sábado, 12 de março de 2022

Eu preciso de uma palavra...

 



Eu preciso de uma palavra
Que me falta
Não para escrever um soneto
Nem para compor um concerto
Mas para te fazer um poema...

Eu preciso de uma palavra
Que não esteja no dicionário
Mas que pode estar num sacrário
Que se esconde num coração!

Eu preciso de uma palavra
Que eu nunca a tenha encontrado
Que nenhum poeta tenha usado
Para compor uma canção!

Eu preciso encontrar a palavra certa
Que me deixe uma porta aberta
Para chegar até você...

Uma palavra envolvente
Que possa me levar, lentamente
Para dentro de você...

E, mesmo que na longa distância
Eu possa transpor as barreiras
E de uma ou outra maneira
Chegar perto de você...

( Distância,  palavra cruel
Que inspira o menestrel
Mas que tortura os amantes
E que nem os mundo andantes
Não conseguem superar ).

Distância que leva à loucura
Que nos maltrata e tortura
Aqui e em qualquer lugar
Mas que não impede meu pensamento
De em seu íntimo  aportar...


Euclides Riquetti

O sorriso que brilha

 


 





O sorriso que brilha
É como ouro que reluz
É como o corpo que seduz
Mesmo que em alma maltrapilha.

O sorriso singular
É aquele que me atrai
É aquele que vem e que vai
Que me convida a viver e sonhar.

O sorriso mais puro
É aquele que me encanta
É aquele da voz que canta
Que brilha no claro e no escuro.

O teu sorriso aberto
Estampa em ti a sutileza
Em teu rosto de luz e beleza
Que inspira a compor-te os versos:

Versos românticos para quem partilha
O sorriso que tanto brilha!

Euclides Riquetti

Jeans apertados (pele cheiro de paixão)

 


 


Jeans apertados (pele cheiro de paixão)



Jeans apertados
Pura sensualidade
Corpo bem moldado
Fatal casualidade!

Jeans índigo blue
Rosto fascinação
Maravilha azul
Mulher, corpo, coração

Jeans marcam silhueta
Fantástica atração
Branca ou preta camiseta
Divina é a combinação

Roupa muito apertada
Nas linhas da perfeição
Pele morena, bronzeada
Pele cheiro de paixão!

Euclides Riqueti

Brancas Gaivotas flutuam no ar

 


 




Brancas gaivotas flutuam no ar
E mergulham no mar...
É um grande mar oceano
Que balança, soberano
E desenha o reflexo solar!

O azul do Sul, do céu claro
Não precisa nenhum reparo...
O verde da imensidão, infinito
E o barco abençoado, bendito
Projetam um espetáculo raro!

Na tarde bela de abril
Passa morena-jambo, passa loira bronzeada
E fica-me a lembrança gravada
Da nuvem descansada
No céu pintado de anil!

Poeta pintor das almas alheias
Pinta corpos esbeltos, jogados no chão
Num belo cenário de contos de sereias
Pinta os pés desnudos que alisam as areias
E os pensamentos se ancoram no porto ilusão.

É tudo assim
É um mar sem fim
É uma verdadeira beleza
É nossa pródiga natureza
São lembranças que levo pra mim!...



Praia de Canasvieiras, Florianópolis, 12 de abril de 2010.

Se dói tua alma...

 







Se dói a tua alma de dor enferma
Doem meus braços que te seguram
Sofrimento e dor na vida efêmera
Doem meus olhos que te procuram.

Se tua alma enferma dói de paixão
Se dói de dor teu coração abalado
Se tua vida é um cantar sem emoção
Viajo pelo céu para estar a teu lado.

A dor d´alma é pior que a dos braços
Porque esta te maltrata em dia frio
Pois aquela, pior que meus cansaços
Mata com sua dor meu orgulho e brio.

Anda, então, busca o novo, o vivo
Rende-te aos novos e ousados desafios
Vem encontrar-me em meu atual abrigo
Busca novos ares mesmo que bravios.

Euclides Riquetti

Amei amar-te e ter-te amado!

 


 

Já ouviu falar na Praia de Canasvieiras? Veja o que fazer nesse ...


