sábado, 24 de dezembro de 2016
É, de novo, Natal!
Bom dia, Papai Noel!
Dormi cedo, não vi você chegar...
Também, pudera
Estive a comemorar...
Natal em Família, que maravilha!
Natal com gente, sempre contente!
Natal com pêssegos, com uvas
Com um pouco de sol
Com um pouco de chuva...
Mas, no coração faceiro
A espera do anoitecer
Tão animador e alvissareiro!
Não apenas um Natal a mais
Não apenas um dia no calendário
Mas, no meu imaginário
A lembrança de outros natais
Do passado mais presente
Do abraço eloquente
Pra não esquecer jamais...
Afinal...
É, de novo, Natal!
Euclides Riquetti
25-12-2016 - Dia de Natal
Voavam os condores andinos
Voavam os condores andinos
Suavemente, voavam
E eles, espertos, ladinos
Me encantavam...
Enquanto meus pensamentos
Juntavam-se aos ventos
E a procuravam!
E você, do outro lado da montanha
Me esperava
Como ainda me espera:
No outono, na primavera
No inverno, no verão
Com seu doce coração
Com saudade tamanha
Me espera!
Quisera eu ser seu objetivo
Ser sua meta
A ansiedade de sua busca
Concreta
Quisera eu ser o sujeito ativo
A preenchê-la, por definitivo
E, de maneira muito discreta
Da mesma forma simples como eu vivo
Ser apenas o seu guia... o seu poeta!
Euclides Riquetti
24-12-2016
Barulho de trenó.. Feliz Natal!
Ouvi, há pouco, um tropel de animais
Vinha de lá de cima, vinha de lá do alto
Acordei-me, surpreso, em sobressalto
Um barulho que eu não ouvira jamais!
Era um ritmo de dança, uma cadência
Algo singular, devidamente ensaiado
A harmonia de dedos tocando teclado
Acordes sonantes, da maior excelência.
Não era como a melodia de uma nota só
Mas um andor de chão e terno de renas
Com o bom velhinho vindo num trenó.
Era Papai Noel e seu saco de presentes
Cheio de alegria e felicidades plenas
Deixando as crianças todas contentes:
Hô, hô, hô...
Euclides Riquetti
24-12-2016
O Rei do Brega - Meu tributo a Reginaldo Rossi
Reedição...
O Brasil perdeu, nesta sexta-feira, pela manhã, o cantor Reginaldo Rossi, o "Rei do Brega". Nascido Reginaldo Rodrigues dos Santos, na cidade do Recife, aos 14 de fevereiro de 1944, Reginaldo Rossi era um moço muito inteligente e estudioso. Cursou Engenharia Civil por quatro anos e, simultaneamente, lecionava Física e Matemática. Mas, nos anos 60, passou a dedicar-se exclusivamente à música. Foi lider do grupo musical "The Silver Jets" - Em sua carreira de mais de 50 anos, gravou 21 LPs. Fez muito sucesso!
Na minha juventude, as rádios Clube de Capinzal, Catarinense de Joaçaba, Fátima de Vacaria, Bandeirtantes de São Paulo e Tupi, do Rio de Janeiro, as que eu costumava ouvir, rodavam, incessantemente, as músicas de Reginaldo Rossi. As meninas suspiravam quando o ouviam. E ele vendia milhões de discos. Gravou, inicialmente, na Chantecler, mas foi na poderosa CBS que viu seus discos invadirem as lojas. Somente grandes cantores, a exemplo de Roberto Carlos, cantor que Rossi iniciou imitando, gravavam na CBS. E RR foi mais um dos grandes representantes da geração que ficou conhecida como a Jovem Guarda, da qual faziam parte o Rei, Erasmo Carlos, Jerry Adriani, Vanderlei Cardoso, Vanderléa e Martinha. Rossi cantava o "rock nordestino", como ele mesmo classificava. Era fã dos Beatles, que faziam o maior sucesso nas paradas mussicais do mundo inteiro na época.
Não há quem, um dia, não tenha ouvido:
"Lembro com muita saudade
Daquele bailinho
Onde a gente dançava
Bem agarradinho
Onde a gente ia mesmo
É pra se abraçar.
Você, com laquê no cabelo
E um vestido rodado
E aquelas anáguas
Com tantos babados
E você sentou
Só pra me mostrar..."
Pois nosso Rei do Brega fez muito sucesso com essa música chamada "A Raposa e as Uvas", onde manifesta, se uma forma simples e sutil, usando palavras bem do vocabulário da época, o seu amor por uma namoradinha. Do tempo das lambretas, os anos passaram e a música que mais ficou na memória do brasileiro é aquela que, até hoje, em altas horas dos bailes ou mesmo nos grupinhos que se regam a cerveja, entoam:
"Saiba que meu grande amor
Hoje vai se casar
Mandou-me uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços meu coração.."
que faz parte da letra de "Garçom", música que representa sua "marca registrada".
Reginaldo Rossi, depois de três semanas internado em Recife, faleceu em decorrência de câncer nos pulmões. Está sendo velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde Município e Estado decretaram três dias de luto oficial.
Hoje, com muito carinho e saudades, vou ouvir um CD que tenho guardado e em que estão inclusos seus maiores sucessos. Fique com Deus, RR, você que encantou tanto os corações das pessoas que hoje estão na casa dos 60 a 80 anos!
Euclides Riquetti
21-12-2013
O Natal que chega amanhã
Chega, de novo, o Natal das Crianças
No mundo todo, o Natal de Jesus
O Natal das canções e das belas lembranças
O Natal das noites de luz.
O Natal que aguça a tua sensibilidade
O Natal do Menino envolto em mantos
Que enseja partilha e caridade
Mas também saudades e copiosos prantos.
Vem o esperado Natal do presentes
Da Missa do Galo, das renas e dos trenós
No Norte o frio, no Sul as noites quentes
Natal do amor pleno ou dos corações sós...
Espero o Natal que chega amanhã
Dos docinhos, das uvas, peras e panetones
Das ceias com aves, pêssegos e maçãs
De "emotions, emoções e emociones".
Que venha, pois, o Papai Noel
Com a neve no Norte, ou aqui tropical
A pé, em trenó, ou num carrossel
Só pra te dizer: Feliz Natal!
Oh, oh, oh, oh!!!
Euclides Riquetti
No mundo todo, o Natal de Jesus
O Natal das canções e das belas lembranças
O Natal das noites de luz.
O Natal que aguça a tua sensibilidade
O Natal do Menino envolto em mantos
Que enseja partilha e caridade
Mas também saudades e copiosos prantos.
Vem o esperado Natal do presentes
Da Missa do Galo, das renas e dos trenós
No Norte o frio, no Sul as noites quentes
Natal do amor pleno ou dos corações sós...
Espero o Natal que chega amanhã
Dos docinhos, das uvas, peras e panetones
Das ceias com aves, pêssegos e maçãs
De "emotions, emoções e emociones".
