sábado, 25 de dezembro de 2021

Feliz pós-Natal, então!

 





Feliz pós-Natal, então!
Guardem todos os presentinhos
Façam tudo bem direitinho
Não deixem papéis no chão.

Cuidem de que tudo esteja no lugar
As roupas das crianças lavadas
Que estejam limpas as calçadas
Porque o Ano Novo vai chegar!

Leiam, com atenção, os bilhetinhos
Todos os cartões que receberam
Todas as mensagens que não leram
E estão penduradas no pinheirinho.

E, se não fizeram todas as orações
Pelo menos uma quer que seja
Peçam a Deus que os proteja
Que reacenda amor nos corações...

Porque não quero,  não admito
Que gente não fale com gente
Que tenha coração que não sente
Num tempo assim tão bonito.

Então, Feliz pós-Natal!
E que haja, sempre,  muita alegria
Felicidades nas casas suas e na minha
E que possamos dizer:
Feliz pós-Natal!

Euclides Riquetti

Guerra do Contestado - o que temos a ver com ela?

 



       
          O tema "Guerra do Contestado", pelas características da mesma e pela data de seu início,  cujo centenário se aproxima, vai trazer-nos de volta muitas informações que um dia ouvimos, mas que nem sempre demos muita bola para o assunto. Sempre tive muita paixão por isso, é um assunto que me atrai profundamente.

          A data fatídica é 22 de outubro de 1912, quando ocorreu a Batalha do Irani e, tanto o jovem  Coronel Gualberto quanto o líder dos revoltosos, Monge José Maria, foram mortos. Brevemente, dedicarei um escrito exclusivamente para o que ocorreu nos dias que antecederam e sucederam esta importante data para nós, catarinenses, principalmente moradores das áreas que serviram de palco para a Guerra. Tenho informações exclusivas que obtive na Fazenda Nossa Senhora de Belém, com o Sr. Alceu Saporite, no interiorzão de Água Doce, num final de  ano em que acampamos, com nossa família, uns 50 metros  abaixo de uma Cachoeira existente na propriedade, e que ali ocorreu um fato que ajudou a mudar a história da Grande Batalha entre os liderados por José Maria e os soldados do jovem Coronel Gualberto.

          Mas, hoje, vou-me dedicar a repassar algumas informações que obtive em minha vida,  e outras que li em  "O Oeste Catarinense - Memórias de um Pioneiro", escrito pelo saudoso José Valdomiro Silva, (tio da Leda Sílva Kerber, Soprano de nosso Teatro Alfredo Sigwalt, de Joaçaba, e   dos seus manos  Cláudio e João, meus amigos). Valdomiro construiu uma biografia irretocável, nascido em 21 de junho de 1902, na Fazenda Umbu, interior, na época, de Campos Novos, próximo de Duas Pontes, hoje Zortéa, e que viveu sua adolescência em lidas com seu pai, durante a construção da Estrada-de-Ferro São Paulo/Rio Grande.

          Em 1914, quando a Guerra do contestado estava  no ápice, 500 soldados da Força Federal estiveram acampados, por muitos meses, próximo à Estação Férrea de Capínzal, com a finalidade de guarnecer a cidade e impedir que os classificados como "fanáticos jagunços", tomassem o rumo do Sul.

           Nossa cidade armou-se antes antes de os soldados chegarem, conforme descreve José Valdomiro Silva, na página 18 de sua obra: "À vista de  tal situação, o farmacêutico Cavalcanti, que era solteiro, resolveu organizar uma guarda-civil, para o que convidou diversos homens e rapazes, entre os quais eu também fui incluído, na qualidade de seu empregado. Não houve problema para armar o pessoal, pois, na época havia muita Winchester e revólver Smith & Wesson que apareceram no comércio logo após a passagem da estrada de ferro. Até eu com meus doze anos, também mereci uma Winchester 44 que mantinha na farmácia, para enfrentar os jagunços. E como a dita guarda foi organizada em caráter amador, não havendo recursos para sua alientação, requisitavam porcos e galinhas das casas abandonadas pelas família fugitivas".

          Pela descrição, você, leitor (a), pode ter noção de o quanto a situação estava complicada. E o adolescente José Valdomiro Silva, que a meu ver merecia ter sua vida retratada em documentário cinematográfico, é figura marcante em nossa história. Há muitos fatos interessantes em sua publicação, de 1987, e que você pode encontrar nas bibliotecas da região e sebos de Florianópolis.

