sábado, 3 de julho de 2021

Bonjour, mon amour!

 







Bom dia, meu amor
Bonjour, mon amour
Amo você
Quero você
Com todo o seu glamour!

Gosto muito de você
Gosto muito de tu
Gosto muito de ti
I love you!

Bom dia,com carinho
E diga que me quer
Que me quer todinho
Quer ser minha mulher!

Bom dia, meu amor
Bonjour, mon amour
Amo você
Quero você
Com todo o seu glamour!

Gosto muito de você
Gosto muito de tu
Gosto muito de ti
I love you!


Gosto tanto de ti
Que me atrapalho com pronomes
Mas eu nunca me esqueci
De como escrever teu nome!

Bom dia, meu amor
Bon jour, mon amour
Amo você
Quero você
Com todo o seu glamour!

Gosto muito de você
Gosto muito de tu
Gosto muito de ti
I love you!

Euclides Riquetti

Nossa Senhora Aparecida - mãe de todos os brasileiros - poema

 




Nossa Senhora Aparecida
Mãe de todos os brasileiros
Mãe dos pobres sem dinheiro
Mãe das senhoras e das meninas...

Nossa Senhora Aparecida
Mãe dos fracos e oprimidos
Mãe dos doentes e desassistidos
Mãe das crianças desaparecidas...

Nossa Senhora Aparecida
Mãe de todos os pescadores
Mãe das mães, dos pais pecadores
Mãe das mulheres frágeis e sofridas.

Nossa Senhora Aparecida
Mãe protetora, negra, morena
Mãe divina, angelical, mãe serena
Mãe tua, mãe minha, mãe querida!

Euclides Riquetti

Para cada mulher, uma flor







Para cada mulher, uma flor
Para cada flor, um sorriso de mulher
Para as flores
De todas as cores
O sorriso que cada uma delas quer
E o meu para você
Se você também quiser.

Para seu rosto de finos traços
As carícias de minhas mãos
E muitos beijos e abraços...

Para os seus olhos brilhantes
Em tempos de muita emoção
Os encantos mais cativantes...

Para você, em especial
Um poema simples, talvez até banal
Mas um recado muito sincero
Uma mensagem bem legal
Pra lhe dizer que eu a quero
Pra não perdê-la jamais!

Euclides Riquetti

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Euclides Celito Riquetti

O primeiro sapato de salto alto da Gisele Bündchen

 



          Horizontina é uma cidade do Noroeste do Rio Grande do Sul. Está quase que com 20.000 habitantes. A fama da cidade veio, inicialmente, por ser sede da SLC, a fabricante das colheitadeiras de grãos famosíssima. Hoje a antiga SLC é de propriedade da John Deere Brasil e fabrica ali uma grande diversidade de máquinas agrícolas.

          Porém, nas duas presentes décadas, a cidade ficou muito mais conhecida em razão de ser o berço de nascimento da top model Gisele Bündchen. A mais poderosa modelo da atualidade, também considerada uma das 100 mulheres mais poderosas do mundo, nasceu em 20 de julho de 1980. Também é relacionada entre as 100 pessoas mais influentes do Brasil. Mais um mês e a esposa de Tom Brady, o famoso jogador de futebol americano, completa 35 anos. O casal tem dois filhos.

            "La Bündchen" é uma pessoa de sucesso. Poucas modelos conseguiram sustentar-se por 20 anos em nível tão alto. Tanto que já amealhou aproximadamente Um Bilhão de Reais.  Modelo, atriz,  empresária e filantropa, Gisele tem um patrimônio superior a isso.

          Acompanho a vida da modelo como já acompanhei a da Shirley Malmann e outras gaúchas. Aliás, a mulher gaúcha é sempre exemplo de beleza e elegância. E, mais que isso, modelo de determinação. Sabem o que querem!

          O caso de Bündchen é o de uma pessoa fadada ao sucesso. Mas não que este tenha caído do céu espontaneamente. Na escola, em seus estudos de Primeiro Grau, era uma aluna muito forte lá em Horizontina. Obtinha notas muito altas. Era uma grande líder, capitã do time de voley da cidade. Um de seus professores costuma dizer que ela era tão talentosa e determinada que, se não fosse modelo, certamente chegaria à seleção brasileira de voleibol.

          GB teve duas participações no cinema: Em 2004 protagonizando "Taxi", no papel de Vanessa; e em 2006, uma participação especial em "O Diabo Veste Prada", no papel de Serena. Agora, depois de considerar o desfile que fez na São Paulo Fashion Week, em março deste ano, o último de sua carreira, seus fãs esperam por vê-la atuando novamente no cinema.

          Um vídeo de 1995,  que circula pela internet e foi reproduzido no programa Profissão Repórter, da TV Globo nesta semana, mostra-a em seu baile de debutantes, juntamente com duas irmãs. Era a mais alta dentre todas as debutantes. Naquele dia, usou seu primeiro salto de saltos altos. E, desde então, anda com desenvoltura e elegância sobre eles.

          Trabalhou como modelo fotográfico e em desfiles para Valentino, Zara, Bulgari, Versace, Victoria,s Secret,  Ralph Lauren, Tommy Hilfiger, Dolce & Gabbana, Colcci, etc. Foi capa  de revistas como Vogue, Arena, Marie Claire, Vanity Fair, Forbes, Newsweek, Time e Rolling Stone.       
          É  provável que tenha  aparecido em mais de quinhentas capas de revistas. É a segunda mulher que mais fez isso, perdendo apenas para a deslumbrante Princesa Lady Di.

