quarta-feira, 17 de abril de 2024

A mais justa homenagem a Juliano Pedrini - manifestação de Gilmar Bonamigo

  





       O domingo, 14 de abril, foi sacudido em Joaçaba e arredores pelo trágico falecimento do Policial Civil e Vereador joaçabense Juliano Primo Pedrini. Houve forte comoção em toda a microrregião da AMMOC, com extensão a toda a Polícia Civil Catarinense. Pedrini era também pré-candidato a Prefeito pelo PSD, com apoio de lideranças e ainda vinha construindo uma forte aliança política.

       Joaçaba perdeu uma figura emblemática, um cidadão que gozava de grande prestígio na comunidade, tanto pela sua atuação como policial civil como por ser um político de posições firmes. A cerimônia de despedida foi realizada na sala do plenário da Câmara municipal de Joaçaba, sede do Poder do qual era vice-Presidente. Centenas e centenas de pessoas passaram ao local para despedir-se do cidadão oriundo de família tradicional de Joaçaba. Eram pessoas de todas as classes social. O cidadão Juliano Primo Pedrini transitava em todos os meios com desenvoltura, exercia sua profissão há 28 anos, com formação em direito e pós-graduado na área criminal. Estava com 50 anos de idade. 

       Gilmar Bonamigo, ourense que é Delegado Regional de Polícia, manifestou-se publicamente em entrevista a rádio e me passou, a meu próprio pedido, o texto que redigiu para demonstrar o valor e a capacidade profissional do saudoso Juliano, que aqui publico na íntegra. Peço aos leitores a leitura atenciosa. É preciso compreender o fato e aguardar os resultados do Instituto Geral de Perícias, o IGP, para se ter uma avaliação e compreensão dos fotos que o levaram à partida prematura.

       O cortejo pelas ruas da cidade, até o cemitério Frei Edgar, onde foi sepultado, foi comovente. Carca de duas dezenas de carros das Polícias Civil e Militar, e do Corpo de Bombeiros, com suas portentosas cirenes, fizeram Joaçaba chorar!

Disse Bonamigo: 

"A Polícia Civil de Santa Catarina perde um excelente profissional da segurança pública, um excelente policial civil, que merece todas as nossas homenagens. A comunidade perde um líder, um entusiasta, sonhador, um colaborador. Uma pessoa que se dedicava às outras. Juliano ajudou muitas pessoas, principalmente as mais humildes. Tratava todos com respeito e educação. Nunca recebi ou percebi um usuário que fosse atendido por ele reclamar de mal atendimento.

Juliano era o homem das descontrações nas operações que nos reuníamos nas madrugadas para prender nossos alvos. Não tinha dia, não tinha hora para o serviço de rua. Não havia mal humor, estava sempre de bom e alto astral.
Juliano sempre trabalho em nossa Região, teve oportunidades e convites para atuar em outras regiões, mas nunca quis sair de \Joaçaba, aqui é sua terra e aqui ele queria ajudar as pessoas. Foi convidado, por várias vezes, responder por delegacias em nossa região, nunca aceitou. Entendia que seu trabalho era investigação, era trabalho de rua, de combate ao crime. Não que os serviços administrativos não sejam relevantes para nossa atividade fim, muito pelo contrário, são extremamente importantes, mas sua vontade era a investigação criminal pura e simples.
Juliano era bacharel em Direito, Pós-graduado em ciências penais, participou de vários cursos de formação, cito como exemplo junto ao Grupo Tigre do Paraná e da Força Nacional no Amapa. Depois de criadas as DICs, sempre atuou na DIC de Joaçaba.
Juliano participou de inúmeras operações em nossa região e, por sua experiência, dedicação, facilidade de comunicação, participou de operações desencadeadas por outras regiões. Cito como exemplo: quem não se recorda dos inúmeros assaltos a ônibus na BR 153 em Água Doce e Palmas-PR, pois então, foi um dos principais responsáveis para a eliminação da organização que ali atuava, que terminou num confronto armado, com a morte de membros da organização e prisão de outros; Quem não lembra do “ladrão” que aterrorizou dezenas de agricultores pelos furtos e roubos nos interiores de Luzerna, Joaçaba, Água Doce e Herval d´Oeste, que só terminou quando o suspeito que desafiou atirar nos policiais e só parou depois de alvejado e morto pelo APC Juliano. Cito como exemplo recente o exaustivo trabalho de investigação que culminou na prisão de dois suspeitos do duplo homicídio na cidade de Treze Tílias, no dia primeiro de janeiro de 2024.

Polícia Civil de Santa Catarina - PCSC"                                                                                                       
Euclides Riquetti - 18-04-2024    

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