          Felizmente, hoje vivemos outros tempos, enfrentamos outros tipos de problemas, frutos da organização social atual. Mas, naquela época, a realidade era bastante cruel com os moradores de Rio Capinzal, localizado à margem esquerda do rio do Peixe, e o "Distrito de Abelardo Luz", à margem direita. Naquela época, desde 20 de outubro de 1906, com esse nome, pertencíamos à Colônia de Palmas, do Estado do Paraná. e era comum, em minha infância e juventude, colegas de Capinzal "inticarem" comigo, dizendo que nós, os abobreiros, do Ouro, éramos argentinos, e que eles, de Capinzal, os porungueiros, eram os brasileiros.


          Intrigas e rivalidades à parte, a realidade é que Ouro pertenceu a Capinzal apenas por 14 anos, de 1948 a 1963. E que, se buscarmos profundamente a nossa verdadeira história, vamos descobrir muitas coisas interessantes, inclusive que tivemos ativa participação na Guerra do Contestado, pela nossa localização e pelas disputas de Paraná e Santa Catarina pela região Contestada.


Euclides Riquetti
05-08-2012

Como uma nuvem de chuva


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Como uma nuvem de chuva, você passou
Você foi embora, afastou-se de mim
Mas a lembrança, de você,  ficou
Você foi embora, foi  melhor assim?

Não era bem isso o que eu queria
Pois você dizia gostar tanto de mim
Onde foi o sorriso, onde foi a alegria?
Nunca diga nunca, será  melhor assim...

Como uma nuvem de chuva, o tempo passa
O tempo passar é uma verdade, sim
Incontestável, como a árvore da praça
Ficará só a lembrança, melhor assim...

O mundo é tão grande, ele dá tantas voltas
O mundo girar, é uma verdade, sim!
Coração  errante, não precisa de escoltas
Tudo vai virar paz, será melhor assim!

Euclides Riquetti

Quando a saudade bater em sua porta

 


 

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Quando a saudade bater em sua porta
Talvez você nem mesmo se dê conta
Mas isso agora já pouco nos importa
Pois  a realidade já não amedronta...

Quando a saudade fizer sentir a dor
A dor da perda sem ter a reparação
É porque ainda em nós resta o amor
E só o amor nos dará compensação...

Sempre que retornar aquela tristeza
Aquela que vem com dor e saudade
Que vem por causa de nossa frieza
Ela nos alerta para uma realidade...

O mundo é mais do que gosto e prazer
É feito para o amor e o entendimento
A alegria deve sobrepor-se ao sofrer
É preciso dar asas ao bom sentimento!

Euclides Riquetti

Meus medos bregas ou chulos




Medo paranóico: de ficar sem créditos no celular
Medo politifágico: de perder eleição considerada ganha
Medo ex-tanque: de ficar com o abdomem volumoso, protuberante
Medo gástrico: de ficar sem (gas) olina no meio do trânsito
Medo moleque: de comer muito pé-de-moleque e ficar com dor de barriga
Medo diabólico: de comer muita paçoquinha e ficar diabético
Medo vulg(ar): de respirar para não acordar o outro quando dorme e ronca
Medo leviano: de sonhar que está flutuando, leve, indo para o céu antes da hora.
Medo infernal: de imaginar que está condenado  a arder em chamas na boate do Lúcifer
Medo gelado: de pensar que ficou preso dentro de uma câmara fria
Medo do escuro:  de ser atropelado por um fuscão preto
Medo de mensagem auditiva: de mandarem um carro de mensagem  na frente de sua casa, no dia do aniversário, com um texto musicado, bem meloso
Medo de saia: de estar dando entrevista e começarem a fazer perguntas indiscrtetas, deixando-o em saia justa.
Medo de correr: de achar que o Rubens Barrichello vai podar seu golzinho na reta do Motel Eros e você precisa chegar antes que ele
Medo de criança:  de errar a letra do Parabéns a Você na festinha de aniversário dos netos
Medo de ficar velho: de chegar na fila da lotérica e indicarem pra você a fila "exclusiva para gestantes e idosos"
Medo de ter vergonha:  de virar um sem-vergonha, convencido, metido a besta, com o nome no Serasa, cartão de crédito  vencido e ainda ter de dar explicações em casa por ter chegado  tarde e com perfume estranho impregnado na roupa

"O medo de não ter assunto para escrever me deixou com muito medo, daí escrevi  umas bobagenzinhas, só para descontrair e tomar um pouco de seu tempo ocioso, (precioso???), neste sábado, em que não deixaram você ir para o trabalho e por isso ficou muito zangado, revoltado..."

