sábado, 24 de setembro de 2022

Sonhos prateados


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Quando você estiver desolada, sentindo-se diminuída de vez
Quando você estiver injuriada porque não lhe deram o devido valor
Recusaram seu coração, rejeitaram seu infinito amor
Pense que há, em algum lugar,  quem ainda esteja rezando por você.

Quando você estiver sem entender o porquê de algumas coisas acontecerem
Quando você estiver desesperançada porque seus projetos pessoais foram frustrados
Olhe para trás e veja que em muitos deles você teve bons resultados
Veja que nem tudo é ouro, mas você pode ainda ter seus sonhos realizados.

Quando você julgar que não tem mais um ombro para se amparar
Quando você estiver com o ânimo abalado, porque julga que tudo está perdido
Imagine quão grande é o mundo e que alguém ainda espera por seu sorriso
E que moveria montanhas apenas para seus lábios beijar.

Então, cuide bem de seus sonhos prateados
Eles ainda a levarão a algum lugar
E você poderá ver, com seus olhos encantados
Que valeu-lhe  a pena me  esperar!

Euclides Riquetti

Nas ondas do sonho


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Nas ondas do sonho
Ganhei  teu abraço
Um beijo gostoso
Um olhar carinhoso
Depois do cansaço...

Nas ondas do sonho
Enrolaste-me em laço
Entreguei-me de todo
A teu corpo cheiroso
Perdi-me em seus braços!

Mulher carinhosa
Na tarde de verão
Na tarde gostosa
Me atacas fogosa
Roubas meu coração.

E nas ondas do sonho
Me levas embora
Com teus beijos de fogo
De amor e de gozo
Me levas, senhora
Me levas embora.

E eu
Por minha própria vontade
Me deixo levar!

Leva-me
Para algum lugar
Onde possas me amar
E me fazer sonhar.
Leva-me
E não me deixes voltar!

Euclides Riquetti

Perto do mar ... outra vez!


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Estou aqui...perto do amar
Conjugando o verbo sorrir
Praticando o verbo amar...
Adjetivando substantivos
E, com os verbos transitivos
Sentindo apenas por sentir
Fico aqui a te esperar!

Sentir ventos e as areias
E o sentimento que incendeia
O frescor que vem da água
Que dissipa minhas mágoas
Outra vez!

Estou aqui... bem perto de ti
Vendo as gaivotas a voar
As garças a me espreitar
Desconfiadas de mim...
Vendo as naus a flutuar
O barqueiro a remar
Na imensidão sem fim!

Voltei, aqui estou outra vez
No paraíso que Deus fez
Me deleitando suavemente
Me encantando simplesmente
Outra vez!


Na tarde muito faceira
Na praia de... Canasvieiras!


Euclides Riquetti

Deixe-se levar...pelo pensamento!

 

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Segure-se no céu azul, agarre-se no firmamento
Deixe-se levar pelo pensamento
Deixe seu corpo levar-se, transportar-se
Pelas ondas do ar, pelas asas do vento...

Jogue um pedaço dessa imensidão azul para colorir o mar
Jogue os raios do sol para azular a água
Jogue a morenice de sua pele para colorir a areia
Use o calor de minhas mãos para enxugar suas lágrimas...

Escute a música  que vem de meu coração
Sinta o sabor dos beijos que eu lhe dei um dia
Transforme meus versos numa bela canção
Seja os acordes de minha melodia.

E então, pouse como a gaivota sobre a areia quente
Mergulhe seus pés nas vagas turbulentas
E ouça  o poema que eu lhe disse num repente
Inspirado em almas brancas, mas  vorazes e sedentas.

Euclides Riquetti

De sol, de Canasvieiras, de amor e de mar!

 




De sol, de Canasvieiras, de amor e de mar
De cangas nas areias, de cor e de bronzear.
De tranças, de morenice, de céu azul
De danças, de candice e de vento sul.

De ritmos, de danças e de belos cantos
De istmos, de lembranças e de encantos.
De toalhas brancas, de sandálias rasteiras
De maiôs cavados e de saias brejeiras.

Assim se descreve a tarde desenhada
Assim se embeleza a praia ensolarada.
Emoldurada nos sorrisos e na beleza
Colorida por gente bonita e incertezas.

Euclides Riquetti

No porto do sol

 




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No porto do sol, pisando nas areias brancas
Olhando para o mar das ondas espumantes
Imaginando os prazeres mais eletrizantes
Componho poemas para as almas santas.

