais podferosa, se ela ou sua irmã Inelvis.
Darcy Callai: quando trabalhava no BB era sempre muito atencioso. Uma vez encostei um pouquino meu carro na lateral de seu Monza e fiquei preocupado. Nem estragou, mas eu lhe disse que arrumaria e ele falou: Nada disso. Não foi nada, amigo. Foi um gesto bonito de parte dele e passei admirá-lo. Aconteceu bem ali na frente da ótica do Callai, seu irmão.
Antônio Carlos Belotto: No Mater, eu nunca sabia se era ele ou o irmão gêmeo dele que estava na minha frente. Ajudou-nos na implantação do curso de Informática no Colégio Sílvio Santos. Ensinou-me o CDir (Change Directory) e o MD (make Directory. É que naquele tempo não havia sequer o mouse e só quem viveu a informática dos anos 80 sabe bem o que isso representa.
Ah, e tem a Vera C.B. Zortéa: ela era a "Moça Bradesco", usava camiseta branca com o nome do Banco escrito em vermelho no peito e calça comprida ou saia, ambas de um "vermelho ferrari". Tinha os cabelos escuros com franjas e casou-se com o Caio, grande amigão que nos deixou antes da hora.
Ah, lembrar dos costumes das pessoas é, para mim, motivo de alegria. Espero que compreendam que meu objetivo não é expô-las, mas sim homenageá-las. Foi bom, um dia de minha vida, tê-las conhecido. Abraços...
Euclides Riquetti
07-06-2012.
Lembrar do Passado
Ah, relembrar do passado é coisa que muito me atrai. Todo dia, quando saio de Joaçaba para o Ouro, onde trabalho, bem cedinho, dirijo devagar e vou escutando o rádio, noticiários. Ou escutando meus MP3s, com The Beatles, Bee Gees, Lobo, Nazareth, Credence, Clearwater Revival e muitos outros de minha geração, também sua, leitor(a). E, escutar músicas do passado, leva meu pensamento para os tempos já idos...
À tarde, na volta, venho escutando o Rádio Saudade, na Rádio Catarinense, onde ouço muitas músicas boas, que me trazem as melhores lembranças, da época em que era "fininho", magricela, cabeludo. E, à noite, entro em meia dúzia de sites que trazem notícias da região: vejaovale.com.br (de amigos, alguns meus ex-alunos de Capinzal e Ouro, como o Júnior Gotardo e o Marlon Matiello, o Vilmar Rebelato, cantor de Rock, e outros amigos); o ederluiz.com (o Éder foi nosso aluno no Sílvio Santos, em Ouro, e depois estudou no Belisário Pena, em Capinzal, trabalhou nas TVs Record e RBS, em Santa Catarina, e atua em Joaçaba); o radiocatarinense.com.br (Joaçaba); o rcidade.fm.br (de Ouro, comandado pelo amigo Alex, junto à Cidade FM, da Associação de Difusão Comunitária Prefeito Luiz Gonzaga Bonissoni).
Tem também o radiobarrigaverde.am.br e o radiocapinzal.am.br (conectado com o Jornal A Semana); e o jornalotempo.com.br, estes de Capinzal. Bem, se você acessar uma parte deles, já fica sabendo tudo o que acontece no Baixo e Médio Vale do Rio do Peixe. Mas, o que tem isso a ver com "lembrar do passado?" Ah, tem sim! É que um dia as pessoas que organizam esses sites ou fazem parte dos noticiários que se lê neles, de uma ou outra forma, fizeram parte de nossa vida. E, hoje, de alguma maneira, nos ajudam, mesmo na ausência, sabermos de como vão as coisas em nossas ciddes.
Mas, quando entro nesse caminho de lembrar dos meios de comunicação, remeto-me ao tempo da Rádio Clube, sucessora da Rádio Sulina Ltda., de Capinzal: do Márcio Rodrigues ( o Pimba), do Chaves, do Vilmar Matté, do Lourenço de Lima, do Válter Bazzo, do Aderbal Meyer (Barzinho), da Alda Viecelli (Meyer), da Mariza Calza (que atuava na Administração), que no ano de 1971971, rodavam aqueles bolachões de vinil, pretos ( e que a professora Valdomira Zortéa dizia que eram feitos, muitos deles, com cera de Carnaúba...). E até o Ênio Bonissoni fazia, de vez em quando, uns comentários no Jornal do Meio Dia.
