sábado, 9 de setembro de 2023

Um menestrel a cantar o amor

 


 


Um menestrel a cantar o amor


Situo-me numa profunda dimensão poética

Poeta liberal, não sigo nenhuma vã filosofia

Não me iludo com breves nuances de euforia

Nem me adapto a nenhuma profusão dialética.


Sou como a matiz consistente do jacarandá

O olor concentrado da essência do carvalho

Pelos ares eu voo e os meus versos espalho

E inspiro o doce perfume do fruto do araçá.


Talvez seja como o surdo sonoro do tambor

A nostálgica melodia romântica do violino

Um menestrel sem rumo a te cantar o amor.


Mas, firmemente, tenho claros os propósitos

De em teu coração ser permanente inquilino

Para teus tímpanos, ser um acorde melódico!


Euclides (Celito) Riquetti

No show da vida

 


 

No show da vida


No show da vida não tem replay
Mas certamente que tem stop and go
Existem as coisas pelas quais optei
Venho de um lugar e sei aonde vou.

A vida é um show, sou um dos artistas
Onde tento me animar e também entreter
Se acumulo reveses,  há as conquistas
As vitórias que vêm do desejo de vencer.

Eu, você, todos, fazemos as escolhas
Se escolhemos mal, isso pode ser fatal
Como nas plantas crescem flores e folhas
Lutar pelo que se quer é muito natural.

Lutar sempre, buscar o que se quer
Lutar com garra e com todo o afinco
Estar preparado para tudo o que vier
Colocar em meu poema tudo o que sinto!

Euclides Riquetti

Buscar-te e... beijar-te!

 


 





Buscar viver
Perto de ti
Perto de um rio
Perto de um mar.

Buscar viver
Buscar sorrir
Tornar a ti
Tornar a amar.

Buscar-te incessantemente
Perdidamente
Desesperadamente
Esperançosamente.

Apenas buscar-te
Estar perto de ti.
Apenas abraçar-te
Ver-te sorrir.

Encontrar-te:
Suavemente
Carinhosamente
Amorosamente...

E beijar-te!

Euclides Riquetti

Silêncio no Asfalto - (Soneto do autor Euclides Riquetti, vencedor do Concurso Miguel Russowsky de Poesias)

 


 







Euclides Riquetti recebendo premiação das mãos de Jucelino Ferraz, Prefeito em Exercício de Joaçaba, pelo primeiro lugar no "Concurso de Poesias Miguel  Russoswsky", em 20-12-2018,  na categoria Soneto. O concurso foi promovido pela Gerência  da "Casa da Cultura Rogério Sganzerla" 




Silêncio no asfalto


O asfalto liso, azul-cinza matizado
É palco de nostalgias e de dilemas
O asfalto que tem o brilho prateado
É canteiro de meus prantos e poemas.

O asfalto escuro vai perdido na curva
Onde morre o sonho e vagam os atritos
Coração dilacerado em alma turva
Na sentida dor, abalos e conflitos.

O asfalto inóspito se alonga na vista
Duas faixas douradas decoram a pista
No desafio sutil, terno e sedutor.

É um instigar e uma dúvida presente
Tétrico palco da tragédia iminente:
Calou-se a voz do poeta sonhador...



Euclides Riquetti

Perdas ensejam saudades...

 


 




Perdas são sempre sentidas
Ensejam  as saudades
Aguçam a sensibilidade
Ferem os corações e as almas doridas...

As perdas dilaceram os ânimos
E mutilam os pensamentos
Fazem a mente viajar pelo tempo
Perder-se em dias, meses e anos...

As perdas deixam marcas que não se apagam
Que ficam conosco eternamente
E que nos destroem  lentamente.

As perdas acontecem e as vidas passam
Fica a dor a matar quem já tanto sofreu
Fica o tempo a lembrar-nos de quem se perdeu...

Euclides Riquetti

Flor-de-lis

 




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Um dia você sonhou que era livre
Que voava como o pássaro feliz
Que seu mundo era tão grande, era infinito
Era paz, amor tão puro, Flor-de-lis...

Um dia você sonhou que era feliz
E andou pelos caminhos da paixão
De repente veio a sua decepção
E deixou murchar a bela Flor-de-lis.

