Conhecemos "Dona Santa", de nome Santina, já em 2008, quando decidimos morar em Joaçaba e construímos nossa casa no Nossa Senhora de Lurdes. Logo fizemos amizade com todos os nossos vizinhos. Uma das pessoas muito simpáticas e queridas foi Dona Santa, esposa do saudoso Pedro Ferreira e mãe da Dona Nilva (esposa do Antônio de Souza); da Rita (esposa do Sandro Frigo e mãe da Maria Clara); do Amarildo (marido da Célia); e do Aírton, que morou com ela até seus últimos instantes. Ainda a neta Eliane Souza Butner (esposa do Adriano e mãe da Gabriela e do José Antônio), e o neto Rodrigo (marido da Sónia e pai do Rodrigo Gabriel e da Maria Eduarda). Ainda teve outros familiares, de outras cidades. Com estes citados, cultivamos a amizade e o respeito nos últimos 14 anos. Todas essas pessoas são muito educadas e, certamente, trazem o DNA da bondosa senhora que nos deixa hoje, prestes a completar seus 91 anos de idade.
Sempre admirei a maneira como Dona Santa encarou a vida, com otimismo, mesmo quando esteve doente, mas deu a volta por cima. Passava em frente da nossa casa e parava para uma pequena conversa. Tinha palavras de estímulo e apoio para quem de seu carinho precisasse. Lamentava que os bailinhos dos idosos foram suspensos por causa da pandemia, mas nunca se queixava da vida. Amava e era muito amada por todos os seus. Era amigona da Dona Tere, esposa do seu Valério Dalcortivo, meus parentes e nossos vizinhos.
Das histórias que me contou, guardo bem uma em que relatava das dificuldades dela e o esposo Pedro, quando se casaram e foram morar numa casa sem assoalho, no chão batido, perto do mato. Para cozinhar, um fogo de chão e uma panela de ferro, pendurada por um gancho de ferro numa armação, pendida sobre o fogo. E que misturava feijão, arroz, carne e até mandioca, tudo na mesma, para fazer um cozido com que se alimentavam e alimentaram os primeiros filhos. Ia jogando tudo na panela, na proporção do tempo de cada ingrediente, para que tudo ficasse bem cozido, temperado e bom.
Mas, com todas as dificuldades, conseguiram proporcionar vida e educação aos filhos, que lhe deram os netos e bisnetos maravilhosos. Todos sempre foram o orgulho dela e lhe devotavam extremo cuidado.
Vaidosa e elegante, gostava de vestir-se bem, andar sempre bonita, simpática e participativa. Frequentava a capela de Santa Luzia, as missas e cultos, participando das festas e promoções ali realizadas em companhia de seus familiares. Tinha sempre uma palavra amiga para todos e, na sua fragilidade física, residia a fortaleza do bom caráter, da cortesia e da afabilidade.
Estamos longe, recebemos a notícia agora a pouco, mas ficamos muito sentidos pela sua partida. Dona Santa vai reencontrar os familiares e amigo que foram antes dela. Vai esbanjar sua simpatia no céu e dançar com os anjos. Vai com nossa admiração e nosso carinho. Que Deus a recompense por tudo o que nos fez de bom e que lhe dê um lugar muito especial no Paraíso.
Um abraço fraterno em todos os que ficam e tenham a certeza de que ela vai continuar sendo a pessoa feliz que sempre foi. Seu sorriso lindo ficará para sempre registrado em nossa memória! Deus abençoe Dona Santa!
Euclides Riquetti e Família
26-11-2022