sábado, 20 de abril de 2024

Meu sorriso foi-se com o vento


 


 

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Foi-se embora meu sorriso, foi-se com o vento
Saiu de mim e foi-se de repente
Deixou-me no infortúnio e no lamento
Foi-se, assim, infelizmente!

Não sei onde meu sorriso foi campear
Mas sei que não voltou, desapareceu
Nada mais que me leve a comemorar
Onde será que ele se escondeu?

Foi-se meu sorriso, foi-se pra chorar
Ausente, oculto, sem a maior reação
Talvez buscando novo porto pra ancorar
Buscando um novo porto-coração!

Não sei se é ainda é possível recobrá-lo
O que fazer para que retorne, enfim
Mas bem que eu pretendia recuperá-lo
E tê-lo aqui bem junto a mim!

Euclides Riquetti

Vinhos - a arte de produzir e conhecer

 


Ambiente muito acolhedor, além de vinhos e espumantes de alta qualidade, na Villágio Grando, aqui e Água Doce - SC. Vale a pena visitar

          Quem não gosta de um bom vinho? A resposta vem, naturalmente, de cada um de nós, e é difícil encontrar alguém que não aprecie um bom produto, seja ele de uvas americanas ou de europeias. Aqui no Vale do Rio do Peixe, duas cidades se destacam na produção de vinhos e espumantes: Pinheiro Preto e Tangará. Produtos bons, em marcas que ganharam fama nacional e internacional, com uvas americanas ou europeias. Em Campos Novos, com a supervisão de técnicos da Epagri, são produzidos bons vinhos de viníferas de altitude, bem como em São Joaquim, que vem conquistando nome no mercado nacional e internacional.

          Passei a interessar-me por vinhos, tentando entender os processos de fabricação, as varietais e a qualidade,  lendo muito sobre o assunto, vendo reportagens televisivas e mesmo participando de degustações. Apenas degustar, por si só, não nos ensina muito. Porém, quando a degustação vem acompanhada da avaliação e opinião de enólogos, você passa a perceber a diferença que há em cada um. Tenho aprendido gradativamente sobre eles.

          Quando criança, ajudei a fazer vinho lá no Leãozinho, no sítio de meu padrinho, João Frank, na casa de quem fui morar com apenas um ano, um mês e dezessete dias. (Nasceu minha irmã Iradi, que mora hoje em União da Vitória, e meus padrinhos João e Rachel, levaram-me gentilmente para morar com eles, onde permaneci até os oito anos de idade, quando voltei para a casa de meus pais, em Capinzal.)  Lá, ajudei, desde tenra idade, a produzir vinho, com a função de pisar a uva nas tinas de carvalho, amassando os grãos de uvas americanas brasileiras, a Bordô, a Isabel e a Francesa. Esta, por ter a casca fina, é mais recomendada para o consumo in natura. As outras, para a produção do vinho colonial, como o chamamos por aqui.

          A primeira vez que tive contato com gente que entendia de vinhos aconteceu na cidade de Catanduvas, na casa do colega Prefeito Saul Leovegildo de Souza, numa reunião de prefeitos, há 22 anos. Nosso colega Faustino Panceri, Prefeito de Tangará e produtor de bons vinhos, pegava garrafa por garrafa dos vinhos que o anfitrião nos oferecia e dava o veredicto: "Este Niágara (branco), que é de produção de minha vinícola, pode jogar fora. É "vinho morto!"  Todos olhavam, não entendiam por que se haveria de dispensar um vinho de uma garrafa que ainda não fora sequer aberta.  Então, ele a colocava diretamente junto a um facho de luz e nos mostrava. Não havia transparência no líquido. Depois, abria a garrafa, colocava numa taça. Abria outra, da mesma marca e variedade e comparava: "Vejam a diferença: o vinho morto está turvo. O outro está com sua cor natural, mas límpido, transparente". E constatávamos a grande verdade.

          A partir de então, comecei a ler tudo o que me aparecia à  frente em termos de literatura sobre vinhos, de todas as procedências e de todas as qualidades. Frequentei as Vinícolas Cordelier, Aurora e Miolo, na Serra Gaúcha, participei de degustações com enológos experientes, aprendi a entender o porquê de haver astronômicas diferenças de preços entre uma garrafa e outra, muitas vezes da mesma varietal e marca. Na Miolo, em Bento Gonçalves, um enólogo me disse que os vinhos da América do Sul produzidos em 2000 e 2002 eram os "medlha de ouro"; os produzidos em 2004, "medalha de prata"; e os de 2005, "medalha de bronze". Isso foi em 2007.

