sábado, 4 de dezembro de 2021

Nada mais há a dizer

 



Nada mais há a dizer

Nada mais a fazer

Apenas beijar-te

E te dizer boa noite!


(Nada mais há além da escuridão

Decorada pelas estrelas de prata

Talvez o som de uma serenata

E o que resta de uma paixão!)


Nada mais há a se pedir

Além de se despedir

E então beijar-te

E te dizer adeus!


(Nada mais há além da escuridão

Decorada pelas estrelas de prata

(Talvez o som de uma serenata)

E o que resta de uma paixão!)


Nada mais há de se querer

Nada mais a pretender

|Além de cortejar-te

E fitar os olhos teus!


(Nada mais há além da escuridão

Decorada pelas estrelas de prata

(Talvez o som de uma serenata)

E o que resta de uma paixão!)


Euclides Riquetti

04-12-2021


Um sorriso discreto, um afago amoroso

 



                                                      Imagem de "O Rei de Porcelana"

Um sorriso discreto, um afago amoroso


Um sorriso discreto

Brota das maçãs de um rosto

E o moldura com encanto.


Um olhar de afeto

Mira um outro olhar suposto

E lhe oferece o acalanto. 


Um afago amoroso

Gera o gesto de afável carinho

A ventura da nobreza e a docilidade!


Porque o sorriso é algo valioso

Livre como a ave que deixa o ninho

E vai em busca de sua liberdade!


Euclides Riquetti

04-12-2021













Eu quisera que tu me quisesses

 









Eu quisera que tu me quisesses como eu te quero
Eu quisera que tu me entendesses como eu te entendo
Eu quisera que tu me dissesses,  pois  não compreendo
Por que não dizes as palavras que eu tanto espero?

Eu pensei que  em teus sonhos divinos  estivesse presente
E mergulhei na paixão desmedida que tanto nutri
E agora me vejo sozinho, afastado de  ti
Sedento de amor e desejo na noite fervente!

Os anos passam, o mundo anda ligeiro, ligeiro
Não há porque não deixar as coisas acontecerem
E os sonhos precisam ser vividos agora,  por inteiro.

Os anos passam e as pessoas também se vão
Sem que elas possam tudo isso perceberem
Sem conviver  com  a alegria de uma paixão...

Euclides Riquetti

A mais inspiradora tarde de sol

 


 



A mais inspiradora tarde de sol - ensolarada

O céu mais azul de uma bela tarde inspiradora

A poesia nascendo, como a árvore plantada

A esperança de dias melhores, confortadora!


O sol brilhou e enfeitou a tarde do meu verão

Até nossas plantas ficaram mais enverdecidas

Foi como se despertasse aquela antiga paixão

E as melhores horas nunca fossem esquecidas!


Dias de sol dourado nos estimulam e animam

Movem-nos para a busca das mais férteis fontes

Até parecendo que novos sinos em nós repicam!


Então, que a noite nos seja auspiciosa e tentadora

Que sonhos nos acalantem nos longes horizontes

Que o despertar nos devolva a manhã encantadora!


Euclides Riquetti

Antônio Pelizzaro Sobrinho - o adeus!

 



      Tomei conhecimento, na manhã deste sábado, 04 de dezembro de 2021, da partida do amigo Antônio Pelizzaro Sobrinho. Uma pessoa muito digna e generosa, convivi com ele em duas fasess da minha vida: Na adolescência, quando eu tinha doze anos, 1965, e eu trabalhava na empresa Totti Bazzi e Cia Ltda, em Ouro. Na juventude e maturidade, quando morei em Zortéa, entre 1977 e 1980. Depois disso, nos víamos ocasionalmente,  no comércio de Capinzal e Ouro.

       Na minha adolescência, o Seo Antônio vinha com seu caminhão verde escuro, trazia alguns produtos para negociar com o Clarimundo Bazzi, levava outros que comprava para o consumo em sua propriedade. Morava ali na entrada do Loteamento Santa Terezinha, uns 200 metros de onde se situa a Auto Elite, em Capinzal. Os filhos Diolino, Angelina e Silvalina estudavam no Mater Dolorum. Os dois primeiros foram meus colegas de aula, ele no Padre Anchieta e ela no Juçá Barbosa Callado. Pessoas de muita confiança e sinceras. 

