sábado, 17 de fevereiro de 2018

De Pinheiros, trigos, laranjeiras e laranjais

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          Ouro do sol e dos trigais/ Ouro dos  nossos laranjais  - são os dois primeiros versos do Hino ao Ouro, composto e musicado pela Dona Vanda Faggion Bazzo e o Egídio Balduíno Bazzo, o Titi. Referem-se à abundância do trigo plantado, anualmente,  naquele lugar do Baixo Vale do Rio do Peixe. E dos laranjais existentes nas propriedades rurais e quintais das casas da cidade. Os descendentes de italianos vindos da Serra Gaúcha, nas três primeiras décadas do século passado, trouxeram com eles as sementes de trigo e as mudas de laranjas e outros cítricos.

          Com relação ao trigo, todas as 1.200 famílias ainda o cultivavam até a década de 1970. Depois, a atividade foi sendo substituída, por diversos  motivos: As sementes não eram mais tão resistentes e férteis, o trigo importado da Argentina e da Rússia era muito barato, o trigo importado pelos moinhos era  subsidiado pelo Governo Brasileiro para que o pão fosse barato,  a mão-de-obra familiar já não era tão abundante, e as pequenas áreas, principalmente em Ouro e Lacerdópolis, não comportavam economicamente a atividade. Já as laranjeiras, que foram plantadas pelos colonizadores, estavam envelhecendo e as árvores precisavam ser substituídas.

          Em 1989 intituímos dois programas oficiais em Ouro. O Ouro dos Trigais e o Ouro dos Laranjais. Dávamos um saco de sementes de trigo para cada um adquirido pelo agricultor. Na época ainda tínhamos 918 famílias trabalhando na agricultura e 680 voltaram a plantar o cereal nobre. Já havia melhores sementes e tínhamos parceria com uma empresa local que as produzia. Mas essa onda não durou muito nos anos adiante. Acho que as condições topográficas não estimulavam o produtor.

          Com relação aos cítricos, passamos a adquirir mudas em Esteves Júnior, município de Piratuba, e em Laurentino, próximo a Rio do Sul. O caminhão da Prefeitura fazia a busca, a Epagri e a Secretaria Municipal de Agricultura compravam e organizavam a distribuição, e para cada 10 mudas adquiridas o produtor levava mais três de bonificação. Conseguimos obter as das bonificações porque realizamos uma grande quantidade de compras. Não tivemos custos para o Município. Depois organizamos o Programa Ouro dos Ervais em que, da mesma forma, o agricultor ganhava três mudas de erva-mate para cada dez que comprasse e plantasse. Com isso, hoje, a maioria das proprieades estão repletas de laranjas de diversas  variedades, principalmente a  Valência, além de Morgotas e Poncans.

          Mas o que me leva a voltar ao tempo são duas simples histórias que presenciei ali:

          Contou-me o Moisés teixeira Andrade, morador da Linha Bonita, que em 1902,  quando seus avôs  chegaram ali plantaram duas laranjeiras que resistiram por 100 anos. E uma delas está lá, ainda hoje, com 110 anos, produzindo laranjas. Eu mesmo a vi carregada de belas laranjas comuns, recentemente. É motivo de muito orgulho para a família Teixeira Andrade, que chegou ali ainda antes dos italianos.

          Outra quem  me contou foi o Américo Faé, morador da Linha Carmelinda. Em sua propriedade, eles têm ainda muitos pinheiros, grande parte  com de 50 anos de idade. É que, quando eram criança, ele e seus dois irmãos costumavam "fazer artes", como ele mesmo diz. E, quando o pai descobria, dava a cada um um vasilhame com um quilo de pinhão e mandava que fossem plantar em suas terras. Era o seu castigo. Foi o castigo mais ecológico de que tenho notícia.

          Plantar árvores, ter filhos e escrever um livro, como citou o Ademir Belotto no lançamento de um livro da Dona Olga Maria Siviero Brancher, lá no Centro Educaional Celso Farina, em Capinzal, há alguns anos, são três realizações que todas as pessoas deveriam ter feito em sua vida. Não lembro  quem é o autor da frase e nem se ela tem o texto dessa forma, mas é uma verdade incontestável. Se, pelo menos, todos puderem desenvolver duas dessas, terão feito sua parte e ajudado a construir, positivamente, a história da Humanidade. De minha parte, cumpri duas integralmente e uma delas parcialmente.

Euclides Riquetti
06-01-2013.