          Embora não use isso para se promover ( e nem precisa disso), pratica permanentemente a filantropia, principalmente defendendo causas ambientais e humanitárias.

         Gisele Bündchenm é uma brasileira que muito nos orgulha!

Euclides Riquetti
17-06-2015

Querer-te




Querer-te em todas as horas do dia

Querer-te na fresca madrugada

Para que eu possa matar a nostalgia

Querer-te para que te sintas amada.


Querer-te porque és muito atraente

Querer-te porque és bela e sensual

Porque isso me soa bem normal

Querer-te deliciosa e envolvente.


Querer-te, apenas por muito desejar-te

Querer-te porque é bom te querer

Querer-te comigo em toda a parte...


Querer-te abraçada, olhando o mar

Apenas pelo prazer de te beijar e ter

Pelo gosto de ter, pelo prazer de amar!


Euclides Riquett

Há uma luz que brilha em teu coração

 




Há um luz que brilha em teu coração inquieto
Uma janela por onde o sol possa entrar
Ele que andou por caminhos incertos
Nas ondas do tempo foi te procurar.

Há uma luz intensa que não se apaga
Uma estrela prateada a me orientar
Uma paixão ardente  que me embriaga
Um norte que me conduz para te encontrar.

Há um coração que pulsa com força e vigor
Que procura outro que possa ser seu par
Diposto a te dar e a receber teu amor.

Há uma sintonia de amor, uma afinidade
Um desejo inefável, uma vontade de amar
Uma busca incessante da felicidade!

Euclides Riquetti

Beatriz na janela

 

Beatriz na janela

Cândida, singela

Astuta, esperta 

Na medida certa!


Beatriz, a superação

A vitória da vida

Pequenina paixão

Menina querida!


Beatriz, agilidade

Muita tenacidade

Puro encantamento

Venceu pelo tempo!


Beatriz serenidade

Anja de verdade

Parabéns, Beatriz

Felicidades, Beatriz!


Euclides Riquetti

03-07-2021





Sábado de sol e de cor

 


 



Sábado de sol e de cor
Dia de alegria desmedida
De andar livre na vida
Nada de tristeza, nem dor.

Sábado com muita euforia
Dia das doces sensações
De dar asas às emoções
Nada de melancolia.

Sábado dos corpos sarados
Dos corações atirando setas
Dos corações sendo flechados.

Dia de comemoração
Nas almas de todos os poetas
Que escrevem com amor e paixão!

Euclides Riquetti

O manto branco das geadas

 



          Um manto branco cobriu os campos catarinenses ao alvorecer alguns dias desta semana  Com temperaturas abaixo de zero em muitas cidades, a geada deixou alvos os gramados,  e as folhas e os galhos das plantas. Foi um espetáculo indizível, muito bonito, atraente. O frio porém, inibia as pessoas, que tinham alguma dificuldade para se movimentarem.

          Os animaizinhos, por sua vez, saíram de cena, dando lugar a um silêncio longo, mas reflexivo e inspirador. O sol encorajou-se e foi chegando, mansamente, a partir das 8 horas. Pouco tempo depois, já coloria as paisagens que se cingiram de alvura na noite. o branco e dourado tornaram muito mais bonita esta manhã...

          Quando ocorrem geadas, nos campos dos planaltos do Sul do Brasil, têm-se dias atípicos: misturam-se o sol e o frio, numa combinação mágica. Parece-me rever a cena do vale Nevado, em Santiago, no Chile, no mês de janeiro. Sol nas encostas e neve no topo dos montes andinos.

          Nosso Brasil de território com dimensões continentais surpreende: No Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste, calor e temperaturas agradáveis durante o inverno. No Sul, muito frio. Nosso País é assim: temperaturas e  vegetação que se diversificam, costumes diferentes e pessoas diferentes, numa grande miscigenação. É por isso mesmo que nosso Brasil de múltiplas faces e facetas precisa ser respeitado e amado. Brasil, grande Brasil, terra amada que nos orgulha, apesar de que seja maltratado a todo o instante.

          Em poucos dias, nosso inverno se postando oficialmente. O frio,  necessário,  vai determinar a quantidade e a qualidade das floradas e, consequentemente, dos frutos nos pomares. Estes, darão um colorido a nossa paisagem e atiçarão o apetite e a gula das pessoas. Abençoada terra que nos dá tudo de que precisamos.

           E que o manto branco venha em todos os invernos, para alegria de nossos olhos...

     Euclides Riquetti

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Um sorriso bonito

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Um sorriso bonito enfeita a janela
Da casa dela...

Uma flor vermelha enfeita o jardim
Cultivado por mim...

Um perfume suave o ar contagia
E me traz alegria...

Um poema romântico me encanta
Enquanto ela dança...

Uma canção de ninar me embala
Enquanto ela fala...

E, enquanto eu escrevo seu nome
Ela apenas dorme...

Porque ainda é de manhãzinha
E eu espero pelo novo sol!

Euclides Riquetti

Resposta a Mister Safik... (Eu, Touareg...)

 


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Imagens de "O Tempo" - Capinzal - SC

          Saudade é um sentimento nobilíssimo. Pessoas que sentem saudades e medo estão sempre vivas, atentas ao derredor.

