sábado, 25 de maio de 2024

O sabor de te amar em tempos de inverno

 







O sabor de te amar em tempos de inverno




Pego caneta,  inspiração e meu velho caderno
Navego pelos ares para encontrar teu rosto
Imagino de teus lábios sentir aquele gosto
O sabor de te amar em tempos de inverno...

Escrevo versos românticos porque eu prefiro
Sou poeta antigo,  componho-te os meus sonetos
Alexandrinos, redondilhas, mas não sou perfeito
Mas é em teu sorriso que eu sempre me inspiro...

Mas se me rejeitas  eu já não consigo mais
Me fogem as palavras, me fogem as expressões
E sei quanto se abalam os nossos corações
Porque eu não admito te perder jamais...

Então, que neste inverno de noites tanto frias
Preciso de carinho, afagos, e de teu perfume
Senão eu andarei a esmo como um vagalume
Procurando almas que me devolvam a alegria!

Euclides Riquetti

Blog do Riquetti 
www.blogdoriquetti.blogspot.com

Apanhar estrelas, semear sonhos

 


 


Apanhar estrelas, semear sonhos



Vou sair por aí para apanhar estrelas
Eu e meus pensamentos medonhos
Apanhá-las-ei em toda a sua realeza
E as distribuirei nos meus sonhos...

Vou apanhar quase todas as estrelas
As prateadas, as grandes, as cadentes
Mas eu não saberei onde escondê-las
Tampouco aceito vê-las descontentes!

Quando já for pego um bom punhado
Escolherei a mais  dócil e mais catita
E voaremos, eu e meu  coração alado
Para deixar para você, mulher bonita.

Então, você poderá distribuir estrelas
Dar a todos os que lhe querem bem
Dê-lhes também sonhos em centelhas
Amar a todos eles e a mim também!

Euclides Riquetti

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Como um mar imenso

 



Como um mar verde e  imenso
Como se fosse o sol gigante
Seguindo os odores do incenso
Busco aquela musa galante...

Como se eu fosse um selvagem
Ou um monstro ferido e atiçado
Jogo-me numa eterna viagem
Buscando ser compensado...

Como uma grande embarcação
Que veleja sem rumo, sem norte
Navego sem qualquer direção
Relegado a minha própria sorte...

E, no mar bravio das incertezas
Me deixo conduzir no balançar
Me deixo levar pelas correntezas
Me deixo conduzir pelo mar...

Para chegar até você...

Euclides Riquetti

Um porto seguro

 







Busque encontrar um porto seguro
E navegar nos mares da tranquilidade
Evite as turbulências do céu escuro
Busque a calmaria nos dias de tempestade.

Busque viver com pessoas otimistas
Com gente que a respeita e lhe quer amar
Mais vale ter poucos amigos leais e realistas
Do que ter muitos em quem não  confiar.

Busque tornar seus dias alegres e prazenteiros
Ter alguém simples, mas com que possa contar
Para compartilhar seus medos, para  juntos sonhar.

Busque os encantos mais puros e verdadeiros
A sinceridade nos gestos, o sorriso mais largado
Busque apenas ser feliz e me ter ao seu lado...

Euclides Riquetti

Quando os cisnes brancos voltarem...

 


 




Quando os cisnes brancos voltarem... 


Traz-nos, o pós-verão, as plantas entristecidas
Temerosas pelo rigoroso inverno que há de vir
E os medos das incertezas já se fazem sentir
Afugentando as pessoas das praças e avenidas.

Quando, depois do outono, o inverno vier
E os pássaros já buscarem onde se esconder
As noites ficarão mais longas até o amanhecer
Pois o universo segue a lógica que precisa e quer.

Quando chegar a primavera, toda prazenteira
E as flores tingirem os campos com seu colorido
E a calmaria retornar depois do risco temido
A vida nos voltará a ser bela e alvissareira...

Então, quando os cisnes brancos voltarem
Mais um ano de nossas vidas já terá passado
As folhas que foram caídas já terão rebrotado
Quando os cisnes brancos, de novo, voltarem!

Euclides Riquetti 

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Ser um verso cadenciado de tua canção

 


Ser um verso cadenciado de tua canção

Quero te compor um poema muito especial

Quem sabe uma redondilha ou um soneto

Para que ele desperte teu interesse natural

Quem sabe um alexandrino ou um sexteto.