Gotinhas do orvalho


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Gotinhas de orvalho queimam
Quando caem na madrugada
São como princesinhas que reinam
Na terra dos sonhos e encantada.

Gotinhas de orvalho tão delicadas
Também podem causar avarias
Podem ser como pedras nas estradas
Ou como espinhos nas cercanias.

Gotinhas de orvalho também ferem
Ferem de dor, ferem  uma paixão
São como flechas que se desferem
E podem machucar meu coração.

Gotinhas de orvalho, ora inofensivas
Outras vezes vorazes e impetuosas
Caíram nas relvas de minha vida
Transformadas em gotas lacrimosas!

Bem assim...

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Beijo sabor goiabada


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Quer um beijo sabor goiabada?
Ou beijo de sorvete napolitano?
Quer primeiro ser abraçada?
Ou pode ser algo mais profano?

Posso te dar o que você quiser:
Beijos, abraços, muito carinho
Coisas de homem para mulher
Doces sonhos em meu caminho!

O beijo de fruta polpa magenta
Com suaves odores naturais
Ou, quem sabe, sabor de menta!

O beijo que me envolve, frutado
Em seus lábios muito sensuais
Beijo seu, que eu quero, roubado!

Euclides Riquetti
16-02-2018







Não há estradas sem pedras


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Não há estradas que não tenham pedras
Poucas das roseiras não têm espinhos
Mesmo se o céu não mostrar as estrelas
Ainda assim haverá um bom caminho.

Não há mares sem águas revoltosas
Nem calmaria durante as tempestades
Atitudes precipitadas são desastrosas
E não haverá amor sem cumplicidade.

Para os conflitos haverá sempre saídas
Para as dificuldades haverá  solução
A regra é  andar de cabeça erguida
E manter a mente centrada na razão.

Equilíbrio, postura e perseverança
Asas para que voe toda a imaginação
Acreditar no amanhã e ter esperança
E colher os resultados que lhe virão!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Estúpido Cupido (Novelas de época)

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          Acompanho novelas desde o final do ano de 1975. Foi quando terminei a Faculdade e casei-me. Antes, morei na República Esuadrão da Vida, em União da Vitória, onde não tínhamos TV. Só víamos, pela janela, a TV da casa vizinha, nas manhãs de domingo, quando o Fittilpi pilotava sua Lótus "John Player Special", preta, bonita como o luxuoso helicóptero de meu vizinho rico, nos circuitos de ´Fórmula 1. Nos outros dias era estudar e trabalhar,  apenas.

          Na época, a novela das seis da Rede Globo era "O Feijão e o Sonho", baseada no romance de Orígenes Lessa, de 1938, ano que amibientava a novela.  Lembro que o Cláudio Cavalcanti representava  um escritor sonhador, marido de uma dona de casa vivida pela Nívea Maria. Eram um casal de meia idade para aquele tempo, jovem para os dias de hoje. Tinham duas filhas, uma interpretada pela Lídia Brondi e a outra por Myriam Rios, hoje Deputada no Rio de Janeiro. A Myriam foi convidada pelo Ator/Diretor Herval Rossano. Ela participava de uma seleção num programa de domingo na Globo. Ele viu de casa, telefonou para contratá-la na mesma hora, independente dos testes. Foi seu primeiro trabalho na tela. Mergulhei naquela novela das 18 horas, ficava com muita pena da personagem da Nívea Maria, porque o marido vivia só o sonho e não trazia o feijão para casa...  Aliás, há muitos poetas e romancistas que se esqueceram de levar comida para casa. Apenas levaram seus escritos para embalar os sonhos dos leitores. Ajudaram o mundo das pessoas a ser melhor! Conheço muitas pessoas assim.

          Depois, outra novela que muito me marcou, foi a "Estúpido Cupido", que passou em 1976 e 1977 e era ambientada na fictícia cidade de Albuquerque. Era muito divertida. A música de abertura era "Estúpido Cúpido", a versão nacional de "Stup Cupid", interpretada pela bela Celly Campello. E entre os atores Mauro Mendonça e Maria Della Costa, um timaço de jovens que fizeram muito sucesso nos anos seguintes: Françoise Forton, Rocardo Blat, Ney Latorraca, Luiz Armando Queiroz, (que interpretava um adoidado mas inteligente Belchior), Nuno Leal Maia (o Acioli),   Tião Ávila, (o simpático Carneirinho)  e Djane Machado, (a Glorinha). Mas, quem  dava banhos de beleza e interpretação era a freirinha Irmã Angélica, papel da divina Elizabeth Savalla, que partia o coração dos rapazes, arrancava suspiros dos telespectadores. Bem que podiam reprisar essa novela, nem que fosse na TV a cabo.

