quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A Importância da análise de desempenho na administração pública




Joaçaba, em primeiro plano, e Herval d ´Oeste aos fundos - cidades gêmeas - Como as demais cidades brasileiras, receberão novos administradores a partir de 01 de janeiro de 2017


       A análise de desempenho de si próprio e dos colaboradores ou servidores é uma ação de extrema importância para uma empresa, um time de futebol, uma escola, um sistema de educação ou de saúde, de uma instituição financeira. Trabalhei numa empresa organizada, nos meus tempos de universitário e mesmo depois, em que nosso desempenho era constantemente avaliado.
           Conheço bons exemplos de gestão que têm tal prática, e um deles observei na Prefeitura de Porto Alegre, quando lá estivemos, há quase uma década, para conhecer o sistema de rodízio entre os gestores dos diversos setores da administração municipal da capital gaúcha. O prefeito, do PMDB, José Fogaça, mantinha apenas duas secretarias: a de Gestão e a de Governança. E a estrutura de ação e administração se centrava em eixos temáticos. Os gestores eram avaliados por eles mesmos e, quem não correspondia às expectativas do Prefeito e dos colegas, era convidado, por estes, a deixar o cargo que ocupava. Acontecia entre servidores municipais do quadro efetivo. A competência e a dedicação são pontos fundamentais para que um funcionário ou gestor tenha boa avaliação.
       No serviço público, por aqui, isso nunca esteve na pauta prioritária da maioria das prefeituras e mesmo de alguns órgãos estaduais, lamentavelmente. E, por mais que os discursos de campanha sinalizem para a busca de uma equipe eficiente, na prática isso pouco acontece. Tenho, em mim, que a todo o cidadão deve ser dada a oportunidade de provar que é competente e merecedor e é ele mesmo que deve provar isso. E, claro, os órgãos devem ter seus avaliadores de desempenho, que podem ser compostos por duas ou três pessoas, no máximo. Se eu fosse prefeito de Joaçaba, designaria para a tarefa o Vice-prefeito Jucelino Ferraz e dois de seus secretários mais próximos, fora do quadro corporativo do Executivo. Pessoas que conhecem bem o serviço público e, razoavelmente, o municipal.  Quando eu fui Prefeito, em minha cidade, eu tinha um trio que me auxiliava nisso, gente madura, experiente, e conhecedora de seu serviço.
        Vale lembrar que, atualmente, os clubes de futebol têm seus avaliadores de desempenho. O Clube de Regatas do Flamengo tem o Rodrigo Caetano, que já esteve no Vasco e no Fluminense, e que tem múltiplas funções. Desde que saiu do Vasco, o Vasco afundou. E, desde que assumiu no Flamengo, o clube melhorou muito seu desempenho.  A Chapecoense tinha o jovem Luiz Felipe Grohs, o Pipe Grohs, de 25 anos, que perdeu a vida no desastre aéreo de Medellín. E obtinha resultados animadores.
      Mais do que belos planos de governo e bons discursos, um administrador precisa ter uma equipe competente e dedicada, desde os mais próximos até os mais humildes servidores. E a análise de desempenho permite ao gestor saber com quem pode contar e a quem deve prestigiar e valorizar enquanto servidos público.

Euclides Riquetti – Professor Aposentado e Técnico em Contabilidade

Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC
em 16-12-2016

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