Quero revelar-te alguns de meus segredos

Mostrar-te todas as minhas claras limitações

Quem sabe até expor-te todos os meus medos

Coisas que afligem as almas e os corações.


Quero, simplesmente, chamar a tua atenção

Que percebas que estás há muito em meu radar

Quero ser um verso cadenciado de tua canção.


E, se tu sentires algo que nunca antes sentiste 

Aprende a significar o amor, a conjugar o amar

Sim, é um sentimento natural, algo que resiste!


Euclides Riquetti

25-05-2024

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É preciso que as águas se acalmem

 


                                       Porto Alegre  e seu Estuário do Guaíba antes das cheias


É preciso que as águas se acalmem

E que voltem a correr limpas como corriam

É preciso que as almas se acalmem

E que voltem a sorrir como antes sorriam.


É preciso que se cessem os ventos

Que nossas esperanças nos possam voltar

É preciso abrandar o sofrimento

Dos que saíram e querem voltar...


É preciso que volte a vida normal

E que as notícias possam ser alvissareiras

É preciso que tudo seja muito natural

Para que as crianças brinquem faceiras.


É preciso que o sol brilhe já cedo

E que sua luz encante as horas dos dias

Que fujam pra longe o temor e o medo

Para que todos possam viver com alegria.


É preciso que nos volte nossa estima

Que brilhem os olhos de todos os sulinos

Do Rio Grande e de Santa Catarina

Com a solidariedades dos brasileiros unidos!


É preciso trabalhar para reconstruir

Para que tudo volte a ser como antes

E que todos os que viram a sua casa ruir

Possam reerguer-se sólidos e vibrantes!


Euclides Riquetti

25-05-2024






Eu quero ser sua canção

 





 

Não sei por que caminhos lisos  andou meu pensamento
Se se perdeu nas pedras soltas, ou se foi nas correntezas
Mas penso que seguiu a rota azul no imenso firmamento
Que  preferiu navegar,  solitário, nos mar das sutilezas...

Eu  fiz  muitas perguntas simples e todas sem respostas
E em todas as que eu lhe fiz, você mostrou-se indecisa
Propus amor, felicidade, mas não ouviu minhas propostas
Me deu somente dúvidas, respondeu-me com evasivas...

Não sei andar sem chão, sem base, apenas flutuando
Não sei mover-me sobre as nuvens, sem rumo definido
Não sei viver sem versos, nem quero ver você chorando...

Você é a melodia que me falta para animar meu coração
Você é  parte de mim, você  é meu ser, meu maior  sentido
Você é o tema de meus versos e eu quero ser sua canção.

Euclides Riquetti

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Deixe minha poesia beijar seus lábios

 

 


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Deixe minha poesia beijar seus lábios
Levemente rosados
Habilmente delineados
Desejados...

Deixe minha poesia massagear seu corpo
Graciosamente esculpido
Elegantemente definido
Esculturado...

Deixe minha poesia afagar sua alma
Divinamente branca, clara
Simplesmente única, simples, rara
Jamais ignara...

Lábios, corpo, alma, paixão
O grande conjunto de minha inspiração
Objetos do querer e do desejar
Enquanto lembro de você... e escuto o mar!

Euclides Riquetti

Meus versos são seus versos

 








Meus versos são seus versos, são
Todos os meus poemas são seus
Todos os seus dilemas são meus
Feitos para chamar a sua atenção.

Faço meus versos a partir de você
Porque em você busco a inspiração
Porque não quero pra nós solidão
Eles são simples pra você entender.

Com versos componho as estrofes
Que carpinto para serem poemas
Que os faço a partir de morfemas
De amares, bem-quereres e loves.

Que continuem simples o bastante
Para serem ouvidos simplesmente
Para serem entendidos somente
Desde antes e de agora em diante!

Euclides Riquetti

Chuveiro dividido

 


 



Chuveiro dividido


Chuveiro dividido
Coração bandido...
Coração quebrado
Sofrido, mutilado
Coração sofrido!

Coração em chamas
Coração que ama...
Coração eloquente
Sempre tão valente
Coração te chama!

Chuveiro delicioso
Coração teimoso
Coração que chora
Porque foi embora
O coração choroso!