Amei amar-te e ter-te amado
Perdidamente
Imagino que amei e possa ter sido amado
Mas tudo acabou num repente
Ficou um coração partido e desolado!

Amei amar-te e ter-te amado
Sinceramente
Deve ter sido um ato do amor idealizado
Algo que deveria ser permanente
Mas que não deu nenhum resultado!

Amei amar-te e ter-te amado
Fielmente
Um amor verdadeiro, puro e exacerbado
Foi algo bem forte, realmente
Talvez um ponto azul no passado!

Amei amar-te e ter-te amado
Simplesmente
Mas depois fui ignorado
Escanteado eu fui solenemente
Foi apenas mais um sonho sonhado!

Euclides Riquetti

Quando a chuva parou de cair

 


 



Quando a chuva parou de cair no telhado
E já era bem de tardinha
Restava o ar fresco e o chão molhado
A calçada lisa,  e a graminha
Suspendia as pétalas que caíram com o vento...

E elas se misturavam com as folhas já castanhas
E se confundiam com meus sentimentos
E com meus pensamentos
Nas horas tristes e estranhas...

E uma melancólica melodia vinha
De algum lugar
Para pousar
Em meus ouvidos e na pele minha!


E eu divagava...
Andava, em trenós ou andores
Eu, meus anseios e minhas dores
Eu, meus devaneios e meus desamores
A escrever-lhe meus versos
E a espalhá-los no universo
Enquanto eu chorava
Quando a chuva parou de cair!

Euclides Riquetti

De mãos e de braços dados com seu sorriso

 




Dize-me que me amas e eu direi que te amo
Dize-me que me queres e eu direi que te quero
Dize-me que precisas de mim e direi que preciso de ti
Porque, na noite longa,  eu te procuro e te chamo
No dia claro eu te busco  e com saudades te espero
Adoro quando vibras, quando, alegre, me sorris!

Dize-me que não há espaço para as lamentações
E que em cada novo dia esperas por mais uma vitória
Dize-me que nossas almas e nossos corações
Já têm um caminho juntos, compartilham uma história
Dize-me que nossos caminhos levam-nos sempre a um lugar
Onde possamos nos termos e nosso desejo saciar.

E, se tudo o que desejarmos se tornar verdadeiro
Se nossos sonhos puderem  ser compartilhados
Se nos pudermos entregar  um ao outro por inteiro
E nossos ideais puderem,  sempre,  serem alcançados
Viveremos ainda dias muito animados e prazenteiros
E caminharemos  juntos, de mãos e de braços dados.

Euclides Riquetti

Parodiando o poeta


 


 
 
 
 

 
 





De poeta e de louco
Eu também tenho, sim, um pouco!
Tenho um pouco de cantador
Tenho um pouco de compositor
Apenas um pouco...

Tenho um pouco de profeta
Tenho um pouco de poeta:
O profeta prediz
O poeta diz
O louco -  desdiz
Mas é feliz!

E eu, que sou poeta
Nos poemas que eu já fiz
Escrevi as palavras certas
Pra mim e pra ti.
Escrevi!...
 
Euclides Riquetti

Acredite no amanhã

 


 







Acredite, sempre, no amanhã
Pois, em cada novo dia,  são-nos oferecidas novas possibilidades
Há em cada ser humano um afã
O ímpeto da superação
A força que brota do coração
E que torna guerreira a mulher que tem forte personalidade.

Eu também acredito nas novas jornadas
Das pessoas que vão à luta
Que têm firme a sua conduta...

Acredito, firmemente, nos bons propósitos
Nos ideais a serem alcançados
Para que os obstáculos sejam superados!

Confio na força de Deus e na fibra de vencedores e vencedoras.
Confio no desejo de vitória que há em cada ser.
Confio nas pessoas dignas e defensoras
Do direito de amar e de bem viver.

Por isso mesmo, eu acredito
Eu acredito em você!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 11 de março de 2022

A fuga da alma

 


 




A fuga da alma não tem estradas
Não tem espaço onde se esconder
Não há como deixar de se viver
Aquilo que já se sentiu na caminhada...

Se se foge do corpo, não se foge dela
Se se foge do pensamento que persegue
Não se foge da lua nem mesmo da estrela
Não há força que nos carregue...


