sábado, 21 de dezembro de 2019

Caio Zortéa - 25 anos depois...



Antonio Carlos Zortéa Neto

          Todos os anos, no dia 21 de dezembro, lembro-me do amigo Antônio Carlos Zortea Neto - o Caio. Conhecia-o da adolescência, quando perambulava pelas pacatas ruas de Capinzal, com os amigos de sua idade. Gostava de futsal nas quadras do Mater Dolorum e do Padre Anchieta, de teatrinhos, de brincadeiras ingênuas.  Dizem que, em casa, ajudava a cuidar dos irmãos pequenos, sabia até dar-lhes banho e trocá-los. Tinha sempre um sorrisinho discreto, de "bom menino". Esse sorriso se conservou por toda a sua vida, abreviada num acidente ocorrido na SC 303, ali onde passo todos os dias. E, em todas as vezes, lembro-me dele. A cada ano, nessa época, a paisagem de fundo se constitui pelo mesmo paredão de rochas e, acima, um milharal verdejante. Agora, muito mais verde após dias com chuvas...

           Quando voltei de União da Vitória para minha região e fui lecionar  em Duas Pontes como professor, fui convidado a trabalhar também na Zortéa Brancher, fábrica de compensados e esquadrias para os mercados nacional e internacional. O Caio era o Diretor Industrial, seu irmão Hilarinho Diretor Financeiro, o Pai Hilário Diretor Presidente, o tio Guilherme Brancher  Diretor Florestal, o primo Lourenço Diretor Comercial, o primo Aníbal Diretor Administrativo.

          Era muito fácil lidar com o Caio, uma figura humana extraordinária. Sempre fora  assim,  perdera a mãe ainda criança,  buscava nas pessoas a compreensão e o carinho. Tinha um Zoológico particular, com muitos animais. Não era de ostentações, tinha uma bela e elegante namorada, a Vera, que costumo chamar de "Moça Bradesco". Costumava contar algumas histórias como aquela do passarinho entre as mãos de um homem, uma metáfora possivelmente, para exemplificar e elucidar uma mensagem que quisesse passar para a gente.

          Mais adiante, trabalhou em minha campanha, foi meu colaborador, quando me elegi para um cargo público em Ouro, tínhamos até umas combinações em código para lidar com algumas situações, nos entendíamos muito bem.  Liderava, com a Vera, o Antônio Maria Hermes e outros, o Grupo Escoteiro Trem do Vale, do qual minhas filhas e os filhos deles e de muitos amigos faziam parte. Participava de gincanas, empenhando-se como se fosse a última batalha de sua vida. Dava o melhor possível para sua família, adorava suas belas crianças. Dócil, afetuoso, excelente pai e esposo. Cidadão honrado, honesto e exemplar. Tenho as melhores lembranças do amigo Caio. Guardo comigo, até hoje, o texto que, com emoção e dificuldade em controlar-me,  li na Missa de sua despedida, na Igreja Matriz.

          Na Primavera de 1994, Caio coloca uma placa num terreno dos Miqueloto, bem defronte a minha casa, com a seguinte frase: "Vera, Tibi, Deka, Manu e Greta - amo vocês mais do que ontem e menos do que amanhã!.  E, no primeiro dia do Verão, o acidente.

          Lembro-me que eu estava na regional de Educação, em Joaçaba, conversando com o Professor Sérgio Durigon, quando entrou um telefonema, do Valcir Moretto, dizendo-me que o Caio estava no Hospital São Miguel, ali pertinho, mas nada mais havia a fazer, tinha se acidentado e perdido a vida. Foi de cortar o coração. Ficamos muito chocados, abalados. E, em seguida, toda aquela sequência triste, com o corpo levado para sua casa e depois para o Ginásio Municipal de Esportes André Colombo, e para a definitiva morada ao lado da bela mãe, em Capinzal...