Coração atleta
Coração de moleca
De mulher bonita
De moça catita
Coração sapeca!

Euclides Riquetti

Em orações e versos!

 


 








Não deixe que a amargura tome conta de seu ser
Que ela apague seu sorriso bonito
Não deixe que ela franza linhas em sua testa...

Não deixe que a tristeza tome conta de você
Que ela desvie seu olhar do infinito
Reponha a beleza em seu rosto de festa...

Deixe que eu ajude sua alegria voltar
A redesenhar em você a luz dessa alegria
Deixe que eu faça você se reanimar...

Deixe que Deus lhe dê a força do universo
E que eu possa lhe restituir a euforia
O que farei em orações e versos!

Euclides Riquetti

Meus medos e meus segredos



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Tenho medo de meus muitos medos
Não de meus segredos...
Tenho lá minhas preocupações
Vivo, intensamente, todas as emoções
Pois pra viver nunca é cedo!

Há uma fragilidade emocional
Algo que até  parece banal...
Não sei se é por zelo desnecessário
Se é cuidado extraordinário
Mas só quero nosso bem, não o mal!

Conflitos, que fiquem longe de mim
Que toda a confusão tenha fim...
Prefiro o sol que doura ao céu cinza
E que nenhum raio me atinja
Que cresçam as flores no jardim!

Sou apenas um ser comum
No contexto complexo, apenas mais um
Que quer viver normalmente
Nem sei quão intensamente
Aqui, ali, e ou em lugar algum

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

Deixe-me, ao menos, beijar suas mãos

 





Deixe-me, ao menos, beijar suas mãos
Talvez sentir o calor de sua pela morena
Quem sabe, sentir o som de seu coração
Acariciar o seu corpo, acariciar apenas...

Deixe-me escutar quando você respira
Alisar seus cabelos curtos e castanhos
Inspirar-me em seu olhar que me inspira
Contemplar seu sorriso e seus encantos.

Deixe-me navegar no mar de sua mente
Absorver o que anda em sua imaginação
Perceber tudo o que sua alma pura sente
E caminharmos firmes no mesmo chão!

Deixe-me deixar-lhe pequenos recados
Com palavras simples, frases elaboradas
Recados do amor sentido e preservado
Registros de nossas vivências passadas!

Euclides Riquetti

O Universo conspira em nosso favor

 



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O Universo conspira em nosso favor
E com ele mantemos a cumplicidade
Alimentamos as partículas do amor
Ensejamos buscar a nossa felicidade!

No firmamento, bailam constelações
Os meteoros se revezam nos espaços
E os planetas, há milhões de gerações
Convidam para o colóquio e o abraço.

O Universo nos cobre com seu manto
E uma imensidão infinita nos protege:
Um cenário de belezas e de encantos
É a mão de Deus que nos guia e rege.

Deus dos céus e Senhor deste infinito
Obrigado pelo dia de sol confortador
Porque há um paraíso assim tão bonito
O universo conspira em nosso favor!

Euclides Riquetti

Lourenço de Lima - a simplicidade do "Neto"- a amizade - a arte! (Crônica a um amigo de verdade)!

 


                                              Maria Lúcia Sartori (de Lima) e Lourenço 

       Na segunda metade da década de 1960 o Lourenço de Lima era aluno do antigo Ginásio Normal Juçá Barbosa Callado, um curso que funcionava à noite, nas dependências do então Grupo Escolar Belisário Penna, em Capinzal. Era vinculado à Rede Estadual de Ensino de Santa Catariana. Eu estava em uma série acima da dele, e tínhamos como uniforme, no Sete de Setembro, calças de tergal de cor verde-garrafa, com camisa branca.  O seu apelido (todos tínhamos naquela época), era "Neto", porque era neto do Sr. Nicola, um dos pioneiros do Bairro Parque e Jardim Ouro, que era quem  cuidava na manutenção do estádio do Arabutã Futebol Clube, recém construído. O gramado era primoroso, o campo tinha as dimensões de 120 x 90 metros, as mesmas medidas do Maracanã naquela época. Seu Nicola e os netos Lourenço e Isaías Bonato foram primorosos nos cuidados do estádio da Baixada Rubra. Aliás, dois jogos importantes aconteceram na época, no Estádio da Baixada Rubra: O primeiro, inaugural,  contra o Perdigão, de Videira, campeão estadual. Depois, numa tarde de dia se semana, o São Cristóvão, do Rio de Janeiro, que na época era um clube respeitado no Rio de Janeiro. Os ensinamentos do avô Nicola foram muito úteis para toda a vida do "Neto". 