       Nos tempos de Zortéa, ele frequentava com a Dona Elvira nossa Capela de Snta Catarina, vinha do Agudo. Muito contribuiu para que pudéssemos realizar as benfeitorias para que a Capela fosse cconcluída. Também era colaborador da Igreja Matriz de nossa Paróquia de São Paulo Apóstolo. 

       O seu jeito de se movimentar, andando calmo e seguro, a fala mansa e os leves movimentos das mãos eram algumas de suas caracerísticas mais marcantes. O "cabelão Grisalho", agora bem branquinho, penteado para trás, era sua marca registrada! Sobre o seu passamento, a família escreveu e publicou:

"Queridos amigos. O nosso querido pai Antonio Pellizzaro Sobrinho faleceu ontem, dia 01/12/2021 às 23h15min. A sua esposa Elvira Pellizzaro, suas filhas Angelina e Silvalina, bem como todos os familiares em pesar, com grande tristeza informam que o corpo será velado hoje 02/12 na Capela Funeraria de Zortea pela parte da manhã e o cortejo para o sepultamento às 16h e será realizado no cemitério de Nossa Senhora Aparecida no Agudo,"

Silvalina 0 Antônio - Elvira - saudoso Diolino e Angelina
foto de 2016

Com todo o carinho de nossa família, fique bem, amigão Pelizzaro! Descanse em paz e feliz em sua morada celestial! O seu crédito moral perante a sociedade onde viveu inserido e diante de Deus tem um ativo enorme. Com minhas orações,

Euclides Riquetti
04-12-2021


A chuva que cai

 



A chuva que cai
Transparente
Levemente
Molha corações e almas
Peles morenas e peles alvas.

A chuva que cai
Na relva verde, sensível
Que lembra seus olhos brilhantes
Fascinantes...
Traz-me a lembrança indizível!

A chuva  cai
E você me inspira
Como os acordes na lira
E embala meu pensamento
Que se perde no vento
Que se vai no tempo...

A chuva que cai
E rola na calçada
Leva  embora o presente
E meu coração traz à mente
As ternas lembranças passadas.

A chuva que cai
Molha você, molha a terra
Molha o sonho da espera
Pois logo vem a primavera
Mas a chuva cai!

( E eu penso em você...)

Euclides Riquetti
Sexta-feira, 19/08/2011 - manhã de chuva...

Gostar de poesias...

 



          O gosto pela poesia depende muito da motivação e do clima que é proporcionado para que ocorra a criação. (Não esqueçamos que poesia não é apenas o poema. Poesia pode estar naquela roseira que plantei no último sábado, no sorriso e no abraço que ganhei da adorável Júlia, naquela senhora idosa que ainda conserva o ânimo e o entusiasmo,  apesar dos pesares...). Autores consagrados podem servir de exemplo para jovens seguidores, embora isso ofereça o risco de que pessoas com um determinado perfil de sensibilidade e de vida possam enveredar-se por caminhos desassociados aos que costumam trilhar.

          Na verdade, o autor passa ao leitor muito do que é seu, pessoal, interior, mesmo que seja objetivista, pois tem seu modo particular de sentir a realidade.

          A fantasia também é um vasto mar  a ser navegado. O compositor viaja pelo imaginário e externa suas impressões e sentimentos no papel,  resultando numa criação original, traduzindo o belo pela disposição harmoniosa das palavras.

          O animador do processo de composição precisa ser o grande motivador e indutor para que o outro sinta o desejo de produzir algo que, mesmo em sua simplicidade, represente sentimentos e encante o leitor ou o ouvinte. Deve haver cumplicidade entre o animador e o autor para que se gere confiança e se perca a inibição de expressar-se.

          A poesia, além disso, pode situar-se como o contraponto entre a tecnologia e a necessidade de se humanizar o mundo. O homem moderno não pode ser apenas movido por máquinas e eletrônicos. Não pode perder sua condição natural de ser romântico, humano, sentimental.