No porto dos desejos, dos sonhos projetados
Vejo,  nas sombras, a sua silhueta desenhada
Enquanto, nas estrelas,  na noite enluarada
Navega, pelo infinito, a paixão exacerbada.

Despem-se os pensamentos que se embalam
Na manhã azul, da inspiração derradeira
Em que as palavras brotam e se propagam.

E que,  em cada porto, em cada ancoradouro
Eu lá possa encontrar minha  musa verdadeira
Com seu sorriso bonito, divino, e duradouro.

Euclides Riquetti

A necessária humanização dos serviços de saúde



       Frequentemente, recebo informações e reclamações severas de pessoas que passam horas na espera de atendimento em salas de estabelecimentos de saúde. Nos últimos tempos, têm sido muitas as reclamações de clientes do Hospital Universitário Santa Terezinha, aqui de Joaçaba. Pessoas daqui que são atendidas em Concórdia, Capinzal e Videira me relatam sobre a diferença destes com relação ao nosso Hust. Praticamente, todos os estabelecimentos seguem os mesmos protocolos na recepção para os atendimentos emergenciais e a triagem. Isso tem muita validade se considerarmos as diferentes condições dos que chegam para serem atendidos. Porém, a situação em que as pessoas ficam, desde o atendimento na triagem até o momento de receberem efetivo atendimento médico, é que tem sido contestada.

       O cidadão, quando chega a uma emergência hospitalar, já está com uma condição de abalo emocional, pela dor que sente e pelo desconhecimento (ou não) de seu problema. Seu estado de ânimo não é o de uma pessoa em situação de normalidade. A espera pelo atendimento, por vezes de até três horas ou mais, faz com que as pessoas fiquem emocionalmente debilitadas. Pessoas que foram atendidas na semana anterior me relataram sobre a ansiedade e dores sentidas. Em muitos casos, no tempo de espera, a situação clínica se agrava e não são poucos os relatos que me foram feitos. Em outros hospitais, há profissionais que se fazem presentes nesses ambientes, avaliam a evolução dos quadros e, percebendo qualquer alteração, ensejam o imediato atendimento. Em estabelecimentos dirigidos por religiosas, como o Hospital Nossa Senhora das Dores, de Capinzal, por exemplo, a presença de irmãs é constante em todos os ambientes, criando um clima de confiança (e esperança) no ser que ali está. O atendimento mais humanizado, a partir do momento em que o cidadão adentra as portas de um estabelecimento de saúde, é um direito assistido a quem, além de ser um contribuinte com seus impostos, precisa de especial atenção. E dever de quem presta os serviços!

       Índices do IDEB – quem é quem – A Escola de Educação Básica Frei Crespim, do Distrito de Santa Lúcia, em Ouro, tem oferecido uma educação positivamente diferenciada aos seus alunos. A dedicação de sua Direção e Professores promove o crescimento e o desenvolvimento cognitivo e humano de todos. Crescem os alunos e crescem os mestres. A Escola está comemorando a classificação, em sétimo lugar, nos índices do IDEB do seu curso de Ensino Médio em Santa Catarina. Parabéns ao verdadeiro líder, Professor Claudemir Bonamigo, pela habilidade e dedicação para com sua equipe e a comunidade escolar.  A Educação e a Saúde são o tema preferido dos políticos nos seus discursos de campanha eleitoral. Pura falácia! Depois de eleitos, os executivos, principalmente, narram seus feitos e falam dos números positivos em alguns programas. Mas não analisam o todo e, se o fizessem, veriam o quanto há de falhas.

       Os dirigentes das escolas precisam ser escolhidos dentre os melhores, e não dentre os que supõem terem algum quinhão político ou os padrinhos fortes.  Hoje, as facilidades que são oferecidas ao trabalho são muito maiores e melhores do que eram nos tempos do quadro de giz. Mas o aproveitamento dos alunos é inversamente proporcional. A presença dos pais em algumas ações educativas nos educandários ajudavam a criar um clima mais favorável para o ambiente de aprendizagem. Nos novos tempos, espera-se tudo das prefeituras ou  dos governos,  e falta a liderança necessária e importante nos dirigentes nas unidades escolares,  para promover o envolvimento e engajamento da comunidade escolar em programas e ações que precisam acontecer.