          Os anos 50 não restam apenas em tua nostalgia, mas na minha, no verdor de minha infância. Boas lembranças dos tempos em que se tomava o bote e se buscava a Ilha da Siap, da malandragem dos mais velhos: primos, irmãos, amigos... na escusa busca de frutas naquelas paragens e, da subida nos cipós, nas brincadeiras de Tarzan, no armar de linhas de pesca nos sarandis, nas brincadeiras de virar o bote, na procura de lugar em que "desse pé", no leito das límpidas águas do Rio do Peixe.

          Juro-te, peloas goiabas, caquis e melancias afanados, que foram os grandes anos de minha vida. Juro-te, pelos lambaris, carás, joanas,  mandis e jundiás pescados, que foram as melhores aventuras de minha vida. Juro-te, pelas águas transparentes das corredeiras da Ilha, que quando avistávamos as meretrizes banhando-se nas margens do lado esquerdo, cobríamos os olhos para não fazer pecado... e quando, por deslize, os dedos se abriam e nossos olhos buscavam, furtivamente, o corpo daquelas banhistas, íamos, na primeira oportunidade, ao confessionário de nossa suntuosa Matriz São Paulo Apóstolo, onde, nos meses de janeiro, gastávamos nossos trocados na pescaria e nos cavalinhos da Grande Festa em que, não raro, bandas animavam o ambiente e o chope animava o povo, que era muito feliz. Não procurávamos o Frei Lourenço, o mais severo dos freis, mas o outro Frei, aquele que vivera as agruras da Segunda Guerra Mundial, viera da Itália, que era mais condescendente e impunha penitências mais leves. Diziam as Senhoras que era o confessor preferido, parcimonioso, atencioso, compreensivo, além de outros "oso" e talvez "ivos".

          Como são boas as lembranças. Boas lembranças do tmpo em que, ma ponte pênsil, trafegavam alguns automóveis, dizem que até o caminhãozinho FORD Gigante (ou era Chevrolet), das Indústrias Reunidas Ouro! Depois, o orgulho de ver a Ponte Irineu Bornhausen ali, imponente e formosa, sombreando as águas e ligando as duas cidades gêmeas do Baixo Vale.

          Como era bom ir à Comercial Baretta e comprar anotando "na caderneta", ir à loja das Indústrias Reunidas Ouro comprar sabão e banha "Ouro", e vinagre "Horizonte"! Tomar gasosas de framboesa no engarrafamento da Indústria de Bebidas Prima, comprar capilé no Bar Avenida, no Bar do Adelino Beviláqua, jogar bola nos campinhos esparramados por aí, como aquele do "Morrinho do Pão-duro", onde hoje é a Central telefônica da cidade, ou no Municipal, nosso "terrão", onde jogavam Vasco, Arabutã, São José, Ouro, Operário do Mandu, Botafoguinho dos Baratieri, Flamenguinho do Coquiara, Fluminense do Rogério Caldart, Palmeirinhas da Rua da Cadeia (o do meu irmão Ironi), Vasquinho dos filhos do Ernesto Zortéa, Ameriquinha dos riquinhos da área central, e outros, que, "pelo conjunto da obra", não deixavam a grama crescer. E havia ainda os recessos, como quando o Circo Robattini veio e instalou-se no campo, com picadeiro vestido de maravalha da Zortéa ou dos Hachmann.

          Realmente, foi de comoção o passamento de Maria Lúcia, que devia ter a sua idade, que ia ao Mater Dolorum com casacão xadrez verde e branco, alguns detalhes em preto. Fora a Dona Linda Santos e depois ela. Depois foram outros. O Juca, o Sr. Sílvio Santos, o Moretto, todos grandes amigos. Que pena! Quanta gente boa se foi... Dos Santos e de tantas outras famílias que ajudaram a construir nossa História.

          Também foi o  de tua professora Julieta, que perdeu a vida em General carneiro, em fevereiro de 1980, em acidente de carro, juntamente com seus pais. Mas a outra professora tua, continua aqui, participando de eventos culturais de nossa cidade.

          Nossas cidades, Ouro e Capinzal, mudaram muito. Uns foram embora, vieram outros. Restaram lembranças, vieram acontecimentos, desenvolvimento, eventos, acontecimentos com perdas e ganhos.

          Assim, Mr Safik, ajudo-te a relembrar algumas coisas: os cinemas deram lugar às locadoras de vídeo, as lojas aos supermercados, as canetas-tinteiro aos computadores, os telefones pretos aos celulares, os jipes e as rurais aos carros modernos. Mas não podemos esquecer da Aero Willys do Barison, das lemosines do Fleck, dos jipes dos colonos, dos DKWs do Atolini e do Carleto Póggere, nem dos ônibus a gasolina da "União da Serra", todos de nossa infância. Abraços!
Touareg - Nascido em 23 de novembro de 1952.

(Publicado no Jornal A Semana - Capinzal-SC, em 25-04-2007, na Columa do Ademir Belotto, com a utilização do pseudônimo "Touareg", em  resposta a uma carta publicada anteriormente, por um autor que utilizou o pseudônimo "Mr Safik", que viveu a juventude em Ouro, trabalhou nos Estados Unidos,  e voltou para Florianópolis após a ataque de 11 de setembro às torres gêmeas.

Euclides Riquetti - o Touareg...