         E a trilha sonora, então, era de arrebentar: Celi Campello com "Estúpido Cupido" e "Banho de Lua" , Osmar Navarro com "Quem é?", Carlos Gonzaga com "Diana", Sérgio Murilo com "Broto legal", Demétrius com "Ritmo da Chuva", e Ronie Cord com "Biquini Amarelo". Até hoje essas músicas fazem sucessos nos bailes da região, quando, ali pelas 2 da mnhã, os conjuntos abrem espaço para nós dançarmos os ieieiês de nossa juventude. E ainda havia o "Al Di Lá", com o Emílio Pericoli e "América", com Trini Lopez, Elvis Presley com "Don´t be cruel", e Johnny Mathis, interprtetando "Misty", na  trilha internacional.

          Gosto muito das novelas de época,d as 18 horas, e das divertidas, das 19,30. Mas observo algumas incoerências da atualidade, pois usam expressões como por exemplo "não está mais aqui quem falou", que é recente e nunca vi na literatura. Difícil acreditar que na amientação de Lado a Lado, 1905, se utilizasse essa expressão. Também falam em "professora divorciada", para a personagem de minha musa de crônicas Marjorie Estiano. Sabe-se que o divórcio, no Brasil, só vigorou a partir de 1977, daí gerar uma incoerência. Aliás, noto que cuidam excelentemente do figurino, da linguagem corporal, mas não se preocupam com a linguagem falada. Deviam cuidar disso também, embora haja quem diga que a TV deve por a linguagem mais atual, para maior interação do público.  Não concordo!

Euclides Riquetti
27-12-2012

Sorrir, cantar, sorrir, amar!

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É preciso sorrir
Como é preciso beber água
E respirar o puro ar
É preciso sorrir!

Sorrir o sorriso belo
Sem angústia, sem mágoa
O sorriso no cantar
Apenas o sorriso belo!

Sorrir com os olhos
Sorrir com os lábios rosados
Sorrir os sonhos idealizados
Sorrir com os olhos!

É preciso cultivar
O sorriso prazenteiro
Nosso melhor companheiro
Aquele que nos faz cantar!

Sorrir o bem-estar
Sorrir para a vida
Sorrir a alegria sentida
Sorrir, cantar, sorrir, amar!

Euclides Riqueti

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Uma Oração para Evita (Perón)


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Santa Evita de todos os argentinos
Que já protegeste teus pobres descamisados
Cuida bem dos velhinhos e dos meninos
Que foram por todos abandonados
Não te esqueças de todos os oprimidos
Nem daqueles nos combates tombados.

Santa Eva Duarte de Perón
Olha pelas Madres de la Plaza de Mayo
Abre para todos teu coração
Ilumina as noites com teu candelaio
Escuta o lamento de minha oração
Mira os mais  fracos com teus olhos claros.

Santa Evita da Casa Rosada
Estende teus braços sobre  a Recoleta
Repousa teu corpo,  em granitos guardada
Inspira os poetas de todo o planeta:
Que seja  tua gente por ti abençoada
E deixe que no Plata vaguem as barquetas.

Mãe Evita de todos os filhos
Mito que se propaga nos lugares e nos anos
Bela e formosa menina de Junin
Deixa-nos uma história que tanto amamos
Eternizada em  "Não chores por mim..." (Argentina!)
Habitas o coração de todos los hermanos.

E também o meu...

Euclides Riquetti

Se um dia...


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Se um dia
A gente se reencontrar
Numa estrada estreita
Ou mesmo na beira do mar
Então te pedirei perdão
Por te querer, por te amar!

Se um dia
Nosso caminho se cruzar
Onde quer que seja
Que ele se entrelaçar
É provável que me ignores
Por que já não me queres mais!

Mas se um dia
A gente quiser sonhar
Mesmo com o sonho distante
Pelo universo a navegar
Talvez a gente se entenda
E possa de novo se amar!

Euclides Riquetti
30-12-2015

Eu queria te falar das rosas


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Eu queria te falar das rosas
Bonitas, vermelhas, cheirosas...
Falar de suas múltiplas cores
Falar das paixões e dos amores...

Eu poderia falar dos cravos
De valentias, de feitos bravos
Falar de seus odores suaves
Falar de coisas fugazes...