Um dia você sonhou o impossível
Para um tempo em que convinham certas normas
E tornou sua vida um sonho tão sofrivel
E deixou que Flor-de-lis caísse fora.

Flor-de-lis foi das paixões a mais querida
Que tomou caminhos novos, diferentes
E a paixão que foi outrora amor ardente
Virou cinza, virou mágoa tão sentida.

Seus caminhos, Flor-de-lis, são diferentes
Mas alguma coisa forte ainda os prende
Ainda acende o seu romance tão bonito
Amor de amor, amor de sonho, sem conflito...

E eu, que nessa história tenho um pouco
Não me conformo em ver o rumo que tomou
Onde um amor de juventude, muito louco
Virou apenas a lembrança que ficou.

Euclides Riquetti
18-08-1993
(Poema para Sheila)

Na manhã de amanhã

 


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Na manhã de amanhã
Vou abrir a janela do meu quarto
Vou abrir as portas de meu coração
E, sem nenhum lapso
Vou lembrar de o quanto foi bom
Ter conhecido você
E poder me lembrar de você
Na manhã de amanhã...

Na manhã de amanhã
O sol vai brilhar o brilho discreto
E eu vou compor um poema modesto   (pra você...)
Na manhã de amanhã!

Na manhã de amanhã
Depois que as horas da noite tiverem passado
Vou pretender que o novo dia chegado
Me traga os odores das flores silvestres
Que crescem em meio aos ciprestes
Que eu mesmo plantei
E que cresceram e me dão sombra
Nas tardes quentes
E também na manhã de amanhã...

Na manhã de amanhã
As estrelas já estarão escondidas
E muitas almas já estarão arrependidas   (por você...)
Na manhã de amanhã!

E, então, na manhã de amanhã
Todas as almas serão perdoadas
E todas as esperanças estarão renovadas
Porque vem um dia e virão outros ainda
E nós precisamos viver a vida
Porque o tempo passa enquanto dormimos
Enquanto sonhamos e ouvimos
Canções de anjos vestidos de branco
Canções de ninar e acalanto
Que nos animam para uma nova amanhã!

Sim, na manhã de amanhã
Vamos celebrar, com toda a alegria
A chegada de um novo dia    (com você...)
Na manhã de amanhã!

Euclides Riquetti

Antônio Vicente Hachmann Gramázzio - "o Piti" - Meu caro amigo da adolescência - lamentando a partida e homenageando!

       

                                                Foto de Rádio Capinzal - Jornal A Semana

       Na década de 1960, um jovem estudante e aluno do Ginásio Padre Anchieta nos encantava pela habilidade com que jogava futebol, atuando no Botafoguinho, de Capinzal, no campo municipal, que pertencia à RFFSA. Aos 12 anos, já mostrava grande intimidade com a bola,  uma das maiores promessas daquela geração, junto com outros amigos meus, como o Vilmar Pedro Matté, o Ademar Miquelotto (Motorzinho), o Luiz Alberto Dambrós (Motorzinho), Rubens Bazzo, Ivan Casagrande (Bianco) , Juventino (Bichacreta) Vergani, hoje meu vizinho aqui em Joaçaba. Eram jogadores diferenciados, atuando no Juvenil do Grêmio Esportivo São José, no Palmeirinhas (Ouro), ou no Botafoguinho (Capinzal),  mas o talentoso e habilidoso atleta , o craque,  era chamado de "Pitchas", que mais tarde tornou-se o "Píti",  o policial civil e cidadão muito honrado Antônio Vicente Hachmann Gramázzio, pai da saudosa Carina e do jovem Kléber. 

       Uma vez, em 1965, jogando nos aspirantes do Palmeirinhas, marquei dois gols contra os aspirantes do Botafoghuinho, que tinha o Claudir da Silva, (o gasolina), como goleiro. À noite, na missa, o Pitchas olhou pra mim, fez uma careta de admiração e indicou com dois dedos de sua mão direita, o número de gols que eu tinha feito. Fiquei lisonjeado pelo reconhecimento!