Nem todas as rosas são vermelhas

 




Rosas, amo-as e lhes tenho devoção
De todas as cores, de todos os matizes
Amam-nas as donzelas e as meretrizes
Amam-nas princesas e imperatrizes
Sim, amam-nas com paixão!

Nem todas as rosas são vermelhas
Nem tudo o que brilha no céu são estrelas!

As rosas são as flores da nobreza
Perfumam e exalam encantamento
Imagens que se fixam no pensamento
Odores que se espalham pelo firmamento
A propagar o seu charme e sua beleza!

Nem todas as rosas são vermelhas
Nem tudo o que brilha no céu são estrelas!

Ofereço-lhe as rosas e as estrelas
Os perfumes e os brilhos que deleitam
Os jardins e as noites que elas enfeitam
Os laços de amor que em nós se estreitam
Rosas champanhe, brancas e vermelhas!

Euclides Riquetti

Corpos e almas que se esculpem...

 





Corpos que se esculpem e se queimam
Imersos nas brasas da paixão
Corpos que se jogam nas areias
Corpos que se estendem pelo chão...

Almas que se julgam e se penam
Imersas nos pecados, na ilusão
Almas que insurgidas se condenam
Almas enegrecidas de carvão...

Corpos que se vestem de vaidade
Belos, formosos, sedutores
Com almas que se esquivam da verdade
Belos, charmosos, pecadores...

Corpos que se deitam em falso chão
Almas que se atormentam na  razão
Vidas que navegam em  incertezas...
São corpos que envelhecem cedo,  cedo
São almas que levitam,  sem sossego
São vidas que flutuam nas correntezas.

(E se vão embora!...)

Euclides Riquetti

Dona Iracema Maestri Bazzo - A Dama do Cafezinho Gostoso - reedição em homenagem!

 



          Ouro perdeu, nesta sexta-feira, uma pessoa muito querida por todos os que a conheceram: Dona Iracema, esposa do já falecido Ivo Luiz Bazzo, que foi Prefeito daquela cidade por dois mandatos. Trabalhei para ele, na condição de Secretário de Administração, em 1981 e 1982. Na época, criei laços de amizade com toda a família Bazzo, a quem prezo muito. Aprendi com eles que a seriedade e a honestidade são condições básicas para o exercício da atividade pública.

          Filha de Jacob Maestri, comerciante, Dona Iracema foi uma mulher perfeita para sua época: a dona de casa prendada que acompanhava, discretamente, a vida do marido. E olha que ser esposa do Seu Ivo, não era tarefa fácil. Ele sempre foi agitado militante da UDN, seu partido desde moço. Na casa deles se passaram muitos acontecimentos políticos. Adiante, a família fez parte dos quadros da ARENA e os partidos que a sucederam: PDS, PPR, PPB, PP.

          Importantes nomes da política catarinense estiveram na casa deles. E é aí que vem a figura de Dona Iracema, uma pessoa de corpo franzino, humilde, mas muito ligada em tudo: muito informada acerca dos acontecimentos locais, estaduais, no Brasil  e no mundo.  E tinha opinião sobre tudo! Quando chegavam pessoas no casarão (no antigo e no novo...) na Rua Presidente Kennedy, ela os recebia com seu inigualável cafezinho. Era adentrar pela porta e sentir o cheirinho gostoso que vinha do bule no fogão a lenha.  Para o Deputado Gilson dos Santos, amigo e companheiro sempre presente na vida deles, fritava ovos, que ele devorava com misturas.

         E olha que na saleta destinada a receber as visitas, com janela para as ruas, e uma placa de  fundador da UDN na parede, rolavam altos papos de política. Eu mesmo,  junto com ele, tomei café ali com gente da expressão de Jorge Bornhausen, Esperidião e Ângela Amin, Vilson Kleinubing, Gilson dos Santos, Odacir Zonta, e muitos outros. Seguramente que, antes disso, eles receberam Nelson Pedrini, Antônio Calos Konder Reis e outros ícones. No início da década de 1950, o casal e os familiares hospedaram o jovem Horácio Heitor Breda, por seis meses, para que pudesse habilitar-se a concorrer a Prefeito em Capinzal. Breda viera de Maringá, conviveu com eles e foi eleito Prefeito.

          Não  há como não associar a vida de Dona Iracema à do marido. Dividiram, juntos, as alegrias e as tristezas, as vitórias e as derrotas. Cuidaram da Nona Lúcia e do Egídio Balduíno, o Titi, que ficou paraplégico desde a adolescência. Uma pequena grande mulher, uma mulher de muita fibra. Um coração de bondade numa mãe que criou seus filhos Ivoney, Ione, Ivonete e Ionice,  dando-lhe os melhores ensinamentos morais dentro dos princípios da cristandade. Dona Iracema, a grande companheira do Seu Ivo, nossa amiga pessoal, a quem devotamos muita admiração, foi morar no céu. Foi reencontrar o esposo e a filha amada, Ivonete, nossa comadre, que nos deixou prematuramente.

          Na última vez que a visitei, já estava um tanto debilitada, mas mostrou satisfação em me ver. Senti que ela já não tinha mais a energia de sempre, pois a perda do esposo e da filha a abalaram muito,  embora não fosse de queixar-se.

          Que a família Bazzo tenha a plena certeza de que ela partiu sentindo-se amada e respeitada por todos vocês. E, igualmente, pela nossa família Riquetti. Temos amizade muito sincera  e verdadeira com os todos os descendentes do casal. Fomos verdadeiros amigos em todas as horas e em todos os dias. Uma amizade que se solidificou nos últimos 35 anos.