Abraços a todos, neste sábado de céu emburrado.

Euclides Riquetti

No silêncio do amor e da paz

 




 
No silêncio do amor e da paz
A vida se refaz
Em passos gigantes caminha
A vida tua, a vida minha
A vida que me seduz e apraz!

No silêncio da noite, a paz do dia que passou
A alegria de momento que marcou
A oração rezada com devoção
Extremada meditação
Sobre quem eu, de fato, sou!

Na agitação de cada uma das nossas horas
A vontade de não ir embora
De ficar te amando
Ou apenas te cortejando
Como te teria cortejado outrora!

Na agitação do meu coração e da minha cabeça
O medo de que desanoiteça
Sem que tenha te amado o suficiente
Por causa do risco iminente
De que meu corpo desfaleça!

Mas, no silêncio ou no turbilhão ruidoso
Navego num rio caudaloso
Para buscar-te em algum lugar
Seja por aqui, seja no mar
Eu, com meu instinto desejoso!

No silêncio do amor
No silêncio da paz!

Euclides Riquetti

Há uma luz que virá

 







Há uma luz que virá
Com o brilho bem forte
Um brilho que te dará
Uma direção, um norte.

Uma nova luz brilhará
Te dará um caminho
Uma rosa desabrochará
Uma flor com espinhos.

Mas tu os vencerás
Dobrarás cada um deles
E, ao fim, triunfarás
Quebrarás todos eles.

Então virá o belo dia
A noite bem dormida
O sol te dará a alegria
A felicidade merecida.

As bênçãos Divinas
Que sobre ti irão cair
Te darão auto-estima
E voltarás a  sorrir!

Euclides Riquetti

Meus medos

 



Meu primeiro medo: Medo de te perder.
Meu segundo medo: Medo de me perder.
Meu terceiro medo: Medo de não te perder.
Meu quarto medo: Medo de não me perder.
Meu quinto medo: Medo de te perder e não te encontrar.
Meu sexto medo: Medo de me perder e não me encontrar.
Meu sétimo medo: Medo de que nos percamos e não nos encontremos mais.
Meu último medo: Medo de perder o medo.

Não quero que te percas de mim
Não quero me perder de ti
Jamais!...

Euclides Riquetti

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Bom dia de Natal

 



Bom dia de Natal!

Uma manhã bem especial

Dia do Jesus Menino

Filho de pais peregrinos

Maria e José, natural!


Bom dia das crianças

Felizes em sua infância

Dia de alegria imensa

De agitação muito intensa

Porque é Natal!


Bom dia, minha gente

Muita saúde e presentes

Muito amor no coração

Muitas asas pra paixão e...

Feliz Natal!


Euclides Riquetti

25-12-2021





Papai Noel esteve aqui

 





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Foi Natal outra vez
Veio e foi-se o Papai Noel
Sobraram  presentes e papel
Tudo de bom ele fez.

Veio chegando em seu burrinho
Foi entrando pela janela
E da maneira mais singela
Deixou-nos os presentinhos.

Só ele entende de  sonhos
Sabe o que queremos ganhar
Na hora de presentear
Conhece os bons e os medonhos.

No Dia do Menino Jesus
Por Deus e Maria abençoado
Nossos sonhos são realizados
Graças ao Menino de Luz.

Tenhamos muita sabedoria
Pra entender todo esse mundo
E que o amor mais profundo
Traga-nos paz e harmonia.

Vale pra mim e pra ti
Que acreditamos no Bom Velhinho
Foi agora, há um pouquinho:
Papai Noel esteve aqui!

Euclides Riquetti

Enquanto chove...

 



Chove no asfalto
Onde o verde e o cinza
Compõem o retrato:
A natureza é a tinta
O pincel que pinta
As pedras, o rio, o mato.

Chove uma chuva fina e teimosa
Fria e silenciosa  (delituosa)...
Banha os animais que se aconchegam
Por debaixo das caneleiras frondosas
(As imbúias e os cedros o homem levou...)
Das árvores santas, restantes, bondosas
E chove!

Chove serena  minha alma
Chora sereno meu pensamento
E a chuva lava ( e leva )
A preocupação do momento.

Chove na manhã do dia que corre
E nas valas a água desliza mansa, mole
Enquanto chove.
E some...

