Recebi, exatamente às 9 horas e 37 minutos desta sexta-feira, 06, um telefonema de meu irmão Edimar, o caçula da Dorvalina e do Guerino. Estava caminhando e, por causa do sol, nem percebera a origem da ligação. "Bom dia, Euclides! Aconteceu algo aqui. A Doa Mirian (Doin) morreu. Os bombeiros acabam de retirar o seu corpo da casa".
Realmente, uma notícia que me causou surpresa, pois a Dona Mirian sempre foi uma pessoa saudável, participante das lides do Grupo da Terceira Idade Bella Vita, sempre muito ligada aos filhos e netos, ocupada, movimentando-se. Mas a vida é assim mesmo e, infelizmente, nossa Comunidade de Ouro e Capinzal perde mais uma de suas pessoas tradicionais e que honrou as cidades onde viveu..
Quando fui colega de seu filho Zezo (Antônio José), no Colégio Mater Dolorum, de 1961 a 1964, eu a conhecia apenas de vista. Eu tinha bastante conhecimento sobre seu marido, o Guilherme Odil Doin, Agente de Estatística, órgão que, adiante, passou a fazer parte do IBGE. Além de mãe do Zezo, era tia do Urbem Correa da Silva, nosso colega e grande amigo. O "Nego Doin", como era carinhosamente chamad por todos os amigos, jogava no Arabutã, era um excelente "camisa oito", habilidoso e muito batalhador em campo. Deixou-nos faz já um bom tempo.
Quando se aproximou a hora de colocar os filhos para estudar fora, a família montou, em Ouro, ali numa sala alugada pelo tio Victório Richetti, uma casa comercial, a "Casa Agropecuária Mirian Doin". Dona Mirian era auxiliada pelo marido quando não estava em serviço. E pelos filhos Zezo e Joathan. A Tânia e a Jane eram pequeninas. Isso lá por 1968. Adiante, adotou a Fafi, a quem educou da mesma forma que os filhos.
Em pouco tempo a Dona Mirian já era uma habilidosa comerciante, vendia medicamentos paraanimas, sementes e fertilizantes. Com o crescimento do movimento, compraram aquela Ford F-100 verde e branca para a entrega dos produtos, alugaram uma sala maior, depois uma segunda sala para comercializar máquinas e implementos agrícolas e, finalmente, seu prédio próprio.
Com o tempo os filhos foram-se encaminhando e o Sr. Doin não podia mais fazer esforço físico, então parou com os negócios. Mas a Dona Mirian, sempre batalhadora e esforçada, abriu a sua "Sorveteria Vó Mirian", em que produzia o sorvete artesanal. Na época das uvas, guardava bastante polpa da mesma para fazer sorvete. Sorvete de uva da Vó Mirian, ah, que delícia. A grande maioria da população de sua cidade a conheceu essoalmente.
Os anos se passaram e ela passou o ponto pra frente, ficando apenas no apoio à Jane e ao Amir que lhe deram mais uma neta por que a Vó nutria grande paixão.
A determinação e a firmeza eram características muito presentes nela. Justa, não bajulava ninguém. Era autêntica e lutava para atingir os seus objetivos. Uma pessoa de grande valor que nos deixou hoje, mas que, certamente, deixará saudades a seus familiares e amigos. Uma pessoa justa e que merece viver, agora, o eterno sono dos justos.
Nossas sentidas condolências aos familiares e amigos!
Euclides Riquetti
07-12-2013
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
A Canção do Vento Sul
Aqui pertinho do mar azul
Limito-me a olhar com olhos de andorinha
A gaivota que voa de mansinho
Que pousa na areia branquinha
( É um indefeso animalzinho...)
Enquanto escuto o murmúrio do vento
Que sopra muito atento
E que vem do sul!
Aqui no mar de Canasvieiras
Passa a germânica de olhos de cristal
A morena nativa e sensual
A portenha dos cabelos crespos e castanhos
A uguguaia do rosto mais risonho
A mulata de corpo magistral
(Mulheres de todos os tamanhos)
E a as gaúchas mais guapas e faceiras.
E, enquanto me enterneço deliciosamete
Enquanto a água me banha carinhosamente
A canção que o vento sul me traz
Me traz sossego, enseja amor e me dá paz.
Eclides Riquetti
06-12-2013
Limito-me a olhar com olhos de andorinha
A gaivota que voa de mansinho
Que pousa na areia branquinha
( É um indefeso animalzinho...)
Enquanto escuto o murmúrio do vento
Que sopra muito atento
E que vem do sul!
