Ramiro Amorin e seu par; personagem de Chica Pelega; Euclides Riquetti e Vicentinho Telles; e músicos ao fundo.
Os eventos
culturais e as grandes feiras estão sendo realizados com frequência e
intensidade aqui no nosso Estado de Santa Catarina. Aqui no Planalto,
Meio-Oeste e Oeste Catarinense, onde a atividade agropecuária e industrial é
muito forte, as feiras, mostrando a evolução tecnológica de insumos e de
equipamentos para o plantio, o controle de pragas e a colheita da produção,
muito bons eventos estão acontecendo. E os joaçabenses reclamam que aqui pouco
disso acontece. Neste fim de semana,
acontece a ExpoCampos 2022, com a XV Feira Agropecuária, de Indústria e
Comércio de Campos Novos, num evento grandioso e concorrido, que será realizado
no Parque de Exposições Leônidas Rupp, às margens da BR-2822, de 13 a 15 de maio. Shows com
artistas locais, regionais e nacionais deverão atrair milhares de pessoas ao
evento. Simone e Simaria, e Fernando e Sorocaba serão duas das atrações.
Nas
comemorações dos 110 anos da Guerra do Contestado, a partir de iniciativa
da Prefeitura do Município de Irani, Joaçaba recebeu o espetáculo musical
"Concertos Itinerantes do Contestado", na noite de sábado, 07, no
Teatro Alfredo Sigwalt. O concerto "Tributo a Vicente Telles - O
Mensageiro do Contestado”, apresentou peças musicais escritas pelo historiador
catarinense. Os presentes puderam viver as emoções de lembranças do conflito
que se deu de 19122 a 1916. Registros importantes que foram deixados por
Telles, falecido em 2017. O historiador era natural de Palmas-PR e neto de um
combatente daquela guerra.
O
espetáculo foi montado pelo seu filho Vicente de Paula, a partir de arranjos
que criou com o comando do compositor Guinha Ramires e o Maestro Francisco
Cristóvão Bettoni, e a execução pela Orquestra Sinfônica Serra
Catarinense. As canções entoadas-executadas foram compostas por Vicente Telles.
As coreografias foram idealizadas por Ramiro Amorim, com o "Grupo de
Danças Caboclas Vicente Telles". O Ministério da Cultura é o
patrocinador da ação cultural. Vicentinho vem trabalhando há meses na
composição dos arranjos, juntamente com Ramires. Vicentinho disse: “Esse
espetáculo é em honra a memória de meu pai e de todos os combatentes. É o
legado que ele deixou para entrar na história!”
Grande ênfase foi dada a duas personagens
femininas, Maria Rosa e Chica Pelega (nascida em Joaçaba), e ainda ao Monge
José Maria. Ao contrário do que alguns escritores se referem a José Maria, ele
é cantado pelos iranienses como herói e não como vilão. Um dos grandes
entusiastas de nossa cultura, praticamente o responsável pela vinda de todo o
grupo a nossa cidade, é o incansável animador cultural Antônio Carlos Pereira,
o Bolinha.
A performance da orquestra
e do grupo de danças, bem como de Vicentinho e das duas cantoras, foi
excelente. As quase 100 pessoas que lá estiveram saíram de lá com sorrisos em
seus rostos e conhecendo um pouco mais do importante historiador do Contestado,
Vicente Telles, que tive o prazer de conhecer há duas décadas. Parabéns aos
organizadores e a todos os que se apresentaram nas execuções musicais, danças e
cantos. Tudo muito harmônico, com grande valor cultural.
Auê, mimimi e desperdício de energia – Brasília
não para de gerar confusão. Agora, o novo Presidente do TSE, Edison Facchin é
que está “de ponta” com as forças armadas. Um prato cheio para a imprensa, que
especula isso e aquilo, fala muito e pouco faz. Abrem muito espaço para
assuntos que, para uns, parecem relevantes, mas para os que trabalham e sofrem
para pagar pelos preços altos dos alimentos e dos combustíveis, pouco disso
interessa. Agora, sobem o preço do diesel, quase 9%. Uma vergonha se
considerarmos os elevados lucros que a Petrobras vem tendo. Deveriam cobrar que
a estatal invista em melhorar suas unidades de refino, para que possam
processar o óleo bruto, e não apenas o leve, o brent, que precisa ser
importado. Nada justifica que se produza extraia mais do que se consome, se
exporte o bruto e se importe o brent porque nossas usinas não foram adaptadas
para isso. Mas a “grande imprensa” está mais a favor de seus fortes
patrocinadores. Nessa história, todo mundo tem pecado!
Tem um candidato a
presidente que é temido porque dizem que ele ameaça a democracia. Outro, que
dizem que, se eleito, vai querer regular a imprensa. É muito mimimi e
desperdício de energia. Duvido que haja qualquer retrocesso tanto na questão de
um possível golpe quanto no controle da imprensa. Aquilo que agora chamam de
“narrativas”, e que a gente classificava como ato de “encher o saco”, está,
mesmo, enchendo o saco ou atazanando a nossa paciência. Os resultados das urnas
serão respeitados, ganhem quem ganhar. Mas, quem fala bobagens e é foco dos
holofotes, precisa cuidar melhor no que diz e naquilo que faz, já que o que já
está feito, está feito!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - 13-05-2022