          A poesia romãntica, nestes tempos tão concretos e ásperos,  sempre terá grande espaço no meio literário e deverá se sobrepor-se a outros gêneros. Romântica, mas leve e livre, capaz de encantar e embalar os sonhos do ser humano e levá-lo a viver as belezas mais simples da vida.

         Inspiremo-nos no belo slogan da Pedreira Joaçaba: "Nós movemos as pedras para constuir os seus sonhos". Ah, quem me dera ter sido o autor desta maravilhosa frase. Parabéns ao autor.Parabéns à empresa que a adotou.

Euclides Riquetti
Joaçaba - 16/09/2011

Madrugou

 

Madrugadou, sim, madrugou

E isso aconteceu há um tempinho

Madrugadou na vida minha

E, na sua, também!




Porém

Sem o embalo de uma canção de ninar

Meu coração sente uma dorzinha

De uma lembrança antiguinha

Que está a me importunar.


Então, enquanto poeta

Compositor da poesia discreta

Acordado na noite de luar

Escrevo algo que nos inquieta:

Há aquela cumplicidade entre nós!


Euclides Riquetti

04-12-2021

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Feche os olhos

 

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Feche seus belos olhos e navegue
Viaje pelos mares da ilusão
Feche seus  olhos distantes  e imagine
Estar trilhando os caminhos da paixão.

Feche seus olhos e pense, pense
Busque voltar para seus tempos de criança
Traga  tudo  do passado até o presente
E veja se eu estou em suas lembranças.

Se você notou-me um dia,  estarei entre os demais
Resgatado de um passado bem  remoto
Então,  valeu-me esperar, eu e meus ais
Ou não me passei de um pobre  moço, assim  ignoto?

E agora, poeta e sempre sonhador
Resta-me eternizar você em meus  pobres  versos
Viver as ilusões, propagar cantos de amor
Espalhar os meus poemas pro universo.

Euclides Riquetti

Um dia você chorou...





Resultado de imagem para fotos lagrimas no rosto

Um dia você chorou, vibrou, vibrou, chorou
Seus belos olhos encheram-se de gotinhas de cristal
Você que calou, sofreu, sofreu, calou
Seu grito de alegria fez explodir, afinal.

Você esteve lá, elegante, glamourosa
De seu rosto moreno brotou um sorriso sensual
De seus lábios saíram as palavras mais carinhosas
Você vibrou com a conquista colossal!

Na madrugada silenciosa me veio seu doce sorriso
As palavras mágicas se embalaram no meu ser
E seu rosto comovido, bonito,  me encantou...

Então, meu coração bateu mais forte, mais preciso
E, no papel, pus este soneto pra dizer:
Você é o algo belo com que Deus nos presenteou!

Euclides Riquetti

Aquela nossa canção

 


 



Sempre que ouço aquela canção, eu me transporto até você
É uma balada romântica,  com harmoniosa melodia
Que me leva a me lembrar, com nostalgia
Da canção de que gostamos, e que me faz viver...

Então,  quero saber como vai
Se ainda sente o mesmo que já sentiu um dia
Se ainda me espera com alegria
Se ainda me quer, etcetera e tal....

Sempre que eu ouço a nossa canção
A que me leva, no embalo do pensamento
A navegar por todo o firmamento
Eu me levo a buscar sua proteção.

Porque sou poeta e cantador:
Sou nada mais que um simples compositor
Que tem sonhos e muito amor no coração
Que não vive apenas de ilusão, e que apenas quer saber:
Como vai você?

Euclides Riquetti

Um par de sapatos com salto

 



Um par de sapatos com salto

bem alto.

Um corpo nu, longilíneo

Cabelos curtos, 

bem aparados

Olhos bem abertos, 

ou vendados?


Um segredo

Um toque fatal

sensual...


A coragem

o medo

de despertar

E não ter a quem querer

E não tem a quem amar.


Há  apenas vácuo

Vazio... ar.

E uma flor violeta!


Euclides Riquetti

03-12-2021





Grego ou Latim?

 

Grego ou Latim?






Não sei se escrevo em Grego ou em Latim
Se você entende Inglês ou Espanhol
Se gosta mais de dia de chuva ou dia de sol
Se há uma chance de me dizer que sim...