       Eleições chegando, indefinições no horizonte – Em nível federal, as campanhas continuam com os mesmos métodos, a exposição ridícula dos defeitos dos adversários e as propostas mirabolantes. No ano que vem, mais uma vez, teremos rios de leite e mel. As bondades em curso e as prometidas para os próximos anos serão pagas por você que trabalha e paga impostos elevados. Não vejo nenhum candidato a presidente apresentando propostas consistentes para que melhore a vida dos brasileiros de uma maneira geral. E, os que sofrem pelo abuso da tabela de Imposto de Renda Defasada, que fiquem à espera de algum milagre ou lampejo de lucidez de quem for eleito.

       Lembranças da política – Nas eleições de 1988, quando em minha campanha para Prefeito em Ouro, era bem recebido por todos. Em minhas falas, não mencionava os adversários e apenas mostrava as ideias que eu tinha para resolver os problemas daquele município. Mas, algumas vezes, me aconteciam coisas inusitadas. Um dia, tendo ido pedir votos na casa de uma família, todos disseram que eram meus fãs, meus eleitores, e que iam votar em mim. Pedi licença para passar por um corredor estreito ao lado da casa, para ter acesso a outra dos fundos. Uma grande janela aberta me mostrava uma parede, lá dentro, propagandas de meus adversários. Fiz de conta que nada vira, que acreditava neles e saí distribuindo sorrisos...

Euclides Riquetti – Escritor – Autor no novo livro “Crônicas dos Antigos Rio Capinzal, Abelardo Luz-Ouro e Arredores    -  www.blogdoriquetti.blogspot.com


Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

Dia 23-09-2022

Tempo de amar


Tempo de amar

Tempo de primavera, tempo de amar
Tempo de sentir, tempo de paixão
Tempo de viver, tempo de sonhar
Tempo de sorrir, chorar de emoção!

Primavera dos sonhos e dos sabores
Dos rostos risonhos, olhos brilhantes
Primavera do sol dourado e das flores
Das tardes encantadas e dos amantes!

Vida de alegria, da natureza cantante
Vida de harmonia e das belas cores
Vida muito feliz, crianças saltitantes
Vida para viver paixões e amores!

Tempo de amar o amor verdadeiro
Tempo de sonhar os sonhos da gente
Tempo de beijar teus lábios faceiros
Tempo de me perder perdidamente!

Euclides Riquetti

Viva com alegria, viva com paz!

 


 







Ame todas as coisas que a rodeiam
Ame a luz do sol, o brilho das estrelas
Ame as estradas que serpenteiam
E todas as árvores que pode vê-las.

Viva com alegria, viva com paz
 Viva a magia que a vida lhe traz!

Valorize os seres  que lhe querem
Aqueles que a respeitam também
Acolha as palavras que não ferem
Refute aquelas que não fazem bem.

Viva co alegria, viva com paz
Viva a magia que a vida lhe traz!

Imagine campos e flores amarelas
Lugares bonitos e encantadores
E lembre das palavras tão singelas
E pense em dias mais promissores.

Viva  com alegria, viva com paz
Viva  a magia que a vida lhe traz1

Bem assim...

Euclides Riquetti

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Ler com o coração


 



Ver com os olhos, mas ler com o coração
Saber entender, compreender
Mais do que simplesmente ler
Mergulhar na leitura com paixão!

Sentir as frases inteiras, as palavras isoladas
E achegar-se, sutilmente, nos significados
Mergulhar em todos os monossílabos articulados
Perceber todas as sílabas pronunciadas!

Ler, sim, com a leitura da paixão ardente
Navegar os pensamentos nas ondas do ar
No mundo dos encantos, dos poemas, mergulhar
Lavar com a chuva fria a alma da gente!

Ler com o coração o que está no âmago do outro ser
Tentar sentir do sangue das veias a  quentura
Banir a presença de qualquer amargura
E contemplar com os olhos a beleza que se pode ver.

Ler com emoção
Ler com paixão
Ler com o coração!

Euclides Riquetti

A perfeição na forma da obra...

 


 





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Estaria a perfeição na forma da obra do escultor
Ou na premonição dramática do velho profeta?
Estaria ela na arte sacra ou no desenho do pintor
Ou no soneto alexandrino de um pobre poeta?

Estaria a perfeição na grácil destreza da ginasta
Ou nos movimentos harmoniosos da bailarina?
Estaria ela no cometa que vem e logo se afasta
Ou no luar prateado que os namorados ilumina?

Estaria a perfeição nas águas límpidas da fonte
Os nos raios de sol que douram a sua pele macia?
Estaria ela na neve que decora os topos do montes
Ou na nuvem branca que nos encanta e contagia?