Eu falaria de belas camélias
Ou de gerânios e bromélias
Mas prefiro falas das singelas
Flores do campo amarelas...

Flores amarelas atraentes
Doces como lábios envolventes
Amargas como as despedidas
E as desilusões de nossa vida...

Flores, eu queria falar delas
Mas nunca poderei me esquecer
Enquanto minha vida eu viver
Das florezinhas amarelas!

Euclides Riquetti

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Se você não quer que apareça... (Dia Mundial do Rádio)

Homenagem aos meus amigos radialistas do antigo Capinzal/Ouro:


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          Anos de 1970 e 1971. Brasil Tricampeão Mundial de Futebol no México. Vivíamos o início do "Milagre Brasileiro", tão contestado bem adiante.  As pessoas tinham medo de ver seu nome exposto nos meios de comunicação e se cuidavam muito para manter uma razoável linha de conduta. Em Capinzal e Ouro, a Rádio Clube, sucessora da Rádio Sulina Ltda, que se localizava alii na Felip Schmidt, andar superior ao da Tipografia Capinzal. A "Rádio do Bonissoni", como a chamavam, utilizando uma aparelhagem simples e bem básica, prestava um grande serviço de utilidade pública.

          Lembro bem da equipe que foi-se formando e se revezando na apresentação de seus noticiários: Chaves, Vilmar Pedro Maté, Márcio Rodrigues (Pimba), Dorneles Lago, Válter Bazzo, Joe Luiz Bertola, Aderbal Gaspar Meyer (Barzinho). Estes também atuavam nos programas musicais. Mas, exclusivamente nos musicais, que chamavam de "caipiras", o Tertulino Silva, conhecido como Terto, e sua equipe. Os musicais ao vivo, com gaiteiros, violeiros e violonistas. Na locução, ainda, Alda Roseli Meyer. Egídio Balduíno Bazzo, o Titi, com uma programa musical e de variedades. Seguidamente, uns comentários do advogado e diretor ~Enio Gregório Bonissoni. Na administração e atendimento, Mariza Calza.

          Pois nessa época gloriosa, numa cidade geminada e provinciana, todo mundo conhecia todo mundo. E, na hora do almoço,  junto ao Jornal do Meio Dia, vinha a temida, mas muito esperada,  "Ronda Policial", apresentada pelo Sargento Altair, da PM, e normalmente pelo Vilmar Maté.

          Era mais ou menos assim:

          a- Boa tarde, ouvintes! Estamos iniciando, neste momeeeento...
         b-  Rooooonda policial.
         a - Os fatos como acontecem, aqui nos microfones de sua Clube!
         b - Apresentação do Sargento Altair......
         a - E de Vilmar Pedro Matté.
         b- ... e os inimigos do alheio andaram visitando a casa do Sr............. , lá na Entrada do Campo!
         a- Mas os olhos da Dona Justina já estão de olho nos larápios. E, se alguém , amigo ouvinte, lhe  oferecer um rádio de pilha marca Motorádio, por favor, denuncie diretamente na Delegacia de Polícia, diretamente ao o Sargento Altair,  para que ele possa deter o meliante!
         b- Mas um fato muito grave aconteceu na noite de ontem na Zona do Baixo Meretrício, nossa ZBM,  mais conhecida como Frestão, quando o Sr. ........, armado de faca, investiu contra seu amigo, o Sr............., causando-lhe uma perfuração no abdômen. Dizem que a causa foi o desentendimento porque ambos queriam os serviços da mesma mulher!
         a- Algumas senhoras que atendem no estabelecimento, fazendo uso de um táxi Opala que se encontrava no local,  promoveram o transporte da vítima para o Hoispital São José, onde foi operado pelo Dr. Celso e já se encontra fora de perigo...
         b- Lembre-se:  Os olhos da Lei estão sermpre sobre você! Não faça nada de errado. E, se não quer que apareça... Não deixe que aconteça!!!   

          Era  assim nossa Ronda Policial. Dona Justina era a Justiça, a Dona Justa, a Polícia. E era temida, mesmo. Nos bailecos, tínhamos que nos comportar porque, na segunda-feira, se bancássemos bobeira, nossos nomes poderiam estar na Ronda...As pessoas se cuidavam por dois motivos: tinham medo de que seu nome fosse exposto na Ronda, ou mesmo porque tinham medo de Deus, do Padre, da Freira, porque fazer "coisa errada! era pecado...