A fuga da alma não tem estradas
Não tem espaço onde se esconder
Não há como deixar de se viver
Aquilo que já se sentiu na caminhada...

Se se busca um porto e não se encontra
É porque não temos o rumo certo
O mundo novo que nos amedronta
É o mesmo que nos inspira a novo verso...


A fuga da alma não tem estradas
Não tem espaço onde se esconder
Não há como deixar de se viver
Aquilo que já se sentiu na caminhada...

Euclides Riquetti

Eu queria ser os pingos da chuva

 



Eu queria ser os pingos da chuva
Que molham você
Que escorrem pelo seu corpo
Que alisam seus cabelos loiros
E que beijam seus lábios vermelhos!

Eu queria ser o sol que seca sua roupa
Os lábios que enfeitam sua boca
E que você admira no espelho
E que a tornam uma bela mulher
Mas você não me quer...

Eu queria ser a letra da canção
Ser também o seu repetido refrão
Mas você não me quer

Eu queria ser a noite de lua
A parreira onde você colhe as uvas
Mas você não me quer...

Então só me resta pensar
Desejar
Escrever
E ser os pingos da chuva
Que refrescam a uva
Que você colhe!

Euclides Riquetti


Sinta-se carinhosamente abraçada...

 



Sinta-se carinhosamente abraçada
Desejada
Beijada
Amada...

Sinta-se completamente querida
Envolvida
Sentida
Enternecida....

Sinta-se uma mulher pousada nas nuvens flutuantes
Cortejada por andantes
Por ávidos amantes
Como nunca antes...

Sinta-se a mulher formosa
Bonita e poderosa
Que me encanta,me atrai
Me balança por demais
E me estonteia
E que me chama para deitar-me
Contigo na areia.

E eu vou...

Euclides Riquetti

Beijar teus lábios... acariciar teus cabelos

 


Há coisas que faço  com  muito gosto:

Beijar teus lábios me deixa excitado
Acariciar  teus cabelos me deixa encantado
O teu olhar me tem perturbado...
Mas,  o que  mais me apraz,  é afagar teu rosto.

Beijar-te com volúpia e voracidade:
Despertar em ti instintos adormecidos
Abraçar teu corpo totalmente despido
Andar por caminhos desconhecidos...
Amar-te por toda a eternidade.

Dizer ao mundo que somos felizes:
Distribuir rosas em todos os lugares
Surpreender mentes, suscitar olhares
De mãos dadas, por onde quer que  andares...
Viver as cores do amor em todos  os matizes.

Andemos, musa inspiradora de meus pobres versos
Apenas nós dois, nos vales do universo!
Apenas nós dois, por caminhos incertos
Andemos nas cidades, andemos nos desertos
Mas andemos, de mãos dadas, andemos...

Euclides Riquetti

Te quero

 





Te quero e não tenho nenhuma dúvida disso
Deixei-te isso bem claro, já faz muito tempo
És dona de meu corpo e do meu pensamento
Sou um poeta, apenas, sempre a teu serviço!

Te quero muito e nada há que possa me mudar
Digo-te agora, já te disse antes e ainda direi
Em ti me inspiro, em ti sempre me inspirarei
És um bom motivo por quem viver e sonhar!

Te quero e creio que também tanto me queres
E isso é tão verdadeiro como existe a terra
Te espero e acredito que também me esperas...

Te quero e conto que me digas se tu me quiseres
Isso é o que há de melhor da condição humana
Te esperamos eu, a noite e minha alma profana.

Euclides Riquetti

Quando a saudade bater à porta

 


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Quando a saudade bater em sua porta
Talvez você nem mesmo se dê conta
Mas isso agora já pouco nos importa
Pois  a realidade já não amedronta...

Quando a saudade fizer sentir a dor
A dor da perda sem ter a reparação
É porque ainda em nós resta o amor
E só o amor nos dará compensação...

Sempre que retornar aquela tristeza
Aquela que vem com dor e saudade
Que vem por causa de nossa frieza
Ela nos alerta para uma realidade...

O mundo é mais do que gosto e prazer
É feito para o amor e o entendimento
A alegria deve sobrepor-se ao sofrer
É preciso dar asas ao bom sentimento!