          Então, passei a analisar melhor os vinhos produzidos em Capinzal e Ouro, com uvas americanas: Casca Dura, Isabel, Bordô e Niágara. O Casca Dura da marca Monte Sagrado, produzido pelos meus primos Alceu e Josenei Rech, lá na Linha Sagrado, é de ótima qualidade. Assim como sabem produzir bom vinho colonial o Jamir Dambrós, o Ariston Lanhi e os Molin. em Capinzal. O Niágara, do Hilário Rech, com a marca Nono Saule, também lá no Sagrado, vale a pena ser consumido. E o Cabernet Sauvignon Bertolla, do amigo Joair, com uvas europeias, de altitude, sempre é muito bom! Mas há outros produtores que fazem vinho para o consumo próprio de muito boa qualidade. Conta para isso colherem a uva no tempo certo, com grãos saudáveis. E nos períodos de pouca chuva a uva é mais doce e gera vinho de melhor sabor. O cuidado na confecção e, sobretudo, a sua armazenagem, são fatores fundamentais para sua boa qualidade.

          Nos últimos anos, fui duas vezes à Vinícola Villaggio Grando, no Distrito de Herciliópolis, em Água Doce. Em ambas participei de degustações de seus vinhos de altitude. Ali ele tem parreirais com videiras que ele mesmo desenvolve, promove sua evolução genética. Maurício Grando era madeireiro e, segundo ele, quando ser madeireiro passou a significar "inimigo do meio ambiente", foi à Europa aprender sobre vinhos e parreirais. Aprendeu e trouxe suas ideias inovadoras para Água Doce. Fez parreirais e todos o chamavam de louco. Substituiu a serraria por uma cantina.  Hoje,  produz vinhos dos melhores do país, como o Canernet Sauvignon, o Sauvignon Blanc, o Chardonnay,  o Tannat e outros. Também seu exclusivo "Innominabile". 

          A fazenda do Maurício  Grando é algo difícil de descrever pela beleza paisagística e organização singulares. O capricho mora ali! . Seu projeto, que está implantando gradativamente, é fabuloso. Seus vinhos e espumantes são de altíssima qualidade e só são encontrados em algumas casas especializadas. Podemos afirmar, com toda a certeza, que o Sul do Brasil produz vinhos de qualidade igual às melhores marcas da França, Portugal e Itália.

          Então, você que gosta de um bom vinho, procure ler muito na literatura especializada e converse com enólogos ou bons apreciadores. Não com aqueles  que compram uma garrafa porque é cara, mas com aqueles que sabem identificar, realmente, o que é um bom vinho.

Euclides Riquetti
30-10-2013

Quando se é talismã

 


 



Quando se é talismã
Se é objeto de desejo
Tal qual o sol da manhã
Ou o sabor de um beijo...

Quando se é talismã
Se pode levar a boa sorte
Dar-lhe um cachecol de lã
Que lhe sirva até a morte...

Quando se é talismã
E se perde o que se tem
A vida se torna vã
E perde o sentido também...

Quando já não se é talismã
E se percebe que isso morreu
Busca-se com afã
Recuperar o que se perdeu!

Euclides Riquetti

Com todas as nossas culpas

 


 




Devolva-me, por favor, os meus poemas
Pague-os com juros e com correção
Principalmente aqueles cujos temas
Sejam minha alma e o seu coração!

Devolva-os embrulhados em papel azul
E, quem sabe, amarrados em fita rosa
Aqueles em que a imaginei lá no Sul
Entre as flores amarelas, bem formosa!

Devolva-me tudo o que a possa lembrar
De momentos bons e de infortúnios
Aqueles em que o poeta descreve o mar
Aqueles em que descreve nossos conluios!

Devolva-os grudados em galhos de roseira
Perfumados com os mais tenros odores
Para que a vida possa tornar-se alvissareira
E, de novo, se contemplar as flores!

Devolva-me o tempo que já foi perdido
E todas as estrelas que possa contar
O sol que brilhou e que perdeu o sentido
E toda a conjugação do verbo amar!

Devolva-me o sol, as estrelas, isso tudo
Todos os verbos, os adjetivos dos sonetos
As nefastas lembranças do outro entrudo
Meus versos solitários, os meus poemetos!