Direi apenas que ela está na mulher idealizada
E no rosto ingênuo da criança que eu vejo em ti
Está na musa sedutora, no rosto da bela amada
Está naquela por quem meu coração sorri!

Euclides Riquetti

Deixe-se levar...pelo pensamento!


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Segure-se no céu azul, agarre-se no firmamento
Deixe-se levar pelo pensamento
Deixe seu corpo levar-se, transportar-se
Pelas ondas do ar, pelas asas do vento...

Jogue um pedaço dessa imensidão azul para colorir o mar
Jogue os raios do sol para azular a água
Jogue a morenice de sua pele para colorir a areia
Use o calor de minhas mãos para enxugar suas lágrimas...

Escute a música  que vem de meu coração
Sinta o sabor dos beijos que eu lhe dei um dia
Transforme meus versos numa bela canção
Seja os acordes de minha melodia.

E então, pouse como a gaivota sobre a areia quente
Mergulhe seus pés nas vagas turbulentas
E ouça  o poema que eu lhe disse num repente
Inspirado em almas brancas, mas  vorazes e sedentas.

Euclides Riquetti

Tentei inventar


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No dia do inventor
Tentei inventar
Algo fascinante
Uma coisa muito marcante
Para te encantar!

No dia do professor
Tentei te ensinar
Uma forma mirabolante
Uma maneira deslumbrante
De me conquistar.

No dia do escritor
Tentei escrever
Um poema apaixonado
Algo muito inspirado
Que te possa envolver.

No dia do pintor
Consegui retratar
Numa tela de tecido
Teu corpo esculpido
Na beira do mar!

Euclides Riquet

Poema de primavera

 




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No poema da primavera, a exaltação
A sensibilidade em observar e sentir
As palavras simples, beleza, discrição
Harmonia e cores que haverão de vir.

O cedo da manhã clara, bela natureza
O murmúrio das aves, o som do vento
As folhas que se movem na delicadeza
A vontade de propagar os sentimentos.

As manhãs primaveris estão chegando
Com o céu azul, com seu sol dourado
Os perfumes exalados se espalhando...

Tardes com a alegria de um pré-verão
Mais do que um novo dia ensolarado
Meu ser indo em busca de seu coração!

Euclides Riquetti

Madrugada de primavera

 


Madrugada de primavera

Na primeira madrugada, na espera

Do primeiro dia de primavera

Meu coração sentiu

O que meu espírito intuiu...


Acordar cedo, antes dos passarinhos

Que se acomodaram nos ninhos

Imaginar-te em sua exiberância

Na maturidade de uma eterna infância...


Porque os seres sensíveis

Aqueles dos atributos indescritíveis

Estão aberto para os afagos

E meus poemas rimados...


Assim, nesta madrugada encantada

Viajei até tua morada

Onde, esquecido de meu cansaço

Dei-te o beijo gostoso... e meu abraço!


Euclides Riquetti

23-09-2022













Quero me perder contigo...

 



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Quero te beijar
Me deliciar
Quero te dar
Um beijo com gosto de chima...

Pode ser aquele roubado
Ou aquele duramente conquistado
Deliciosamente degustado
Com sabor de chima...

Um beijo depois de uma cuia de mate
Acompanhado de chocolate
Junto com o desejo que bate
No sorver de nosso chima...

Pode ser um beijo curtinho
Mas dado com todo o carinho
Levemente, de mansinho
Mas delicioso como o chima...

Quero mais do que um beijo de amigo
Quero um beijo caliente
Quero um corpo efervescente
Quero me perder contigo!

E dar-lhe um beijinho
Gostoso:
Com sabor de chima
E de Diamante Negro!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Voar pra longe





Quero voar pra longe
Ir embora da cidade
Sobrevoar os montes...
Quero voar agora
Eu preciso partir
Eu preciso ir embora...
Quero voar sozinho
Buscar a claridade
Ser como o passarinho...
Quero voar calmamente
Porque preciso sorrir
Reviver novamente...
E, quando tiver voado
Tiver girado o  mundo
Quando tiver encontrado
Algo muito profundo
Voltarei...
Pois terei as respostas
Direitas ou tortas
Que sempre busquei!

Euclides Riquetti

Feliz novo dia!

 

 


 



Feliz novo dia

Quando, de manhã, você tiver constatado
Que tudo o que fez ontem foi altamente produtivo
Que o caminho que você percorreu foi bem pavimentado
Para que sua luz intensifique seu brilho antigo...