          Hoje você, leitor, pode achar isso uma barbaridade. E é, pois não se pode expor o nome das pessoas ao ridículo. Mas, que as pessoas se cuidavam mais, ah como se cuidavam...

Euclides Riquetti
20-06-2013

Aliança é a grande campeã do Carnaval de Joaçaba/2018

      





       O Carnaval de Joaçaba iniciou-se na noite de sexta-feira, 09, com o Carnafolia, realizado na Arena Bierbaum, Praça da Catedral, centro da cidade. O Carnafolia reúne milhares de pessoas de todos os lugares do Brasil e mesmo de outros países do Mercosul. São cinco noites de muita alegria e animação, com um público muito bonito e predominante jovem. A maioria deles ficam em casas alugadas. Os melhor posicionados, financeiramente, ficam em hotéis. Aqui no Hotel Joaçaba, perto de casa, onde costumo bater ponto diariamente, nota-se pela qualidade e marca dos carros que e gente "que pode se bancar"! A cidade é dotada de um forte aparato de segurança, com a PM e segurança privada muito presente.

      Na noite de sábado, aconteceu o desfile da Aliança, a escola que vinha buscando o seu sexto título consecutivo. É uma escola muito bem estruturada, dirigida pelo carnavalesco Carlos Fett, que há muitos anos se dedica a ela. Tema do seu samba-enredo: "Elo de Amor"

      No domingo à noite, desfilou primeiro a Acadêmicos do Grande Vale, a "escola do Jorge Zamoner", respeitadíssimo carnavalesco, pessoa que conhece muito de arte, comunicação visual e carnaval. Com limitação financeira, abusa da criatividade. "Tira leite de pedra", tem uma fortíssima e incontestável liderança, consegue levar as pessoas a se dedicarem à escola pelo amor à camisa. Com samba-enredo "Acadêmicos: o Exército da Paz", e mais de 1.000 componentes, mesmo abaixo de chuva torrencial, fez bonito na avenida. A escola pregou a igualdade pela justiça, contra todas as formas de preconceito, com o amor como único caminho para encontrar-se a paz universal.

       A Unidos do Herval, de Herval d ´Oeste, há muito deixou de ser a "priminha pobre" para tornar-se, anualmente, uma forte concorrente ao título. Os hervalenses engajam-se a valer para por a Unidos na Avenida. iniciou seu desfile com problemas na sonorização. Mas sua imponente bateria deu o toque a seus integrantes sambaram com garbo e determinação. Restabelecido o som, foi grande a motivação. O Presidente Nelcindo Trevisan e o Vice Sérgio Giacometti somaram seus esforços e conseguiram nos brindar com um grande espetáculo. Tema de seu samba-enredo: "Índio quer apito, se não der, pau vai comer"!

      
O resultado, após a apuração dos votos conferidos por 16 jurados vindos de São Paulo, que consideraram os quesitos 1. Alegoria;  2. Bateria; 3.Comissão de frente;  4. Enredo; 5. Alegorias e adereços; 6. Evolução  7.Mestre-sala e Porta-bandeiras; 8. Samba-enredo, assim:

Campeã: Escola Aliança, com 157,2     pontos;
Vice-campeã: Escola Acadêmicos do Grande Vale, com   156,7
pontos;
Terceiro lugar: Escola Unidos do Herval, com   155,9  pontos.

Independente do resultado, todos devemos comemorar, pois as três escolas estão melhorando cada vez mais. O Presidente da LIESJHO, Diego Joe Miller, pelo segundo ano cumpre seu papel com muita eficiência, conseguindo fazer com que mais uma vez o carnaval acontecesse. Merece o reconhecimento de todos, pois fazer um evento de tamanha envergadura com pouco dinheiro é mesmo um ato de bravura.

Parabéns à Aliança, hexacampeã!


Euclides Riquetti
13-02-2018



segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Chuva, luz, carnaval...





É tempo de chuva, luz, suor e carnaval
Gente bonita desfilando na passarela...
A avenida se torna uma pista colossal
É tempo de alegria, de sambar por ela.

Corpos bronzeados, lindos, sensuais
Perfumes exalados que se difundem
Corpos em forma, lápides esculturais
Ritmo, música, danças que se fundem.

Bailam as almas cândidas, motivadas
Nos seres que se movem e se embalam
Bailam seguindo as musas das baladas
Porque no carnaval elas se esbaldam!

Sim, é carnaval!