          Hoje passei pelo local da tragédia às 13 horas, mais ou menos o horário em que tudo aconteceu. São dezoito anos passados. Revivi tudo, como se fosse aquele dia. E senti saudades. Saudades que só sentimos por quem muito prezamos...

Euclides Riquetti

Redigido em 21-12-2012

Beijo sabor goiaba

 


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Quer um beijo sabor goiabada?
Ou beijo de sorvete napolitano?
Quer primeiro ser abraçada?
Ou pode ser algo mais profano?

Posso te dar o que você quiser:
Beijos, abraços, muito carinho
Coisas de homem para mulher
Doces sonhos em meu caminho!

O beijo de fruta polpa magenta
Com suaves odores naturais
Ou, quem sabe, sabor de menta!

O beijo que me envolve, frutado
Em seus lábios muito sensuais
Beijo seu, que eu quero, roubado!

Euclides Riquetti

Gotinhas de orvaljo

 


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Gotinhas de orvalho queimam
Quando caem na madrugada
São como princesinhas que reinam
Na terra dos sonhos e encantada.

Gotinhas de orvalho tão delicadas
Também podem causar avarias
Podem ser como pedras nas estradas
Ou como espinhos nas cercanias.

Gotinhas de orvalho também ferem
Ferem de dor, ferem  uma paixão
São como flechas que se desferem
E podem machucar meu coração.

Gotinhas de orvalho, ora inofensivas
Outras vezes vorazes e impetuosas
Caíram nas relvas de minha vida
Transformadas em gotas lacrimosas!

Bem assim...

Uma Oração para Evita (Perón)


“Só me casarei com um príncipe ou um presidente”
A frase que a adolescente Eva Duarte dizia quando morava no interior da Argentina.
E acabou casando com Juan Domingo Perón, tornando-o Presidente da Argentina.
Compus esta oração em Buenos Aires, no dia 23-01-2013 - após ter visitado o jazigo
dela na Recoleta.

 


 
 
 
 
Santa Evita de todos os argentinos
Que já protegeste teus pobres descamisados
Cuida bem dos velhinhos e dos meninos
Que foram por todos abandonados
Não te esqueças de todos os oprimidos
Nem daqueles nos combates tombados.

Santa Eva Duarte de Perón
Olha pelas Madres de la Plaza de Mayo
Abre para todos teu coração
Ilumina as noites com teu candelaio
Escuta o lamento de minha oração
Mira os mais  fracos com teus olhos claros.

Santa Evita da Casa Rosada
Estende teus braços sobre  a Recoleta
Repousa teu corpo,  em granitos guardada
Inspira os poetas de todo o planeta:
Que seja  tua gente por ti abençoada
E deixe que no Plata vaguem as barquetas.

Mãe Evita de todos os filhos
Mito que se propaga nos lugares e nos anos
Bela e formosa menina de Junin
Deixa-nos uma história que tanto amamos
Eternizada em  "Não chores por mim..." (Argentina!)
Habitas o coração de todos los hermanos.

E também o meu...

Euclides Riquetti

 (Buenos Aires, 23-01-2013).

Caminhar ao sol

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Caminhar ao sol, sorver seus raios dourados
Deliciar-se ternamente, feliz, feliz contente
Raios brilhantes, luminosos e  brilhados
Bronzeando as peles, os ombros elegantes
Aquecendo a alma da pensativa caminhante.

Caminhar ao sol, a mente navegando bem distante
E perdida em pensamentos já morenos
Em pecados que guiam passos errantes
Deletando da alma todos os venenos
Que possam inpregnar-se nos espíritos serenos.

Caminhar ao sol, como se em frio  intenso
Amenizá-lo, numa agradável sensação de bem-estar
Caminhar ao sol, num prazer imenso

Caminhar ao sol, embeber-se de luz e de  paixão
Deixar o pensamento leve a navegar
Afagar a alma, acalentar o coração!

Euclides Riquetti

O tempo passa, sutilmente...passa!