Não sei que língua eu deveria usar
Se em fala, gravação ou mesmo digital
Mas prefiro lhe dizer em língua natural
Quem sabe ao ouvido, bem pertinho do mar...

Andei por caminhos direitos ou tortuosos
Em alguma curva derrubei o coração ferido
Mas não deixei que se tornasse um bandido
Nem me esqueci dos seus olhos formosos...

Quem sabe, agora, em língua portuguesa
Eu possa escrever-lhe mil poemas meus
Eu possa deliciar-me com os lábios seus
Perder-me no seu corpo de princesa!

Euclides Riquetti

Corpos e almas que se esculpem e se queimam

 



Corpos que se esculpem e se queimam
Imersos nas brasas da paixão
Corpos que se jogam nas areias
Corpos que se estendem pelo chão...

Almas que se julgam e se penam
Imersas nos pecados, na ilusão
Almas que insurgidas se condenam
Almas enegrecidas de carvão...

Corpos que se vestem de vaidade
Belos, formosos, sedutores
Com almas que se esquivam da verdade
Belos, charmosos, pecadores...

Corpos que se deitam em falso chão
Almas que se atormentam na  razão
Vidas que navegam em  incertezas...


São corpos que envelhecem cedo,  cedo
São almas que levitam,  sem sossego
São vidas que flutuam nas correntezas.

(E se vão embora!...)

Euclides Celito Riquetti
Blog do Riquetti
Joaçaba SC
Letras-Inglês - FAFI 1975

Aniversário no Recanto Champagnat - 18-09-2011 - Porque os anos passam e ficam as lembranças!

 



       Passamos  um final-de-semana maravilhoso em Florianópolis. No sábado, encontramos os parentes no recanto Marista Champagnat, no mirante da Lagoa da Conceição. Muita gente bonita: sobrinhas, sobrinhos, filhos. A turma do andar de cima (nóis, né?!), com nossas protuberâncias barriátricas, elas mais arrumadinhas (as tias), e a vovó (metida a motoqueira), fazendo seus 81. Grandes emoções. Mas, quem roubou a cena foram os pequenos (Rafael, Gabriel, Lana e Júlia). O primeiro ficou na dele. Mas, os outros, que triozinho mais elétrico... 
       
      No domingo, o final da festa sem estresse, sem dramas, cada um tomando seu costumeiro rumo. Na segunda, todos no batente. E um tal de Rodrigo, que ficou com sua Ziza, usando uma daquelas camisetas que elogiam as sogras... O Champagnat é um ponto muito bonito de nossa capital. Cascata, mata nativa, os macacos saltando, livremente, por entre os galhos das árvores, fazendo-nos caretas, como se fôssemos velhos conhecidos.

        Obrigado, tio Jorge, Rosane e suas filhas (inluído o alemãozinho), pelo que nos proporcionaram. 

Família Riquetti
18-09-2021

Venha conhecer nossa Bela e Santa Catarina - Veja o Globo Repórter desta noite!

 



       Nosso estado tem paisagens exuberantes, uma economia que se sustenta na diversidade, gente que trabalha e estuda. Hoje à noite, a TV Globo exibe em seu programa Globo Repórter, rfeportagens sobre as belezas e os costumes de nosso litoral 


Estão convidados a conhecer um pouco de nosso estado. Temos orgulho de sermos catarinenses!


Fiquem bem!


Euclides Riquetti

03-12-2021

Vai levar os teus versos e os teus encantos

 


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Levanta-te e vem caminhar comigo
Traze de volta o  ânimo em teu semblante
Trago-te alento, sou teu verdadeiro amigo
Quero que tenhas a força de um gigante.

Levanta-te, como se levanta o sol nas tuas manhãs
Abre teus braços e vem forte  me abraçar
Faze corar no teu rosto ambas as maçãs
Chama de volta o brilho no teu belo olhar.

Levanta-te,  na manhã ensolarada ou  na manhã chuvosa
Sai por aí distribuindo teu sorriso e teus  afagos
Dize ao mundo que a vida simples é prazerosa
Que em meio aos desertos podem esconder-se os lagos.

Vai, anda pelas ruas, cidades e campos
E, em cada canto,  vai cantar teu canto
Vai levar a todos os teus versos e os teus encantos!