       O Lourenço veio do  Barro Preto (Capinzal), para morar com seu avô, em Ouro. Ia para a escola à noite e de dia o ajudava em suas lides. Na antiga Rua São Paulo,  atualmente denominada de Pedro Bernardi, lá ia o Seu Nicola com o Lourenço, vestindo bombachas, chapéu, botas e um enorme palheiro na boca, para os rumos do campo de futebol do Arabutã. O palheiro era um cigarro artesanal, confeccionado em palha de milho e com o interior recheado em fumo picado, devidamente cortado do produto em corda, que era conhecido como "fumo crioulo". Alguns chamavam-no de "fumo macaio". O avô era um cidadão de cultura cabocla, ali da região do Barro Preto, em Capinzal, com fala mansa e pausada. O Neto não era muito diferente, só que era um rapaz romântico. Foi essa a característica que encantou a sua amada, Maria Lúcia, com quem se casou e teve um descendência honrada, onde a educação, a inteligência e as virtudes de todos compõem a  principal característica. 

       A pé, ou mesmo de bicicleta, o Lourenço vinha da antiga SIAP (Sociedade Industrial Agropecuária), até a cidade na época da emancipação de Ouro, abrindo portões que se situavam na estrada a partir da propriedade de Benjamim Miqueloto e passando pela de Aldecir Campioni, em chão batido. Nas proximidades da "cadeia pública", havia uma cancela (portão), para que os veículos não entrassem ou saíssem da cidade em dias de chuva, para não ficarem atolados nas estradas rurais. A Rua Governador Jorge Lacerda -  Felip Schmidt, tinha a pavimentação, com paralelepípedos de basalto, apenas até onde se localiza a residência do saudoso Jardino Viel e Dona Apolônia.  

       Neto acompanhava o avô que vinha para a cidade negociar e era freguês do Clarimundo Bazzi, que tinha um armazém de secos e molhados,  a empresa Totti, Bazzi e Cia. Ltda. Ali compravam os mantimentos e um pedaço de fumo em corda, uns duzentos gramas, para a confecção dos palheiros. 

       Pouco tempo depois, o Isaías Bonato, primo dele, veio morar com seu Nicola e passaram a dividir a ajuda aos nonos. Isaías ficou sendo chamado de Netinho e, com o Lourenço já trabalhando, era ele que passou a acompanhar o velho nas compras. Muitas vezes vinha sozinho e menino que trazia nas costas um saco branco de algodão, alvejado, ´para carregar as compras. Sabia de cor o que tinha que  comprar. 

       O Lourenço começou a trabalhar fora, inclusive trabalhando na antiga Rádio Clube de Capinzal, que funcionava em Ouro, no andar de cima da Tipografia Capinzal, ali defronte ao Seminário Nossa Senhora dos Navegantes. O Neto fazia uns programas de música caipira, incluindo umas modas gaúchas, na década de 1970 e início da de 1980. Era o sertanejo raiz e, nas gaúchas, Teixeirinha, Meri Terezinha (companheira dele), e José Mendes, com seu !"Para Pedro" e "Não aperta Aparício". Nas sertanejas o Lourenço tocava muito Tonico e Tinoco, Mário Zan, Pedro Bento e Zé da Estrada, Milionário e José Rico, e outros da época. Lembro bem da voz dele e da maneira como se expressava, fazendo propaganda das rações Purina. Nos recados, dizia:"Purina avisa que tem pintos de um dia a preço de..." . Uma prima dele e uma amiga dela, ambas muito sapecas, que eram minhas alunas na Escola Prefeito Sílvio Santos, davam uma emendada nas expressões e riam. 

       Não havia muitas propagandas gravadas naqueles tempos. Lembro bem daquela das casas Pernambucanas, que forneciam a eles o disco compacto de vinil com aquele musiquinha: "Não adianta bater, que eu não deixo o frio entrar, as Casas Pernambucanas, é que vão aquecer o meu lar. Vou comprar flanelas, lãs e cobertores eu  vou comprar, e não vou permitir, o inverno passar". 