Devolva-me, com um pedido de perdão
E eu retribuirei com um pedido de desculpas
Faça por mim, ao menos uma doce oração
E eu ficarei com todas as nossas culpas!

Euclides Riquetti

Lembranças...

 




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Lembranças

É fácil falar do vento, que rima com o pensamento
Do ar, que vem do mar
Da flor, que revela o amor
Do sentimento, que remete no tempo...

É fácil falar do inverno, do amor eterno
Da desmedida paixão
Que explode no coração
E que leva do céu ao inferno!...

É fácil falar da terra, da alegria da primavera
Da planta que cresce
Do broto que floresce
Dos longos anos de espera!

É fácil falar de um porto e de um olhar absorto
Do dia do verão quente
Que queima a pele da gente
E do cansaço que mata o corpo!

É tudo muito belo !!!
Formosa inspiração !!!

Difícil
É lembrar de cada estação
Dia, mês, ano...
De cada beijo profano
De cada momento mundano
De corpo e alma em profusão...

E em cada olhar
Em cada pensar
Em cada lembrar
Querer que tu voltes
E não te ver voltar!...

Euclides Riquetti

Se Deus me desse asas...

 


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Se Deus me desse asas, eu voaria
Iria te encontrar onde tu estivesses
E, então, eu te abraçaria
Desde que tu permitisses e me quisesses!

Se eu pudesse voar, certamente
A distância entre nós diminuiria
E, quando a saudade viesse, assim, de repente
Ei ia te encontrar, claro que eu iria!

Se eu voasse na manhã ensolarada
Seguiria os trilhos do céu para te encontrar
Iria buscar-te, doce mulher amada
Quer fosse nas serras, quer fosse no mar!

Eu iria, sim! Ah, certamente que eu iria!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Acabou...

 


 





Acabou, verbo regular, pretérito perfeito
Como o verbo amar, tão imperfeito...

Acabou, como acabam os sonhos leves
E os encantos sublimes, mas breves...

Acabou, do verbo acabar, de fácil conjugação
Como o verbo amar, que expressa tanta paixão...

Acabou, como se acabam os romances
Como acabam nas cores as nuances...

Acabou, como acabam as noites escuras
Como as almas perdem a sua brancura...

Acabou, como acaba a vida um dia
Como acaba, na decepção, a alegria...

Mas, que o acabar-se se torne recomeço
Sem caminhos espinhosos e sem tropeços...

Que o acabar-se torne-se o renascer
Como as flores amarelas costumam florescer...

Que o acabar-se ressurja como um iniciar-se
Como os ventos que, após as tempestades, conseguem

ACALMAR-SE!

Euclides Riquetti

Deixe-me embalar seus sonhos

 





Deixe-me embalar seus sonhos e seu sono
Como se eu fosse uma canção de ninar
Da planta alvissareira quero ser o pomo
Que adoça seus lábios com o meu beijar...

Deixe-me cativar seu sorriso brilhante
Que tanto me seduz  e me faz contente
Maroto, ousado, muito lindo e cativante
Que adorna seu rosto de adolescente...

Deixe-me compor-lhe apenas um soneto
Simples como as canções que você canta
E no seu ninho ser ao menos um graveto...

E, depois, colha de mim o que lhe agrade
Pegue pra você o que mais lhe encanta
Me pegue, me tenha, me queira, me abrace!

Euclides Riquetti

Uma oração para você

  


Quando o céu parecer mais azul, atrás dos montes,
E as tímidas árvores receberem os primeiros raios de sol,
E as flores fizerem a vida mais colorida,
E até mais azuis ficarem as águas das fontes...
Então estarei pensando em você, menina!

Quando quente o tempo estiver em dezembro,
E eu estiver um pouco mais velho do que agora,
E minhas noites ficarem tristes sem seu calor,
Mesmo que eu não saiba onde você esteja vivendo,
Eu estarei pensando em você, querida!

Mas o tempo não para e chegará o outono!
As folhas,  já pálidas como eu, cairão sobre a terra,
Virá o vento e nuvens escuras cobrirão o céu,
A chuva fria molhará o meu rosto sofrido...
Mas estarei pensando em você, meu bem!

E quando o inverno chegar novamente,
E eu andar pelas ruas ao encontro do nada,
E como hoje o vento soprar fortemente,
Pensarei em você sem rancor, com saudades...
Pois quem errou fui eu, meu amor!