Depois, vinha aquele sargento da PM com a "Ronda Policial", usando, ao final, o bordão: "Se você não que que apareça, não deixe que aconteça!!! E, todos nós, nos comportávamos na "Cabana", no "Primeiro de Maio", ou no "Clube União, de Piratuba", para que nossas baladas fossem normais e não caíssemos na Ronda. E, no final da tarde, o Terto (Tertolino Silva), com aquelas saudosas gauchescas em sua gaita. Naquele tempo eu achava isso "cafona". Agora, alguns diriam que isso é "brega". Hoje, acho que é uma página de nossa cultura que merece ser lembrada, até mesmo dos recados que o Joanin Rech mandava na "Hora dos Avisos", ao meio dia, para a esposa, lá da Linha Sagrado: "João Rech Sobrinho avisa sua esposa, em Linha Sagrado, que volta para casa só de tarde e que vai ficar almoçando na Churrascaria do Chascove". Tenho lembrado. E tenho dito.
Euclides Riquetti
07-06-2012
À tarde, na volta, venho escutando o Rádio Saudade, na Rádio Catarinense, onde ouço muitas músicas boas, que me trazem as melhores lembranças, da época em que era "fininho", magricela, cabeludo. E, à noite, entro em meia dúzia de sites que trazem notícias da região: vejaovale.com.br (de amigos, alguns meus ex-alunos de Capinzal e Ouro, como o Júnior Gotardo e o Marlon Matiello, o Vilmar Rebelato, cantor de Rock, e outros amigos); o ederluiz.com (o Éder foi nosso aluno no Sílvio Santos, em Ouro, e depois estudou no Belisário Pena, em Capinzal, trabalhou nas TVs Record e RBS, em Santa Catarina, e atua em Joaçaba); o radiocatarinense.com.br (Joaçaba); o rcidade.fm.br (de Ouro, comandado pelo amigo Alex, junto à Cidade FM, da Associação de Difusão Comunitária Prefeito Luiz Gonzaga Bonissoni).
Tem também o radiobarrigaverde.am.br e o radiocapinzal.am.br (conectado com o Jornal A Semana); e o jornalotempo.com.br, estes de Capinzal. Bem, se você acessar uma parte deles, já fica sabendo tudo o que acontece no Baixo e Médio Vale do Rio do Peixe. Mas, o que tem isso a ver com "lembrar do passado?" Ah, tem sim! É que um dia as pessoas que organizam esses sites ou fazem parte dos noticiários que se lê neles, de uma ou outra forma, fizeram parte de nossa vida. E, hoje, de alguma maneira, nos ajudam, mesmo na ausência, sabermos de como vão as coisas em nossas ciddes.
Mas, quando entro nesse caminho de lembrar dos meios de comunicação, remeto-me ao tempo da Rádio Clube, sucessora da Rádio Sulina Ltda., de Capinzal: do Márcio Rodrigues ( o Pimba), do Chaves, do Vilmar Matté, do Lourenço de Lima, do Válter Bazzo, do Aderbal Meyer (Barzinho), da Alda Viecelli (Meyer), da Mariza Calza (que atuava na Administração), que no ano de 1971971, rodavam aqueles bolachões de vinil, pretos ( e que a professora Valdomira Zortéa dizia que eram feitos, muitos deles, com cera de Carnaúba...). E até o Ênio Bonissoni fazia, de vez em quando, uns comentários no Jornal do Meio Dia.