       Pitchas, aos 14 anos, já era titular na equipe da Associação Esportiva Vasco da Gama, de Capinzal. Lembro que, na época,  num jogo contra o Arabutã FC, no estádio da Baixada Rubra, ele estava com o domínio da bola e o Emir, o camisa  "dez" do Vasco, seu companheiro, tomou-lha, empurrando para o lado, tamanha ela e vontade que tinham de armar ataque contra o adversário, resultando em uma luxação no braço do jovem craque. 

       Com o tempo, foi morar em Curitiba, ia estudar. O Filho do Vitório Gramázzio, que também foi craque, ia jogar na base do Athetico Paranaense, mas acabaou indo para o Rio de Janeiro, onde tinha um irmão, Rui Lacerda, o rapaz que aparecia nos cartazes das propagandas dos cigarros Arizona. 

       Em 1972, ao ingressar na FAFI, para cursar Letras-Inglês, em União da Vitória, tive a alegria de ter a sua irmã Diva Hachmann de Lacerda como como colega, mas, depois de utempo, ela mudou-se para o Rio de Janeiro, voltando, adiante, casada e com filhos, para morar em Ouro. 

       Na metade da década de 1980, estava o Pitchas de volta a nossa cidade, ele a a filha Carina, uma torcedora do Vasco, como eu, mas que faleceu bem jovem, sendo professora, minha colega, na Escola Sílvio Santos, em Ouro. Então, ele veio para jogar nos veteranos do Arabutã, contribuindo para a melhoria técnica de nosso time. Mas,logo depois, foi requisitado para atuar na equipe principal do Clube. Era capaz de cobrar uma falta com precisão e força, a 55 metros de distância, e colocar o goleiro adversário em apuros, indo buscar a bola no fundo das redes. 

       Ingressou na Polícia Civil de Santa Catarina em 1985. Com várias funções exercidas na mesma, chegou a ser responsável pela Delegacia de Polícia do Município de Ouro. Um servidor correto, íntegro e exemplar. 

       Por dezenas e dezenas de vezes, nos encontramos no Bar e Restaurante do Willy Lamb, no Parque e Jardim Ouro, em almoços onde nos eram servidas comidas deliciosas, como coelho, costelão, feijoada e buchada. Jogar um bilhar, um baralhinho, tomar uma caipirinha, jogar conversa fora, comer bem. Só isso e o cultivo de uma verdadeira amizade. O chef Willy e Vinícius Golin, saudosos, eram de nosso grupo, assim como Guiomedes Proner, Beto Bazzo, Alfeu Volpato, Sérgio Durigon, e outros.

       Com atuação em Ouro, Capinzal e Zortéa, Antônio foi criando uma legião extraordinária de amigos. Sobre ele, em razão de seu passamento, nosso conterrâneo e  delegado regional de Polícia Civil, Gilmar Antônio Bonamigo, e seus colegas de trabalho prestaram homenagens a Piti, ressaltando sua inabalável dedicação à família Polícia Civil ao longo de quase quatro décadas. Assim foi a manifestação: 

"Um lutador e apaixonado pela família Polícia Civil, resistindo às atrações da aposentadoria para continuar servindo a comunidade, representando a Polícia Civil. Nossas homenagens ao Piti que sempre nos serviu, foi parceiro, desbravador, pois é do tempo da raiz, tempo que a força prevalecia sobre a inteligência e muito contribuiu para o nosso crescimento como instituição. É da força e da origem de pessoas igual ao Piti que viemos e crescemos. É dele e outros tantos de seu tempo que formamos nossa história. O Piti há de receber as homenagens de todos nós. Que Deus o receba em seu infinito amor e conforte familiares e amigos."


     Aos familiares, em especial ao Kléber e à esposa, nosso especial carinho e as mais sentidas condolências.


Euclides Riquetti e família

09-09-2023

Asfalto molhado

 



Asfalto molhado 


Asfalto molhado, acinzentado
Palco de alegrias e de dilemas
Asfalto de brilho prateado
Inspira-me cantos e poemas.

Alfalto que se perde nas longas curvas
Onde somem  carros e vagam  os conflitos
Os corações despedaçados as almas turvas
As perdas, os abalos, os  aflitos.

Asfalto alongado a se perder de vista
É o vai-e-vem nas faixas de cada  pista
É o desafio ousado  e sedutor

É a provocação, a incerteza presente
É um palco de tragédias inclementes
É a vida ceifada de tanto sonhador...