 



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Passa o tempo, sutilmente  passa
Passa pra mim e  pra você  também
Infelizmente, nosso tempo passa

 (E você não vem e não me abraça)
Rápido, mas quieto, ele vai além...

Passa pra mim e pra você o tempo
Manhã vem, tarde vai, noite vem mais uma vez
Passa o dia de sol, passa o cinzento

 (E eu caminhando só, eu no  relento...)
Caminhando e pensando em você!

Passa o tempo como passa a vida!
Passa e nos deixa seus sinais
Há a hora da chegada, a hora da partida!

 (A hora esperada, e a que quero esquecida...)
 E há aquelas que eu quero mais e mais!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Poema de Natal


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É Natal...
Caminhos de luz se desenham no céu
De Noel
Ternos de renas saltitam ao léu
Acima das nuvens de claro de véu
Porque é Natal
Natal das crianças e de Noel!

É Natal
Inverno no Norte, verão no Sul
De céu anil,  azul.

Notas sonoras ecoam nas estradas
Articuladas.

No Polo Norte, anjos entoam cândidos  hinos
No outro, nas torres repicam o bronze dos sinos
Porque é Natal.

Lá, a neve matiza o verde nos pinos
Aqui, o bom velho abençoa os bons e os ladinos
Porque é Natal.

É o Natal dos velhinhos encurvados
Dos presentes desejados
Das crianças embevecidas
Das saudades mais sentidas
Mas é, de novo, Natal...

Natal de luvas, de barbas, de capuz
De sinos, de lembranças de Jesus
É tempo de amor, da cor vermelha que seduz
É, de novo, Natal.
De amor, de perdão, de  luz.

Euclides Riquetti

O Natal está chegando, minha gente!




Voltam a repicar os sinos que anunciam o Natal
É dezembro no país tropical!
As cidades se embelezam para receber o bom velhinho
Que virá no trenó com renas,  ou montado num burrinho.

Os olhos das crianças brilham de alegria
As mães correm atrás de meninos e meninas
Que querem andar no trenzinho
Que querem ganhar um brinquedinho.

As vitrines das lojas com aquele visual atentador
A atiçar a  imaginação do consumidor...
"Mamãe, pede pro Papai Noel trazar pra mim
Um ursinho grandãããão assim!..."

Não faltarão festas nem presentes
Nem rostinhos bonitos e risonhos
Nem mensagens bonitas, certamente
Nem corações cheios de sonhos:

Pois o  Natal está chegando, minha gente!

Euclides Riquetti

Bom dia, amore!

 


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Bom dia, amore!
Aqui estou!
Faça de conta que sou um fiore
Que em seu jardim desabrochou!

Um fiore pequenino
Que veio bebê
Que se tornou um menino
Que gostou de você...

Mas que se manteve fiore
E que lhe deu
E que recebeu
Carinho e amore:
Um sutil e romântico fiore!

Sou apenas isso:
Um fiore que sabe amar
Que busca sempre encontrar
Uma forma poética de lhe dizer
Que é importante viver
Sorrir e não chorar!

E, sobretudo:
Amar, amar, amar...

Euclides Riquetti
Bom dia, amore!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Abaixo do céu, em algum lugar

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Por debaixo do céu, em algum lugar
É possível que você esteja
Andando na beira do mar
Ou talvez rezando numa igreja
Mas, certamente que abaixo do céu
Você deve estar!

Não sei exatamente onde
Mas eu  posso imaginar
Não sei se você se esconde
Para eu não a encontrar.
Talvez eu tenha que a procurar
Na beira do mar!

Procurarei, sim, eternamente
Procurarei de modo diferente:
Escreverei um poema na areia
E, quem sabe você, vestida de sereia
Possa ler o meu recado
E, se for se seu agrado
Venha me encontrar!