Depois, vinha aquele sargento da PM com a "Ronda Policial", usando, ao final, o bordão: "Se você não que que apareça, não deixe que aconteça!!! E, todos nós, nos comportávamos na "Cabana", no "Primeiro de Maio", ou no "Clube União, de Piratuba", para que nossas baladas fossem normais e não caíssemos na Ronda. E, no final da tarde, o Terto (Tertolino Silva), com aquelas saudosas gauchescas em sua gaita. Naquele tempo eu achava isso "cafona". Agora, alguns diriam que isso é "brega". Hoje, acho que é uma página de nossa cultura que merece ser lembrada, até mesmo dos recados que o Joanin Rech mandava na "Hora dos Avisos", ao meio dia, para a esposa, lá da Linha Sagrado: "João Rech Sobrinho avisa sua esposa, em Linha Sagrado, que volta para casa só de tarde e que vai ficar almoçando na Churrascaria do Chascove". Tenho lembrado. E tenho dito.
Euclides Riquetti
07-06-2012
terça-feira, 5 de junho de 2012
Cumplicidade
Há uma cumplicidade entre nós dois:
Uma palavra que rima com felicidade
Há uma pequena distância que não conta
Porque depois, depois da saudade
Vem sempre o reencontro, o amor de verdade.
Euclides Riquetti
Reeditada em 05-06-2012
"Especial para o Dia dos namorados"
Uma palavra que rima com felicidade
Há uma pequena distância que não conta
Porque depois, depois da saudade
Vem sempre o reencontro, o amor de verdade.
Euclides Riquetti
Reeditada em 05-06-2012
"Especial para o Dia dos namorados"
Cineasta Rogério Sganzerla: um joaçabense brasileiro
O Curso de Comunicação da Unoesc de Joaçaba promoveu, nesta segunda, 04-06-2012, mais uma "Noite da Pipoca", em que teve no seu clímax a apresentação do filme produzido e dirigido pela atriz Helena Ignez (que esteve presente no auditório Afonso Dresch), "Luz nas Trevas - A Revolda da Luz Vermelha".
O evento teve como escopo enfocar o próprio Rogério Esganzerla, cineasta nascido em Joaçaba, sagitariano de 26 de novembro de 1946, ( e falecido em 2004), a apresentação do filme dirigido pela atriz Helena Ignez, que fora sua musa em toda a sua vida e ex do não menos renomado Glauber Rocha. No mais famoso filme de Sganzerla, "O Bandido da Luz Vermelha", de 1968, quando ele tinha apenas 22 anos, estrelaram, dentre outros, Paulo Villaça, Renato Consorte, Sônia Braga, Ítala Nandi, Sérgio mamberti e ela, sua musa Helena Ignez". O filme foi um sucesso na época, quando o jovem cineasta joaçabense, após 4 anos escrevendo sobre cinema no jornal O Estado de São Paulo, assumiu sua verdadeira vocação: a de dirigir filmes.
Honrosamente, acompanhei a vida de Sganzerla desde 1966, quando eu lia alguma coisa sobre ele no Jornal O Vale, que era produzido em Videira e circulava também em Capinzal e Ouro. Ainda, ouvia as polêmicas sobre ele nas Rádios Herval D´Oeste e Sociedade Catarinense, de Joaçaba.
Como todo o jovem contestador, uma declaração de arroubo do cineasta, quando devia ter cerca de 20 anos, causou a maior polêmica em sua cidade natal: teria dito que Joaçaba era o "ânus (mas usando aquela outra palavra horrorosa, de uma sílaba que a substitui), do mundo". Ser o "ânus do mundo" era um qualificativo horrível, e a classe política de Joaçaba se mobilizou, a Câmara Municipal de Vereadores queria que fosse considerada "persona non grata" de Joaçaba (não sei se conseguiram, mas ainda descobrirei bem isso...). Bem, isso o promoveu ainda mais, pois sendo bem conhecido no eixo Rio-São Paulo, por aqui era apenas o filho do comerciante Albino Sganzerla e de Dona Zenaide, uma senhora simpática que aqui vive. Aliás, conversei algumas vezes com o seu irmão, Angelo Clemente Sganzerla, que produziu o filme "Aos Espanhóis Conphinantes", e que me confessou que seu sonho é filmar "A Guerra do Contestado", que era um sonho do Rogério e do falecido ex-Governador/Senador Vilson Pedro Kleinubing, que queriam o Anthony Queen com ator principal, vivendo a personagem Monje João Maria. E ainda restam aí sua irmã e o irmão, Albininho, bem como a mãe. O pai, Albino, virou nome da Rua que passa ao lado de minha casa, em Joaçaba...