Aqui no mar de Canasvieiras
Passa a germânica de olhos de cristal
A morena nativa e sensual
A portenha dos cabelos crespos e castanhos
A uguguaia do rosto mais risonho
A mulata de corpo magistral
(Mulheres de todos os tamanhos)
E a as gaúchas mais guapas e faceiras.
E, enquanto me enterneço deliciosamete
Enquanto a água me banha carinhosamente
A canção que o vento sul me traz
Me traz sossego, enseja amor e me dá paz.
Eclides Riquetti
06-12-2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
O que sua mãe lhe deixou, amiga?
"Que legado uma mãe pode deixar para uma filha? Que tipo de lembranças, de lições, ensinamentos?"
Imagino que a amiga leitora deve estar remetendo seu pensamento de volta ao seu tempo de criança. Às saudosas lembranças daquele ser que a pôs no mundo, deu-lhe educação, orientou-a, ajudou-a de alguma fora. Até a amparou na hora em que teve filhos. Muitas, felizmente, ainda as têm por perto, muitas vezes dividindo com elas o mesmo teto. Mas mesmo meninos e rapazes seguem os ensinamentos de suas mães, pois são elas que estão presentes na maioria do nosso "tempo de criança".
Perguntei a uma jovem senhora que lembranças ela tinha de sua mãe, que hoje já está velhinha:
"Minha mãe teve uma presença muito forte e marcante em minha vida, embora eu tenha saído de casa muito jovem, antes de meus dezoito anos. Ela me deixou alguns príncípios e valores que sempre procuro seguir. Respeitar as pessoas e dar-lhes o devido valor. Não ter nada do que não é legitimamente nosso. E, se alguém nos der algo, fazer um serviço para retribuir. Oferecer-se para fazer-lhe alguma coisa. Todos podem pagar por aquilo que recebem".
Certamente que, seguindo essas orientações, ela se deu bem, constituiu sua familia, estudou, trabalhou e pode-se considerar uma pessoa realizada e feliz. Claro que também aprendeu os afazeres do lar, os cuidados com a casa, com a comida, com as roupas. E, aquilo que se aprende com a mãe se internaliza, fixa, preserva-se.
Ora, como é bonito ver uma pessoa dizer: "Esta cuca me faz lembrar das cucas que minha nona fazia. E que, depois, minha mãe também fazia!" E, agora, certamente que esta mãe, que pode já estar também sendo avó, ensinará suas filhas ou netas a fazer. Mas também poderia dizer em relação à macarronada com seu delicioso e incomparável molho, o bolo de anivesário carinhosamente preparado ou enfeitado, a bolacha pintada com açúcar cristal colorido ou com aqueles chumbinhos de confeitos. Ou a toalha bordada, o jogo de cama bordado e crocheteado, a blusa tricoteada, a toalha franjeada.
Por falar em toalha, quando fui para a Faculdade e mudei-me para Porto União, minha mãe me fez uma toalha de algodão com uma belas franjas bem trabalhadas. Era macia, gostosa, linda! Mas, naquele tempo, eu não entendia muito desse valor que as coisas têm, que trazem na sua elaboração o carinho das mãos dadivosas ou mesmo as lágrimas de uma saudade que ainda virá... E, para mim, veio, muitas, muitas vezes, fazendo brotarem-me lágrimas de saudades!
Ah, cara leitora, que bom ter tido uma mãe presente, mesmo que morando longe dela! Ou podido partilhar com ela todas as emoções de ter gerado os filhos, ver chegarem os netos!
Pois convido você a meditar. A voltar ao passado. A lembrar, relembrar. A analisar, com profundidade, quantas e quantas belas lições ela lhe deixou. Quantas vezes foi ombro para você chorar e, com sabedoria, ensinou-lhe a dar tempo ao tempo, aguardar a chegada de soluções para os problemas, respostas para suas angústias? E, se ela não está mais aqui, faça-lhe uma bela e silenciosa oração. Deixe seu coração rezar por você. Se ainda vive, ligue pra ela, agradeça por aquilo que ela lhe deixou e lhe ensinou. Ou, se ela está perto de você, dê-lhe um abraço, enregue-lhe uma flor, deixe que ela perceba que você é aquela filha que ela quis ter.
Hoje, em especial, da forma que for possível, dê-lhe seu mais profundo carinho!