       Quando voltei a morar em Ouro, tive muitas conversas com ele, pois fui professor de seus filhos. Era uma pessoa de boa conversa, embora reservado. Imagino que devesse ter muitas anotações, muitos registros importantes. Lembro que ele portava um caderno onde escrevia letras de músicas que compunha no dedilhar das cordas de seu violão. Deve ter muito material precioso guardado que eu muito gostaria de ler! 

       Adiante, ele trabalhou na Marcenaria e Carpintaria São José, em Ouro. Também na empresa da Família D ´Agnoluzzo, em Capinzal. Era um marceneiro e moveleiro habilidoso. Trabalhou também por conta própria, no mesmo ramo. Depois que ele foi morar em Capinzal, perdi o contato com ele. Morou, nos últimos anos de sua vida, em Capinzal. Posso asseverar que seu maior amigo em vida foi o Pedro Casemiro Zaleski, da Marcenaria e Carpintaria São José. Na empresa, Lourenço foi um marceneiro formidável, um artista na arte de produção de móveis e esquadrias de madeiras. 

       O "Neto" foi casado com a Maria Lúcia (Sartori), tão amiga minha quanto ele. O casal teve como filhos Luciana Rita, que é mãe de Pedro Augusto de Lima Belotto; Lucimar Cristina; Lucitânia Aparecida, que é mãe de Luiz Felipe Baptista e Thiffani Bruna; Loureço Júnior, que nasceu gêmeo  com Luciano Alencar, este falecido aos 46 dias de vida; Maurício Ricardo (falecido aos 39 anos, em 02 de fevereiro de 2018; Thiago Antônio; e Vinícius Augusto. 

       Numa época da vida as coisas não estavam muito bem e viveu uns tempos longe de sua esposa. Mas, depois, acabou se reconciliando com ela e isso foi um ato que envolveu com muita alegria seus filhos e netos. Quando a Lucimar me falou que eles passaram "os últimos tempos" reconciliados, cheguei a me emocionar. Seus últimos meses, passou mais tempo internado em hospital do que em casa, mas sempre foi muito amado por seus familiares. O amor de Lourenço e Maria Lúcia foi abençoado por Deus e, agora, pelos filhos e netos! 

       Fiquei muito triste com sua partida, e a forma que tenho de homenagear a ele e os caríssimos entes é deixar aqui registrado que ele foi um homem de valor, um profissional talentoso e um artista muito sentimental. Sempre sentiremos saudades do amigão "Neto"!


Euclides Riquetti  e Família

24-05-2024


Para te encantar

 



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No dia do inventor
Tentei inventar
Algo fascinante
Uma coisa muito marcante
Para te encantar!

No dia do professor
Tentei te ensinar
Uma forma mirabolante
Uma maneira deslumbrante
De me conquistar.

No dia do escritor
Tentei escrever
Um poema apaixonado
Algo muito inspirado
Que te possa envolver.

No dia do pintor
Consegui retratar
Numa tela de tecido
Teu corpo esculpido
Na beira do mar!

Euclides Riquetti

Perder-me totalmente em você!

 


 




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Quero me perder totalmente em você
E que seja uma perdição bem perdida
Quero ainda me reencontrar em você
Caminharmos naquela estrada florida.

Quero me jogar cego em seus braços
Morder  seus lábios ardentes, fogosos
Poder apertá-la com meu forte abraço
Eu, você e meu sonhos pecaminosos.

Quero sim, me perder, tanto assim
Navegarmos  na doce magia do vento
Quero ter você , ter somente pra mim
Satisfazer o nosso desejo sedento.

Quero você, quero amar, quero ter
Quero ter todo o carinho possível
Quero você, dia e noite,  querer
Para vivermos o amor mais incrível.

Então, apenas me cante uma canção
Não importa qual delas, não importa
Quero romance, fogo, desejo, paixão
Aquela chama que anima e conforta.

E eu quero apenas uma contrapartida:
Pegue meus versos, e nossas poesias
Pegue-os e guarde em toda a sua vida
Para lembrar de mim em todos o dias.

Mas nada valerá se você não os quiser
Pouco me adiantará se você não os ler
Quero você como minha musa mulher
Pra me fazer sonhar, ser feliz e viver.