Euclides Riquetti
23-12-2015

Busque, constantemente, a felicidade




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Busque, constantemente, a sua felicidade
Busque encontrá-la perto ou na imensidão
Procure, na harmonia e na tranquilidade
Dar respostas ao que pede o seu coração.

Busque, firmemente, a sua felicidade
Busque alento para sua alma e seu ser
Procure nas pessoas a alegria e a bondade
Para reconquistar seu direito de reviver.

Busque, com toda a força de sua mente
Busque nas cidades, vilarejos ou no mar
Vá buscar respostas ao que você sente.

E, quando encontrar o que você procura
Comemore a alegria por de novo sonhar
Dissipadas que foram suas nuvens escuras!

Euclides Riquetti

Pés descalços




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Pés descalços
Acariciam as calçadas
Abandonadas.
Corações em percalços
Com batidas descompassadas
Retumbam em almas maltratadas
Rejeitadas, mutiladas.


Pés nus buscam caminhos de luz
E pisam na relva umedecida
Adormecida
Sustentando o corpo que seduz.

O corpo que atrai
E que distrai
Furta meus pensamentos pecaminosos
Libidinosos...
E me mergulha nas águas
Me afoga nas mágoas.

Algo me atira às incertezas do momento
Que vaga lento, lento
Como a nau que vai
E se perde no infinito
Bonito...
Bonito, mas cheio de ruelas obtusas
Confusas
Como eu!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Visitando Evita Perón na Recoleta - mais reprise!



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          Na quarta-feira, 16, estivemos em Buenos Aires. Desejava conhecer aquela cidade por razões históricas, culturais e artísticas. E eu tinha um foco principal: visitar o jazigo da eterna Mãe dos Descamisados, Maria Eva Duarte Perón, a Evita, nossa Santa Evita. E conhecer a arquitetura da Recoleta. Enfim, estar na terra da arte, do (meu) sonho e do tango!.

          Após umas andanças por Palermo, chegamos à Recoleta. Uma guia, Sílvia, passava-nos, habilmente e num espanhol claro, todas as informações sobre a cidade. Sabia muito sobre Buenos Aires e toda a História Argentina. Não parecia uma simples guia, mas sim uma professora que conhecia, com profundidade, todos os fatos daquele país desde a sua fundação. Passamos pela  "9 de Julio", um avenidão para fazer-nos inveja. A mais larga do mundo.

          Eu lembrava das ruelas de Florianópolis e ficava imaginando como aquelas pessoas tiveram a visão, lá, de projetar e construir uma avenida com mais de 140 metros de largura. Muitos monumentos para seus heróis e, sobretudo, para sua heroína, a mãe de todos os argentinos, Evita. No edifício do Ministério de Obras Públicas, em 2011,  a Presidente Cristina Krchner inaugurou dois retratos moldados em ferro pelo artista argentino Daniel Santoro, com 31 metros de altura e 20 de largura, sendo que o assentado ao lado Sul mostra a Primeira Dama sorrindo para seus protegidos. Para o lado Norte, há um retrato dela discursando ao microfone,  com uma expressão bem firme, severa. Dizem que sorri para os pobres que habitavam o lado sul do Bairro Montserrat e que fala austeramente para os burgueses do lado norte.

          Era muita informação para processar. E atrativos para fotografar.

          Finalmente chegamos ao Cemitério da Recoleta. Uma inscrição,   em Latim, na fachada da entrada, dizia:  "Requiescant in pace" (Descansem em paz).   É um portal imenso, com cerca de 10 metros de altura, branco, e a inscrição e outros símbolos estão em dourado.   O que você imaginar de belezas arquitetônicas influenciadas pelo mundo Eurpoeu, especialmente por Paris, ali estão nos mausoléus. Somente os ricos podiam comprar terrenos ali. E estão isentos de pagar impostos anuais pela ocupação do solo do cemitério com seus jazigos. São proprietários vitalícios. Alguns deles estão abandonados, mas, de uma forma geral, a conservação é boa. Os bens são passados aos seus sucessores, que têm o direito de enterrarem seus entes queridos neles.