Euclides Riquetti

Composto no inverno de 1973
e publicado no livros "Prismas - volume IV, da Coleção
Vale do Iguaçu", em União da Vitória - PR - em 1976,
(com ilustração).

Você é o sol, a luz, a água, o vinho!

 


Você é o sol que me alimenta

Você é a luz que nunca se apaga

É a água que me sustenta

É  o vinho que me embriaga.


Você é a flor que mais me encanta

Você é a estrela que não se extingue

É minha força e minha esperança

É a cor que meu horizonte cinge.


E, por ser sol e ser luz

Por me alimentar e não se apagar

É a estrela que me seduz

É o vinho que me faz amar.


E, por ser flor e ser encanto

Encanta minhas tardes de verão

E, por ser a lágrima de meu pranto

Alenta as mágoas de meu coração...


Euclides Riquetti

Como folhas secas ao vento

 



Como folhas secas ao vento

Vai meu pensamento

Sobre as paisagens das cercanias

Depois, pelas rodovias

E se perde no tempo!


Ele se vai para encontrar o seu 

Porque isso é um desejo meu...

Vai para dar-lhe minhas mãos

E encostar meu coração 

Abraçar o corpo que Deus lhe deu!


Sei que você também me espera

E que logo virá a primavera

Com todas as suas cores

Com suas belas e cândidas flores

Das plantas que nos dá a terra!


Bem assim...


Euclides Riquetti 

De mãos e de braços dados



 


 

De mãos e de braços dados

Dize-me que me amas e eu direi que te amo
Dize-me que me queres e eu direi que te quero
Dize-me que precisas de mim e direi que preciso de ti
Porque, na noite longa,  eu te procuro e te chamo
No dia claro eu te busco  e com saudades te espero
Adoro quando vibras, quando, alegre, me sorris!

Dize-me que não há espaço para as lamentações
E que em cada novo dia esperas por mais uma vitória
Dize-me que nossas almas e nossos corações
Já têm um caminho juntos, compartilham uma história
Dize-me que nossos caminhos levam-nos sempre a um lugar
Onde possamos nos termos e nosso desejo saciar.

E, se tudo o que desejarmos se tornar verdadeiro
Se nossos sonhos puderem  ser compartilhados
Se nos pudermos entregar  um ao outro por inteiro
E nossos ideais puderem,  sempre,  serem alcançados
Viveremos ainda dias muito animados e prazenteiros
E caminharemos  juntos, de mãos e de braços dados.

Euclides Riquetti

Choveu no início da noite

 


 

Choveu no início da noite


Choveu no inicio da noite e a chuva que lavou minha alma
Veio dócil, suave, fresca e calma!

Choveu para dar alento aos corações aflitos
Para dar muita paz aos seres em conflito!

Choveu pingos que pareciam gotas de cristal
E que se desmancharam  na pele de teu corpo escultural!

Choveu quando eu buscava a melhor das inspirações
Para compor-te um poema e expressar minhas emoções!

Choveu! ... e a chuva fina que molhou teus cabelos macios
Chamou-me a acariciar teus ombros belos e esguios!

E, enquanto chovia, e eu viajava pela imensidão do universo
Compus-te este poema simples, com estes meus versos...

Para ti!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Por quê

 ?

 

 




Por quê


Dúvidas ensejam saber os porquês
Todos os porquês de isso e aquilo
Desejo  respostas apenas porque
Quero  satisfazer desejos antigos.

Dúvidas povoam as nossas mentes
De sofridos, remidos, perdoados
Dúvidas que nos vêm de repente
Sobre nossos infortúnios e pecados.

Dúvidas, muitas dúvidas até abalam
Os espíritos firmes e equilibrados
Sempre que nossas vozes se calam
Tentamos esconder nossos pecados.

Dúvidas que existem em mim e em ti
Que atormentam nossas almas inquietas
Imagine, então, como fico eu aqui
Com minha sensibilidade de poeta?

Euclides Riquetti

Quando você cantou aquela canção de amor

 


 



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Quando você cantou aquela canção de amor
Mexeu muito comigo, revolveu meus sentimentos
Ora, é como se isso já fizesse tanto tempo!

Quando você cantou aquela canção de amor
Mas que mexeu muito comigo
Mesmo que parecesse não ter sentido...