Um carinhoso abraço em todos e o desejo que possa ter, junto de Deus e dos familiares  que partiram antes, a felicidade eterna!

Euclides Riquetti
20-06-2015

Apenas mais uma manhã

 



Uma manhã banal
Como outras manhãs banais
Pode ser uma manhã casual
Como outras tais e tais.

Uma manhã  tentadora
O meu corpo a te querer
A lembrança encantadora
O que mais pretender?

A manhã  inspiradora
Os pensamentos saudosos
Tua pele macia, sedutora
Os momentos só nossos...

O que mais querer?


Querer uma manhã de querer
Apenas mais uma manhã
E, numa manhã, podes crer
Poder crer no amanhã.

A tarde de um amanhã
De um ontem, de um hoje, de um sempre
Pode ser, de repente
Apenas uma tarde vilã...

Mas sempre haverá um mais e um mais
Um bom motivo pra viver
E então, as manhãs banais
Serão manhãs colossais
Serão aquelas manhãs,  tais e tais
Que tanto quero reviver!!!

Pois, queiramos ou não, o tempo passa...

(E nós vamos envelhecendo...)

Com seus olhos me seduz

 



Você é tudo o que eu tenho

Meus sonhos já realizados

Outros por se realizarem

É meu caminho já andado

Do lugar onde eu venho...


Você é presente e passado

A rua por onde vou andar

Amor sempre ao meu lado

É minha musa, é meu par!


Você é o rumo e o chão

É o porto mais seguro

Minha medalha e cordão.


Você é a águia que conduz

Tem coração doce e puro

E com seus olhos  me seduz!

Euclides Riquetti

02-07-2021




O que seria das rosas se todos gostassem de girassóis?

 



         O Sr. Girassol estava resplandecente no mês de maio. Olhava, alegre, para todos os passantes, de todas as idades, credos...  Reinava, garboso e absoluto em seu reduto, um verdadeiro "dono do pedaço". O veranico o deixara forte, saudável, belo e formoso. Energia trazida pelas raízes que sugavam a água e os fertilizantes da terra. Energia oferecida pelos intensos raios solares em tempos de outono quente. Ninguém ousaria desafiar sua Majestade. Majestoso, sim, orgulhoso por demais, respeitado pelas flores e pelos fiores.

          Dona Rosa, tímida, acanhada, tivera abalos constantes desde abril. Ora o calor da atmosfera abafada, ora o frio ameaçador, as turbulências outonais. A inconstância climática, ameaçadora. O maio prazenteiro, festivo, dócil, não fora suficiente para atribuir-se a sensação de ânimo de que tanto precisava. Dona Rosa,  que já se travestiu de amarela, branca, lilás, azul, champanhe, rosa, pink, bordô, decidiu que seria vermelha. Vermelha escarlate, vermelha como lábios de morango, como faces de cereja. Vermelha!

          Girassol, sempre soberbo e acostumado a ser o centro das atenções, estava preocupado. Junho lhe seria perverso, certamente. Sem espinhos para defendê-lo,  não adaptado ao frio sulino, corria sérios riscos. E seu ciclo, curto, não lhe garantia sobrevida. Foi aconselhar-se com algumas florinhas pouco significantes que se avizinhavam. Havia beijos, dentre elas. Bonitas, mas frágeis. Sua insignificância contava pelo pouco poder de resistência, não por lhes faltarem charme e beleza. Tentavam consolá-lo com palavras animadoras e otimistas: "Olha, amigo, você  esteve ali, majestoso e poderoso ( e mais todos os outros "osos" que existem), enquanto que a Comadre Rosa aguentava, mesmo frágil, todas as ações das intempéries". Você não tem nada a fazer. Deixe que o colham e que as sementes que caírem por aí se transformem numa nova planta...

          E veio o junho dos namorados, de Santo Antônio, de São João, de São Pedro, dos folguedos juninos, das muitas calorias e dos  poucos exercícios. Ficou para trás o maio das noivas e das mães. Dona Rosa, reenergizada, veio com  tudo. Encantou, deslumbrou, sorriu, Viu-se, novamente, princesa. Uma princesa que também nos deixará energizados, encantados,  felizes e sorridentes, enquanto o amigo feneceu e boa parte de suas sementes misturaram-se à terra. Ficarão em dormência, esperando por uma boa temporada para que se transformem, novamente, em belíssimos girassóis. Muitos deles...

E penso: O que seria das rosas se todos gostassem dos girassóis?


Euclides Riquetti

Ande, sutilmente, pelos caminhos do sol

 




          Ande,  sutilmente pelos caminhos do sol,  e vá encontrar o que você procura. Estenda, gentilmente,  suas mãos a quem você ama e entregue-lhe, incondicionalmente, o seu coração, com sua alma desprovida  de incertezas,  e seus olhos de inefável beleza. Vai, siga em frente, sem preocupar-se com pedras que possam estar em seu caminho, com plantas que em vez de flores lhe oferecem somente os espinhos.
 
          Abra seu sorriso franco que a torna feliz, retribua, com alegria, a cada manifestação carinhosa, e dispense a todos sua atitude generosa. Seja compreensiva com os que duvidam de você, mostre-lhes que você é sincera e verdadeira, porte-se com altivez e galhardia, mas não se esqueça de exercitar, em cada momento, a sua humildade. Você é mais você, em todas as circunstâncias.