Euclides Riquetti
05-12-2013
Imagino que a amiga leitora deve estar remetendo seu pensamento de volta ao seu tempo de criança. Às saudosas lembranças daquele ser que a pôs no mundo, deu-lhe educação, orientou-a, ajudou-a de alguma fora. Até a amparou na hora em que teve filhos. Muitas, felizmente, ainda as têm por perto, muitas vezes dividindo com elas o mesmo teto. Mas mesmo meninos e rapazes seguem os ensinamentos de suas mães, pois são elas que estão presentes na maioria do nosso "tempo de criança".
Perguntei a uma jovem senhora que lembranças ela tinha de sua mãe, que hoje já está velhinha:
"Minha mãe teve uma presença muito forte e marcante em minha vida, embora eu tenha saído de casa muito jovem, antes de meus dezoito anos. Ela me deixou alguns príncípios e valores que sempre procuro seguir. Respeitar as pessoas e dar-lhes o devido valor. Não ter nada do que não é legitimamente nosso. E, se alguém nos der algo, fazer um serviço para retribuir. Oferecer-se para fazer-lhe alguma coisa. Todos podem pagar por aquilo que recebem".
Certamente que, seguindo essas orientações, ela se deu bem, constituiu sua familia, estudou, trabalhou e pode-se considerar uma pessoa realizada e feliz. Claro que também aprendeu os afazeres do lar, os cuidados com a casa, com a comida, com as roupas. E, aquilo que se aprende com a mãe se internaliza, fixa, preserva-se.
Ora, como é bonito ver uma pessoa dizer: "Esta cuca me faz lembrar das cucas que minha nona fazia. E que, depois, minha mãe também fazia!" E, agora, certamente que esta mãe, que pode já estar também sendo avó, ensinará suas filhas ou netas a fazer. Mas também poderia dizer em relação à macarronada com seu delicioso e incomparável molho, o bolo de anivesário carinhosamente preparado ou enfeitado, a bolacha pintada com açúcar cristal colorido ou com aqueles chumbinhos de confeitos. Ou a toalha bordada, o jogo de cama bordado e crocheteado, a blusa tricoteada, a toalha franjeada.
Por falar em toalha, quando fui para a Faculdade e mudei-me para Porto União, minha mãe me fez uma toalha de algodão com uma belas franjas bem trabalhadas. Era macia, gostosa, linda! Mas, naquele tempo, eu não entendia muito desse valor que as coisas têm, que trazem na sua elaboração o carinho das mãos dadivosas ou mesmo as lágrimas de uma saudade que ainda virá... E, para mim, veio, muitas, muitas vezes, fazendo brotarem-me lágrimas de saudades!
Ah, cara leitora, que bom ter tido uma mãe presente, mesmo que morando longe dela! Ou podido partilhar com ela todas as emoções de ter gerado os filhos, ver chegarem os netos!
Pois convido você a meditar. A voltar ao passado. A lembrar, relembrar. A analisar, com profundidade, quantas e quantas belas lições ela lhe deixou. Quantas vezes foi ombro para você chorar e, com sabedoria, ensinou-lhe a dar tempo ao tempo, aguardar a chegada de soluções para os problemas, respostas para suas angústias? E, se ela não está mais aqui, faça-lhe uma bela e silenciosa oração. Deixe seu coração rezar por você. Se ainda vive, ligue pra ela, agradeça por aquilo que ela lhe deixou e lhe ensinou. Ou, se ela está perto de você, dê-lhe um abraço, enregue-lhe uma flor, deixe que ela perceba que você é aquela filha que ela quis ter.
Hoje, em especial, da forma que for possível, dê-lhe seu mais profundo carinho!
Euclides Riquetti
05-12-2013
Nas areias do mar...
Na praia deserta, somente você... e o mar
Mas no céu, as gaivotas se esbaldam a planar
E eu me encanto
Com seu manso gaivotar
Enquanto descanso
Sob o sol que bronzeia
E há apenas um par de corpos
Jazendo na areia
Sob um sol a queimar
Ao lado do mar!
É ainda de mannhã, é cedinho
Vêm as espumas da imensidão
É manhã de sol que vem devagarinho
Pra por bronze nas peles
Das mulheres
Que virão
E que espalharão
Os perfumes, os cabelos, os olhares
Por todos os lugares
Onde passarem
Deixando marcadas nas areias douradas
As marcas de suas passadas
Sensuais
Magistrais
Angelicais!
E meus desejos poéticos
E meus sonhos proféticos
Buscam tornarem-se reais.
Buscam, infinitamente
Encontrarem seu olhar fatal
Seu corpo escultural
Que não sei onde está
Mas que, certamente, daqui a pouco virá
Para deitar-se, sutilmente
Nas areias do mar!