Que venha, pois, o Papai Noel
Com a neve no Norte, ou aqui tropical
A pé, em trenó, ou num carrossel
Só pra te dizer: Feliz Natal!
Oh, oh, oh, oh!!!
Euclides Riquetti
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
O belo que a mão de Deus esculpiu
Cataratas do Iguaçu - Foz do Iguaçu - Paraná
Nosso Brasil tem uma pródiga e indescritível natureza. É uma
grande aldeia natural a abrigar o homem, a inspirar o poeta. Em todas as
suas regiões, mesmo que não houvesse tido a intervenção do homem,
teríamos belezas a apresentar, pois há as naturais para nos encantar e
encantar nossos visitantes. Duzentos, quatrocentos milhões de anos a nos
fazer bem, a moldar nosso relevo de forma a se tornar, por si só, algo
que nos fascina.
A orla brasileira, com seus rochedos nas encostas, ou mesmo com as milhares de praias paradisíacas, surpreendem ao visitante que vem pelo mar. A paisagem verdejante, entrecortada pelas águas dos caudalosos rios e dos mansos lagos a embasbacar os que vêm pelo céu. Os vales por onde correm sinuosamente esses rios, emoldurados por paredões de rochas, configuram paisagens singulares.
Em cada lugar, cada canto, cada ponto de nosso país, sempre há algo natural a ser admirado. Por quem nos visita e por nós mesmos. Nossa natureza é simplesmente espetacular.
Nossa Região Sul, que tem reconhecimento nacional pela sua força produtiva e de trabalho, não foge à regra brasileira. São três estados e muitas semelhanças. Estados celeiros.
No Paraná, além de toda a sua serra litorânea, de suas belas praias, há dois recursos que chamam a atenção do mundo: O Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa; e o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu. São dois monumentos naturais de reconhecimento mundial.
Arenito do Parque Estadual de Vila Velha - Região de Ponta Grossa - Paraná
No Parque do Iguaçu, onde tivemos a oportunidade de estar algumas vezes, destaco as Cataratas do Rio Iguaçu, aquela imensidão de águas que a natureza habilmente para ali conduz, com quedas de até 80 metros de altura. Um mar de águas. E a localização numa área de terras que comporta sítios naturais e de preservação biológica. Milhares de animais e plantas, das mais variadas e raras espécies formam sua fantástica biodiversidade.
Em Vila Velha, nos Arenitos, em múltiplas formas; nas três Furnas, com até 80 metros de profundidade, ou na Lagoa Dourada, não há como não ficar embevecido com o que a natureza nos legou ali. É muito capricho! Parece que Deus tirou muitas de suas horas daqueles sete dias na Criação do Mundo para projetar aquilo qu está ali hoje. Lembro-me de que, durante muitos anos, quando se compravam fósforos da marca Irati, estampava a caixinha uma gravura de um cálice de arenito, muito conhecido. Animais raros podem ser localizados naquele parque.
A orla brasileira, com seus rochedos nas encostas, ou mesmo com as milhares de praias paradisíacas, surpreendem ao visitante que vem pelo mar. A paisagem verdejante, entrecortada pelas águas dos caudalosos rios e dos mansos lagos a embasbacar os que vêm pelo céu. Os vales por onde correm sinuosamente esses rios, emoldurados por paredões de rochas, configuram paisagens singulares.
Em cada lugar, cada canto, cada ponto de nosso país, sempre há algo natural a ser admirado. Por quem nos visita e por nós mesmos. Nossa natureza é simplesmente espetacular.
Nossa Região Sul, que tem reconhecimento nacional pela sua força produtiva e de trabalho, não foge à regra brasileira. São três estados e muitas semelhanças. Estados celeiros.
No Paraná, além de toda a sua serra litorânea, de suas belas praias, há dois recursos que chamam a atenção do mundo: O Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa; e o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu. São dois monumentos naturais de reconhecimento mundial.
Arenito do Parque Estadual de Vila Velha - Região de Ponta Grossa - Paraná
No Parque do Iguaçu, onde tivemos a oportunidade de estar algumas vezes, destaco as Cataratas do Rio Iguaçu, aquela imensidão de águas que a natureza habilmente para ali conduz, com quedas de até 80 metros de altura. Um mar de águas. E a localização numa área de terras que comporta sítios naturais e de preservação biológica. Milhares de animais e plantas, das mais variadas e raras espécies formam sua fantástica biodiversidade.
Em Vila Velha, nos Arenitos, em múltiplas formas; nas três Furnas, com até 80 metros de profundidade, ou na Lagoa Dourada, não há como não ficar embevecido com o que a natureza nos legou ali. É muito capricho! Parece que Deus tirou muitas de suas horas daqueles sete dias na Criação do Mundo para projetar aquilo qu está ali hoje. Lembro-me de que, durante muitos anos, quando se compravam fósforos da marca Irati, estampava a caixinha uma gravura de um cálice de arenito, muito conhecido. Animais raros podem ser localizados naquele parque.
Serra do Rio do Rastro - SC
Aqui em Santa Catarina, um dos grandes monumentos naturais é a Serra do Rio do Rastro, que liga a Serra Catarinense ao Planalto Serrano, basicamente nos territórios dos Municípios de Lauro Müller e Bom Jesus da Serra. A a intervenção humana fez pavimentar 12 Km da Rodovia que a corta com milhares de metros cúbicos de concreto, mas tudo projetado de forma a adequar-se á paisagem sem causar-lhe muitos danos. Motociclistas do Meio Oeste de Santa Catarina e gaúchos, nos finais de semana, costumam dirigir-se para ali só para poder sentir aquelas sensação de liberdade que só eles sabem sentir e curtir. A estrada possui quiosques na sua extensão, onde servem comida e oferecem banheiros aos passantes.
Outro lugar que muito me atraiu, e volto para lá sempre que é possível, é a Guarda do Embaú, ao Sul de Palhoça. Ali, um rio vem paralelo à praia e alcança o mar num ponto próximo a um morro, dando-nos a impressão que a grande faixa de areia branca, aquele paraíso dos surfistas, seja uma ilha. A vila, pequena e com suas ruas estreitas, lembra-nos aquelas aldeias indianas ou jamaicanas, onde, no verão, as cabeleiras rastafári tomam conta do visual local.
Guarda do Embaú - Litoral de Santa Catarina - Parque de surfistas e turismo ecológico
O ponto mais famoso da Guarda do Embaú é a Pousada do Zulu. O Zulu, além de modelo e ator que já participou de produções Globais, é um "homem do mar". Nada e surfa. Em qualquer época do ano, mesmo no inverno, os surfistas estão presentes com suas pranchas e encantam os poucos visitantes. mas, no verão, a vila de ruas estreitas fica intransitável. Mas vale a pena ir até lá. Numa das vezes que lá estive, andando nas trilhas de um morro de um pontal, escutei uma voz: "Estou procurando um homem do Ouro!" Olhei, era meu amigo Hermes Susin, colega de adolescência. Eu jurava que jamais iria encontrar um conhecido ali, mas encontrei. Divertimo-nos rindo de nosso encontro.