Apenas não somem as lembranças
Que vão e voltam, que fazem pecar
Que transpõem os montes
Enquanto transbordam as águas ( e as mágoas)
Das fontes
E se perdem nos rochedos
Buscando ressonância
No tempo e na distância
Até chegar ao mar!

Ressonam nos corações benditos
Nos pensamentos infinitos
Nos pensamentos teus
Nos sonhos meus
Que vagam no ar.

Só não leva para ti os meus poemas
E meus dilemas
Que transformo numa única oração:
Apenas uma oração para ti
Enquanto chove!!!


Euclides Riquetti

Não importa qual o perfume das flores

 


 

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Não me importa qual o perfume das flores
Todas elas me atraem  e me seduzem
Não importa quais sejam as suas cores
Mas sim os encantos que produzem...

Não importam quais as mãos que as plantaram
Todas o fizeram com amor e com carinho
Não importa com quais  águas as regaram
Ou se tenham ramos ternos  ou de espinhos...

Importa-me, sim, que sejam flores, apenas isso
Que possam deleitar-nos com sua doce singeleza
E que possam sorrir  com todo o garbo e todo o viço...

Flores de todas as cores, matizes e perfumes
Flores que inspiram os poetas por sua beleza...
Flores que te entrego porque tu  me seduzes...

Euclides Riquetti

Eterno romântico

 



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Eu até faria um poema acéfalo
Desarrumado, feio e esquálido
Infinitamente torto e indiscreto
Um poema desbotado e pálido...

Talvez um  poema heterorrítmico
Escrito com carvão preto, vegetal
Pra afrontar um outro isorrítmico
Árcade, brega, insosso sem igual. 

Eu faria algo bobo e detestável
Sem efeito, sem nenhum sentido
Poema inútil não recomendável
Falando sobre um amor bandido.

Mas isso está fora de cogitação:
Serei um eterno poeta dos sonetos
Cantarei o amor, o afeto e a paixão
Ser eterno romântico eu prometo!

(Apenas isso...
Bem assim!)

Euclides Riquetti

Lembrar do Passado - crônica de memórias

 


Ponte Pênsil Padre Mathias Michelizza - liga Ouro e Capinzal

          Ah, relembrar do passado é coisa que muito me  atrai. Todo dia, quando saio de Joaçaba para o Ouro, onde trabalho, bem cedinho, dirijo devagar e vou escutando o rádio, noticiários. Ou escutando meus MP3s, com  The Beatles, Bee Gees, Lobo, Nazareth, Credence, Clearwater Revival e muitos outros de minha geração, também sua, leitor(a). E, escutar músicas do passado, leva meu pensamento para os tempos já idos...

          À tarde, na volta, venho escutando o Rádio Saudade, na Rádio Catarinense, onde ouço muitas músicas boas, que me trazem as melhores lembranças, da época em que era "fininho", magricela, cabeludo. E, à noite, entro em meia dúzia de sites que trazem notícias da região: vejaovale.com.br (de amigos, alguns meus ex-alunos de Capinzal e Ouro, como o Júnior Gotardo e o Marlon Matiello, o Vilmar Rebelato, cantor de Rock, e outros amigos); o ederluiz.com (o Éder foi nosso aluno no Sílvio Santos, em Ouro, e depois estudou no Belisário Pena, em Capinzal, trabalhou nas TVs Record e  RBS, em Santa Catarina, e atua em Joaçaba); o radiocatarinense.com.br (Joaçaba);  o rcidade.fm.br (de Ouro, comandado pelo amigo Alex, junto à Cidade FM, da Associação de Difusão Comunitária Prefeito Luiz Gonzaga Bonissoni).

          Tem também o radiobarrigaverde.am.br e o radiocapinzal.am.br (conectado com o Jornal A Semana); e o jornalotempo.com.br, estes de Capinzal. Bem, se você acessar uma parte deles,  já fica sabendo tudo o que acontece no Baixo e Médio Vale do Rio do Peixe. Mas, o que tem isso a ver com "lembrar do passado?" Ah, tem sim! É que um dia as pessoas que organizam esses sites ou fazem parte dos noticiários que se lê neles,  de uma ou outra forma, fizeram parte de nossa vida. E, hoje, de alguma maneira, nos ajudam, mesmo na ausência, sabermos de como vão as coisas em nossas ciddes.