Euclides Riquetti

Mulher namorada ... mulher mulher!

 


 






Mulher:

Observe a  imbecil imbecilidade do ser humano
E considere o inestimável valor do seu caráter
Veja se há nele o incontrolável instinto de vingança
Quando deveria ter em si apenas  a  inesgotável força do amor
E olhar para você com o  intrépido olhar do guerreiro
Permitir-lhe, sempre, sentir o  delicioso gosto do beijo
Proporcionar-lhe o  efeito animador do abraço...

A mulher deve deixar transparecer sua louvável missão  de ser mãe
E outorgar o mesmo tácito sentimento que ela  nutre
E sua ignota força  que há em dentro dela.
Ela precisa exercitar a  mágica habilidade de conviver com os opostos
Porque tem inserida nela a  esplêndida arte de mudar as coisas quando preciso for.

Tem a insofismável  necessidade  de perceber o inimigo ignoto
Mas nem por isso deixará de lado a  doce virtude da compreensão.

A mulher dota-se da  inefável persistência de quem quer vencer
 E da importante capacidade de resistir...


Pode contar  com a  forte eloquência dos discursos
De quem a quer proteger
E  lhe devota a infinita proposição de a amar
Com a gigantesca fúria do coração...

Porque quem a ama verdadeiramente a valoriza
Sabe de sua importância
Sabe respeitá-la como ser humano
Como companheira
Como namorada
Como verdadeira mulher!


Euclides Riquetti

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Olímpio Esganzela, o Moretta - uma partida muito sentida!

 

                                           Moretta, junho de 2022, em exercício na Câmara de 
                                           Vereadores do Município de Ouro - SC


       Faleceu na manhã da quinta-feira, 07 de setembro, no HUST, em Joaçaba, o amigo Olímpio Esganzela, conhecido como Moretta, morador do Bairro Parque e Jardim Ouro, em Ouro, sendo sepultado no cemitério de Engenho Novo, em Capinzal, na manhã da sexta-feira. 08. Moretta estava doente há um bom tempo, rodeado pela família, que lhe dispensava cuidados especiais e amor imenso. Uma pessoa de alto nível de educação, um ser cordial e carismático. Impossível não admirar o cidadão respeitoso que sabia valorizar a família que tinha.

       Se para os amigos a perda de uma pessoa próxima é triste, imaginem o quanto é sentida pelos familiares, que se acostumaram a ver na figura terna do pai, esposo ou avô, um ser exemplar, cristão, amoroso, atencioso. Moretta era assim mesmo! Gostava de política, mas sabia respeitar os adversários e valorizar os seus companheiros. Bem visto e bem quisto por todos os que o conheceram. Na juventude foi músico, trabalhou em diversas funções durante sua vida, sempre dando dedicação total a tudo. A partida é sentida pela comunidade ourense e capinzalense, onde viveu seus bem vividos 70 anos. Tínhamos a mesma idade!
       
       Conheci-o quando voltei a morar em Ouro, em 1980, depois de ter residido em Porto União da Vitória e Zortéa. Eu também fui muito amigo de seus irmãos, o Ota, o Negão, a Irma e o Nenê. Mantive relações de grande amizade com todos eles, com os filhos, os quais foram meus alunos na Escola Sílvio Santos. Cultivei uma relação de grande amizade com a Marilda, sua filha. Sua esposa foi nossa colega de trabalho, sendo uma pessoas igualmente dedicada, responsável e atenciosa com todos.

       Algumas pessoas deixam marcas indeléveis nos lugares onde passam. Não precisam ostentar o luxo, nem o poder. Apenas, pelo seu jeito simples de ser, nos cativam e conquistam-nos com sua simpatia, carisma e capacidade de empatia. Assim, manifesto minhas condolências e as de meus familiares ao amigão que partiu e já nos deixa saudades.