Euclides Riquetti

Um novo tempo

 





Espero  por um novo tempo, um terno  novo dia
Uma nova e bela manhã, uma nova esperança
Um tempo de muito  amor, um tempo de alegria
Um tempo de colher, um  tempo de bonança...

Um belo novo ano, com êxito e sucesso
Saúde, paz e flores, rosas perfumadas
Poemas sem dilemas, versos e mais versos
Pecados absolvidos, almas perdoadas.

Um novo ano feliz,  com abraços e muitos beijos
Uma rosa vermelha, champanhe ou amarela
Lábios de cereja, de doce e de desejo...

Manhãs ensolaradas, tardes de céu azulado
Pensamentos profanos passando pela janela
Indo juntar aos teus, todos os meus pecados...

Euclides Riquetti

Ver o mundo através de ti

 






Ver o mundo todo através de ti

Ir além da folha do limoeiro

Perpassar-te, ir para bem longe daqui

Chegar às terras dos cajueiros.


Compor-te meus  poemas discretos

Em que te deitas nas areias

Imaginar-te em cenários completos

Mar, água, escultural sereia!


Ir até onde vai minha imaginação

Alcançar tudo o que ela permite

Afagos sensuais para o coração

Sorver daquilo que melhor existe.


Então perder-me deliciosamente

Acariciar cabelos e ombros, beijar

Mergulhar em teu corpo atraente

Esqueecer de tudo e apenas sonhar!


Euclides Riquetti

03-12-2021



Lágrimas de cristal

 



Misturam-se as lágrimas de cristal

Aos pingos de chuva que caem

Que rolam pelo seu rosto  ao natural

Que excitam o seu corpo escultural

E vão buscar o mar...


Perdem-se na imensidão das águas colossais

Perdem-se nos dias, nos meses, nas tardes outonais!


Levam consigo significados benditos

Dúvidas e certezas que se esvaem

Levam dores, sentimenos e conflitos


Brotados de corações sôfregos e  aflitos

Que buscam sua alma para se abrandar...


Tornam-se grãos de areia a acariciar meus pés

Tornam-se diamantes que flutuam nas marés.

Assim são as lágrimas derramadas por amor

Que não se evaporam, eternizam-se simplesmente

E podem compor um mundo de alegria,  ou mesmo de dor

Levemente, delicadamente, docemente...

Apenas lágrimas de cristal

Que caíram de seus olhos de mar!

Euclides Riquetti

Pele com cheiro de avelã

 



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Paira algo  muito doce e  gostoso  no ar
É algo tão terno, difícil de se descrever
Talvez um verso novo para me encantar
Talvez uma estrofe que você possa ler.

Um poema de luz no céu é derramado
Com que eu  a proclamo e abençoo
No vasto universo de estrelas decorado
O céu abre lugar para seu cândido voo.

Venha, espalhe  pelos ares seu perfume
Traga-me suas palavras e sua candura
Seja no dia meu norte, na noite meu lume.

Traga seus lábios com gosto de hortelã
E a sua voz com aromas e com doçura
Quero beijar sua pele com cheiro de avelã.

Euclides Riquetti

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Quando o silêncio da madrugada nos acorda

 


 




Quando o silêncio da madrugada nos acorda
E nos mergulha numa insólita inquietude
Ficamos como a taça de vinho que transborda
Tristeza na alma, coração em plena solitude.

Quando o silêncio da madrugada nos invade
E nos incita ao desejo do abraço amoroso
Há uma força que me induz e me persuade
A buscar seu  beijo doce, quente e prazeroso.

Quando chega a manhã clara de céu límpido
E se tem a certeza de que o sol vai brilhar
Uma sensação de alegria me invade o íntimo.

Então, veremos que tudo na vida vale a pena
Enquanto  se tiver algo bom por que se lutar
Enquanto vier inspiração para meus poemas.

Euclides Riquetti

Falando de poesia na Escola Nossa Senhora de Lourdes, em Joaçaba - relembrando

 






         A Escola Municipal Nossa Senhora de Lurdes, aqui em Joaçaba, foi construída há quatro décadas. Recebeu ampliações e tem, em anexo, um Centro de Educação Infantil, muito bem organizado, cuja diretora é nossa vizinha, aqui da frente de casa, a professora Eliane de Souza Bütner.

