Joaçaba, em primeiro plano, e Herval d ´Oeste aos fundos - cidades gêmeas - Como as demais cidades brasileiras, receberão novos administradores a partir de 01 de janeiro de 2017
A análise de
desempenho de si próprio e dos colaboradores ou servidores é uma ação de
extrema importância para uma empresa, um time de futebol, uma escola, um
sistema de educação ou de saúde, de uma instituição financeira. Trabalhei numa
empresa organizada, nos meus tempos de universitário e mesmo depois, em que
nosso desempenho era constantemente avaliado.
Conheço bons exemplos de gestão que têm tal
prática, e um deles observei na Prefeitura de Porto Alegre, quando lá
estivemos, há quase uma década, para conhecer o sistema de rodízio entre os
gestores dos diversos setores da administração municipal da capital gaúcha. O
prefeito, do PMDB, José Fogaça, mantinha apenas duas secretarias: a de Gestão e
a de Governança. E a estrutura de ação e administração se centrava em eixos
temáticos. Os gestores eram avaliados por eles mesmos e, quem não correspondia
às expectativas do Prefeito e dos colegas, era convidado, por estes, a deixar o
cargo que ocupava. Acontecia entre servidores municipais do quadro efetivo. A
competência e a dedicação são pontos fundamentais para que um funcionário ou
gestor tenha boa avaliação.
No serviço
público, por aqui, isso nunca esteve na pauta prioritária da maioria das
prefeituras e mesmo de alguns órgãos estaduais, lamentavelmente. E, por mais
que os discursos de campanha sinalizem para a busca de uma equipe eficiente, na
prática isso pouco acontece. Tenho, em mim, que a todo o cidadão deve ser dada
a oportunidade de provar que é competente e merecedor e é ele mesmo que deve
provar isso. E, claro, os órgãos devem ter seus avaliadores de desempenho, que
podem ser compostos por duas ou três pessoas, no máximo. Se eu fosse prefeito
de Joaçaba, designaria para a tarefa o Vice-prefeito Jucelino Ferraz e dois de
seus secretários mais próximos, fora do quadro corporativo do Executivo. Pessoas
que conhecem bem o serviço público e, razoavelmente, o municipal. Quando eu fui Prefeito, em minha cidade, eu tinha
um trio que me auxiliava nisso, gente madura, experiente, e conhecedora de seu
serviço.
Vale lembrar
que, atualmente, os clubes de futebol têm seus avaliadores de desempenho. O
Clube de Regatas do Flamengo tem o Rodrigo Caetano, que já esteve no Vasco e no
Fluminense, e que tem múltiplas funções. Desde que saiu do Vasco, o Vasco
afundou. E, desde que assumiu no Flamengo, o clube melhorou muito seu
desempenho. A Chapecoense tinha o jovem
Luiz Felipe Grohs, o Pipe Grohs, de 25 anos, que perdeu a vida no desastre
aéreo de Medellín. E obtinha resultados animadores.
Mais do que belos
planos de governo e bons discursos, um administrador precisa ter uma equipe
competente e dedicada, desde os mais próximos até os mais humildes servidores. E
a análise de desempenho permite ao gestor saber com quem pode contar e a quem
deve prestigiar e valorizar enquanto servidos público.
Euclides Riquetti – Professor Aposentado e Técnico em Contabilidade
Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC
em 16-12-2016
em 16-12-2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos, peço-lhes a gentileza de assinar os comentários que fazem. Isso me permite saber a quem dirigir as respostas, ok? Obrigado!