Sopram-me os últimos ventos de setembro
Passam pelas portas e pelas minhas janelas
São os mais suaves dos quais eu me lembro
Eles vêm para dar graça a nossa primavera.
Sopram os ventos, barulham a água do jarro
Réstias solares invadem a minha sala grande
Uma sabiá canta e anima os canários raros
E seu canto exala a melodia que se expande.
Sopram os ventos porque precisam soprar
E foi para isso que eles foram inventados
Sopram em minhas árvores e vão pro mar.
Sopram os ventos frescos em minha cidade
Bemvindos sejam eles, benditos e abençoados
Sopram em mim os ventos de minha saudade.
Euclides Riquetti
30-11-2021
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