Véu de Noiva - Gramado - RS
No Rio Grande do Sul há umas cachoeiras muito bacanas, como por exemplo uma que serviu de pano de fundo na filmagem de O Quatrilho, na Serra Gaúcha. A Cachoeira do Caracol, em Canela, e os cânions de Cambará do Sul são expressivas belezas naturais.
A Lagoa dos Patos, no RS e a de Laguna, em Santa Catarina, dão excelência à paisagem litorânea. A Ilha de Santa Catarina, com suas mais de 50 praias, é outro grande monumento natural. Os rios Guaíba, Das Antas, Pelotas e Uruguai, no Rio Grande do Sul; Canoas, do Peixe, Chapecó, Peperi-guaçu e Itajaí, em Santa Catarina; Guaíra, Iguaçu e Paraná, no Paraná, desenham a paisagem hídrica exuberante de nossa Região Sul.
Nossa natureza é abençoada. Temos 4 estações climáticas bem definidas no ano. Nossos invernos são frios, nossos verões quentes. No outono caem as folhas e recomeçam os ventos. Na primavera os campos florescem, o clima é ameno. Só resta ao homem preservar aquilo que ganhou, de graça, e que foi construído pela mão divina. Deus salve o Sul, Deus salve o Brasil.
Euclides Riquetti
05-02-2013
Registre, num caderno
Abra espaços para todos os seus sentimentos
Não deixe de concretizar o que vai em sua mente
Escreva ali seus versos, poemas e pensamentos.
Torne-o amigo íntimo, um atencioso confidente
Divida com ele suas angústias e suas ilusões
Compartilhe as alegrias com quem está presente
E está ali para guardar-lhe todas as suas emoções.
Quando os anos passarem e você abri-lo calmamente
Verá quão importante foi deixar ali suas confissões
Revivendo cada cenário com amor, saudosamente.
E espero que eu ali esteja como eterna personagem
Companheiro de belas jornadas, parceiro nas paixões
Dividindo nossos momentos com alegria e coragem!
Euclides Riquetti
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Quinta crônica do antigamente
Vera Fischer, ao centro, então Miss Brasil, na participação no concurso Miss Universo, em 1969.
Sou razoavelmente antigo, já disse isso. E minha tenra
antiguidade me permite lembrar de coisas boas e, outras, nem tanto.
Na noite em que a Vera Fischer concorreu ao Miss Universo, fomos eu e o amigo Vilmar Adami até a casa do Benjamim Dorini. O "Andaime" tinha um gravador de rolo e jaqueta xadrez, igualzinha à que o "Tio Buja" estava usando quando se jogou da ponte. O Vilmar tentou evitar, mas não pode. Ele estava desiludido com a namorada e sumiu nas águas... (no outro dia o Chascove o resgatou com um gancho daqueles de tirar balde caído em poço). Eu era muito amigo do Tio Buja, que era pedreiro. Até fui servente dele. Mas, como dizia, vimos "La Fischer" pela TV, lá no Dorini. Estava divina, mas perdeu. Teve muitas vitórias e muitas perdas na vida conturbada.
Também está meio conturbada a da Marjorie Estiano, a Manu de "A Vida da Gente", que agora vai dar um tempo com o Rodrigo e ficará um ano em Floripa. Numa dessas a gente transforma ficção em "real" e tropeça nela na Praça da Figueira, em Florianópolis. (Nas novelas das 9 dizem Florianópolis, na Malhação dizem "Floripa"). E é comum ficção e realidade si confundirem e me confundirem. Provavelmente, você também.
Sou do tempo em que as pessoas eram mais simples. Não havia internet. Nem TV. Nem Chevette e Brasília ainda havia. Só tinha jeep, rural, pickup e fusquinha importado da Alemanhã, com o vidro traseiro bem pequeno, um oval. Mas digo que as pessoas eram simples e havia poucos doutores, só alguns doutores da Medicina, das Leis, e um Engenheiro, o Flávio Zortea. Ainda hoje chamam farmacêuticos, dentistas, agronomos e veterinários de "doutor", embora a maioria deles nem mestrado tenha. Doutorado, nem pensar!...
Lembro com simplicidade de algumas pessoas ilibadas, respeitadas, que tocavam seus comércios em Ouro e Capinzal, (não eram doutores) e tinham um costume comum: guardar o lápis atrás da orelha. E o usavam para anotar na caderneta o fiado que vendiam. Naquele tempo valia muito a palavra. Hoje há quem negue sua própria assinatura. (Nem mais usam bigode para não ter que desonrá-lo, sistematicamente). E, nas folhas dobradas de papel de embrulho, que havia sobre os balcões para empacotar as compras, faziam as "contas", habilmente, sem calculadora. Muitos nem faziam contas, calculavam tudo "de cabeça". Alías, cabeça, naquele tempo, servia para mais coisas que não fossem apenas usar chapéu ou boina.
Posso lembrar do Jacob Maestri, do "Silvério" Baretta, cujo nome era Severino; do Carleto Póggere, do Arlindo Baretta, do Benjamim Miqueloto, do Vitorino Lucietti, do Anildo Mázera; do Alcides, do Leôncio e do Dorotheu Zuanazzi; do Marcos Penso, do Adelino Casara, do Pedro Surdi, do Valdomiro Morosini, do Atílio Barison, do Antônio Biarzi, do Ivo Brol, do José Formentão, do David Seben, do Agenor Dalla Costa, do Vitório Baretta, do Oziris, do Orvalino e do Osvaldino D ´Agostini; do Crivelatti, do Augusto Hoch, do Eugênio Tessaro, do Clemente Moresco, do Antoninho Sartori, do Selvino Viganó, do Older Póggere e, se pensar um pouco mais, de muitos e muitos outros, que foram comerciantes, comerciários e açougueiros e que não tinham calculadora, nem balanças automáticas, nem produtos previamente embalados, mas que, nem por isso, deixaram de atender com muita precisão nos cálculos e bom atendimento, seus clientes.
Ah, mas têm uns "poréns" que preciso relatar: Não faz muito, vi uma distinta e jovem senhora gabar-se de que "só conseguia somar o valor do serviço da pintura do cabelo e das unhas de mãos e pés, utilizando calculadora. (Se eu dissesse que seu cabelo não era castanho, você iria me tachar de preconceituoso, né?)...
Outra vez, vi, (de novo, com esses olhos que a terra há de comer), uma senhora distinta, com tatuagens delicadamente expostas nos ombros, à mesa de um restaurante, perguntar para a filha, que estava numa mesa próxima, almoçando com amigas: "Filha, carne tem carboidratos, não é?" E ela: "Não, mãe, carne e ovos têm proteína, carboidrato tem no macarrão!)