Quando, de manhã, você tiver já planejado
Ter um dia junto com as pessoas que você quer
Ter um dia magnífico, um dia bem abençoado
Fique esperançosa com tudo o que lhe vier...

Quando, na manhã, o sol ressurgir, depois do dia chuvoso
E os ventos já estiverem totalmente acalmados
E você puder receber um abraço sutil e carinhoso
Terá as recompensas pelos sonhos sonhados...

E, quando os dias se mostrarem mais claros e bonitos
Porque a primavera florida já se aproxima
Verá que há mais azul a cingir o firmamento infinito
Porque sua alma é a luz que a todos ilumina!

Tenha um dia bastante abençoado
Um FELIZ NOVO DIA!

Euclides Riquetti

Te amar, te querer, incessantemente!


 





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Apenas dizer "te amo" e nada mais
Dizer isso do fundo de meu coração
Dizer palavras simples, naturais:
Escrever no muro com giz ou carvão!

Dizer "te amo" tantas vezes quantas
Quantas vezes isso for preciso
Com palavras doces e sacrossantas
Desejar-te uma vida de pleno paraíso!

Além de "te amo", dizer "eu te quero"
Dizer-te isso com toda a sinceridade
Seja no verão, ou no intenso inverno
Dizer que te amo com sinceridade!

Além das palavras já ditas e escritas
Dizer-te da forma mais convincente
Dizer-te com as palavras mais bonitas
Te amar, te querer, incessantemente!

Euclides Riquetti

Se eu não fosse poeta...

 




Se eu não fosse poeta
Seria, naturalmente, arquiteto:
E na minha prancheta discreta
Poria riscos sinuosos
Bonitos
Jeitosos!

Ou, quem sabe
Seria advogado:
E defenderia
De noite e de dia
O direito sagrado
De escrever poesias!

Engenheiro - pedreiro
Ou construtor:
E, com meu lápis matreiro
E meu jeito faceiro
Construiria versos de amor.
Também jardineiro
Colocaria em cada canto uma flor!

Se eu não fosse poeta
Poderia ter sido doutor
Ou, quem sabe, profeta
Andarilho
Maltrapilho
Ou um simples cantor!

Ou, quem sabe,
Seria um pintor:
E, com meu terno pincel
Faria seu retrato
Belíssimo e fiel:
Um rosto de sonho e de cor!

Mas escolhi ser sonhador
Sonhador e menestrel:
Para compor,  com muito trato
Calma, leveza e tato
Um poema cheio de  amor
Azul da cor do céu!

Euclides Riquetti

A voz que veio da lua


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A voz que veio da lua
E que chegou mansa e suave
Veio pelos trilhos do vento
Ou então pelas pedras da rua
Talvez embarcada numa nave
Que flutuou no firmamento...

A voz que veio na noite
Trouxe-me paz, me acalmou
Deu-me o sono reparador.
Fez como a água em seu açoite
Que na minha pele se lançou
E que amainou minha dor...

Tua voz veio na noite estrelada
Sussurrar em meus ouvidos
Trazer-me do gozo o gemido
Fazer-me a carícia esperada.

E então meu sonho te abraçou
Te beijou...
Te amou!

Te amou de verdade!

Euclides Riquetti 

Quero que mergulhes em mim

 


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Divina paisagem matinal
Em que o vento balança as folhas da palmeira
E as plantas jazem sob o azul do manto celestial
De onde vem-me o doce aroma da cidreira.

Pássaros pousados nos galhos que se embalam
Bailam na harmonia  em  realeza
E seus belos cantos nos ares se propagam
Numa grande sinfonia da natureza.

Eu me transporto para o enlevo de teus braços
E me alento no desejo de estar junto de ti
Buscando apenas os teus beijos e teus abraços.

Preciso, ardentemente, mergulhar no teu divino ser
E quero que teu ser mergulhe em mim
E no teu corpo me envolver e  me perder.

Euclides Riquetti

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Liberta-te das angústias


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Liberta-te das angústias que te afligem
Que te incomodam, que te atormentam
Afasta-te de todos os que te agridem
Que o teu ânimo abalam e violentam.

Liberta-te de tudo o que te entristece
Agarra-te a aquilo que te traz o bem
Não é saudável aquilo que te aborrece
Não há o que receber de quem nada tem.

Busca, nas pessoas meigas ter o bom dia
O bom ânimo, o otimismo, a motivação
Alia-te a quem possa te dar toda a alegria.