Mas, voltando ao cinema, Helena Ignez veio apresentar o filme cujo roteiro ganhou de presente do marido, quando ele estava doente, com um tumor no cérebro, e só agora foi possível colocá-lo no mercado brasileiro. A filha de Ignez e Rogério, Djin Sganzerla, contracena com seu marido, o ator André Guerreiro Lopes, e a fita está rodando no Rio e em São Paulo, sendo que em poucos dias deverá estar nas salas de cinema dos shopping-centers do Brasil.
Ah, para lembrar aos amigos leitores, o diretor Rogério Sganzerla (que chegou a correr automobilismo em Interlagos), foi marcante na geração pop brasileira dos anos 60. Produziu, mais adiante "O Signo do Caos" e quase duas dezenas de filmes. Veja parte da letra da música que foi o maior sucesso da cantora Gal Costa, gravada em 1969, em que ele é mencionado, juntamente com as feras da "Jovem Guarda" brasileira:
"Meu nome é Gal, tenho 24 anos
Nasci na Barra Avenida, Bahia
Todo dia eu sonho alguém pra mim
Acredito em Deus, gosto de baile, cinema
Admiro Caetano, Gil, Roberto, Erasmo, Macalé
Paulinho da Viola, Lanny, ROGÉRIO SGANZERLA,
Jorge Ben, Rogério Duprat, Wally,
Dircinho, Nando
E o pessoal da pesada.
E seu um dia em tiver alguém com bastante amor pra me dar
Não precisa sobrenome
Pois é o amor que faz o homem"
Rogério foi um de meus ídolos de juventude.
Euclides Riquetti
05-06-2012
O evento teve como escopo enfocar o próprio Rogério Esganzerla, cineasta nascido em Joaçaba, sagitariano de 26 de novembro de 1946, ( e falecido em 2004), a apresentação do filme dirigido pela atriz Helena Ignez, que fora sua musa em toda a sua vida e ex do não menos renomado Glauber Rocha. No mais famoso filme de Sganzerla, "O Bandido da Luz Vermelha", de 1968, quando ele tinha apenas 22 anos, estrelaram, dentre outros, Paulo Villaça, Renato Consorte, Sônia Braga, Ítala Nandi, Sérgio mamberti e ela, sua musa Helena Ignez". O filme foi um sucesso na época, quando o jovem cineasta joaçabense, após 4 anos escrevendo sobre cinema no jornal O Estado de São Paulo, assumiu sua verdadeira vocação: a de dirigir filmes.
Honrosamente, acompanhei a vida de Sganzerla desde 1966, quando eu lia alguma coisa sobre ele no Jornal O Vale, que era produzido em Videira e circulava também em Capinzal e Ouro. Ainda, ouvia as polêmicas sobre ele nas Rádios Herval D´Oeste e Sociedade Catarinense, de Joaçaba.
Como todo o jovem contestador, uma declaração de arroubo do cineasta, quando devia ter cerca de 20 anos, causou a maior polêmica em sua cidade natal: teria dito que Joaçaba era o "ânus (mas usando aquela outra palavra horrorosa, de uma sílaba que a substitui), do mundo". Ser o "ânus do mundo" era um qualificativo horrível, e a classe política de Joaçaba se mobilizou, a Câmara Municipal de Vereadores queria que fosse considerada "persona non grata" de Joaçaba (não sei se conseguiram, mas ainda descobrirei bem isso...). Bem, isso o promoveu ainda mais, pois sendo bem conhecido no eixo Rio-São Paulo, por aqui era apenas o filho do comerciante Albino Sganzerla e de Dona Zenaide, uma senhora simpática que aqui vive. Aliás, conversei algumas vezes com o seu irmão, Angelo Clemente Sganzerla, que produziu o filme "Aos Espanhóis Conphinantes", e que me confessou que seu sonho é filmar "A Guerra do Contestado", que era um sonho do Rogério e do falecido ex-Governador/Senador Vilson Pedro Kleinubing, que queriam o Anthony Queen com ator principal, vivendo a personagem Monje João Maria. E ainda restam aí sua irmã e o irmão, Albininho, bem como a mãe. O pai, Albino, virou nome da Rua que passa ao lado de minha casa, em Joaçaba...