         Na manhã da  terça, 31, estive conversando com os alunos do quinto ano da Escola, que se situa distante dois minutos a pé de minha casa. Recebe, diariamente, cerca de 200 alunos. Tem uma equipe muito competente e habilitada de professores e um corpo funcional bastante dedicado. É visível o capricho e a organização em todo o recinto escolar.  Passo defronte à mesma algumas vezes ao dia, principalmente nas minhas caminhadas. Fui convidado pela Diretora Elizalda Casagrande, filha de ourenses,  e por indicação da professora Rosangela Dalla Costa.

          Os alunos são atendidos pelas professoras Kelly Anily Pereira Bressan e Cláudia Marien Arnhold. Quase que três dezenas de alunos, muito atenciosos e educados. Eles vão participar de um projeto-concurso de poesias e fui lá para mostrar meu trabalho e referir-me sobre criação poética. Fazer poemas é uma questão de habilidade, mas que você a detém se tiver saudáveis e permanentes hábitos de leitura.

         Falei-lhes dos tempos em que, em Capinzal e Ouro, organizávamos nossos recitais de poesias, ocupando o auditório do Colégio Mater Dolorum, em Capinzal, que lotávamos com os alunos dos educandários das duas cidades. Durante o ano, os professores de Língua Portuguesa trabalhavam com seus alunos sobre a criação de poemas. Eu, juntamente com as professoras Iliane Ribeiro dos Santos Patrícia Boff ( a professora das unhas bonitas...), e a Márcia Coronetti, incentivávamos nossos alunos a produzirem seus próprios poemas e obtínhamos ótimos resultados.

         A produção de poemas ou de qualquer outro tipo de composição vem como resultado do incentivo. Se o professor gosta de escrever, poderá ter alunos escritores. No caso de poemas, especialmente, é preciso que haja a superação da vergonha. Sim, porque os alunos compõem mas, inicialmente, têm vergonha de ler ou declamar aquilo que escrevem. Mas, tudo isso, pode ser superado se for criado um ambiente propício.

           O que os leva a terem vergonha é que imaginam que podem ser ridicularizados pelos colegas se expuserem ou revelarem sentimentos que têm guardados em si. Então, quando na atividade, eu compunha meus poemas e lia para eles, desde o início do ano. Com isso, iam se acostumando com a ideia de expor o que faziam. Posso dizer que todos os meus alunos do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Prefeito Sílvio Santos, onde lecionei de 1980 até 2008, compunham e liam seus poemas.

          Os recitais de poesias eram esperados pelos alunos. Nas salas de aula, os próprios colegas sugeriam quais os poemas que devessem ser declamados. E, o autor concordando, ia para a participação nos eventos.

          Agora, dentro da Olimpíada de Língua Portuguesa, em que se preconiza o "escrevendo para o Futuro", os alunos irão compor sobre o meio onde vivem. Combinamos com eles que comporão sobre as coisas de nosso Bairro, o Nossa Senhora de Lurdes, aqui em Joaçaba. Depois, junto com os professores, veremos como seus trabalhos podem ser melhorados e um deles vai ser escolhido para as etapas seguintes da competição. Mas considero que, mais do que a própria  competição, é importante que o espírito de poeta energize os alunos.

Grande e carinhoso abraço em todos e sucesso a vocês, amigos da Escola.

Euclides Riquetti
01-06-2016

Há uma estrela na escuridão

 









Há uma estrela singular em meio à escuridão
Uma nuvem branca em meio à turbulência
Uma doce musa que me traz a inspiração
Uma presença que compensa todas as ausências.

Há um gemido de prazer que vem de uma janela
Um sussuro no ar que me chama à atenção
Um reencontro provável depois de longa espera
Um aceno de olhar, uma provável paixão.

Há uma esperança renovada, uma nova luz que brilha
Uma retomda de caminho, uma possibilidade
Para uma alma frágil, débil, maltrapilha.

Mas há uma força que me levanta, impele e anima
E que me devolve a uma bela realidade:
A de lutar por quem meu coração sugere e determina!