Busca, procura encontrar toda a felicidade
A palavra de conforto, de apoio e atenção
Em quem lhe devota amor, luz e lealdade!

Euclides Riquetti

A Caixa d ´Água da Maria Fumaça em Rio Capinzal

 


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  Estação Ferroviária de Rio Capinzal - 1930 -
passagem do Presidente Getúlio Vargas pela vila,

 

          Era o ano de 1910 e o povo vibrava em todo o Vale do Rio do Peixe. Inaugurava-se, neste dia, a estrada de ferro que ligaria Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul, na divisa com Santa Catarina, e Porto União, na divisa com o Paraná, a região contestada que viu muito sangue ser derramado tão logo isso aconteceu.

          Rio Capinzal, um povoado que se localizava no Baixo Vale do Rio do Peixe, e que pertencia ao vasto município de Campos Novos, situava-se à margem esquerda do Rio do Peixe. A área, que se constituíra em local de pouso de tropeiros, bastante povoada por capim paulista e com enorme quantidade de água, era o lugar ideal para o descanso das tropas de bovinos e muares que iam do Rio Grande do Sul para São Paulo. E ali levantaram-se algumas dezenas de residências urbanas, contruídas em madeira de pinheiro, um lugar que deveria prosperar muito com a inauguração da ferrovia. Do outro lado do rio, um pequeno povoado chamado de Distrito de Abelardo Luz, pertencente à Colônia de Palmas, do Paraná. Sim, o atual Ouro pertencia ao Estado do Paraná naquela época. A ligação entre os dois povoados dava-se por balsa e botes. Mais ao Sul, entre as atuais  Linha Savoia e Linha Dambrós, antigamente chamada Ribeirão Doze Passos, também era possível que os animais atravessassem o Rio do Peixe sem depender de embarcações, isso quando as éguas deste estivessem baixas. E, em seus cargueiros ou carroças, levassem as mudanças dos descendentes de italianos vinham para colonizar a área à direita do rio.

          E, com a estrada de ferro, foram construídas algumas benfeitorias para dar suporte à sua logística: alguns armazéns, para depósito de mercadorias; muitos estrados para o empilhamento de madeiras gradeadas, tábuas e madeiras quadradas; mangueiras para alojamento de tropas de bovinos destinados a Ponta Grossa e São Paulo; uma estação ferroviária, com local para venda de passagens, comunicação por telefone ou telégrafo; sala de estar para os passageiros, com bancos de madeira para assentar-se; uma sala para depósito de mercadorias; e um café-bar. Em frente, paralelamente à ferrovia, uma extensa plataforma com rampas de acesso ao Norte e ao Sul. E, pendurado num caibro, um sino de bronze que chamavam de "pode" (póde). O pode era acionado para dar autorização para o trem dar partida. O agente da estação ou seu auxiliar repicava o sino, o trem apitava,  e saía de mansinho...  todas essas lembranças me vêm à mente porque muito ouvi falar nas histórias de Rede e porque convivi com pessoas que fizeram parte dela. Acima da "Ponte Nova", localizavam-se as casas, também em madeira, pintadas de um misto de ocre e marrom, onde residiam os turmeiros, encarregados da manutenção da ferrovia.

          Localizada logo após a plataforma de embarque e desembarque, uns 40 metros desta, no sentido Norte, localizava-se a Caixa d´Água. Essa nos traz muitas e muitas histórias à lembrança. Um reservatório enorme para a época, onde se armazenava a água que vinha em canos de metal que lhe traziam a água desde o Morro da Pedreira. Havia um comando composto por uma haste de ferro com um volante, e um dispositivo de lona tecida, uma mangueira com mais de 20 centímetros de diâmetro, que era dirigida para o sentido da Maria Fumaça que ali estacionava, onde era alimentado o reservatório desta, a fim de gerar o vapor que acionava os mecanismos de movimento da locomotiva.  Ao lado da mesma, e à sua frente, do outro lado da ferrovia, os depósitos de lenha empilhada a céu aberto, trazida pelos caminhões, dentre eles o do Sebastião da Silva, pai do Naco, meu colega de ida aos bailecos de Piratuba, Lacerdópolis e Barra do Leão nos dois primeiros anos da dácada de 1970.  

           E o vapor era obtido através da elevação da temperatura da água, o que se sucedia na caldeira, alimentada por fogo de madeira  combustível, a lenha. E, com muita alegria, ouvíamos o apito produzido pela liberação de vapor, que chegava ao longe. Coisas muito simples, que representavam alta tecnologia para a época, mas de grande resultado.