Euclides Riquetti

Sonhei que te abraçava

 


 





Sonhei que te abraçava
Sem camisa
E que te beijávamos
Eu e a brisa...
Era nosso encontro
Com todo o frenesi
Um momento muito santo
Que eu curti
Junto de ti
Ao teu lado
Lábios bem beijados
Corpo bem colado.

Sonhei que te carregava
Nos meus braços
E que eu te namorava
Flutuando no espaço
Éramos apenas nós dois.
Porque houve um antes, um agora
Há em toda a hora
E haverá um depois.

Sim, mas em meus planos
Sem nenhum engano
Som um mais um
E obtenho um "nós dois"

Se sonhar é bem legal
Verdadeiro como o infinito
Vou te ver em meu sonho matinal
Que será muito bonito
E quererei te beijar
Eu e a brisa
E, de novo te abraçar
Sem camisa!

Euclides Riquetti

Sagaz inspiradora se palavras e versos

 





Sagaz inspiradora de palavras e  versos
Mergulha-se  em devaneios e ilusão
Escravos pensamentos estão despertos
Companheiros na  sua solidão.

Olhos brilhantes e meigos que  censuram
As palavras nos seus lábios pronunciadas
As mãos graciosas outras mãos seguram
O sonho que rouba as  madrugadas.

Vaga pisoteando pedras entre a verde relva
Vaga sem cuidados, sem limites, sem reservas.
Entre sucessos, tropeços  e conquistas.

Voa o pensamento entre as nuvens alvas
Voa no firmamento sua dileta alma
Enquanto a névoa lhe embaraça as vistas.

Euclides Riquetti

Rosas vermelhas também choram

 



Rosas vermelhas também choram
Quando não são recebidas com amor
E quando dadas nos momentos de dor
As rosas vermelhas também choram.

Choram por causa do coração  incompreendido
Choram pelo amor não correspondido
Apenas choram...

Rosas vermelhas da conquista
Rosas vermelhas da comemoração
Rosas do dia dos namorados
Do pedido de perdão pelos pecados.

Choram porque existem as distâncias
Choram por causa da intolerância
Mas choram...

Choram as rosas vermelhas, choram tanto
Choram o leve e o copioso pranto
Choram a pureza, choram o mundano
Enquanto esperam, como eu, pelo novo ano.

Algumas rosas riem
Outras comemoram...
Enquanto algumas delas...
Apenas choram!

Euclides Riquetti

Caem lágrimas do céu

 



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Caem lágrimas do céu e dos olhos meus
Pois eu choro a dor de meu maior lamento
O choro de meu indisfarçável sofrimento
Choram os crédulos, os crentes e os ateus...

Choram os anjos, como choram os arcanjos
Das divas e sereias, das virgens os gemidos
E assim choram as águias os seus prantos
Lamentam as gaivotas pelo voo perdido...

Cobrem o céu as nuvens densas e escuras
Os raios de sol se acanharam e fugiram
Prometem mais águas vindo das alturas...

E eu me perco nas lembranças, eu reflito
Já não seco minhas lágrimas que sumiram
Olho pro céu enegrecido e apenas medito...

Euclides Riquetti

 

Ironi Vítor Riquetti - Feliz aniversário, saudoso irmão!

 

I


Ironi        
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Se estivesse vivo, meu irmão Ironi estaria 
completando 7 anos hoje -  dia 11 de março.