Mas, voltando ao cinema, Helena Ignez veio apresentar o filme cujo roteiro ganhou de presente do marido, quando ele estava doente, com um tumor no cérebro, e só agora foi possível colocá-lo no mercado brasileiro. A filha de Ignez e Rogério, Djin Sganzerla, contracena com seu marido, o ator André Guerreiro Lopes, e a fita está rodando no Rio e em São Paulo, sendo que em poucos dias deverá estar nas salas de cinema dos shopping-centers do Brasil.
Ah, para lembrar aos amigos leitores, o diretor Rogério Sganzerla (que chegou a correr automobilismo em Interlagos), foi marcante na geração pop brasileira dos anos 60. Produziu, mais adiante "O Signo do Caos" e quase duas dezenas de filmes. Veja parte da letra da música que foi o maior sucesso da cantora Gal Costa, gravada em 1969, em que ele é mencionado, juntamente com as feras da "Jovem Guarda" brasileira:
"Meu nome é Gal, tenho 24 anos
Nasci na Barra Avenida, Bahia
Todo dia eu sonho alguém pra mim
Acredito em Deus, gosto de baile, cinema
Admiro Caetano, Gil, Roberto, Erasmo, Macalé
Paulinho da Viola, Lanny, ROGÉRIO SGANZERLA,
Jorge Ben, Rogério Duprat, Wally,
Dircinho, Nando
E o pessoal da pesada.
E seu um dia em tiver alguém com bastante amor pra me dar
Não precisa sobrenome
Pois é o amor que faz o homem"
Rogério foi um de meus ídolos de juventude.
Euclides Riquetti
05-06-2012
domingo, 3 de junho de 2012
Adorável Pecadora
Pessoas são providas de virtudes e defeitos. Não há o "ser perfeito", praticamente não há unanimidade sobre coisas e pessoas, tanto que existe um dito munto popular: "toda a unanimidade é burra". Então, há convergências de opinião maiores ou menores. Num julgamento, quando tribunais de juízes decidem por unanimidade, embora seja a decisão que eles têm como a justa, há pessoas que não concordam com eles. Também nas câmaras legislativas, votações por unanimidade, contra ou a favor de algo, são condenáveis por uma maioria ou minoria dos cidadãos contextuados como "opinião pública".
Uma dessas unanimidades, por seu talento e beleza, foi Norma Jeane Mortenson, americana, que fez par com Ivo Livi, ítalo-francês, em "Let´s make love", que literalmente pode ser traduzido como "Vamos fazer amor" ou "Façamos amor". O filme, entretanto, teve seu título lançado ao Brasil, em 1960, como "Adorável Pecadora". Ah, leitor (a), começas a buscar uma faísca de entendimento? É um dos 30 filmes estrelado por "La Monroe". Melhor, agora, né? Ah, o né? (não é?), seria o "isn´t it?" dos americanos, da turma lá de Los Angeles, onde a celebridade nasceu como Norma Jeane e, aos 18 anos, adotou o nome Marilyn porque era bastante popular entre os americanos e, Monroe, porque era o sobrenome de sua avó materna. E o italiano da Toscana, Ivo Livi, virou o franco "Yves Montand", que também fez mais de 30 filmes e, dizem, até namorou a atriz. Ambos atuavam como atores e cantores.
Contrariando a opinião de muitos de que pessoas muito bonitas arrumam emprego nos meios artísticos pela sua beleza, Marilyn Monroe tinha muito talento. Nasceu em 1926, viveu até em orfanato, casou-se, pela primeira vez, aos 16, trabalhou em fábrica, divourciou-se aos 20, quando fez seu primeiro contrato com a 24th Century Fox, ganhando US 125.00 por semana, o que era bastante para a época. Fora descoberta pelo fotógrafo Davis Conover, e dali para o estrelato foi uma questão de tempo, curto tempo.