Sobre o pai, a filha Marilda Esganzela escreveu e publicou:
Meu pai!! Vivemos tudo que tínhamos que viver, aprendemos tudo que tínhamos que aprender juntos. Nossa história foi absolutamente maravilhosa. Consegui ouvir de você histórias encantadoras. Pude sentir com vc os mais variados sentimentos. Deus nos concedeu meu pai, momentos únicos. Amava nossos segredos. Sonhei com vc inúmeros sonhos. Consegui fazer tudo que me pediu. Quando estive aqui dia 19/08 tivemos uma conversa....( a qual tivemos o prazer de desfrutar) esta a qual eu concordei mesmo doendo , eu concordei. Jamais esquecerei desta tarde. Sei que para muitos ficaram coisas a meu respeito a desejar. Mas para eu e vc ficou tudo as claras. Vim para seu lado conforme nosso combinado. Vim para seu lado conforme vc me pediu( obedeci e respeitei tua opinião). Quando aqui cheguei com seu chamado, como havíamos combinado, fiz tudo do nosso jeitinho. Não esquecerei de nada que vivi com vc. Agradeço a todas as pessoas que nos ajudaram, foram várias. Que Deus abençoe a todos que estiveram nesses momentos, nos auxiliando , nos apoiando.... Agradeço ao prefeito Dire Duarte , toda equipe da saúde do Municipio de Ouro, em especial vc Gabriela Minks Isaias por tudo que vocês fizeram pelo seu Moreta. Obrigado toda equipe do Hospital HUST ele amavaaaaa muitoooo vcs. Que Deus abençoe a todos.
Pode ser uma imagem de 1 pessoa, sorrindo e hospital

Todas as r


Carinhosamente,

Euclides Riquetti e Família

08-09-2023



Lá, onde mora o coração

 

 


 



Lá, onde mora o coração
Há mistérios infindáveis
Há enigmas indecifráveis
Há segredos inconfessáveis
Lá onde mora o coração.

Lá,  onde mora o coração
Consegue chegar o pensamento
Vai pelo ar, com o vento
Vai livre, vai com o tempo
Lá onde mora o coração.

Lá , onde mora o coração
Há lábios certamente rosados
Há lábios por mim desejados
Há amor e há pecados
Lá onde mora o coração...

Euclides Riquetti

Minha rua, minha rua, foi nossa rua...

 


 


Minha rua, minha rua, foi nossa rua

Eu e você, rua abaixo e rua acima 

Só lembranças da alegria minha e sua

Eu já rapaz e você ainda menina!


Nossa rua em nossos tempos dourados

Só energia, juventude, amor no coração

Sorriso no rosto, mãos e braços dados

O melhor da vida, o desejo e a paixão!


Foi o tempo, vivemos, envelhecemos

Mas continuo a amá-la intensamente

Daquele tempo jamais nos esquecemos!


Vivamos nossa vida cada dia e após dia

Sim, como tudo aconteceu antigamente

Com a alma leve, no rosto muita alegria!


Euclides Riquetti

Sou água, sou mar, sou fonte

 


 


 



Sou água, sou mar, sou fonte

Sou como o céu  azul do horizonte...

Sou a energia que brota 

Sou o plano voo da alva gaivota

Sou o raio de sol que te bronzeia!


Sou planta verde, sou terra madura

Sou os olhos que te olham com ternura

Sou a frase curta, o verso longo

Atrás de meus versos eu me escondo

Sou alma negra que tua branca tenteia!


Sou o teu terno mas ousado afeto

O homem muito discreto

Mas que tem na mente a ousadia

E cujo rosto o sorriso irradia

E busca o ensolarado sorriso teu

Descrito em estrofes de poema meu:

Sou a semente que tu semeias!


Euclides Riquetti


Apenas reze por mim...

 


 







Quando andares pelas ruas da cidade
Se sentires saudades
Lembra-te de mim...

Se andares e houver sol, lembra-te do calor
Se houver, lembra-te com amor
Mas lembra-te de mim...

Se o tempo estiver nublado, no entanto
Lembra-te das palavras de acalanto
Que sussurrei em teus ouvidos...

Mas, se de nada lembrares
Por não quereres lembrar
Por não quereres me amar...

Então apenas reze por mim!

Euclides Riquetti

Sorriem as rosas e cantam as roseiras






Sorriem as rosas e cantam as roseiras

Na manhã tranquila, jovial e prazenteira

Na manhã em que os pássaros se alegram

E as plantinhas verdejam e se amedram

Porque a primavera veio alvissareira...


