O feriadão de
Nossa Senhora Aparecida foi agitadíssimo nos meios de comunicação aqui no
Brasil. Enquanto milhares de carros
tomavam os rumos das praias do litoral do Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente, uma ação do Ministro do
Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, concedeu liminar ao preso André
do Rap, que é conhecido como líder do PCC e estava preso na penitenciária de
Presidente Venceslau, no interior de São
Paulo. Depois de solto, algumas horas após, o novo Presidente do Supremo, Luiz
Fux, cassou a dita liminar e com isso o conhecido personagem de ilícitos sumiu.
As autoridades não monitoraram a movimentação dele depois de solto, uma vez que
estava amparado apenas por decisão liminar.
E, então,
começou a polêmica: Marco Aurélio diz
que está tranquilo porque cumpriu estritamente e estreitamente o que manda a
Lei. Fux recebeu críticas no meio jurídico porque meteu-se numa questão que não
devia. E a imprensa ficou indignada porque o rapaz foi solto e representaria um
grande perigo para a sociedade. E, assim, André Oliveira Macedo está foragido
da Justiça, em razão da suspensão da liminar pelo Ministro Fux.
Marco Aurélio
Mello já teve decisões assim no passado. Agora, houve um vacilo do MPF e da
Polícia Federal, que não realizaram procedimentos formais junto à Justiça para
garantir que André do Rap ficasse preso. Alguém falhou, e o STF, mais uma vez,
vira motivo de críticas e de chacota, pois, novamente, mostram que não se entendem nem contra eles,
imaginem então nos confrontos que
costumam ter com membros dos outro Poderes, o Executivo e o Legislativo.
Enquanto isso,
aqui na microrregião, centenas de candidatos a vereador estão habilitados a
disputarem vagas nas Câmaras Municipais. Pelo menos 50 % deles posso considerar
pessoas de bom nível, capazes de entender um texto, de entender uma proposta de
um Projeto de Lei. No entanto, pelo menos 30 por cento deles não conseguem nem
ler direito a curtíssima mensagem que lhe preparam para gravar para o programa
eleitoral. Seus vídeos, postados nas redes sociais, são calamitosos. Culpa
deles? Não! Culpa dos partidos que os usam para somar votos para suas legendas
e ajudar na eleição do candidato a Prefeito que apoiam. Em Joaçaba, especificamente,
a média intelectual e cultural dos candidatos a vereador é acima da média
microrregional, e isso é bom.
Com relação aos
candidatos a prefeito, todos os candidatos, em algum momento dos últimos 20
anos, estiveram aliados a seus adversários, em projetos locais, estaduais ou
federais. Na grande maioria das cidades, a disputa fica entre candidatos da
direita, pois a esquerda, em algumas delas, não apresentou candidatos. Mesmo
com pessoas de merecimento e boa biografia, como por exemplo o Vereador do PT, em Joaçaba, Sérgio Favretto. O
tratamento para com os oponentes, nos debates, tem sido em bom nível e
respeitoso. Nas ruas, as propagandas nos carros está começando a aparecer agora. A internet
está sendo bem usada, no entanto, nada substitui a pedida pessoal do voto. E,
no momento, á uma ação que precisa ser cuidadosa.
Mas as conversas
entre as pessoas estão a mil. Onde quer que eu vá, abordo as pessoas sobre o
assunto política. E também sou muito abordado. No início, eu achava haveria duas eleições: uma para
disputar o cargo e outra para disputar o terceiro lugar. Mas as conversas me
mostram outro quadro. Temos ainda quase um mês para a campanha e tudo pode
acontecer. Por enquanto, Mamão e Bigode procuram dizer o que fizeram e precisam justificar o
que deixaram de fazer. Chico procura mostrar seu trabalho histórico entre entidades
comunitárias e Jorge Pohl é cirúrgico e pontual em seus projetos, alguns
ousados mas factíveis.
Comemoramos,
neste dia 15, o Dia do Professor. Na política, Educação e Saúde são apontadas
como duas prioridades dos candidatos, historicamente. O processos de ensino e
aprendizagem mudaram drasticamente no presente milênio, com a chegada de
múltiplas tecnologias. Mas a ação educativa se efetiva com o dedicado trabalho
do professor, que precisa dominar conhecimentos, ter habilidades em lidar com o
ser humano, ali compreendendo o aluno e sua família, ter boa capacidade de
comunicação, que é um processo de influenciar os outros. Pergunte-se,
candidato, se o seu time vai contemplar profissionais de gestão que realmente
entende do ramo, têm capacidade de articular-se e liderar, se os gestores das escolas conseguirão liderar grupos
familiares e trazê-los para ajudar a escola a “andar”, engajando-se nos
projetos escolares, inclusive na dinâmica da participação para a conservação do
bom ambiente de trabalho e até das instalações do educandário. Seu staff será
capaz de causar uma grande “revolução” nas escolas da rede municipal, ou, como
na maioria dos casos, composto por assessores “bonzinhos”, subordináveis e
manipuláveis?
Quando a
educação merecer muito mais do que o
discurso, chegando-se ao entendimento de que ela é o principal fator de
inclusão social e econômico, então, sim, teremos uma educação de efetivo
resultado.
Euclides Riquetti – escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com