Quando tentei dedilhar acordes no meu violão
Mas eu não sabia tocar nada, nada
Fiquei sem chão e sem estrada...

Quando tentei dedilhar acordes no meu violão
E eu percebia que as notas me escapavam
E que as palavras não combinavam...

Então deixei meu violão "Freedom" jogado sobre a cama
Esperando que alguém me ensinasse a tocar
Aquela cama macia em que você poderia deitar...

E meu "Freedom" vai ficar sobre a cama
Ocupando o seu devido lugar
Até que você venha para me reencontrar!

Euclides Riquetti

Se os diamantes são eternos

 


 


Se os diamantes são eternos


Se os diamantes são eternos

Durarás para sempre

E, como os sonhos de inverno

Serás eterna, eternamente!


Euclides Riquetti

Inquietação




Há uma inquietação que invade meu ser
Na manhã em que o sol não se faz presente
Na manhã em que tudo me parece indiferente...

Há algo que me perturba, que não sei dizer
Que me deixa indisposto, frágil, sonolento
Que me torna tão volúvel quanto o vento...

Há um mundo de infortúnios e impropérios
Que me assustaria, se não tivesse força pra encarar
Que te amedrontaria, se não tentasses enfrentar...

Mas, mesmo que tudo seja coroado de mistérios
Nada afrontará  meu ímpeto avassalador
Nada me afastará de teu brilho e teu esplendor!!!

Euclides Riquetti

Obrigado por me fazer feliz!

 






Obrigado por fazer-me sentir feliz
E isso vem do fundo de meu coração
Brota de meu âmago, de minha raiz
E transformo isso em inspiração!

Obrigado por me compreender
Por entender-me em minhas angústias
Porque a vida é ter um bem-querer
Não é um jogo de espertezas e astúcias.

Obrigado por me ouvir e por me ler
Nos poemas já escritos e nos que virão
A vida é sempre um dar e um receber
Mais que uma filosofia é uma razão.

Obrigado por sempre me acreditar
Por perceber todas as inquietações
Em mim sempre haverá um bom lugar
Onde eu possa guardar nossas aflições.

Deixe que os anos continuem passando
E venhas novos dias e novos ares
Se viver for amar, continuarei amando
Buscando você em todos os lugares!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 17 de abril de 2024

A mais justa homenagem a Juliano Pedrini - manifestação de Gilmar Bonamigo

  





       O domingo, 14 de abril, foi sacudido em Joaçaba e arredores pelo trágico falecimento do Policial Civil e Vereador joaçabense Juliano Primo Pedrini. Houve forte comoção em toda a microrregião da AMMOC, com extensão a toda a Polícia Civil Catarinense. Pedrini era também pré-candidato a Prefeito pelo PSD, com apoio de lideranças e ainda vinha construindo uma forte aliança política.

       Joaçaba perdeu uma figura emblemática, um cidadão que gozava de grande prestígio na comunidade, tanto pela sua atuação como policial civil como por ser um político de posições firmes. A cerimônia de despedida foi realizada na sala do plenário da Câmara municipal de Joaçaba, sede do Poder do qual era vice-Presidente. Centenas e centenas de pessoas passaram ao local para despedir-se do cidadão oriundo de família tradicional de Joaçaba. Eram pessoas de todas as classes social. O cidadão Juliano Primo Pedrini transitava em todos os meios com desenvoltura, exercia sua profissão há 28 anos, com formação em direito e pós-graduado na área criminal. Estava com 50 anos de idade. 

       Gilmar Bonamigo, ourense que é Delegado Regional de Polícia, manifestou-se publicamente em entrevista a rádio e me passou, a meu próprio pedido, o texto que redigiu para demonstrar o valor e a capacidade profissional do saudoso Juliano, que aqui publico na íntegra. Peço aos leitores a leitura atenciosa. É preciso compreender o fato e aguardar os resultados do Instituto Geral de Perícias, o IGP, para se ter uma avaliação e compreensão dos fotos que o levaram à partida prematura.

       O cortejo pelas ruas da cidade, até o cemitério Frei Edgar, onde foi sepultado, foi comovente. Carca de duas dezenas de carros das Polícias Civil e Militar, e do Corpo de Bombeiros, com suas portentosas cirenes, fizeram Joaçaba chorar!