        No dia 04 de maio, completam-se 24 anos do falecimento de meu querido irmão Ironi. Partiu aos 51 anos, vitimado por doença gravíssima. Estava internado no HUST, em Joaçaba e passou seu ultimo dia de vida na UTI. Eu vim cedo de Ouro para Joaçaba, pois minha cunhada, a Lurdes, me avisara de que ele passara mal e fora transferido para a UTI do hospital. 
          O pessoal da família já estava exausto, tinham ido comer algo em alguma lanchonete. Eu permaneci nas proximidades do hospital, era de tardinha, e os funcionários me informaram de que ele havia falecido. Esteve internado algumas vezes, no mês anterior, em hospital de Curitibanos e no Spessatto, de Joaçaba. Dada a gravidade da situação, o último internamento ocorreu no Hospital Santa Terezinha, hoje HUST.
          Deixou a esposa Lurdes, a filha Graziela, adolescente, e a Gabriela, com apenas 4 anos. Nossa mãe, Dorvalina,  já estava adoentada, mas conseguimos levá-la até o local onde foi velado, na Funerária Nossa Senhora dos Navegantes, em Ouro. Tínhamos perdido o pai, Guerino, em 1977. Minha mãe viveu mais um ano e meio depois da partida dele. Ficaram os irmãos Euclides, Iradi, Hiroito, Vilmar e Edimar. As cunhadas Miriam, Marise e Isolete, o cunhado Luiz Fernando Ghidini.  Na época, os sobrinhos Michele, Caroline e Fabrício (meus filhos), Rafaela e  Roberta (filhas da Iradi), Naiana (filha do Hiroito), e Guilherme e Ana Carolina (filhos do Edimar).
          Meu irmão Ironi construiu o sobrado de nossa família, no centro da cidade, em Ouro, onde mora meu irmão Vilmar. Estudou no Mater Dolorum, e nos ginásios Padre Anchieta e Juçá Barbosa Callado, em Capinzal. Aprendeu com Ângelo Gramazzio a profissão de pedreiro e construiu diversas edificações em Ouro e Capinzal. Formou diversos outros profissionais, que até hoje atuam na profissão.
         Meu irmão  muito me apoiou nos tempos em que eu estudei na Fafi, em União da Vitória. Muitas vezes, quando eu voltava para minha cidade, em visita aos familiares, ele me mandava na alfaiataria do tio Ivo Mário Baretta para fazer uma calça nova, de tergal. Quando minha irmã, Iradi, foi mirar em União da Vitória, deu-lhe uma máquina de costura para que ela pudesse trabalhar sem se preocupar com emprego e poder financiar seus próprios estudos.
         Era torcedor do Botafogo e do Palmeiras. Jogou futebol nos campinhos de nossa cidade, no Palmeirinhas e no Noroeste, de Nossa Senhora da Saúde, era bom jogador.  Aos 18 anos, já era treinador do Palmeirinhas, do Ouro. Alto, forte, e com olhos azuis, atraiu a atenção da Lurdes Maria Andrioni, com quem se casou.
          Quero agradecer  minha cunhada Lurdes por ter cuidado bem de meu irmão nos anos de convivência matrimonial, do que resultou o nascimento da Graziela e da Gabriela. Grazi é casada com Fabiano Lago e têm um filho, Pedro Miguel.
          Dele tenho ótimas e saudosas lembranças, sempre tivemos carinho mútuo. Nos seus últimos anos de vida, costumava vir em minha casa em muitas noites e domingos. Ele tinha admiração pelas nossas filhas e influenciou o Fabrício a trocar de time de preferência na infância: de são-paulino, virou palmeirense.
         O primeiro carro da família ele comprou em 1976, um fusca azul, modelo 1300 L, com rodas de tala larga, som, Kadron e volante de Fórmula 1. No toca-fitas, Raul Seixas, com "Amigo Pedro", e os outros sucessos dele. Era fã de Roberto Carlos e de todos os cantores, cantoras e grupos da Jovem Guarda. Tinha, na juventude, os discos do RC, Renato e seus Blue Caps, Os Incríveis, e colecionava os LPs de "As 14 mais", com os cantores da Jovem Guarda. Quando começou a construir nosso sobrado, comprou "Coração de Papel", um compacto do Sérgio Reis. O Ivanir Csagrande, popular Nico, trazia para ele os discos lançados em São Paulo. Comprava revistas de fotonovelas e pendurava os pôsteres dos artistas da Revista Capricho nas paredes do nosso quarto.
         A perda de nosso pai abalou-o muito, com a todos nós. Ele for o filho que mais tinha convivido com nosso pai e sentiu muito a sua perda. Está sepultado no cemitério da Vila São José, em Ouro, junto com os pais Guerino e Dorvalina.
          Meus sentimentos, e de toda a minha família, a todos os que participaram da vida junto com meu amado e saudoso irmão.
Euclides Riquetti

Em 11-03-2022 

Nunca digas nunca, jamais!...