A primavera tem a cor da vida táctil

O encanto e a energia da natureza grácil

Traz os perfumes que nos embevecem 

Apaga os dissabores que nos entristecem

Torna a luta diária mais doce, mais fácil!


A primavera nos vem como uma âncora

Onde nos agarrarmos para dias de bonança

Para a volta dos ânimos e do entusiasmo

Para o adeus aos medos e ao  marasmo

Para o reencontro com a paz e a esperança.


Euclides Riquetti

Vasco da Gama - do meu coração!


 


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Vasco da Gama - do meu coração!
Vasco
Apenas Vasco
Na alegria e na dor
Sempre Vasco!

Vasco do meu coração
Minha grande paixão!
Vasco que me faz sofrer
Algo que faz doer...

Vasco é palavra exclusiva
Que me inspira
É meu preferido tema
Para um novo poema!

Mas, paixão é sempre assim
Acontece pra você
Acontece pra mim
É amor que permanece
É amor sem fim!



Euclides Riquetti

Vascaíno de Joaçaba - SC

Visite o www.blogdoriquetti.blogspot.com 

Inspira-me a chuva


 



Inspira-me a chuva

Que chegou bem agora

Nesta manhã de domingo

Mês de setembro

Tempos de Primavera!


Inspira-me a chuva

Veio bem na hora

E, com ela, eu brindo

A tudo de que eu me lembro

E da nova semana que me espera.


Inspira-me a chuva

Mas me faltam as rimas

Quero te compor versos românticos

Que te encantem, que te atraiam

Porque quero tua atenção.


Inspira-me a chuva

Que vem, abençoada, lá de cima

Que vem com o vento do Atlântico

Sobrevoa as canchas das raias

E vem afagar minha louca paixão!


Bem assim...


Euclides Riquetti

Ombros elegantes... pés nus...

 



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Ombros elegantes
Pés nus acariciando a calçada
Molhada...
Ou maltratando-se nos pedriscos da rua
Que é nossa, que minha, que é tua
Pés nus roçando a água...

Idealizo-te:
Olhos cativantes
Brilhantes
Provocantes:
Cintilantes!

Ternos  braços
Esperando meu abraço.

Lábios rosados
Almados
Desejados
Gostosos
Pecaminosos!

Morenice brejeira:
Short jeans franjado
Do algodão malhado
Estonado e...
Desbotado!
Sorriso de moça faceira.

Provocante e provocadora:
Blusinha branca casual
Brincos acrílicos
Pendurados
Grandes e  argolados
Cabelos inspirando meus  versos líricos
Dengosa  e sensual...

Moça mulher:
Vai, enegrecendo as  almas dos passantes
Embasbacados e confusos
Confusos como eu!

Apenas confuso...

Sorrindo na chuva

 






Sorrindo na chuva


Fico olhando pra você, que se vai feliz
Pela rua cinzenta, com cheiro de luar
Anda, livremente, buscando o seu mar
Sonha acordada com os versos que fiz.

Fico imaginando o que a anima tanto
O que a faz andar sorrindo na chuva
Tão protegida como a mão numa luva
Adeus às tristezas, adeus aos prantos.
 
Vai, esbaldando-se em sua felicidade
Na busca da recomposição de seu eu
Envolta no frescor da pura liberdade.

Vai, flutuando nas nuvens das certezas
Colhendo os frutos do pomar que é seu
Majestade coroada com sutis realezas.

Vai, feliz, sorrindo na chuva!

Euclides Riquetti

Quando os sonhos se desfazem

 


 


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Quando os sonhos se desfazem
Não há mais razões para edificar
Não há mais motivos para cantar
Quando os sonhos se desfazem!

Porque os sonhos se desfazem
Nosso mundo perde o sentido
Nosso castelo parece ter ruído
Porque os sonhos se desfazem!

Se nossos sonhos se desfazem
De nada adianta termos o mar
De nada adianta ainda respirar
Se nossos sonhos se desfazem

Sempre que eles se desfazem
Deve haver outro recomeçar
Deve haver por quem sonhar
Sempre que eles se desfazem!

Eu falo dos sonhos do sonhar
Falo das perdas mais sentidas
Porque as almas mais sofridas
Não conseguem se recuperar!

Euclides Riquetti