E, contam-me, e recuso-me a acreditar, que outra senhora, de mesma faixa etária que as outras duas, que se acha bem "instruída", pegou o mapa-múndi de pernas para o ar e estava a pedir ajuda às colegas para localizar o Brasil...
É, sou antigo, mas preciso viver muito para contar tudo o que já vi neste mundo de Deus! Ah, antes que eu me esqueça: o gravador de rolo era para as serenatas.
Euclides Riquetti
03-01-2012
Na noite em que a Vera Fischer concorreu ao Miss Universo, fomos eu e o amigo Vilmar Adami até a casa do Benjamim Dorini. O "Andaime" tinha um gravador de rolo e jaqueta xadrez, igualzinha à que o "Tio Buja" estava usando quando se jogou da ponte. O Vilmar tentou evitar, mas não pode. Ele estava desiludido com a namorada e sumiu nas águas... (no outro dia o Chascove o resgatou com um gancho daqueles de tirar balde caído em poço). Eu era muito amigo do Tio Buja, que era pedreiro. Até fui servente dele. Mas, como dizia, vimos "La Fischer" pela TV, lá no Dorini. Estava divina, mas perdeu. Teve muitas vitórias e muitas perdas na vida conturbada.
Também está meio conturbada a da Marjorie Estiano, a Manu de "A Vida da Gente", que agora vai dar um tempo com o Rodrigo e ficará um ano em Floripa. Numa dessas a gente transforma ficção em "real" e tropeça nela na Praça da Figueira, em Florianópolis. (Nas novelas das 9 dizem Florianópolis, na Malhação dizem "Floripa"). E é comum ficção e realidade si confundirem e me confundirem. Provavelmente, você também.
Sou do tempo em que as pessoas eram mais simples. Não havia internet. Nem TV. Nem Chevette e Brasília ainda havia. Só tinha jeep, rural, pickup e fusquinha importado da Alemanhã, com o vidro traseiro bem pequeno, um oval. Mas digo que as pessoas eram simples e havia poucos doutores, só alguns doutores da Medicina, das Leis, e um Engenheiro, o Flávio Zortea. Ainda hoje chamam farmacêuticos, dentistas, agronomos e veterinários de "doutor", embora a maioria deles nem mestrado tenha. Doutorado, nem pensar!...
Lembro com simplicidade de algumas pessoas ilibadas, respeitadas, que tocavam seus comércios em Ouro e Capinzal, (não eram doutores) e tinham um costume comum: guardar o lápis atrás da orelha. E o usavam para anotar na caderneta o fiado que vendiam. Naquele tempo valia muito a palavra. Hoje há quem negue sua própria assinatura. (Nem mais usam bigode para não ter que desonrá-lo, sistematicamente). E, nas folhas dobradas de papel de embrulho, que havia sobre os balcões para empacotar as compras, faziam as "contas", habilmente, sem calculadora. Muitos nem faziam contas, calculavam tudo "de cabeça". Alías, cabeça, naquele tempo, servia para mais coisas que não fossem apenas usar chapéu ou boina.
Posso lembrar do Jacob Maestri, do "Silvério" Baretta, cujo nome era Severino; do Carleto Póggere, do Arlindo Baretta, do Benjamim Miqueloto, do Vitorino Lucietti, do Anildo Mázera; do Alcides, do Leôncio e do Dorotheu Zuanazzi; do Marcos Penso, do Adelino Casara, do Pedro Surdi, do Valdomiro Morosini, do Atílio Barison, do Antônio Biarzi, do Ivo Brol, do José Formentão, do David Seben, do Agenor Dalla Costa, do Vitório Baretta, do Oziris, do Orvalino e do Osvaldino D ´Agostini; do Crivelatti, do Augusto Hoch, do Eugênio Tessaro, do Clemente Moresco, do Antoninho Sartori, do Selvino Viganó, do Older Póggere e, se pensar um pouco mais, de muitos e muitos outros, que foram comerciantes, comerciários e açougueiros e que não tinham calculadora, nem balanças automáticas, nem produtos previamente embalados, mas que, nem por isso, deixaram de atender com muita precisão nos cálculos e bom atendimento, seus clientes.
Ah, mas têm uns "poréns" que preciso relatar: Não faz muito, vi uma distinta e jovem senhora gabar-se de que "só conseguia somar o valor do serviço da pintura do cabelo e das unhas de mãos e pés, utilizando calculadora. (Se eu dissesse que seu cabelo não era castanho, você iria me tachar de preconceituoso, né?)...
Outra vez, vi, (de novo, com esses olhos que a terra há de comer), uma senhora distinta, com tatuagens delicadamente expostas nos ombros, à mesa de um restaurante, perguntar para a filha, que estava numa mesa próxima, almoçando com amigas: "Filha, carne tem carboidratos, não é?" E ela: "Não, mãe, carne e ovos têm proteína, carboidrato tem no macarrão!)
E, contam-me, e recuso-me a acreditar, que outra senhora, de mesma faixa etária que as outras duas, que se acha bem "instruída", pegou o mapa-múndi de pernas para o ar e estava a pedir ajuda às colegas para localizar o Brasil...
É, sou antigo, mas preciso viver muito para contar tudo o que já vi neste mundo de Deus! Ah, antes que eu me esqueça: o gravador de rolo era para as serenatas.
Euclides Riquetti
03-01-2012
O Natal está chegando, minha gente!
É dezembro no país tropical!
As cidades se embelezam para receber o bom velhinho
Que virá no trenó com renas, ou montado num burrinho.
Os olhos das crianças brilham de alegria
As mães correm atrás de meninos e meninas
Que querem andar no trenzinho
Que querem ganhar um brinquedinho.
As vitrines das lojas com aquele visual atentador
A atiçar a imaginação do consumidor...
"Mamãe, pede pro Papai Noel trazar pra mim
Um ursinho grandãããão assim!..."
Não faltarão festas nem presentes
Nem rostinhos bonitos e risonhos
Nem mensagens bonitas, certamente
Nem corações cheios de sonhos:
Pois o Natal está chegando, minha gente!
Euclides Riquetti
Comemore cada vitória
Comemore cada vitória, efusivamente
Mesmo acreditando que outras possam vir
Vibre com as conquistas muito intensamente
Faça com que tudo seja motivo pra sorrir.
Lamente as derrotas apenas levemente
Pois outros revezes poderão acontecer
A vida nos guarda surpresas, infelizmente
Que nos acontecem sem que as possamos prever.
Sorria para a vida com entusiasmo e alegria
Aja sempre com equilíbrio e extrema sensatez
Sorria em cada nova semana, em cada novo dia.
E,quando as jornadas já não forem promissoras
E o tempo lhe roubar a energia e a altivez
Apenas plante sorrisos e colha rosas encantadoras.
