A Escola Municipal Nossa Senhora de Lurdes, aqui em Joaçaba, foi construída há quatro décadas. Recebeu ampliações e tem, em anexo, um Centro de Educação Infantil, muito bem organizado, cuja diretora é nossa vizinha, aqui da frente de casa, a professora Eliane de Souza Bütner.
Na manhã da terça, 31, estive conversando com os alunos do quinto ano da Escola, que se situa distante dois minutos a pé de minha casa. Recebe, diariamente, cerca de 200 alunos. Tem uma equipe muito competente e habilitada de professores e um corpo funcional bastante dedicado. É visível o capricho e a organização em todo o recinto escolar. Passo defronte à mesma algumas vezes ao dia, principalmente nas minhas caminhadas. Fui convidado pela Diretora Elizalda Casagrande, filha de ourenses, e por indicação da professora Rosangela Dalla Costa.
Os alunos são atendidos pelas professoras Kelly Anily Pereira Bressan e Cláudia Marien Arnhold. Quase que três dezenas de alunos, muito atenciosos e educados. Eles vão participar de um projeto-concurso de poesias e fui lá para mostrar meu trabalho e referir-me sobre criação poética. Fazer poemas é uma questão de habilidade, mas que você a detém se tiver saudáveis e permanentes hábitos de leitura.
Falei-lhes dos tempos em que, em Capinzal e Ouro, organizávamos nossos recitais de poesias, ocupando o auditório do Colégio Mater Dolorum, em Capinzal, que lotávamos com os alunos dos educandários das duas cidades. Durante o ano, os professores de Língua Portuguesa trabalhavam com seus alunos sobre a criação de poemas. Eu, juntamente com as professoras Iliane Ribeiro dos Santos Patrícia Boff ( a professora das unhas bonitas...), e a Márcia Coronetti, incentivávamos nossos alunos a produzirem seus próprios poemas e obtínhamos ótimos resultados.
A produção de poemas ou de qualquer outro tipo de composição vem como resultado do incentivo. Se o professor gosta de escrever, poderá ter alunos escritores. No caso de poemas, especialmente, é preciso que haja a superação da vergonha. Sim, porque os alunos compõem mas, inicialmente, têm vergonha de ler ou declamar aquilo que escrevem. Mas, tudo isso, pode ser superado se for criado um ambiente propício.
O que os leva a terem vergonha é que imaginam que podem ser ridicularizados pelos colegas se expuserem ou revelarem sentimentos que têm guardados em si. Então, quando na atividade, eu compunha meus poemas e lia para eles, desde o início do ano. Com isso, iam se acostumando com a ideia de expor o que faziam. Posso dizer que todos os meus alunos do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Prefeito Sílvio Santos, onde lecionei de 1980 até 2008, compunham e liam seus poemas.
Os recitais de poesias eram esperados pelos alunos. Nas salas de aula, os próprios colegas sugeriam quais os poemas que devessem ser declamados. E, o autor concordando, ia para a participação nos eventos.
Agora, dentro da Olimpíada de Língua Portuguesa, em que se preconiza o "escrevendo para o Futuro", os alunos irão compor sobre o meio onde vivem. Combinamos com eles que comporão sobre as coisas de nosso Bairro, o Nossa Senhora de Lurdes, aqui em Joaçaba. Depois, junto com os professores, veremos como seus trabalhos podem ser melhorados e um deles vai ser escolhido para as etapas seguintes da competição. Mas considero que, mais do que a própria competição, é importante que o espírito de poeta energize os alunos.
Grande e carinhoso abraço em todos e sucesso a vocês, amigos da Escola.
Euclides Riquetti
01-06-2016
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