         Mas, quando entro nesse caminho de lembrar dos meios de comunicação, remeto-me ao tempo da Rádio Clube, sucessora da Rádio Sulina Ltda., de Capinzal:  do Márcio Rodrigues ( o Pimba), do Chaves, do Vilmar Matté, do Lourenço de Lima, do Válter Bazzo, do Aderbal Meyer (Barzinho), da Alda Viecelli (Meyer), da Mariza Calza (que atuava na Administração), que no ano de 1971971, rodavam aqueles bolachões de vinil, pretos ( e que a  professora Valdomira Zortéa dizia que eram feitos, muitos deles, com cera de Carnaúba...). E até o Ênio Bonissoni fazia, de vez em quando, uns comentários no Jornal do Meio Dia.

          Depois, vinha aquele sargento da PM com a "Ronda Policial", usando, ao final, o bordão: "Se você não que que apareça, não deixe que aconteça!!! E, todos nós, nos comportávamos na "Cabana", no "Primeiro de Maio", ou no "Clube União, de Piratuba", para que nossas baladas fossem normais e não caíssemos na Ronda. E, no final da tarde, o Terto (Tertolino Silva), com aquelas saudosas gauchescas em sua gaita. Naquele tempo eu achava isso "cafona". Agora, alguns diriam que isso é "brega". Hoje, acho que é uma página de nossa cultura que merece ser lembrada, até mesmo dos recados que o Joanin Rech mandava na "Hora dos Avisos", ao meio dia, para a esposa, lá da Linha Sagrado: "João Rech Sobrinho avisa sua esposa, em Linha Sagrado, que volta para casa só de tarde e que vai ficar almoçando na Churrascaria do Chascove". Tenho lembrado. E tenho dito.

Euclides Riquetti
07-06-2012

Véspera de Natal

 



O dia amanheceu ensolarado

É dia de véspera de Natal

Na noite, o céu foi estrelado

E o amanhecer foi colossal.


O silêncio dá lugar ao canto

Canta em coro o passaredo

Festejam, quiçá por encanto

Jesus que virá amanhã cedo.


Vem, mais uma vez, o Natal

O Natal de todas as crianças

Que ele venha leve e natural.


E que se possa comemorar

Propor a bem-aventurança

Ter o amor e também amar


Euclides Riquetti 

24-12-2021




Tenha um sábado belíssimo!



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Tenha um sábado belíssimo
Um dia levemente ensolarado
Um céu azul com matizado
De nuvens brancas, lindíssimo!

Tenha um sábado de alegria
Muita jovialidade e animação
Muita paz no seu coração
E o prazer de viver este dia!

Tenha um sábado diferente
Com suas coisas dando certo
E meu espírito estará perto
Cuidando de você, certamente!

Tenha um sábado gracioso
Muita motivação para a vida
Reencontros sem despedidas
Um dia simplesmente gostoso!

Pois vou fazer-lhe uma oração
Pedir pra todos muita saúde
Equilíbrio com amplitude
Muito carinho no coração.

Fique bem, fique muito bem!

Euclides Riquetti

Sobre as nuvens

 


 



Andar sobre as nuvens, sonhar
Na flutuação divinamente algodoada
Na tarde azul e ensolarada
Deixar-se levar, viver,  embalar
Na tarde de outono encantada...

Andar sobre as nuvens alentadoras
Na imensidão do céu de azul pincelado
Na estação das folhas, no dia acanhado
Deixar-se afagar pelas vistas sedutoras
Na espera  da hora de um encontro almejado...

Andar sem corpo,sem peso,  sem volume
Apenas alma, olhos, coração
Apenas alma, olhos, paixão
Seguindo os rastros de teu perfume
Tentando me reencontrar da perdição...

Sim, apenas andar sobre as nuvens!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Jeito de pecado

 





Foi de madrugada
Que pensei em você:
Senti algo no peito
Foi assim, do meu jeito
De gostar, de beijar, de querer.

Desejei o seu corpo
Elegante, maroto.
Beijei os seus lábios quentes
Acariciei seu cabelo envolvente
Amei você, perdidamente!

Fui atrevido, incontido bastante
Encantei-me com seu jeito elegante
E, entre pensamentos profanos
Meu coração cigano
Ficou transportado
Para o mundo desejado!

Desejei, ousei...
Pequei. Quis.
Quis ser feliz!...
E foi muito, muito bom!
Bom, mas com jeito de pecado!...