Disse Bonamigo: 

"A Polícia Civil de Santa Catarina perde um excelente profissional da segurança pública, um excelente policial civil, que merece todas as nossas homenagens. A comunidade perde um líder, um entusiasta, sonhador, um colaborador. Uma pessoa que se dedicava às outras. Juliano ajudou muitas pessoas, principalmente as mais humildes. Tratava todos com respeito e educação. Nunca recebi ou percebi um usuário que fosse atendido por ele reclamar de mal atendimento.

Juliano era o homem das descontrações nas operações que nos reuníamos nas madrugadas para prender nossos alvos. Não tinha dia, não tinha hora para o serviço de rua. Não havia mal humor, estava sempre de bom e alto astral.
Juliano sempre trabalho em nossa Região, teve oportunidades e convites para atuar em outras regiões, mas nunca quis sair de \Joaçaba, aqui é sua terra e aqui ele queria ajudar as pessoas. Foi convidado, por várias vezes, responder por delegacias em nossa região, nunca aceitou. Entendia que seu trabalho era investigação, era trabalho de rua, de combate ao crime. Não que os serviços administrativos não sejam relevantes para nossa atividade fim, muito pelo contrário, são extremamente importantes, mas sua vontade era a investigação criminal pura e simples.
Juliano era bacharel em Direito, Pós-graduado em ciências penais, participou de vários cursos de formação, cito como exemplo junto ao Grupo Tigre do Paraná e da Força Nacional no Amapa. Depois de criadas as DICs, sempre atuou na DIC de Joaçaba.
Juliano participou de inúmeras operações em nossa região e, por sua experiência, dedicação, facilidade de comunicação, participou de operações desencadeadas por outras regiões. Cito como exemplo: quem não se recorda dos inúmeros assaltos a ônibus na BR 153 em Água Doce e Palmas-PR, pois então, foi um dos principais responsáveis para a eliminação da organização que ali atuava, que terminou num confronto armado, com a morte de membros da organização e prisão de outros; Quem não lembra do “ladrão” que aterrorizou dezenas de agricultores pelos furtos e roubos nos interiores de Luzerna, Joaçaba, Água Doce e Herval d´Oeste, que só terminou quando o suspeito que desafiou atirar nos policiais e só parou depois de alvejado e morto pelo APC Juliano. Cito como exemplo recente o exaustivo trabalho de investigação que culminou na prisão de dois suspeitos do duplo homicídio na cidade de Treze Tílias, no dia primeiro de janeiro de 2024.

Polícia Civil de Santa Catarina - PCSC"                                                                                                       
Euclides Riquetti - 18-04-2024    

Para cada mulher, uma flor

 


 



Para cada mulher, uma flor
Para cada flor, um sorriso de mulher
Para as flores
De todas as cores
O sorriso que cada uma delas quer
E o meu para você
Se você também quiser.

Para seu rosto de finos traços
As carícias de minhas mãos
E muitos beijos e abraços...

Para os seus olhos brilhantes
Em tempos de muita emoção
Os encantos mais cativantes...

Para você, em especial
Um poema simples, talvez até banal
Mas um recado muito sincero
Uma mensagem bem legal
Pra lhe dizer que eu a quero
Pra não perdê-la jamais!

Euclides Riquetti

É preciso cuidar das flores

 


 


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É preciso cuidar bem das flores
Tratá-las bem, com muito jeitinho
Aliviar suas angústias e suas dores
Fertilizá-las com amor e carinho.

Cuidar de plantas muito me diverte
Eu faço isso com todo o prazer
Não quero só ser um poeta inerte
Cuido de flores e de muito escrever.

Flores precisam de todo o cuidado
Assim como as almas e os corações
Flores precisam de carinho dobrado.

Flores de todos os perfumes e olores
Flores que me despertam emoções
Flores bonitas de todas as cores.

Euclides Riquetti

Deixe-me abraçá-la

 


 


Deixe-me abraçá-la bem de mansinho
Com toda a suavidade possível
Abraçar seu corpo irresistível
Bem assim: terno e  devagarinho!

Deixe-me abraçar seu corpo divino
Correr minhas mãos por todo ele
Sentir o calor que brota dele
Fazer dele meu porto de destino..

Deixe-me dizer de sua elegância
Dos gestos graciosos e dos carinhos
De sua beleza e exuberância...

E, depois de tudo dito, tudo escrito
E de trilharmos os mesmos caminhos
Demo-nos um beijo gostoso e infinito...

Euclides Riquetti