Euclides Riquetti

Ser um dia chamado Sol

 



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Ser um dia chamado Sol
Ser um astro na Primavera
Ser a semana do girassol
Ou a resposta que você espera...

Ser a estrela que a orienta
Ser o Norte que você busca
Ser o sorriso que você ostenta
Ou o brilho com que me ofusca...

Ser papel em que você escreve
Ser o teclado em que você digita
Ser o silêncio nem que seja breve
Ou o olhar que a deixa bonita...

Ser a alegria que você persegue
Ser a tristeza que você refuta
Ser a vitória que você consegue
Ser a canção que você escuta...

Quero ser sol, estrela, papel
Quero ser luz, alegria, o infinito
Quero ser giz, quero ser pincel
Quero pintar seu corpo bonito!

Euclides Riquetti

Viver e ser feliz!

 


 



Medos
Segredos
Anseios
Devaneios!

Dizer
Ver
Crer
Viver!

Dizer segredos
Ver devaneios
Crer nos anseios
Viver  sem os medos.

Viver aqui
Viver ali
Viver em ti
Viver por ti.

Viver, viver, viver
Viver e acreditar
E poder dizer, dizer:
Perto de ti ... ficar, ficar!
Ficar, bem perto de ti, sem medo!
E ser feliz!

Euclides Riquetti 

Da Fajo à Unoesc - Acadêmicos Pioneiros

 



          O ano era 1972. Havíamos concluído o curso equivalente ao atual Ensino Médio no ano anterior, na Escola Técnica de Comércio Capinzal, como Técnico em Contabilidade. Representávamos uma geração de trabalhadores, a maioria do serviço pesado. Eu trabalhava como frentista no Posto Ipiranga, de Capinzal. Antes, fora lavador de carros noutro, serviço que me causou uma pneumonia e interamento hospitalar por uma semana. Tínhamos que tomar algum rumo, mas todos tínhamos uma determinação: Deveríamos continuar a estudar.

          Alguns colegas iriam para Florianópolis, outros para Curitiba. Muitos não queriam deixar a cidade, tinham conseguido empregos em escritórios contábeis ou  em empresas e estavam com a vida pessoal encaminhada, não desejavam mudar de cidade. Cogitei estudar Economia em Lages, mas gostava de ler, de escrever, não tinha nenhuma definição ainda sobre o que cursar. Costumava ler biografias de grandes vultos nacionais e percebia que, a maioria deles, tinha formação jurídica ou em letras. Encantava-me. Queria ser como eles, queria escrever, compor poesias, contos, crônicas até.

          Meu pai, Guerino, professor, disse-me que entre ser professor e economista eu deveria ser professor. Certamente que não ficaria rico, mas que ganharia o suficiente para me sustentar. Então, o professor Teófilo Proner ajudou-me na decisão. Disse-me que em União da Vitória havia a Fafi, onde eu poderia estudar Letras/Inglês. Foi na medida pra mim. Iria buscar meus fundamentos para escrever, iria conhecer novas pessoas e matar quem me matava: o Inglês. Eu era uma calamidade  em Inglês. Mas fui.

          Alguns dos colegas que permaneceram em nossa cidade também tiveram ótimas perspectivas:  Em Joaçaba, distante apenas 35 Km, iria começar a funcionar um curso Administração de Empresas. Estavam criando, há quase a 4 anos, a FAJO, Faculdade de Admistração de Joaçaba. Começou com 9 professores.  Foi a salvação da lavoura para aqueles jovens determinados e estudiosos. De nossa "Rio Capinzal" tivemos e exitoso colega Osvaldo Federle, o Machadinho, hoje um dos proprietários da Êxito Contadores. Começou na primeira turma, a de 1972. Mas, por falta de condução para locomover-se a Joaçaba, trancou matrícula e esperou o segundo semestre, quando também foram acadêmicos o Adauto Francisco Colombo e o Benoni Zóccolli (filho).

        Esses foram os três primeiros acadêmicos de nossa cidade a fequentarem a FAJO, que funcionou nos dois primiros anos junto ao Colégio Marista Frei Rogério. Depois foi transferida para o Colégio Celso Ramos, na sequência para o Pavilhão Frei Bruno e para o Colégio Cristo Rei, onde permaneceu até a inauguração da sede atual.