Euclides Riquetti
Mesmo acreditando que outras possam vir
Vibre com as conquistas muito intensamente
Faça com que tudo seja motivo pra sorrir.
Lamente as derrotas apenas levemente
Pois outros revezes poderão acontecer
A vida nos guarda surpresas, infelizmente
Que nos acontecem sem que as possamos prever.
Sorria para a vida com entusiasmo e alegria
Aja sempre com equilíbrio e extrema sensatez
Sorria em cada nova semana, em cada novo dia.
E,quando as jornadas já não forem promissoras
E o tempo lhe roubar a energia e a altivez
Apenas plante sorrisos e colha rosas encantadoras.
Euclides Riquetti
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
A Importância da análise de desempenho na administração pública
Joaçaba, em primeiro plano, e Herval d ´Oeste aos fundos - cidades gêmeas - Como as demais cidades brasileiras, receberão novos administradores a partir de 01 de janeiro de 2017
A análise de
desempenho de si próprio e dos colaboradores ou servidores é uma ação de
extrema importância para uma empresa, um time de futebol, uma escola, um
sistema de educação ou de saúde, de uma instituição financeira. Trabalhei numa
empresa organizada, nos meus tempos de universitário e mesmo depois, em que
nosso desempenho era constantemente avaliado.
Conheço bons exemplos de gestão que têm tal
prática, e um deles observei na Prefeitura de Porto Alegre, quando lá
estivemos, há quase uma década, para conhecer o sistema de rodízio entre os
gestores dos diversos setores da administração municipal da capital gaúcha. O
prefeito, do PMDB, José Fogaça, mantinha apenas duas secretarias: a de Gestão e
a de Governança. E a estrutura de ação e administração se centrava em eixos
temáticos. Os gestores eram avaliados por eles mesmos e, quem não correspondia
às expectativas do Prefeito e dos colegas, era convidado, por estes, a deixar o
cargo que ocupava. Acontecia entre servidores municipais do quadro efetivo. A
competência e a dedicação são pontos fundamentais para que um funcionário ou
gestor tenha boa avaliação.
No serviço
público, por aqui, isso nunca esteve na pauta prioritária da maioria das
prefeituras e mesmo de alguns órgãos estaduais, lamentavelmente. E, por mais
que os discursos de campanha sinalizem para a busca de uma equipe eficiente, na
prática isso pouco acontece. Tenho, em mim, que a todo o cidadão deve ser dada
a oportunidade de provar que é competente e merecedor e é ele mesmo que deve
provar isso. E, claro, os órgãos devem ter seus avaliadores de desempenho, que
podem ser compostos por duas ou três pessoas, no máximo. Se eu fosse prefeito
de Joaçaba, designaria para a tarefa o Vice-prefeito Jucelino Ferraz e dois de
seus secretários mais próximos, fora do quadro corporativo do Executivo. Pessoas
que conhecem bem o serviço público e, razoavelmente, o municipal. Quando eu fui Prefeito, em minha cidade, eu tinha
um trio que me auxiliava nisso, gente madura, experiente, e conhecedora de seu
serviço.
Vale lembrar
que, atualmente, os clubes de futebol têm seus avaliadores de desempenho. O
Clube de Regatas do Flamengo tem o Rodrigo Caetano, que já esteve no Vasco e no
Fluminense, e que tem múltiplas funções. Desde que saiu do Vasco, o Vasco
afundou. E, desde que assumiu no Flamengo, o clube melhorou muito seu
desempenho. A Chapecoense tinha o jovem
Luiz Felipe Grohs, o Pipe Grohs, de 25 anos, que perdeu a vida no desastre
aéreo de Medellín. E obtinha resultados animadores.
Mais do que belos
planos de governo e bons discursos, um administrador precisa ter uma equipe
competente e dedicada, desde os mais próximos até os mais humildes servidores. E
a análise de desempenho permite ao gestor saber com quem pode contar e a quem
deve prestigiar e valorizar enquanto servidos público.
Euclides Riquetti – Professor Aposentado e Técnico em Contabilidade
Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC
em 16-12-2016
em 16-12-2016
É Natal...Venham festejar, com Santa Luzia!
Repica o sino da capela de Santa Luzia
É o Natal que vem trazendo muita alegria
O sino toca e nos convida pra comemorar
Natal é tempo de festa, de confraternizar!
O sino de bronze toca as notas musicais
E a melodia me lembra de tantos natais
O povo do Bairro vai fazer sua oração
Vai pedir pro Bom Jesus a sua proteção!
Rezam as senhoras e cantam as crianças
Pedem Paz aos homens e muita esperança
Querem o perdão, se cometeram pecados
Com Jesus no coração, sempre perdoados!
O sino nos anima para um mundo melhor
Novos tempos, novos dias, sabemos de cor
Os cantos e orações, as bênçãos e a euforia
Venham festejar, o Natal é um Santo Dia!
Venham festejar, com Santa Luzia!
Euclides Riquetti
21-12-2016
Caio Zortea - Jamais esquecer-me do amigo verdadeiro!
Todos os anos, no dia 21 de dezembro, lembro-me do amigo Antônio Carlos Zortea Neto - o Caio. Conhecia-o da adolescência, quando perambulava pelas pacatas ruas de Capinzal, com os amigos de sua idade. Gostava de futsal nas quadras do Mater Dolorum e do Padre Anchieta, de teatrinhos, de brincadeiras ingênuas. Dizem que, em casa, ajudava a cuidar dos irmãos pequenos, sabia até dar-lhes banho e trocá-los. Tinha sempre um sorrisinho discreto, de "bom menino". Esse sorriso se conservou por toda a sua vida, abreviada num acidente ocorrido na SC 303, ali onde passo todos os dias. E, em todas as vezes, lembro-me dele. A cada ano, nessa época, a paisagem de fundo se constitui pelo mesmo paredão de rochas e, acima, um milharal verdejante. Agora, muito mais verde após dias com chuvas...
Quando voltei de União da Vitória para minha região e fui lecionar em Duas Pontes como professor, fui convidado a trabalhar também na Zortéa Brancher, fábrica de compensados e esquadrias para os mercados nacional e internacional. O Caio era o Diretor Industrial, seu irmão Hilarinho Diretor Financeiro, o Pai Hilário Diretor Presidente, o tio Guilherme Brancher Diretor Florestal, o primo Lourenço Diretor Comercial, o primo Aníbal Diretor Administrativo.
Era muito fácil lidar com o Caio, uma figura humana extraordinária. Sempre fora assim, perdera a mãe ainda criança, buscava nas pessoas a compreensão e o carinho. Tinha um Zoológico particular, com muitos animais. Não era de ostentações, tinha uma bela e elegante namorada, a Vera, que costumo chamar de "Moça Bradesco". Costumava contar algumas histórias como aquela do passarinho entre as mãos de um homem, uma metáfora possivelmente, para exemplificar e elucidar uma mensagem que quisesse passar para a gente.