          Nos dias de jogos ou treinos no campo municipal, mas que pertencia à Companhia da Estrada de Ferro, e se situava onde hoje funciona a Estação Rodoviária de Capinzal e a Praça Pedro Lélis da Rocha, os jogadores saíam do campo, nos intervalos, e iam ali para beber água ou tomar uma "refrescada". O volante que servia para liberação da água, por uma espécie de registro, e pela mangueira, era acionado à  esquerda e a água, pura e límpida, descia por sobre o corpo dos jogadores, que bebiam dela enquanto se banhavam, principalmente no verão. Mas os times visitantes não sabiam da existência desta, e enquanto os "da casa" se deliciavam, recuperavam-se e voltavam ao campo muito dispostos para o segundo tempo, os outros se recuperavam, no máximo, recostados nas paredes de madeira que circundavam o mesmo.

          Houve tentativas de desmancharem a caixa de água para vender o metal. Ora, uma voz se fez presente e bradou: "Essa caixa faz parte de nossa história, não pode ser demolida". Vinda de uma pessoa humilde, mas ardorosa defensora de Capinzal, do Sr. Alduir Silva, o popular Binde, impediu que ela fosse retirada. Imaginem perdermos um bem histórico, que foi importado da Inglaterra para, a aprtir de 1910, disponibilizar a água que produzisse o vapor o qual acionava a locomotiva destinada a puxar os vagões do trem. Vejam os leitores da importância de as cidades terem pessoas que gostam do lugar onde nasceram e defenderem sua história e seu patrimônio histórico! Obrigado, Binde!

          Aquele conjunto que ali reinou até a ocorrência da enchente de 7 de julho de 1983, resta-me na memória saudosa que não me abandona. E na de muitas pessoas de minha geração e das que nos precederam, que não viram o mundo mudar, mas que tiveram o prazer de andar de trem, ir para o Norte ou o Sul, andarem ali com a namorada, com o namorado. Em nosso trem se iniciaram e também se findaram, certamente, muitas histórias de amor... Conheço algumas, que guardo para mim, são minhas, me emocionam...

Euclides Riquetti
04-07-2013

As flores que você plantou


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Não sei onde se encontram agora
As flores que você plantou
Se apenas sumiram por ora
E por causa delas você chora
Depois que a tormenta passou...

Não sei onde estão as rosas e as margaridas
Que você regou com seu pranto
Mas que deixaram suas manhãs floridas
E ajudaram a curar suas feridas
Que desapareceram como que por encanto...

Mas sei onde se encontram os versos
Que você me inspirou a compor:
Vagam pelas ondas dos mares mais  incertos
Nos lugares mais diversos
Num universo de paz e de amor......

Euclides Riquetti

Breca lá, Riquetti!


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Reedição...

          Jogadores de futebol são muito dados a falar gírias. Os boleiros estão sempre inventando expressões  ou modificando significados delas. Por exemplo, dizem "hoje tá uma lua muito doida", pra dizer que está fazendo muito sol durante o treino. Todo o treinador é chamado de "Professor", mesmo que não tenha concluído o antigo primário. Chamam também de professor o árbitro. E a galera o chama de ladrão e gaveteiro.

          Não há torcedor que tolere goleiro frangueiro, canela dura, e nem firuleiro.  Zagueiro furão ninguém quer. A galera não perdoa.  Zagueiro bom é aquele que, no apuro, dá bicuda. Atacante que dá bicanca é grossão, mas quando faz tento vale do mesmo jeito. Cartola "se achão", então, que se mude. A estrela tem que ser o da grama, não o da tribuna.

          Quando era pequeno jogava num campinho abaixo da ponte nova, no Ouro. E no campo da rede ferroviária, onde é a Praça da Rodoviária, em Capinzal. Jogava de conga porque não tinha grana pra chuteira. Depois, em União da Vitória, na república, tínhamos um campinho ao lado de casa onde jogávamos nos finais de semana. Ali aprendi a amolecer a canela, até consegui ter uma certa habilidade.

          O Gilmar Rinaldi jogou conosco no campinho ali do Ouro.  Já era goleiro. Tinha camisa amarela, igual à do Raul, goleiro do Cruzeiro. Ninguém achava que viraria astro, mas virou. Jogou no Inter, no São Paulo, na Udinese, num clube do Japão e no Flamengo. Agora é empresário de boleiros. Rompeu com o Adriano Imperador (isso dispensa comentários...).