Euclides Riquetti
12-02-218

Quando, de novo, o sol brilhar


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Quando, de novo, o belo sol nos voltar a brilhar
E pudermos ouvir o coro dos canários e pardais
Quando o doce canto das gaivotas nos acordar
Como nas manhãs de que não esquecerei jamais
E Deus, com suas Divinas Mãos nos abençoar
Entenderei que o pouco é melhor que nada mais!

Talvez nosso desejo de possuir nos torne exigentes
Desperte em nós a vontade do mais ter e do querer
Renunciar a bens preciosos nos deixa descontentes
Quando nos acostumamos a ganhar é difícil perder
E não haverá nada que nos possam deixar contentes
Se não abrirmos mãos de nossa vontade de vencer!

E, quando chegamos ao ponto de sentir pena e dor
De nos martirizarmos por causa de vãs desilusões
É porque dentro de nós ainda existe muito amor.
Mas, quando aprendermos a dominar as emoções
E buscarmos um mundo de beleza e de muita cor
Poderemos brindar à alegria e paz nos corações!

Euclides Riquetti

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Bituruna no Carnaval de Joaçaba






       Pelo segundo ano consecutivo, Bituruna esteve presente no Carnaval de Joaçaba. Neste ano, contamos com a presença do prefeito Claudinei de Paula Castilhos, o Neguinho, com sua esposa Adriana; do Vice Rodrigo Marcante, com a esposa Raquel (ambas desfilaram pela Escola de Samba Aliança, com mais 4 dezenas de mulheres biturnenses); do Secretário de Administração Enéias Santos  Mello, com a esposa Cíntia; e os casais Jamar e Márcia Gobbi e Roque e Sandra Claus. Bituruna se localiza entre os municípios de Porto Vitória, General Carneiro e Pinhão, no Paraná. . Suas terras são banhadas pelo Rio Iguaçu.

       Recebi o Neguinho e sua turma nas proximidades da Catedral Santa Terezinha, com os seus amigos, e os conduzi ao Camarote das autoridades. Lá revimos o Prefeito Dioclésio Ragnini e a esposa, o Secretário Jorge Dresch e a esposa; e os secretários Sartori e Sampaio. Fomos convidados pelo Prefeito Dioclésio para irmos a um gabinete no andar superior da Prefeitura, onde trocamos algumas ideias sobre carnaval e turismo.
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Fomos recebidos pelo Prefeito Dioclésio Ragnini -

       Quando voltamos ao Camarote das Autoridades, revi  e apresentei a eles alguns amigos de longa data como o ex-Deputado e Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Gilson dos Santos e a esposa Geni (Rebelato); Senador Paulo Roberto Bauer, a quem outorgamos o título de Cidadão Ourense na época em que fui Prefeito daquela cidade; alguns empresários, a Vice-prefeita de Capinzal Noemia (Bonamigo) Pizzamiglio e o marido, amigo Shirlon.

       Motivo de muita alegria foi ter reencontrado meu amigo e ex-aluno, agora deputado estadual César Valduga, natural da Barra do Leão, com quem jogamos muito futsal aos sábados à tarde, no Abobrão (Ginásio André Colombo), no Ouro, nos anos 80 e 90. Apresentou-me sua esposa, uma chapecoense muito simpática, que me fez lembrar de que atrás de um grande homem sempre há uma dedicada e grande mulher.

      O desfile da Aliança, mais uma vez foi perfeito. Um estrutura fortíssima, muita gente competente e bem situada liderando a turma, e o resultado sempre muito expressivo: fazendo bonito na Avenida do Samba. na XV, em Joaçaba.




Dois olhos tristes

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Escondem-se, dois olhos tristes, atrás de uma cortina
Divinamente tristes, sóbrios,  muito encantadores
Beleza de mulher: de senhora, de moça e de menina
Olhos que me atraem, sempre  meigos e sedutores.

Dois olhos tristes, calmos, tímidos e fugidios
Que se perdem nas profundezas do pensamento
Dois olhos tristes, ternos, porém arredios
Que fitam, intensamente, o azulado firmamento.

Os olhos que se escondem e que querem atenção
Que permitem vislumbrar mais do que as paisagens
Que enxergam muito além da alma e da imaginação
Que nos transportam pela vida e as suas passagens.

Olhos, singelo par dos tão importantes elementos
Olhos, o permitir conhecer,  o perceber e o sonhar
Olhos alegria de definir-se o caminho sem tormentos
Olhos, o prazer de poder ver, sentir, admirar, amar!

Euclides Riquetti
11-02-2018