Euclides Riquetti

Como um jogo de sedução

 


 



Não quero que me vejas como um fútil galanteador

Nem  quero despertar em ti uma faísca de paixão

Quero apenas que sinta em mim um poeta sonhador

Não como alguém vulgar que faz o jogo da sedução...


Não imagino que possamos dar luz a uma realidade

Apenas que possamos surfar nas ondas de uma ilusão

Em cada verso far-te-ei  uma jura de lealdade

Em cada um de meus poemas um recado ao teu coração...


Quero, sim, que penses em mim, como quero pensar em ti

Quero, sim, que tu me queiras, como eu quero te querer

Quero, sim,  que escrevas na noite, como quero escrever aqui...


Quero, sim, te seduzir, com palavras de amor e paixão

Quero, sim, que tu te percas, como quero me perder

Quero, sim, que guardes pra mim, a tua alma e teu coração...

Euclides Riquetti

O Natal que chega...

 


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Chega, de novo, o Natal das Crianças
No mundo todo, o Natal de Jesus
O Natal das canções e das belas lembranças
O Natal das noites de luz.

O Natal que aguça a tua sensibilidade
O Natal do Menino envolto em mantos
Que enseja partilha e caridade
Mas também  saudades e copiosos prantos.

Vem o esperado Natal do presentes
Da Missa do Galo, das renas e dos trenós
No Norte o frio, no Sul as noites quentes
Natal do amor pleno ou dos corações sós...

Espero o Natal que chega amanhã
Dos docinhos, das uvas, peras e panetones
Das  ceias com aves, pêssegos e maçãs
De "emotions, emoções e emociones".

Que venha, pois,  o Papai Noel
Com a neve no Norte,  ou aqui tropical
A pé, em trenó, ou num carrossel
Só pra te dizer: Feliz Natal!

Oh, oh, oh, oh!!!

Euclides Riquetti

Olhos nos olhos (quero divagar contigo...)



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Olhos nos olhos, peito no peito
Lábios nos lábios, coração com coração
Quero-te amar assim, desse nosso jeito
Quero-te querer com amor e paixão!

Quero divagar junto contigo
Viajar no tempo e te encontrar no espaço
Quero chorar no teu ombro amigo
E percorrer os caminhos que eu mesmo traço!

Quero-te beijar nas noites estreladas
Dar-te carinhos quando anoitece
E afagar teu corpo nas tardes nubladas.

E quando perceberes o quanto eu te amo
E notares que também pra ti o amor acontece
Guardarei os versos com que há muito te chamo!

Euclides Riquetti

Pele com cheiro de avelã

 


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Pele com cheiro de avelã

Paira algo  muito doce e  gostoso  no ar
É algo tão terno, difícil de se descrever
Talvez um verso novo para me encantar
Talvez uma estrofe que você possa ler.

Um poema de luz no céu é derramado
Com que eu  a proclamo e abençoo
No vasto universo de estrelas decorado
O céu abre lugar para seu cândido voo.

Venha, espalhe  pelos ares seu perfume
Traga-me suas palavras e sua candura
Seja no dia meu norte, na noite meu lume.

Traga seus lábios com gosto de hortelã
E a sua voz com aromas e com doçura
Quero beijar sua pele com cheiro de avelã.

Euclides Riquetti

O anjo azul sobrevoou as flores

 





 


O anjo azul sobrevoou as flores na tarde cinzenta
Estendeu suas asas e planou divino sobre meu jardim
Abençoou primeiro as rosas champanhe e as magentas
Depois o cravo bordô, o lírio amarelo e o vaidoso jasmim.

O anjo azul entoou um cântico santamente sagrado
Secundado por clarinetes com seus acordes triunfantes
Alegrou-nos com seus versos docemente cadenciados
Encantou-nos com a harmonia das notas ressonantes.

O anjo azul azulou com sua túnica discreta a manhã nova
O anjo azul enfeitou com seus cabelos dourados a manhã ditosa
O anjo azul te protegeu com suas armas em todas as horas...

E eu esperei por ele enquanto olhava pela minha janela
E eu rezei por ele e pedi por ele na oração venturosa
Enquanto o dia passava e eu ficava a esperar por ela...

Euclides Riquetti

Dois olhos tristes


 


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Escondem-se, dois olhos tristes, atrás de uma cortina
Divinamente tristes, sóbrios,  muito encantadores
Beleza de mulher: de senhora, de moça e de menina
Olhos que me atraem, sempre  meigos e sedutores.