          Permita, em cada dia, um renascer dentro de você, enseje expectativas em cada um que espera que lhe proporcione algo, esperanças que possam se renovar, possibilidades que se possam reabrir, caminhos que possam, novamente, ser percorridos. Situe-se ao lado do bem, não se importando se os outros pensam diferentemente de você. O que importa, sim, é a paz que restará em seu interior e que você fará resultar nos outros. 

          Dirija seu pensamento para o Altíssimo, faça-lhe orações despretensiosas, mas carregadas de boas intenções. Queira a felicidade para todos, independente de a terem ou não perdoado em seus pecados ou a aplaudido em suas vitórias, pois a vida nem sempre é dada a derrotas, e nem sempre a conquistar a glória.

          Ande, sutilmente, pelos caminhos do sol. E, depois que tiver feito tudo isso, sem que lhe fosse de obrigação ou compromisso, colha as flores que nasceram perto de você, nos caminhos que você trilhou, nos jardins onde as plantou. E verá, certamente, que tudo lhe valeu a pena!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 1 de julho de 2021

A lua que me faz pensar

 



A lua que me faz pensar

É a mesma que me faz sentir

Você, ali perto do mar

E eu aqui!


A lua que se esconde

É a que me atrai mais

Se seu brilho  não me responde

Ele me encanta ainda mais!


A lua sempre será lua

Com maior ou  menor brilho

Será minha e será sua

É nossa estrada, nosso trilho.


A lua que nos encanta 

Não pode ser o que nos separe

À noite ela se levanta

E ilumina todo o meu vale.


Sim, ela protege os namorados

Para que sempre fiquem juntos

Para que vivam abençoados

Em todos os lugares do mundo!


Euclides Riquetti













Fim de tarde

 


 



Fim de tarde:
O sol começa a se por
O coração a se opor...
E as almas ardem.
É fim de tarde!

Fim de tarde:
As sombras da noite se libertam
E flertam...
Flertam comigo
Contigo
Flertam...

Fim de tarde: a noite vem.
Vem, como as demais
Quando cessam os pardais
E há o encontro dos pensamentos casuais
Na noite que vem
Escura...

Fim de tarde:
Da noite emergente é o prenúncio
Da  manhã que vem é prévio anúncio
É mais um fim de tarde:
Como as demais
(Não voltará, não, nunca,  jamais)
O que vai, não volta mais...
Apenas volta, no firmamento
A lembrança de ti em meu pensamento.

Mas, como a tarde, tu também vais
E não voltas...(mais!)

Euclides Riquetti

Tentei parar de pensar

 





Tentei parar de pensar em ti
Esquecer os teus beijos e teu doce sorriso
Mas por mais que tentasse,  eu não consegui
Pois ter o teu amor é de que eu mais preciso.

Tentei jogar fora os poemas que eu fiz
Apagar os momentos em que juntos ficamos
Mas a realidade é que me fizeste feliz
E de certo que  nós muito nos amamos.

Percebi que é difícil te reconquistar
O teu coração não quer mais o meu
Então só me resta  lembrar e sonhar.

Mas há uma dúvida que me tortura e consome
E que me faz acreditar que nosso amor não morreu:
Às pessoas com que falas, ainda dizes meu nome.

Euclides Riquetti

Vendavais de paixão

 







Vendavais destroem cidades
Arrasam prédios e praças
E, em tempos de saudades
Arrasam almas onde passam.

Vendavais de amor e paixão
Da força mais descomunal
Arrasam também o coração
Como fossem inimigo fatal.

Vendavais fortes, violentos
Com sua força impetuosa
Arrasam meus pensamentos
Com sua sanha tão belicosa.

Vendavais, ambos, destroem
Destruição física ou moral
E nada mais reconstroem
Nos legando a dor e o mal.

Quiçá o tempo possa reparar
Refazer tudo o que é perdido
Nossas lembranças carregar
Espalhar pelo céu infinito.

Euclides Riquetti

A Legião dos Dançarinos Extraordinários - reeditando...

 



Assisti, recentemente, ao filme "Batalhas", em que Mikael e Amalie fazem um belo par romântico. Romântico que sou, minha sensibilidade para filmes do gênero, em que se observam espetáculos de dança, mesmo de hip-hop ou ballet, me emocionam. Então, fui buscar lá nos fundos do meu blog, texto que escrevi e publiquei já há sete anos. E apresento para quem gosta de romance..., em especial romance com dança!

       Quem já não se encantou com danças harmoniosas, passos bem ensaiados, ou mesmo "singles" ou "dobles", que se apresentam em festivais de dança? Quem não se encantou com musiciais que viu na TV ou no cinema?

         Bem, a harmonia da dança á algo extraordinário.Às vezes movimentos espontâneos, outras com grupos cadenciados, articulados extraordinariamente, encantadores. Há, na dança, um inimaginável senso de poesia. É o belo expresso nos movimentos, que nos atrai, embasbaca, embala nossos sonhos, nos leva às mesmas viagens que nos leva a música, o poema, o canto, o voo do pássaro, o flutuar das patas dos animaizinhos sobre a relva, o sorrir e o abanar da criança, a calmaria das ondas nas águas. A dança, como a poesia e o canto, exercem um magnânimo fascínio sobre mim. Tudo se reveste de musicalidade. Definitivamente, é o belo que se expressa em múltiplas formas.