 



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Nunca digas nunca, jamais
Que desta água tu não beberás
Pois nos conflitos pessoais
Muitas voltas o mundo dá!

Nunca digas nunca, certo?
Pois o futuro a Deus pertence
O amanhã é sempre tão  incerto
E tudo pode mudar de repente!

Nunca  digas nunca, amor
Pois os caminhos são diversos
Se num verão há muito calor
No inverno te escrevo versos!

Não, não digas nunca, então
E procura nadar na calmaria
Reserva-me o lugar no coração
Para onde voltarei um dia!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 10 de março de 2022

Eu vim te ver de madrugada

 





Eu vim te ver de madrugada


Transpus muralhas e paredes
Pra vir te ver de madrugada
Eu vim matar a minha sede
Voltei sedento, ganhei nada...

Não ganhei beijo, nem abraço
Nem o frescor de teu perfume
Vim e voltei com meu cansaço
Voando qual um vaga-lume...

Agora quero a compensação
Um "sim te quero, sim te amo"
Pra amainar minha frustração
Pra alegrar meu fim de ano!

Porque as muralhas e paredes
Não serão barreiras a impedir
Passá-las-ei por muitas vezes
Nada me impedir[a de vir!

Volto a  te ver de madrugada
Venho pra poder ficar contigo
Morena atraente, bronzeada
É só de ti que eu tanto preciso!

Euclides Riquetti

Rolezinho com a Jujuba na Rodoviária Nova e a Inauguração do Varal

 


                                            Júlia-  aos 4 anos

          A Jujuba sempre gostou de "dar um rolê". Gosta de ir dar um rolezinho no mercado com a mãe dela. Ou num parquinho. Faz isso desde pequena. No rolê, ganha um sorvete, quem sabe um x-salada. Por isso gosta de rolezinho. Bem antes de os rolezinhos virarem notícia na TV ela já fazia isso e falava nisso. Em novembro foi dar um rolezinho no Floripa Shopping, na Ilha da Magia. Viu o filme "Tá Chovendo Hamburguer" e ficou encantada. Ficou contando o filme pra todo mundo. Depois comeu "hot dog" com batata palha, brincou e correu muito. Deu um suador na Mama Ine e na Vó Mi.
      
          Nesta semana, esteve  empenhada em me ajudar a fazer um varal para as roupas. Gosto de fazer tudo bem planejado. Uma semana inteira desde o planejamento até a execução. Trinta e cinco quilos de cano galvanizado, umas soldas, muita lixa, pintura, concretagem da base. Varal assim só pode ter quem mora em casas com quintal. E, num espaço ocioso, um varal com 40 metros de cabinho de aço encapado e cordões de náilon. E a Jujubinha me acompanhou em tudo. Agora ela sabe como se faz um bom apetrecho para estender as roupas.

          Durante toda a ação, fomos, como é de nosso costume, trocando umas ideias bem massa. Perguntei-lhe o que fizera na casa da Vovó Marlene, lá em Herval d ´Oeste, na semama passada,  e ela foi detalhando:

          "Eu e a Rafa, a minha priminha que mora  lá na praia, brincamos de fazer gesso. A gente pega o pó de gesso, põe água e mexe bem. Depois coloca nas forminhas e deixa secar. Quando está bem seco a gente pinta com tinta colorida e fica tudo bonito. Mas tem que deixar a tinta secar também. E depois lavar a mão, né?"

           Na quinta-feira à tardinha fui devolver a lixadeira para um amigo, numa mecânica  aqui perto. Lá havia cinco crianças... Fomos eu e ela. Devolvi a maquinete e ela o óculos de proteção. Ambos dissemos muito obrigado!

          Eu havia prometido que a levaria ver a nova Rodoviária de Joaçaba tão logo ficasse pronta. A construção começou quatro anos antes de ela nascer. Foi um empurra-empurra de culpas e atrapalhos. De tanto ouvir falarem no rádio sobre a tal rodoviária, ela ficou muito curiosa e queria saber o que era e como era uma Rodoviária. Falou:

          "Vovô, vamos dar um rolezinho na Rodoviária?" - Pensei: Ih, agora o rolé dela virou rolezinho. Deve ter visto os noticiários na TV...