Mais adiante, trabalhou em minha campanha, foi meu colaborador, quando me elegi para um cargo público em Ouro, tínhamos até umas combinações em código para lidar com algumas situações, nos entendíamos muito bem. Liderava, com a Vera, o Antônio Maria Hermes e outros, o Grupo Escoteiro Trem do Vale, do qual minhas filhas e os filhos deles e de muitos amigos faziam parte. Participava de gincanas, empenhando-se como se fosse a última batalha de sua vida. Dava o melhor possível para sua família, adorava suas belas crianças. Dócil, afetuoso, excelente pai e esposo. Cidadão honrado, honesto e exemplar. Tenho as melhores lembranças do amigo Caio. Guardo comigo, até hoje, o texto que, com emoção e dificuldade em controlar-me, li na Missa de sua despedida, na Igreja Matriz.
Na Primavera de 1994, Caio coloca uma placa num terreno dos Miqueloto, bem defronte a minha casa, com a seguinte frase: "Vera, Tibi, Deka, Manu e Greta - amo vocês mais do que ontem e menos do que amanhã!. E, no primeiro dia do Verão, o acidente.
Lembro-me que eu estava na regional de Educação, em Joaçaba, conversando com o Professor Sérgio Durigon, quando entrou um telefonema, do Valcir Moretto, dizendo-me que o Caio estava no Hospital São Miguel, ali pertinho, mas nada mais havia a fazer, tinha se acidentado e perdido a vida. Foi de cortar o coração. Ficamos muito chocados, abalados. E, em seguida, toda aquela sequência triste, com o corpo levado para sua casa e depois para o Ginásio Municipal de Esportes André Colombo, e para a definitiva morada ao lado da bela mãe, em Capinzal...
Hoje passei pelo local da tragédia às 13 horas, mais ou menos o horário em que tudo aconteceu. São dezoito anos passados. Revivi tudo, como se fosse aquele dia. E senti saudades. Saudades que só sentimos por quem muito prezamos...
Euclides Riquetti
21-12-2012
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Inocente coração
Inocente coração, coração inocente
Mergulhado na doce melodia matinal
Decente coração, coração decente
Navega em tênue harmonia celestial.
Valente coração, coração valente
Busca a outra metade com valentia
Ardente coração, coração ardente
Arde na chama do amor com ousadia.
Coração inspirado, coração inspirador
Dá ao poeta a inspiração pretendida
Falte sol, haja frio, nos exala o calor
Traz-nos o ânimo na noite comprida.
Ah, coração alegre, coração contente
Que torna a vida mais bela e colossal
Guardai, Deus, nossa alma e a mente
Levai o bem a triunfar sobre o mal!
Euclides Riquetti
20-12-2016
Lição de Amor - O Filme
Reedição:
Quando, em 03 de dezembro, Michela Quattrochioche completar duas dúzias de anos, poderá comemorar com muita alegria seu sucesso profissional. Nascida em Roma, ela participou de pelo menos cinco filmes de excelente qualidade e já encantou milhões de espectadores do mundo todo, que a viram na telona ou na telinha. Tem, também , dois videoclips para a televisão em ser currículo.
Em 1988, quando nasceu, Raoul Bova já ensaiava seus primeiros passos para a carreira arística, que começou a consolidar-se em 1992 e hoje, aos 42 nos, contabiliza 46 hits no Cinema e 5 na Televisão. Quattrochioche e Bova têm em comum serem nascidos em Roma, e ainda dois talentosos atores do cinema internacional.
Para seres românticos e sensíveis, nada melhor que um filme bem "romance" para alegrar a tarde de sábado. Vasculhando com o controle remoto meus canais assinados de TV, mais precisamente no "Telecine Touch", encontrei o filme que parecia a meu melhor gosto, e fui buscar o ânimo e a inspiração que me faltavam para falar de coisas de que eu muito gosto. Deparei-me com "Lição de Amor", (2008), cujo título original, em italiano, é "Schusa ma ti chiamo amore", ou numa tradução simples, "Desculpa-me, mas te chamo de amor", onde Michela interpreta Nikki, uma estudante do Ensino Médio, prestes a completar 18 anos, e Raoul, Alessando Belli (ou Alex), publicitário Diretor de Criação em uma Agência do ramo. A belíssima Michela Quattrochioche nos remete à beleza idealizada, um misto de Sophia Loren e Cláudia Cardinalle. Atuação exuberante, beleza singular.
O Diretor Frederico Moccia realmente caprichou na produção, com magnífica interpretação dos protagonistas e do elenco, belíssimas locações e trilha sonora. Faz com que o espectador se embrenhe no clima romântico do filme, d trama simples, até previsível, mas de excelência para que gosta desse gênero.
Em Lição de Amor, o publicitário bem sucedido atropela a estudante que conduz uma motoneta Vespa. Alex, 20 anos mais velho que Nikki, vem de um noivado desfeito, envolve-se com a garota e, daí para a frente..., não lhe vou tirar o prazer de ver e sentir tudo no filme, você mesmo.
Dois anos depois do primeiro "Scusa...", a dose se repete com "Scusa ma ti voglio sposare", ou "Desculpa, quero casar contigo", com os mesmos atores.
Este, ainda não vi, mas o outro, recomendo veementemente para quem gosta de amor, romance, lirismo.
Assistir e curtir um "dolce fare niente"!
Euclides Riquetti
03-11-2012
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Num lago azulado
Cercado
Por altos cedros e pinheiros
Por imbuias e caneleiras
Por perfumosas pitangueiras
Cerejeiras e pessegueiros.
Um lago azul com peixinhos dourados
Peixes grande e pintados.
E, em seu redor
Uma clara faixa de areia
Onde repousa você, bela sereia
Numa visão pitoresca:
Uma mulher animal, emergida da água fresca.
Aventuro-me a buscar os seus encantos
E ouvir os seus afinados cantos
Enquanto você repousa
Escrevo versos na lousa.
Ouso atraí-la com um assobio breve
Tímido, cínico, mas respeitoso.
Quero ser seu príncipe carinhoso
E passar minha mão, de leve
Sobre seus ombros adoráveis
Elegantes
Estonteantes
Saudáveis.
Apenas isso:
Admirar você deitada na areia
Em seu corpo de sereia
Às margens de um lago azulado!
Euclides Riquetti
20-10-2015
Vem aí o Natal de Jesus (Quero você como presente)
Vem aí o Natal, o Natal de Jesus
Que é o mesmo Natal da criança
Da mãe cuidadosa que a conduz
Daquela que seu berço balança.
Vem aí o nosso eterno Natal
O Natal dos sinos que repicam
Quando o bem vence o mal
E as boas ações se duplicam.
Vem aí a indescritível alegria
Também vem a grande emoção
Vem aí o choro da nostalgia
Que invade o nosso coração.