          Mas, o que me tem encantado docemente, nos últimos dias, é a capacidade coreográfica dos componentes da Legião dos Dançarinos Extraordinários. Vi-os num filme, busquei vídeos no you-tube, estudei sobre eles. Encantaram-me, sobremaneira, alguns personagens: Primeiro, Trevor Drift, o menino moço que consegue expressar-se em movimentos harmonicamente extraordinários, e que se incorpora à LXD. Igualmente, Jato e Katana, Katana e Jato, dois apaixonados, pela dança em um pelo coração, pela alma do outro. Jato, com sua estupenda  beleza ( e sutileza) de movimentos de seu corpo, atrai Katana, seu partner, seu amado, e nos embebece, nos envolve, transporta-nos para um mundo irreal, de imedível encantamento.

          E o maravilhoso mundo web nos permite buscar isso, deleitar-nos, navegar pelo universo sem sair de casa. Deus, salve os dançarinos, os músicos, os cantadores, os poetas extraordinários.

Euclides Riquetti - 04/10/2011

Na manhã em que o sol se escondeu

 







Na manhã em que o sol se escondeu
Porque foi brilhar em outro lugar
Meu coração ferido em dor emudeceu
Queria andar com você naquele mar....

Na manhã do céu do azul cinzento
Os pássaros nos galhos se aquietaram
E eu busquei você no firmamento
Onde as nuvens negras se espalharam...

Na manhã da primavera renegada
Até as flores mais bonitas feneceram
Rezei por elas, por você na madrugada
Não sei por que vocês se esconderam!

Espero que o sol volte prazenteiro
Espero dar sentido a este novo dia
Espero por um recado alvissareiro
Que me devolva a paz e a alegria!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Com o calor de seu corpo

 


Quero que me aqueça com o seu calor
Que me alegre com suas palavras amáveis
Que me abrace com seus braços adoráveis
Que me ame com volúpia e com ardor.

Quero que me beije com beijos de cereja
Que me afague com a mão suave e  macia
Que me olhe com seus olhos de alegria
Que me diga que me quer e me deseja.

Quero ainda que nunca se esqueça de mim
Que reze por mim nas noites enluaradas
Que me envolva em seus pijamas de cetim.

Que aqueça,  com seu calor,  o corpo meu
Que viaje nas nuvens esbranquiçadas
Porque eu, docemente,  aquecerei o seu!

Euclides Riquetti

As Bicicletas em Minha Vida

 






            Qual menino não sonhou em ter uma bicicleta na adolescência? Pois não fui diferente! Costumo chegar atrasados em algumas coisas, nem todas. Na escola, entrei no Mater Dolorum, em Capinzal, com oi anos feitos e terminei o ano já com 9. Um varapau compridão em meio aos petiços. Acho que tinha até vergonha... Rádio, na minha casa, chegou quando em tinha uns 13 anos. E, na época, ninguém tinha TV ainda em minha cidade. Mas, bicicleta, a gente tinha, sim. Tínhamos uma Monark Marathon, importada. 
          Meu pai deve tê-la comprado de segunda mão, imagino. Mas era bem conservada, em um tom esverdeado. Tinha um distintivo metálico, na frente, com um maratonista correndo. Eu via meu pai vindo com ela, na ponte Irineu Bornhausen de Capinzal para o Distrito de Ouro e ficava maravilhado. Meu irmão, cinco anos mais velho do que eu, andava faceiramente montado na nossa  Monark. O Alfredo Casagrande, da Livraria Central, tinha uma novinha. Ambas aro 28. O Isalino Baretta, meu primo, lá da Linha Bonita, tinha uma aro 26. Que inveja!
          Comecei a aprender a andar ali na Rua Felip Schmidt, no Ouro, em meados da década de 1960. Eu não conseguia sentar no selim e pôr os pés no chão. E tinha medo de cair. Então, eu colocava meu corpo meio entortado dentro do quadro da mesma e ia me soltando na declividade da rua. Assim, fui aprendendo a me equilibrar. Feito isso, comecei a tentar a andar, mas não conseguia pedalar. Acho que essa dificuldade todos têm no início, foi assim com a neta Júlia, nossa Jujubinha, que já está com 6 anos e já aprendeu a guiar sua bike. Disse-me ela: "Vovô, já caí uns 5 tombos e esfolei a barriga e o joelho, mas aprendi a andar de bike. Ninguém aprende sem cair uns tombos!" Acho que ela tem razão...
         Mas, para minha decepção e de toda a nossa família, nossa bicicleta criou asas... Alguém passou no porão de nossa casa e levou-a. E meu pai não comprou outra, porque estava economizando para fazermos uma outra casa.maior. Foi uma tristeza geral! Passei os anos seguintes sonhando que a polícia a havia recuperado. Também ficava olhando todas as que visse na rua para ver se não seria a nossa. Porém, nunca mais nos voltou...
         Aos 15 anos, depois de ter economizado durante 2 anos, consegui comprar uma usadona. Ruim de pneus e de câmaras. Era um mosaico de remendos. Eu amarrava os pneus com tiras de borracha de câmara de caminhão para que não estourassem. Era verde, fora pintada recentemente. E tinha outro problemas: o pedal não era daqueles inteiriços da Monark  e sim "com chavetas". Mais uma decepção. Vivia me incomodando com ela. Uma vez, vindo para casa da aula, quando estava na quarta série do Ginásio Juçá Barbosa Callado, no escuro, por sobre a ponte nova, ouvi vozes e desviei. Bati na mureta lateral e ainda bem que não caí no rio do Peixe. Fui socorrido pelo Sr. Vitor Bazzo e a Dona Vanda, que eram os pais de minha professora de Português, Vera.
          Então, muito incomodado, troquei o primeiro bem de minha propriedade por um rádio a luz, com o Alcides Venâncio. o Cidinho. O rádio até que funcionava mas eu acabei vendendo também.
          Então, só aos 19 anos, quando fui trabalhar na Mercedes-Benz, em União da Vitória, consegui ter uma para meu uso. Na verdade, era da empresa onde eu trabalhava e eu a usava para ir buscar peças na São Diego, no Alfredo Scholze, na Mecânica Unidos  e na Auto Real.  E também para visitar clientes.
           Há uns 12 anos ganhei uma dessas com marchas, numa rifa. Era meio porqueira. Vendi por não mais que R$ 100,00. Acho que foi por uns 60. Ou 50. Quem sabe uns 40. Me livrei dela  também.
Agora, estou pensando em comprar uma outra. Conversei com uns vizinhos e descobri que eles têm bicicletas guardadas e que não usam há um tempão. Vou comprar uma e deixar novinha. Tomara que meu entusiasmo continue e eu não desista desse projeto logo. Tomara que eu encontra uma Monark Marathon igualzinha à que nos roubaram. Ficaria muito feliz e ter uma daquelas. Será que ando saudosista?