          Fomos. Estacionamos no belo e bem urbanizado estacionamento. O guarda sinalizava para entrarmos. Floreiras muito bonitas. Aliás, em termos de jardinagem e flores aqui em Joaçaba o pessoal é muito bom. O Valdir Souza, que chamam de Valdirzinho, casado com uma prima, Jacinta, filha do Tio César, é o responsável pelos jardins da cidade. Se eu disser que ele é caprichoso vão achar que isso é casuísmo de minha parte... Mas a cidade está com os jardins bem cuidados e bonitos.

          Entramos nas dependências do belo terminal. Vidros fumê, banheiros com pias em granitos, boxes das transportadoras novinhos, com belíssimo visual, loja de conveniências bem organizada, restaurante charmoso. As cadeiras de espera bem bonitas, melhor que as de muitos aeroportos. E o terminal, agora, é lugar de visitação púlica. Nós, aqui da parte alta da cidade, das imediações da BR 282, estamos muito contentes com a nova rodoviária.

          Para a estreia da Jujuba na área, ela olhou através das paredes envidraçadas e falou: "Vovô, tá vendo aquelas molas coloridas? Eu tinha uma quando era pequena. Não sei onde foi parar"!  Não pediu nada, é educada, mas senti que ela adoraria ter uma mola maluca. Entramos e a senhora simpática nos vendeu uma. A Jujuba saiu feliz, brincando com a mola. Fizemos um rolezinhos de uma meia hora, cumprimentamos os taxistas, vimos o abrigo para os passageiros dos ônibus urbanos, fuçamos por tudo, eu e ela.

          Saltitante, feliz, linda, esqueceu-se da vida por causa da mola colorida. Descuidou-se e levou um pequeno esfolão no joelhinho delicado. Fez jeito de chorar, colocou charme no andar, coloquei-a na cadeirinha do carro e viemos para casa.

          Ontem inauguramos o varal de roupas. Ficou uma maravilha de funcionalidade. E, para comemorar, o Tio Fá fez uma "janta no disco" : cubinhos de carne e um coquetel de legumes, regados a cerveja. A Jujuba estava muito feliz com o novo varal. Colocou o rádio a funcionar e dançava. Pulava muito e jogava, com charme, o cabelão dela pra frente e pra trás. E fazia a mãe dela dançar também.

          Na hora de comer, sentou-se, falou: Gostei do piquenique. Em piquenique as meninas têm que tomar suco. e os homens podem tomar cerveja. E ninguém pode falar com comida na boca que é feio. Primeiro tem que comer pra depois poder falar.  A Vovó só é que pode tomar cerveja porque ela é uma menina bem grande. Perguntei-lhe: "E você, o que é?" - Respondeu-me: "Eu sou uma menina média, medinha"!

          E tivemos um início de fim de  semana muito felizes com nossa Jujubinha!

Euclides Riquetti
18-01-2014

Beijo sabor goiabada

 

Beijo sabor goiabada


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Quer um beijo sabor goiabada?
Ou beijo de sorvete napolitano?
Quer primeiro ser abraçada?
Ou pode ser algo mais profano?

Posso te dar o que você quiser:
Beijos, abraços, muito carinho
Coisas de homem para mulher
Doces sonhos em meu caminho!

O beijo de fruta polpa magenta
Com suaves odores naturais
Ou, quem sabe, sabor de menta!

O beijo que me envolve, frutado
Em seus lábios muito sensuais
Beijo seu, que eu quero, roubado!

Euclides Riquetti

A canção que vem das estrelas

 







Ouça a canção melódica que vem das estrelas
Que brota dos sentimentos e vai pelas estradas
Você pode, sim, facilmente percebê-las
Porque elas se deitam no céu nas madrugadas...

Ouça e preste bem a devida atenção
Cuide de cada nota por ela propagada
Guarde a melhor delas em seu coração
Fiz para você, minha eterna namorada...

A canção que vem das estrelas é meu presente
É algo que lhe dou para que sempre guarde
E, quando a alma de meu corpo estiver ausente
Ouça-a na manhã fresca  e na suave tarde!

Euclides  Riquetti