Euclides Riquetti

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Frias madrugadas

 








Frias madrugadas do inverno antecipado
Das geadas brancas
Do sol que se levanta
E vem agigantado...

Frias madrugadas que precedem
O céu azulado
O dia ensolarado
As bênçãos que as mães nos conferem...

Frias madrugadas dos pensamentos
Das cândidas orações
Das singelas recordações
Que nos traz o som do vento...

Frias madrugadas dos aflitos
Que esperam que o dia venha claro
Que esperam pelo nosso amparo
Que esperam por um futuro mais bonito...

Frias madrugadas
Em que permaneço acordado
Esperando pelo dia abençoado
Rezando para que sejas...abençoada!

Enquanto espero que amanhã
Seja, para você, um grande e alegre novo dia!

Euclides Riquetti

Procure a felicidade

 




Procure a felicidade

Procure a felicidade com a força de seu coração
Busque-a nos lugares mais simples e escondidos
Busque-a nas praias, nas praças e nos caminhos
Busque-a com os meios que lhe oferece a razão...

Procure a felicidade nas horas do seu dia
Desde os primeiros  claros  da manhã
Faça dessa sua busca uma tarefa bem sã
Refute as tristezas e enalteça a  alegria.

Busque, em todos os invernos e  todos os verões
Busque  a sua felicidade que você tanto procura
Viva as mais belas de todas as emoções;

E, ao encontrar as respostas que você tanto quer
Retribua com carinho e com toda a sua doçura
Com seu jeito formoso de menina  e de mulher...

Euclides Riquetti

Pendure atrás do fogão...

 


 





          O fogão a lenha ainda é um equipamento de cozinha indispensável nas casas das pessoas que hoje estão na condição de semi-idosas ou já inclusas. Principalmente nas de quem não reside em apartamentos.

          Os fogões, aqueles esmaltados brancos com estampas de flores bem coloridas, bem tradicionais, das margas Geral, Marumby, Wallig ou Venax,   estiveram presentes na história de nossas famílias. Deles, tenho belas lembranças, principalmente da casa de minha madrinha Raquel, no Leãozinho, ou da Nona Baretta, na Linha Bonita, em minha casa e nas das tias, no antigo Rio Capinzal. As panelas grandes, de alumínio, fervendo o leite, ou no preparo do arroz quebradinho ou da macarronada. As de ferro,  para o cozimento do feijão e  as carnes. A polenteira, pesada, presente também. Algumas famílias tinham uma composição tão numerosa que precisavam de duas dessas polentas no almoço para saciar a fome após a lida da manhã. Os queijos, os salames, as copas, as bacias de saladas, principalmente os radicci.

          Um grande caixão para a lenha, com tampa, situado atrás do fogão, onde as crianças gostavam de ficar para manterem-se aquecidas nas frientas manhã de nossos invernos. Era disputado, mas os pais o reservavam sempre para os mais pequenos. E, de vez em quando, um susto, quando o vapor da água elevava a tampa da panela e, em gotas caía sobre a chapa muitas vezes avermelhadas pelo calor...

          Minha mãe conservou um até o final de sua vida. Nós, aqui em casa, também tivemos o nosso, mas já abolido desde que as crianças cresceram.  Porém, o que me faz retornar a ele não é a sua utilidade como o principal componente da cozinha, em tempos que as pessoas não tinham geladeiras e nem fogões a gás.

          Lembro dos arames esticados atrás dos fogões, fixados com pregos na parede angular, de madeira. E ali penduravam os uniformes para que secassem e as crianças pudessem ir para a escola devidamente paramentadas. Outras vezes, punham dois pedaços de lenha no forninho e sobre eles um par de calçados, para que secasse e no outro dia pudessem ser usados...

          E há até lembranças que me fazem rir: uma vez minha irmã Iradi, professora na escola em Linha Pocinhos, colocou uma gravura de uma cozinha no quadro-negro. Estava ensinando  os alunos a fazerem uma descrição. E, uma aluninha, hoje uma respeitável senhora, escreveu: "Atrás da bunda da moça tem o fogão". Nada mal se os malandros não tivessem apelidado de "fogão" o traseiro dos homens.

         Também  histórias muito tristes foram protagonizadas diante desse histórico equipamento, com pessoas levando queimaduras que as  marcaram ou  que lhes tiraram a vida...