          Eu já havia pesquisado sobre a localização do túmulo da Evita e do Presidente Raúl Alfonsin,  ainda antes de sair de casa. Tão logo adentramos o local, fui andando pela ruela central e, logo depois, virei à esquerda, dirigi-me para onde havia um grupo de pessoas. Certamente que ali seria onde estaria Evita e minhas suspeitas foram confirmadas pela guia. Foi muito emocionante para mim, estar ali, mesmo sabendo que seu corpo está quatro metros abaixo do nível do piso, protegido por concreto. Querem que seu corpo não seja, jamais, dali retirado, uma vez que somente duas décadas  após sua morte foi ali sepultado.
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          Tirei fotos de todas as placas de bronze que estão afixadas na fachada o jazigo, edificado em granito negro. E dele em si. Passei a comentar com as pessoas sobre a vida dela e, mesmo meus 30 parceiros de viagem terem se afastado para cumprir o roteiro da visita, permaneci uns minutos ali, falando sobre a Evita para turistas de todos os lugares. Uma jovem brasileira, que estava com a mãe, mostrou-se muito interessada, disse-me que pouco ouvira falar, até então, daquela personalidade. Disse-me que iria, tão logo chegassem em casa, no Brasil, passar a estudar sobre aquele mito, que moreu aos 33 anos. Acho que arrumei mais uma fã brasileira para ela.

          Corri para localizar meus colegas de viagem e rapidamente os encontrei. Convenci a guia a mostrar-me qual era o jazigo do Presidente Alfonsín e somente eu, de minha turma, o visitei. Não poderia deixar de visitar um dos grandes lutadores pela redemocratização da Argentina. Fotografei rápido e voltei para o grupo. Lembrei-me o Juca Santos, que, num jantar na casa do Ademir Romani e da professora Vanilda, disse-me que, com a posse de Raúl  Alfonsín, eleito pelo voto direto, tudo ficaria resolvido na Argentina. E que, depois, com as eleições diretas que viriam também no Brasil, o resistente deputado Ulisses Guimarães iria ser nosso Presidente, e aqui também tudo se resolveria pela democracia...  (José Leonardo Santos era um jovem sonhador ...)

          Hoje, em todos os lugares de Buenos Aires, observa-se uma grande veneração por sua Santa. Os pobres, principalmente aqueles que habitam as favelas localizadas nas imediações e embaixo de um grande viaduto, porque ela é sua verdadeira heroína. Os burguses que habitam as mansões e prédios com características européias, renderam-se à  força da alma e ao carisma de Evita, e a respeitam. A mulher que conquistou o direito do voto para os argentinos, 60 anos após a sua morte, cada vez mais ocupa o coração deles e angarfia legiões de fãs na América do Sul e mesmo na Europa. Conhecendo sua história, não há como não se render aos seus encantos...

Euclides Riquetti
26-01-2013

Ganhar teu beijo...





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Quero dar-te um abraço terno
Um abraço simples, mas que seja eterno
Não mais descolar-me de ti:
Um eterno e terno abraço,  (em ti...)
Eterno, eterno abraço terno!

Quero levar-te o abraço do encantamento
O abraço que se perde no firmamento
E que se encontra, depois, ali depois do raio de sol
O abraço que se esconde... sob o branco lençol!
E que te percas em mim por um mágico momento...

Quero que aceites meu abraço dado
Quero que me apertes  no abraço apertado
O abraço na manhã que te surpreende
O abraço no teu corpo que me acende
E que busca o teu beijo sagrado...

Enfim, não te surpreendas, não
Com as reações de teu coração!
E não te assustes com minha ousadia
Nem  te incomodes com tanta rebeldia
Pois quero apenas tua atenção.

Quero dar-te um abraço terno
Quero ganhar teu beijo, quero muito, quero!

Euclides Riquetti