Euclides Riquetti
16-10-2016

O levante do luar dourado

 



Levanta-se, no fim da tarde,  no eldorado
O luar dourado que resplandece
E, ao levitar sobre o mar,  extensamente ondulado
De um  prateado fulguroso se reveste
Para abençoar o horizonte santificado. 

Levanta-se, com a cor do ouro casto e polido
O luar fogoso a redesenhar o agreste
E, ao escalar as nuvens, no acorde sustenido
Energiza  os coqueirais perfilados do Nordeste
No quadro fantástico pela  natureza esculpido.

E os sonhos  dos amantes e dos enamorados 
Juntam-se no vagar das ondas da imaginação
Enquanto os ideais já  quistos e projetados
Juntam-se no eternizar do  poema e da canção
No concerto dos ventos gentis ali soprados. 


Euclides Riquetti

A paixão que entorpece

 



A paixão que entorpece
É aquela que inebria
O amor que incandesce
É aquele que delicia...

A volúpia que atiça
É aquela que entusiasma
Mas como areia movediça
Engole o que não se acalma...

O sangue que corre quente
É aquele que enrubesce o rosto
A saudade do amor ausente
Faz padecer a alma e o corpo...

A vida mundana
É aquela que embriaga
A atitude profana
Nos expõe e nos deprava...

O pecado cometido
É o que nos faz pedir perdão
O beijo proibido
Vale mais que um  milhão.

O teu olhar fatal
É aquele que me atrai
Tua beleza descomunal
É o que em ti mais me atrai...

O canto que enternece
É aquele que gosto de ouvir
A harmonia de cada prece
Me faz te querer, te sentir.

A distância abissal
É aquela que nos traz mais saudade
Nos mostra o sentimento real
Nos aproxima da realidade!

E minha realidade´
Posso dizer, nada me afeta
A não ser uma grande verdade:
Tenho alma de poeta!

Euclides Riquetti

Você está aí?

 


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Você está aí?
Então, por que não me responde?
Por que não abre a porta?
Se você está aí?

Se você está aí
Por que você se esconde?
Por que não me conforta?
Se você está aí?

Sei que está aí!
Que ouve o que eu digo
Que lê o que escrevo
Porque está aí...

Por que está aí?
Se sabe que eu preciso
Será que é por medo
Que nada diz aí?

Sei que você está aí
Quem sabe atrás de uma cortina
Quem sabe atrás do luar
Quem sabe atrás de mim!

Então, continue aí
E vê se você se anima
A buscar, lutar, voltar
Para mim!

Euclides Riquetti

Bom dia, paixão!

 



Bom dia, paixão!

Sensualidade

Ousadia

Sedução

Desejo

Altivez

Paixão...


Bom dia, amore mio!

Realidade

Alegria

Imersão

Beijos

Nudez

Mais um dia muito frio!


Bom dia, mulher!

Com muito carinho

E tudo o mais...

Por que você é simplesmente

Realmente

Digo com sensatez: 

Demais!


Euclides Riquetti

30-06-2021





Uma manhã de inverno

 



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Uma manhã de inverno muito fria, gelada
Um sol chegando pra dourar o dia
Uma manhã com branco de geada
Um coração tomado de muita alegria...

Uma canção tocando com belos acordes
Um sonho antigo sendo realizado
Uma canção que embala enquanto dormes
Um cenário antes nunca imaginado...

Um caminhar com vento frio no rosto
Um poemar com rimas cadenciadas
Uma vontade de te ver de novo
Uma saudade sempre, aqui na estrada...

Eu quero apenas te encontrar sorrindo
O teu sorriso lindo
Os olhos com teu brilho..

Eu quero apenas te abraçar agora
Vê se não demora
Preciso ir embora...

Euclides Riquetti