         O fogão a lenha é um objeto que está caindo em desuso, gradativamente. Mas há muita gente herdando o costume de tê-lo e vão continuar utilizando-o. Alguns já substituíram a lenha por um dispositivo a gás que aquece a chapa. Mas, aquele brilho saindo da porta do fogão, ou aquele cheirinho da cinza da gavetinha sob a grade da combustão das lenhas, nunca será esquecido.

         Não importava para as crianças se suas roupas ficassem impregnadas de odores de fumaça ou de frituras.  Quem ligava para isso? O importante era não passar frio e no outro dia ir para a escola de uniforme e com calçados secos. Além disso, no inverso, tomar mate doce e comer aquele pinhão delicioso cozido sobre a chapa aquecida. E, todos sabemos, a comida que a mamãe ou a nona fizeram nos fogão a lenha era muito mais gostosa, não era?

          E o seu, era de que marca? De que cor? Tinha flores estampadas? Como era o caixão da lenha? Qual a marca: Geral? Marumby? Wallig? Venax?

          Você pode ter esquecido da marca, mas não esqueceu, certamente, das roupas penduradas atrás dele...

Euclides Riquetti

Como um morango em tua boca

 



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Como um morango em teus lábios sedutores
Como um tango bailado em sapatos vermelhos
Como um poema declamado diante do espelho
Quero me perder nos seus instintos multicores!

Quando teu lápis desenhar meu rosto no papel
Quando teus olhos olharem para o céu azulado
Quando pintares flores violetas com o pincel
Quero estar ali contigo, bem feliz, ao teu lado!

Quando a manhã clarear mais cedo, promissora
Quando o sol brilhar alegre, levemente dourado
Quando eu cheirar tua pele morena e sedutora...

Então meu pensamento chegará em teu universo
E meus lábios tocarão os teus lábios adocicados
Eu cantarei pra ti os mais belos de meus versos!

Euclides Riquetti

Champanhe

 



Para as tradicionais fotos do brinde cruzado, a Noiva deve ...



Comemore, vibre, entusiasme-se intensamente
Beba uma taça de vinho, uma bebida, champanhe
Eu farei a minha parte,  farei feliz, alegremente
Quero que me abrace, me queira, me acompanhe.

Busque realizar seus sonhos, mas  comigo presente
Torne-me parte integrante de seus projetos pessoais
Agarre-me com seus braços, com força, fortemente
Dividamos nosso coração, nossos laços sentimentais.

Entendamos que o mundo nos impõe muitos desafios
E que é preciso, de nossa parte, muita determinação
Ter coragem para enfrentar todos os mares bravios
E acalmar dentro de nós as inquietudes do coração!

Euclides Riquetti

Na agenda fugaz do tempo...

 




                    
                                                                                       Foto: A. Canela Castela



Caminhos por nós percorridos não mais se repetem
Quando nós não quisermos que eles se repitam
Perdem-se na poeira e na agenda fugaz do tempo:
Amizades voltam como vem e como vai o vento.
Fascinam-nos os corações agitados que palpitam
Doem os corpos cansados quando doem as almas
Catalisam-se as dores agudas nas noites calmas
Plena harmonia vem nos sonhos que se refletem.

Pagam-se os pecados quando não forem perdoados
Sorriem os rostos das antes moças, agora senhoras.
Toadas antigas invadem as casas pelas janelas
Paz contagiante vem das flores suaves e singelas
Fazem-nos lembrar dos belos dias, das boas horas.
Sei de teu amor, de teus abraços, tudo foi desejo
Provas de amor que me oferecem teu gostoso beijo
Materializam-se em versos com cuidado forjados.
Primores que escrevo, bela, apenas para te encantar
Cantados pra ti na solidão da praça, ou na beira do mar.

Doces lembranças me fazem sentir doces saudades
Prazerosamente, elas me reanimam e me deleitam.
Talvez que nossos caminhos possam ainda se cruzar
Vales e montanhas que os raios de sol os enfeitam.
Mais do que tudo, na vida, triunfam as verdades
Suaves notas das canções que te chegam  pelo ar:
Mares, oceanos e imensidões suscitam emoções
Alimentam-nos para a vida, nos reacendem paixões.

Euclides Riquetti