Euclides Riquetti
04-12-2014
Mas no céu, as gaivotas se esbaldam a planar
E eu me encanto
Com seu manso gaivotar
Enquanto descanso
Sob o sol que bronzeia
E há apenas um par de corpos
Jazendo na areia
Sob um sol a queimar
Ao lado do mar!
É ainda de mannhã, é cedinho
Vêm as espumas da imensidão
É manhã de sol que vem devagarinho
Pra por bronze nas peles
Das mulheres
Que virão
E que espalharão
Os perfumes, os cabelos, os olhares
Por todos os lugares
Onde passarem
Deixando marcadas nas areias douradas
As marcas de suas passadas
Sensuais
Magistrais
Angelicais!
E meus desejos poéticos
E meus sonhos proféticos
Buscam tornarem-se reais.
Buscam, infinitamente
Encontrarem seu olhar fatal
Seu corpo escultural
Que não sei onde está
Mas que, certamente, daqui a pouco virá
Para deitar-se, sutilmente
Nas areias do mar!
Euclides Riquetti
04-12-2014
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Amanhã de manhã
Amanhã de manhã
Vou andar por aí sem destino
Vou procurar em ti o abrigo
O afago de que tanto preciso
Amahã de manhã...
Amanhã de manhã
Vou pegar a caneta e papel
Vou levar também tinta e pincel
Desenhar o teu lábio de mel
Amanhã de manhã...
Amanhã de manhã
Vou sair pela estrada cinzenta
Vou vagar pela estrada barrenta
Dar um beijo em tua alma sedenta
Amanhã de manhã...
Vou buscar teu olhar contagiante
Abraçar o teu corpo dourado
Na manhã do céu azulado
Na manhã escaldante
Do encontro emocionante
Do encontro esperado
Desejado
Vou buscar, sim, os teus lábios rosados
Amanhã de manhã...
Euclides Riquetti
03-12-2013
Vou andar por aí sem destino
Vou procurar em ti o abrigo
O afago de que tanto preciso
Amahã de manhã...
Amanhã de manhã
Vou pegar a caneta e papel
Vou levar também tinta e pincel
Desenhar o teu lábio de mel
Amanhã de manhã...
Amanhã de manhã
Vou sair pela estrada cinzenta
Vou vagar pela estrada barrenta
Dar um beijo em tua alma sedenta
Amanhã de manhã...
Vou buscar teu olhar contagiante
Abraçar o teu corpo dourado
Na manhã do céu azulado
Na manhã escaldante
Do encontro emocionante
Do encontro esperado
Desejado
Vou buscar, sim, os teus lábios rosados
Amanhã de manhã...
Euclides Riquetti
03-12-2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
A palma cor de rosa
Solitária como a branca flor dos campos de cevada
Jaz ali, recostada, uma bela palma rosa
Formosa, singela, extremamente sossegada
Recostada numa coluna vigorosa
Descansa na manhã a palma de branco e rosa matizada
Esperando a luz do sol... maravilhosa!
E giram no mundo as naus da nostalgia
Que me trazem o clarear de um novo dia.
Param, na estradinha, os passantes abismados:
A mão de Deus passou ali nas noites e nos dias
Desenhou a flor com seus pincéis enamorados
Tingiu o ar com a beleza e a alegria
E emoldurou todo o cenário num amplo e belo quadro
Como há muito tempo ali eu não via.
E, a mente do menestrel, mergulha na paisagem colossal
E a caneta do poeta pinta um quadro magistral
Enquanto jaz, ali, a a branca e rosa palma, sem igual!
Euclides Riquetti
02-12-2013
Jaz ali, recostada, uma bela palma rosa
Formosa, singela, extremamente sossegada
Recostada numa coluna vigorosa
Descansa na manhã a palma de branco e rosa matizada
Esperando a luz do sol... maravilhosa!
E giram no mundo as naus da nostalgia
Que me trazem o clarear de um novo dia.
Param, na estradinha, os passantes abismados:
A mão de Deus passou ali nas noites e nos dias
Desenhou a flor com seus pincéis enamorados
Tingiu o ar com a beleza e a alegria
E emoldurou todo o cenário num amplo e belo quadro
Como há muito tempo ali eu não via.
E, a mente do menestrel, mergulha na paisagem colossal
E a caneta do poeta pinta um quadro magistral
Enquanto jaz, ali, a a branca e rosa palma, sem igual!
Euclides Riquetti
02-12-2013
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