        O amigo Machadinho conta que o  primeiro transportador de alunos para Joaçaba foi o Ludovino Baretta, popular Chascove, meu primo e compadre, com uma de suas Kombis. Depois o Zeca Almeida e um funcionário do Banco do Brasil, o Rogério, conhecido como "Desligado", comprou uma Kombi e continuou a realizar o serviço. Os custos de transporte eram bancados pelos próprios acadêmicos. A Rodovia Estrada da Amizade não tinha nenhuma pavimentação. Muitas vezes tiveram que empurrar as Kombis nos dias de barro. Ou desviar por Linha Sete de Setembro, aumentando em muito o tempo da viagem.
          A Fajo foi transformada em FUOC, Fundação Universitária do Oeste Catarinense. Em 1992 já era transformada em  Universidade do Oeste Catarinense e,  em 1996,  reconhecida como Universidade. O grande comandante de toda a sua evolução foi, sem dúvida alguma, o Professor e Doutor Aristides Cimadon. Coordenou toda a sua implantação. E, desde 2004 é seu Reitor. Tem mandato até 2016. É difícil imaginar a Instituição sem a figura do Aristides.

          Na década de 1970 trabalhou como educador em Capinzal. Em 1978 ingressou nos quadros do Estado de Santa Catarina através de concurso, tendo obtido o primeiro lugar na área de sua formação. É um cidadão muito inteligente. Suas entrevistas, no rádio, seguem um extraordinário padrão didático. Ouvi-lo, é a mesma coisa que estar tendo uma aula.

          Ingressei no magistério em outra área, no mesmo concurso. Cruzamo-nos muitas vezes em encontros da educação e nos jogos de futebol. É muito elegante no falar e tem elevado carisma. Quando ele saiu de Capinzal, preocupamo-nos, pois perdíamos um grande professor. Mas agora vemos que não foi uma perda, foi um ganho. Nossa região ganhou muito com ele. Só o campus da Unoesc em Joaçaba tem 6.000 alunos. E ele é um dos principais protagonistas da sua  ascensão. Homens determinados implantaram a FAJO há 4 décadas. Sua semente foi a que proporcionou os melhores frutos para a nossa região. Permitiu que tivéssemos um grande impulso de dsenvolvimento. Graças a isso, hoje, nossa iniciativa privada é muito forte e segura, efetivamente, a economia da região, com excelência na qualidade dos serviços e produtos.

Euclides Riquetti
26-03-2013

Vento moreno

 



Venta o vento moreno de outono
Venta o vento...
Cai a pálida folha, vencida no tempo
E venta o vento.

Brilha o brilho do sol brilhante:
É maio, maio de mês
É a noiva que noiva, que sonha
Sonha com a noite da primeira vez...

Cintila a estrela prateada
Na madrugada
E sibila o vento na gélida noite
Embala a noite, adentro avançada...

Escreve o poeta o poema
E a meta
É a moça, a musa.
E os versos, dispersos, não rimam: fascinam!
E a noite provoca, encanta, abusa...

E viva você, tema do canto!
Viva! Viva!
Como o barco que vai flutuando, leve
Na noite breve
Festiva!

Euclides Riquetti

Você é muito especial

 




  




Você é pra mim, alguém muito especial
De quem eu gosto, quero muito, demais
Gosto como gosto de peras, de goiabas
Como gosto de figos e uvas adocicadas
De todas as frutas e das flores tropicais:
Você é atraente e divinamente sensual!

Suas mãos e os braços são tão jeitosos
Seus ombros têm o gosto das essências
Gosto de seus olhos e de seus cabelos
Seus dedos finos, só desejo mordê-los.
Seus lábios têm desenho de excelência
Adoro sentir os seus aromas cheirosos ...

De sua boca, vêm palavras interessantes
Meu pensamento vaga para a encontrar
Você é feita dos mais nobres elementos
Com quem quero dividir os sentimentos.
Você é parte de meu sentir e meu sonhar
Com seu belo sorriso e modos elegantes!

Euclides Riquetti