          Voltando ao Paraná: Uma vez fomos jogar no Campo do São Bernardo, em União da Vitória. O Boles era nosso centroavante. Corria mais que lebre. Ele coiceava a esfera do meio para cima, então ela ia rolando. E ele corria atrás, às vezes chegando antes do que a bola.  Uma vez deu o chute e saiu correndo junto com a pelota. Correu tanto que chegou à  trave antes que ela.  Ela bateu atrás das canetas dele e voltou para a área, enquanto que ele foi para dentro das redes. E nós zoamos muito dele.

          Na república de estudantes tínhamos um colega que era nascido em Lacerdópolis, no tempo que este pertencia ao Distrito de Ouro e Município de Capinzal. Ele tinha jogado no Iguaçu como profissional Jogou numa célebre partida em que empataram com o Atlético Paranaense em Curitiba, em 1972, no estadual. Diz que o azar dele foi o tião Kelé, que voltou do México e fez gol nele do bico da área ao seu lado esquerdo. Chutou cruzado. Disseram que se ele tivesse 1,90 não tomaria o gol. O Kelé azarou a carreira dele. Jogou bem mas foi dispensado no final do ano. Alegaram que ele tinha pouca altura para goleiro. Foi jogar futsal e trabalhar na Casa do Bronze. Agora tem sua loja de carros.

          Quando fazíamos nossas peladas no campinho da Rua Professora Amazília, ele gritava: "Riquetti, breca lá!" E eu brecava, não deixava o adversário passar. Desde então apelidamos ele de Breca. Era a gíria do Bugão, do Nire, do Duda, do Jaime Rotta  e do Tanque Joaquim lá no Iguaçu. O Celso Lazarini é "Breca" até hoje.

          O Nivaldo "Bode" Dambrós foi goleiro da AMFO no campo da Linha Sagrado, no Ouro. Fomos inaugurar a ampliação. Um cara "da casa" chutou forte. Ele pensou que o balão de couro ia para fora e nem se mexeu. A bola deu no travessão, voltou, bateu atrás da cabeça dele e foi por cima da trave. Evitou o gol, sem querer. Foi saudado como herói.

          Uma vez, lá no Arabutã, eu estava jogando com raiva. Tinha um painel de propaganda do Besc às minhas costas. Estava há 60 metros da baliza, fiz  um gol do meio da rua. Enfiei um canhão com a gamba esquerda e o goleiro foi buscar a pelota no fundo da cozinha. Comemorei muito, pois eu era lateral direito. Em 22 de julho de 1984 quebrei a perna quando estava na quarta zaga. Saí pra deixar o Tita na banheira e o Vinte Cinco deu condições de jogo prum  pelego. Fui mandar a bola pro mato mesmo que o jogo não fosse do campeonato, e meu goleiro me atingiu. Foram três quebradas, uma de tíbia e duas de perônio. O Mafra e o Farid me levaram pro gesso em Jç. Muita dor e seis peses no estaleiro. Depois O Mafra foi pra Floripa e o Farid virou vice-prefeito de Capinzal. Mas quando eu era pequeno era muito perneta, canela seca e dura. Era um baita pé torto. Com a idade fui aprendendo a jogar. Mas da daí as pernas foram ficando muito curtas e o campo muito comprido.

          Próximo de decisões de classificação cuidam dos boleiros para que não aceitem nada dos malas pretas. É vergonhoso. Ninguém tolera quem dá migué, pois deixa os amigos no compromisso. Boleiro que se preza dá o sangue no campo, sua a  camisa e reza pro seu pai-de-santo. Mas a maioria tem fé em Nossa Senhora, de preferência a Aparecida.  Quando a coisa fica preta, no entanto, exclamam: "Santo Deus, joque sério!" ou "Jesus Cristo, mexa-se!" Mas quem tem que fazer isso é o jogador, não Deus nem Jesus. Quando tem  muita lua no céu, no verão, pedem: "São Pedro, manda umas gotas daí de cima!"

          Bem, lembrar de algumas das muitas histórias de boleirinho me traz saudades. Saudades do Caburé, do Paciência, do Jota Bronquinha, dos Coquiara, do Inferninho, do Foguete, do Flamenguinho, do Nêne, do Sapuca,  e de muitos outros. Alguma hora dessas me atrevo a dizer quem foram esses. Enquanto isso, "Breca lá, boleiro!"

Euclides Riquetti
18-02-2013