No filme que assisti, e recomendo para você, produzido em 1960, ela é uma atiz de teatro que sensibiliza um rico empresário, bilionário, interpretado por Montand. Sensual, encantadora, jovial e sedutora. Passam-se, no filme, aquelas cenas de comédia romântica, que assistíamos no Cine Glória, em nossa adolescência. Na época, achávamos aqueles "filmes de amor" muito chatos. Preferíamos o "Tarzan", o "Mazzarópi", o "Ringo" (Guiliano Gemma), e outros westerns, com uma mega troupe de atores holliudianos. Agora, comparo-o aos modernos filmes românticos a que assisto no Telecine Touch.
Ah, La Monroe disse, um dia: "Eu também tenho sentimentos. Ainda sou humana. Tudo o que eu quero é ser amada pela pessoa que sou e pelo meu talento". É, amigo (a), talento e beleza inquestionáveis, na atriz que nos deixou com apenas 36 anos, muito sucesso, e cuja a morte até hoje não foi bem explicada. Sou seu fã, Marilyn Monroe.
Euclides Riquetti
03-06-2012
Uma dessas unanimidades, por seu talento e beleza, foi Norma Jeane Mortenson, americana, que fez par com Ivo Livi, ítalo-francês, em "Let´s make love", que literalmente pode ser traduzido como "Vamos fazer amor" ou "Façamos amor". O filme, entretanto, teve seu título lançado ao Brasil, em 1960, como "Adorável Pecadora". Ah, leitor (a), começas a buscar uma faísca de entendimento? É um dos 30 filmes estrelado por "La Monroe". Melhor, agora, né? Ah, o né? (não é?), seria o "isn´t it?" dos americanos, da turma lá de Los Angeles, onde a celebridade nasceu como Norma Jeane e, aos 18 anos, adotou o nome Marilyn porque era bastante popular entre os americanos e, Monroe, porque era o sobrenome de sua avó materna. E o italiano da Toscana, Ivo Livi, virou o franco "Yves Montand", que também fez mais de 30 filmes e, dizem, até namorou a atriz. Ambos atuavam como atores e cantores.
Contrariando a opinião de muitos de que pessoas muito bonitas arrumam emprego nos meios artísticos pela sua beleza, Marilyn Monroe tinha muito talento. Nasceu em 1926, viveu até em orfanato, casou-se, pela primeira vez, aos 16, trabalhou em fábrica, divourciou-se aos 20, quando fez seu primeiro contrato com a 24th Century Fox, ganhando US 125.00 por semana, o que era bastante para a época. Fora descoberta pelo fotógrafo Davis Conover, e dali para o estrelato foi uma questão de tempo, curto tempo.
No filme que assisti, e recomendo para você, produzido em 1960, ela é uma atiz de teatro que sensibiliza um rico empresário, bilionário, interpretado por Montand. Sensual, encantadora, jovial e sedutora. Passam-se, no filme, aquelas cenas de comédia romântica, que assistíamos no Cine Glória, em nossa adolescência. Na época, achávamos aqueles "filmes de amor" muito chatos. Preferíamos o "Tarzan", o "Mazzarópi", o "Ringo" (Guiliano Gemma), e outros westerns, com uma mega troupe de atores holliudianos. Agora, comparo-o aos modernos filmes românticos a que assisto no Telecine Touch.
Ah, La Monroe disse, um dia: "Eu também tenho sentimentos. Ainda sou humana. Tudo o que eu quero é ser amada pela pessoa que sou e pelo meu talento". É, amigo (a), talento e beleza inquestionáveis, na atriz que nos deixou com apenas 36 anos, muito sucesso, e cuja a morte até hoje não foi bem explicada. Sou seu fã, Marilyn Monroe.
Euclides Riquetti
03-06-2012
Assinar:
Postagens (Atom)