Dois olhos tristes, calmos, tímidos e fugidios
Que se perdem nas profundezas do pensamento
Dois olhos tristes, ternos, porém arredios
Que fitam, intensamente, o azulado firmamento.

Os olhos que se escondem e que querem atenção
Que permitem vislumbrar mais do que as paisagens
Que enxergam muito além da alma e da imaginação
Que nos transportam pela vida e as suas passagens.

Olhos, singelo par dos tão importantes elementos
Olhos, o permitir conhecer,  o perceber e o sonhar
Olhos alegria de definir-se o caminho sem tormentos
Olhos, o prazer de poder ver, sentir, admirar, amar!

Euclides Riquetti

Soneto da Madrugada

 



No inerte vaso, amarelos cravos em macetos
Cujo perfume em nenhum lugar do mundo há
Meus versos se emparelham  em dóceis sonetos
Nos lanços de palavras que se embalam no ar.

Na madrugada, vagam pensamentos desconexos
A mente voa, vai campear em algum lugar
Buscar espelhos planos, côncavos, convexos
Em mil faces, mil sorrisos se espelhar.

E eu me ambalo nesses sonhos encantados
E neles abraço o teu corpo desejado
Enquanto beijo os teus lábios delicados.

E nas manhãs de sol, vento ou calmaria
Em todos os momentos, noite tarde,  ou mesmo dia
Espero-te: vem juntar-te aos meus pecados.


Euclides Riquetti

Como um sol de outono

 




Como um sol de outono
Sol de outono
Resteia no teu acanhado e belo corpo
Secando o orvalho do gramado
Reativa teu pensamento absorto
E reconforta  teu ânimo abalado.

Sol de outono
Não é apenas mais um sol que brilha
Não é um sol comum do verão:
Reanima uma alma maltrapilha
Aquece o frágil e tímido coração.

Sol de outono
Sol de dimensão universal
Astro Rei semi-hibernado
Da natureza és o  Deus maioral
Tu  clareias o Universo iluminado.

Sol de outono
Oculto nas frias manhãs de inverno
Reinarás  na primavera ainda ameno
E, no verão, com teu Poder Eterno
Virás de novo:  Rei-Deus, Soberano Extremo!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Abraçar-te

 




          Abraçar alguém é poder transmitir nosso mais sublime sentimento de  amizade, é  poder dividir nossas emoções. Hoje, Dia do Abraço, quero abraçar-te, amigo, amiga, e quero que tu sintas a emoção que eu sinto: a de saber que tu existes, o que  é gratificante, e quero compartilhar isso contigo!

          Poder abraçar-te significa ter alguém com quem contar, e isso nos remete a relembrar bons momentos que tivemos com pessoas a quem amamos, muitas vezes entes queridos que partiram e de quem, talvez, nem tenhamos tido a oportunidade de nos despedirmos.

          É dito que o tempo apaga lembranças mas, certamente, não nos esquecemos, nunca, dos melhores e dos piores eventos que se sucederam em nossa vida. É impossível deletar lembranças que nos marcaram, positiva ou negativamente. Assim, reservo o "Dia do Abraço", para render-te minha homenagem, a ti que, em qualquer momento de minha vida, pude abraçar, ou dividir contigo momentos felizes. Abraça-me e sê feliz, amigo, amiga!

Euclides Riquett

O Sinaleira - Décima Sétima Crônica do Antigamente

 




          Adoro  lembrar de coisas de antigamente, minha infância, adolescência e juventude.


           Ontem, pela manhã, ao chegar em Ouro, em frente à antiga Sorveteria Vó Mirian, hoje Sorveteria do Grezele, encontrei o Sinaleira. Ele me olhou, limpou duas vezes a mão direita  nas pernas de suas calças e estendeu-ma. Estendi-lhe a minha, apertei a sua e falei: "Não precisa limpar sua mão para me cumprimentar. Você não me conhece?" Ele olhgou-me, reolhou-me, mediu-me, iu-me, iu-me, iu-me e, depois lascou: "Não lembro de você!".

          Bem, eu encontro o sinaleira seguidamente em Joaçaba, andando nas ruas centrais. Nem sei se ele me vê, mas eu o vejo. Ontem, disse que queria um "particular" comigo, queria R$ 1,00 emprestado. Dei-lhe R$ 5,00, não para gastar naquilo que é acostumado, mas para que comprasse comida. Ele disse que gastaria R$ 4,00 em comida e o outro reaal para aquela finalidade a que me pedira emprtestado. Eu não incentivo o consumo de bebida alcóolica, pois perdi muitos amigos e alguns familiares por causa dela e do cigarro. E censurei-o por ter limpado a mão para estender-me. A um amigo, dá-se a mão em qualquer circuntância e eu tive muito prazer e alegria em ter sido cumprimentado por ele.