O Natal é tempo de bondade
Tempo de dar e receber amor
Tempo da maior fraternidade
Em todo o lugar onde eu for.
Natal, tempo de muito carinho
Da espera pelo que está ausente
Venha, deixei aberto o caminho
Quero você como presente!
Euclides Riquetti
19-12-2016
História do Xixo
Carolina Aparecida Kowalczuk - Rainha da Festa do Xixo e do Steinhaegger em Porto União -2014 - foto da Rádio Colmeia.
A ideia de escrever sobre o xixo me veio ontem à noite, quando meu filho Fabrício, o Gustavo Andrade, (Filho da Nice, neto do Ivo Luiz Bazzo); e o Thiago Fagundes dos Passos, de Ibicaré, com suas respectivas noivas, estiveram preparando peixes recheados na nossa garagem/churrasqueira de minha casa, em Joaçaba. Discutiam sobre como fazer um bom xixo.
Em minha infância, quando acompanhava meu pai, Guerino Riquetti, e seu inseparável e confidente sobrinho, Rozimbo Baretta, nas festas em Ouro e Capinzal, percebia que os fabriqueiros (fabriccieri), dirigentes das capelas da Igreja Católica, retiravam os "miúdos", como coração e rins dos animais, cortavam em pequenos pedaços e os assavam nos espetos para comer enquanto espetavam o churrasco e o punham ao fogo. Chamavam isso de aperitivo, que era ingerido junto com uma cachaça artesanal ou caipirinha de limão.
Em minha juventude, quando fui para a Faculdade, em Porto União da Vitória, conheci o vedadeiro XIXO. Deliciei-me. Era bom demais
Meus amigos Leoclides Fraron, Odacir Giaretta e Osvaldo Bet, meus companheiros na "República Esquadrão da Vida", convidaram-me para ir à Festa de São Pedro, no Bairro do mesmo nome, onde, em 1972, iam acender uma fogueira com 39 metros de altura, com circuito acionado por controle remoto (um par de fios e um interruptor de luz). Lembro que o Grupo de Jovens do Bairro, liderados pelo Fernando Crestani, por alguns anos, levantavam a grande fogueira. E o Sr. Carlos Ewaldo Unterstell, comerciante e benemérito, foi foi o que acendeu a fogueira, cujo fogo começava lá no alto, e depois vinha descendo. Ao longo as pessoas viam aquele clarão que iluminava aquela parte de Porto União.
Mas, como nosso escopo é falar do xixo, digo que foi nessa festa que conheci. Faziam até 20.000 espetinhos, usando 2.000 Kg de carnes. Era composto por coxão mole de bovinos, pernil de porco e coração de porco. Mas tinha um sabor inigualável. Os espetinhos eram de um arame de aço, assado em calhas de latão, e havia umas ripas na horizontal, defronte às barracas, onde pregos sustentavam as argolas dos espetos, e íamos retirando os pedacinhos e devorando. Os espetos eram reutilizados. Você os podia comprar nos supermercados Passos e Unterstell, a bom preço.
Dez anos depois, quando morava em Ouro, meu cunhado Nei me visitou e propôs-me a fazermos um xixo. Utilizou, junto, filé de carne de frango.Eu não sabia que isso era possível. Mas ficou muito bom.
No início da década de 1980, o Fernado Crestani veio de Porto União para trabalhar no Bradesco, em Capinzal, e retomamos a amizade. E eu lecionava também na CNEC, que estava com problemas financeiros para pagar aluguel e salários de nós, professores. Sugerimos fazer uma fogueira e vender xixo. Antes, numa festa junina do Mater Dolorum, o Ruites Andrioni, da APP, mandou o Zó Boico com o gol azul da Jarp buscar100Kg de xixo em Porto Uniao, pois se entendia que só lá sabiam prepará-lo. E ele conhecera o xixo na casa do irmão dele, meu amigo Urtenilo Andrioni, o Nilo, que morava no Porto.
Na metade da festa, não havia mas xixo.
O Crestani ensinou-me a fórmula do xixo para vender nas promoções e ter lucro. Depois ensinei-a para o Guiomedes Proner, Neivo Ceigol e o Albino Baretta. E ficava uma delícia, todos elogiavam o tempero. Hoje muitos continuam a fazer xixo com uma única espécie de carne, de bovinos ou de suínos. Mas há outras fórmulas de composição.
Então, vejamos nosso procedimento: para terem-se 100 Kg de xixo e produzir de 900 A 1.00O espetinhos, utilizam-se:
- 35 Kg de carne bovinha de coxão mole, macia;
- 35 Kg de carne de pernil suíno, pura;
- 45 Kg de carne de coração de porco (retiras nervuras e gorduras);
- 3 litros de óleo comestível;
- 3 litros de vinho branco, seco;
- 3 Kg de sal fino;
- 3 pacotes de orégano;
- salsa, folhas de cebola, manjerona, hortelã -pimenta ou outros temperos verdes compatíveis.
Corte tudo e tempere. Com estas quantidades obterá um mínimo de 100 Kg de xixo, próprios para 1.000 espetinhos.
Lembrar das festas juninas de Ouro, Capinzal e Porto União me remetem aos tempos e isso às saudades. Era muito bom levar as crianças para se deliciarem com o xixo, o cachorro-quente, os pés-de-moleque, cocadinhas, doces de batata ou de abóbora, e ver as danças das quadrilhas.
Euclides Riquetti
28-10-2012
Beijo mentolado
Um beijo mentolado
Qualquer beijo que seja
Pode ser adocicado
Com sabor de cereja
O que importa é ser seu
Pra animar o meu eu...
O beijo esperado
Na manhã muito quente
Que seja dado ou roubado
Mas que seja da gente
O que importa é ganhar
Beijar, amar, beijar...
Um beijo prolongado
De amor, de perdição
O beijo desejado
Com muita excitação
Um beijo pra não esquecer
Que me faz sentir, faz viver!
Euclides Riquetti
19-12-2016
domingo, 18 de dezembro de 2016
Meia Praia, em Itapema, ou o "Parque Calçadão da Praia do Oi!"
Reeditado:
Você já ouviu falar sobre a "Praia do Oi!"? - Poi bem, ela
existe e está aqui pertinho de nós, um pouco mais de 400 Km distante de
minha casa. Por que "do OI!?" Ora, porque, dizem meus amigos, que na
Meia Praia, em Itapema, quando você anda pelas ruas e pelo comércio,
sempre encontra algum conterrâneo, algum conhecido. E isso me aconteceu
em todas as vezes que fui para lá. Em todas elas, acabei encontrando
colegas de trabalho e amigos que eu nem imaginava que lá estivessem. O
pessoal está tão habituado a frequentar que, quando resolve, se manda
pra lá. Fiz isso na semana passada.