         Mas, voltando ao Sinaleira, que encontrei bem em frente à sinaleira da Felip Schmidt,  na esquina com a Professor Guerino Riquetti, mais conhecida como a Esquina do Posto Esso (que já não é Esso, é Shell, mas que vai continuar a ser Esso por uma questão de hábito mental e linguístico, e que para alguns é Posto Dambrós), falei-lhe que eu o conhecia bem, que ele  era irmão do Lauro, e do falecido Castelinho.  Perguntei-lhe se ele conhecia o "Pisca" e ele disse-me que o Pisca era ele mesmo. Respondi-lhe: "O Pisca era eu, você era o Sinaleira!. Lembrei-lhe que jogávamos bolicas (que muitos de  vocês chamam de bolinhas de gude),  ali,  ao lado da casa do Adelino Casara, em Capinzal, num terreno bom, plano, com sombra de laranjeira e tudo. E ele lembrou-se de mim...

          Ser antigo, já escrevi, me permite lembrar mais, curtir mais, navegar mais num passado mais longo do que o de muitos de meus leitores, que têm a vantagem de estarem com menos idade. Mas, hoje pela manhã, ao vir de Joaçaba dirigindo, calmamente, até meu trabalho, comecei a lembrar-me de amigos que tínhamos na época e que, por serem de cor diferente da minha, alguns achavam que eu não deveria misturar-me com eles. Quando saí do Juvenil do Arabutã e fui jogar no "Time dos Engraxates", passei a ser meio rejeitado por algumas pessoas, que achavam  que aquilo era demérito. Mas, lá, convivi com muitos que já se foram e que foram meus companheiros. Tinha o Pelé, filho do Caetano, que fazia panca; o Ferrugem, que só queria jogar com a 10, mas o Pelé queria para ele.O Castelinho,  só conseguia jogar bolicas, mas nada de futebol. Lembrei-me do Chuchu, craque que só jogava bem com os pés descalços, e morreu num incêndio em Piratuba; o  Thclule, que jogava bem e tocava bateria nos Fraudsom... e todos eles já foram para o céu.

          Mas conheci também muitas pessoas que já eram adultas na época, até idosos: A Tia Bena, mulher do Sapeca; a Nega Júlia, que diziam ter sido escrava e tinha mais de 100 anos; o João Maria, que queimava a barba com o fogo do isqueiro pra não precisar cortar; o Zé de Amargá, que foi pioneiro no Navegantes, trabalhou no pesado até o fim da vida, e dizia que comia carne e verdura pra ter energia pra trabalhar bastante; o Sebastião Félix da Rosa, conhecido como "Velho Borges" e "Champanhe", que morreu sentado embaixo de uma árvore, no Navegantes, e que filosofava: "Não cai uma folha de uma laranjeira sem que Deus queira"; seus filho João, Dário e Mário, este último que passou a maior parte de sua vida usando camisa do Arabutã, e vinha em minha casa de madrugada, para saber como estavam as "geminhas", minhas filhas Michele e Caroline; a Dona Júlia, que benzia as pessoas para que não ficasse doentes e que viveu seus últimos dias lá no Alvorada, vizinha das irmãs Clementina e Jurema, todas já idas lá pra cima, juntamente com a Patroa do Pedro Lima. Todos esses amigos foram pro céu, tenho muitas boas lembranças deles.

          Os tempos mudaram. Agora, as oportunidades que o Sinaleira não aproveitou, continuam a existir para quem quiser aproveitar. Há boas escolas públicas, transporte gratuito, apoio dos órgãos públicos para quem quiser estudar e poder buscar um caminho talvez que não traga mais felicidade, mas melhor   padrão de vida.  Só não estuda quem não quer. Mas, o Poder Público precisa oferecer ao cidadão aquilo que a familha muitas vezes não lhe oderece: proteção social.

          Então, posso dizer que tenho muito orgulho em ter sido amigo dessas pessoas todas. E que o Sinaleira continua sendo tão admirado quanto admiro a Thaís Araújo, a Maria da Penha da novela das 19 horas na Globo.


Euclides Riquetti
18-05-2012