A simpática e charmosa Itapema, que conheci quando minhas filhas eram ainda bebês, é uma das que mais me surpreenderam em termos de evolução na infraestrutura de recreação e conforto para o turista, e isso tem nome: O Parque Calçadão de Itapema, na orla marítima do Bairro Meia Praia, com mais de 5 Km de extensão. Num primeiro momento, o leitor que não conhece aquela cidade pode imaginar que seja um parque convencional como os demais, com muitas árvores antigas, muitos pássaros, animais e lagos. Não, não tem nada disso! É um parque urbanizado, com no máximo 10 metros de largura, implantado entre os prédios e as areias do mar de Itapema. Mas é algo fantástico em termos de urbanismo para o lazer.
Iniciado o projeto em 2008, com recursos do próprio município, constitui-se numa faixa alongada de "bem-estar", sendo que comporta uma dupla pista para ciclistas, ( em que também as pessoas fazem cooper), em pavimentação com paver bordô, e uma pista para caminhadas. Entre ambas, uma faixa de gramado verde, onde estão assentados os postes (de belíssima arquitetura), para iluminação pública. Outra faixa de gramado situa-se entre a pista de ciclismo e os prédios. Depois, a partir dos sete metros, uma vegetação de restinga bem identificada, separando o empreendimento das areias da praia. Cidade com sistema de águas e esgotos (privatizados), que evitam a poluição das águas ou geração de locais impróprios para banhos de mar. Academias ao ar livre, cancha de bochas, opções para exercícios físicos e recreação também.
Ainda, no espaço das restingas, foram plantadas centenas e centenas de palmeiras, compondo um cenário exuberante. Deques, escadas, muros de contenção, tudo confeccionado com madeira de eucalipto tratada, completam a beleza da paisagem que tem como pano de fundo.... o mar! O belo mar da meia Praia!
Ora, essa cidade de cerca de 50 mil habitantes, que deve receber outros 700 mil nesta temporada, é o lugar certo, hoje, para pessoas que desejam ter qualidade de vida irem morar. Portanto, se você, amigo leitor do Brasil ou dos outros países que me pretigiam com sua leitura diária, ainda não conhece, procure conhecer nossa belíssima Itapema. Só pelo seu "Parque Calçadão", já vale a pena. Parabéns aos seus idealizadores! Sabemos que houve resistência dos setores especulativos da cidade quando de sua implantação, mas a perseverança do Prefeito Sabino deixou-nos uma herança que deve ser comemorada.
Mas, sobretudo, o que mais nos encanta na composição do cenário de esplendor são as pessoas. Gente bonita, de todas as idades, mulheres saradas, elegantes, muito bem cuidadas, que desfilam pelas areias ou pelo calçadão, que frequentam os restaurantes ou lojas, que se estendem ao sol com seus óculos de belíssimo design, sorrisos Colgatte, Oral B ou Sensodine, mas todos muito lindos, corpos que mostram que Deus foi "mais generoso" na sua formatação!
Ah, para confirmar que lá é, mesmo, a praia do Oi!, vai aí: Na primeira manhã que saímos para caminhar, antes das sete horas, quem encontramos? - Ora, o Juca Parizoto, meu vizinho, e sua esposa Neuzete. Há apenas um muro a separar minha casa da dele, aqui em Joaçaba. Fui para o aniversário de minha sogra, Dona Ana. E ele para o aniversário de seu cunhado, Waldemar Katschor, que foi meu vizinho aqui em Joaçaba. Haja coincidência!
Euclides Riquetti
18-09-2013
A simpática e charmosa Itapema, que conheci quando minhas filhas eram ainda bebês, é uma das que mais me surpreenderam em termos de evolução na infraestrutura de recreação e conforto para o turista, e isso tem nome: O Parque Calçadão de Itapema, na orla marítima do Bairro Meia Praia, com mais de 5 Km de extensão. Num primeiro momento, o leitor que não conhece aquela cidade pode imaginar que seja um parque convencional como os demais, com muitas árvores antigas, muitos pássaros, animais e lagos. Não, não tem nada disso! É um parque urbanizado, com no máximo 10 metros de largura, implantado entre os prédios e as areias do mar de Itapema. Mas é algo fantástico em termos de urbanismo para o lazer.
Iniciado o projeto em 2008, com recursos do próprio município, constitui-se numa faixa alongada de "bem-estar", sendo que comporta uma dupla pista para ciclistas, ( em que também as pessoas fazem cooper), em pavimentação com paver bordô, e uma pista para caminhadas. Entre ambas, uma faixa de gramado verde, onde estão assentados os postes (de belíssima arquitetura), para iluminação pública. Outra faixa de gramado situa-se entre a pista de ciclismo e os prédios. Depois, a partir dos sete metros, uma vegetação de restinga bem identificada, separando o empreendimento das areias da praia. Cidade com sistema de águas e esgotos (privatizados), que evitam a poluição das águas ou geração de locais impróprios para banhos de mar. Academias ao ar livre, cancha de bochas, opções para exercícios físicos e recreação também.
Ainda, no espaço das restingas, foram plantadas centenas e centenas de palmeiras, compondo um cenário exuberante. Deques, escadas, muros de contenção, tudo confeccionado com madeira de eucalipto tratada, completam a beleza da paisagem que tem como pano de fundo.... o mar! O belo mar da meia Praia!
Ora, essa cidade de cerca de 50 mil habitantes, que deve receber outros 700 mil nesta temporada, é o lugar certo, hoje, para pessoas que desejam ter qualidade de vida irem morar. Portanto, se você, amigo leitor do Brasil ou dos outros países que me pretigiam com sua leitura diária, ainda não conhece, procure conhecer nossa belíssima Itapema. Só pelo seu "Parque Calçadão", já vale a pena. Parabéns aos seus idealizadores! Sabemos que houve resistência dos setores especulativos da cidade quando de sua implantação, mas a perseverança do Prefeito Sabino deixou-nos uma herança que deve ser comemorada.
Mas, sobretudo, o que mais nos encanta na composição do cenário de esplendor são as pessoas. Gente bonita, de todas as idades, mulheres saradas, elegantes, muito bem cuidadas, que desfilam pelas areias ou pelo calçadão, que frequentam os restaurantes ou lojas, que se estendem ao sol com seus óculos de belíssimo design, sorrisos Colgatte, Oral B ou Sensodine, mas todos muito lindos, corpos que mostram que Deus foi "mais generoso" na sua formatação!
Ah, para confirmar que lá é, mesmo, a praia do Oi!, vai aí: Na primeira manhã que saímos para caminhar, antes das sete horas, quem encontramos? - Ora, o Juca Parizoto, meu vizinho, e sua esposa Neuzete. Há apenas um muro a separar minha casa da dele, aqui em Joaçaba. Fui para o aniversário de minha sogra, Dona Ana. E ele para o aniversário de seu cunhado, Waldemar Katschor, que foi meu vizinho aqui em Joaçaba. Haja coincidência!
Euclides Riquetti
18-09-2013
Assinar:
Postagens (Atom)