sábado, 6 de junho de 2020

Gostar de flores





Gostar de flores, poder admirá-las
Vê-las nos jardins ou nas praças
Em seus canteiros, apalpá-las
Sentir seu perfume, ver sua graça.

Gostar de seus perfumados olores
Encantar-se por elas, simplesmente
Também pela variedade de cores
A flor enternece e o coração sente...

Gostar com toda a sensibilidade
Sentir toda a sua significação
Amá-las e protegê-las de verdade...

Eternizá-las com paixão desmedida
Cuidar delas em cada estação
Pô-las em poemas por toda a vida.

Euclides Riquetti
06-06-2020








Anjinho

 

Brincando com o neto Ângelo em janeiro, em São José dos Pinhais,
quando ele completou 2 anos de idade...

Abri a janela devagarinho
Fui olhar para meu quintal
Ouvir aquele passarinho
Que canta alegre e jovial...

Abri a janela com cuidado
Para ver os passarinhos
Mostrei-os ao Ângelo amado
Meu belo e querido netinho!

Abri a janela sorridente
Fui olhando as plantinhas
Ah, fiquei muito contente
Pois elas estão crescidinhas.

Toda a vez que eu olho
Pela janela, bem quietinho
Lembro de quem eu adoro:
De você, querido netinho!

Euclides Riquetti
15-10-2018

(Ao meu neto Ângelo Fagundes dos
Passos Riquetti - aos 9 meses, meu
querido "Anjinho")


Dionísio Ganzala - Cabo do 5º BE - padrinho e afilhado!






Soldados do 5. Batalhão de Engenharia de Combate Blindado - Porto União - SC




Porque dos verdadeiros amigos, daqueles que tiveram importância em nossa vida, 

jamais devemos nos esquecer!

domingo, 7 de setembro de 2014

          Recebi, no sábado, a informação do falecimento do amigo Dionísio Ganzala. Ligou-me sua sobrinha, Kátia Bazzo, minha ex-aluna, ex-colega de trabalho, que mora em Ouro. Ela sabia do carinho e apreço que eu tinha por ele. Fiquei muito triste por ele ter partido. Um pouco mais velho do que eu, natural do interior de Campos Novos, localidade de Pouso Alto, perto do Rio Pelotas, no hoje município de Zortéa. Conheci-os em União da Vitória, em março de 1972. Era Cabo do Exército Brasileiro, servindo ao 5º BE, em Porto União.


          Fui convidado pelo conterrâneo Leoclides Frarom, o Leo Fra, para morar na "República Esquadrão da Vida", localizada na Rua Professora Amazília, 322, bem em frente a onde se localiza o Banco do Brasil, em União da Vitória. Era uma casa de madeira com frente em alvenaria, amarela. Formamos uma turma de 10 jovens, todos estudantes, a maioria universitários. A antiga "CABOLÂNDIA" que antes abrigava cabos do 5º BE, estava hibrizada, agora com muitos civis, pois os que se desligavam do Exército, acabavam trabalhando em bancos e na iniciativa privada.

          Aderbal Tortato era ex-Cabo e trabalhava no Banco do Brasil. Mineo Yokomizzo e Francisco Samonek eram meus colegas de Letras na Fafi e também atuavam no BB. Evaldo Braun e Osvaldo Bet em companhias que construíam rodovias. Odacir Giaretta era moveleiro. E havia os Cabos Frarom, Backes (João), Dionísio (Ganzala). Depois vieram os Cabos Figueira (local), Maciel (Concórdia) e Godoi (Caçador).  E o Boles (Boleslau Myska), taxista e depois empresário, virou hoteleiro (Rio Hotel). O Aclair (Dias), também Cabo, que veio de Caçador, já havia buscado outro rumo. O mesmo acontecera com o Cabo Arnaldo Della Giácomo.Também moraram conosco o João Luiz Agostini, seu irmão Carlos, que estão em União da Vitória, e o Eduardo Bet, de Bituruna, que fez carreira militar em Brasília. O Celso Lazarini, que jogou no Iguaçu, e está morando no Porto. Lodovino Pilatti, de Tangará, era uma espécie de convidado, também se alojava lá nos tempos de FAFI. Tínhamos um grupo com muita força intelectual e até física.

          O Dionísio era uma "santa alma". Um cidadão muito simples, levantava de madrugada e, às 5 horas, era normal ouvi-lo fazendo exercícios físicos e tomando banho com o chuveiro desligado naquelas madrugadas frias de inverno, que só quem morou lá sabe como é. Maior do que eu, que tenho 1,83 metros. Muito forte, um gigante. Competia nos jogos do Batalhão. Rastejava na lama sob arame farpado, subia pelas redes, pulava obstáculos, era um exímio remador. Corria atletismo e, nas marchas a pé, ia até São Mateus do Sul com seus companheiros. Nem cansava. Assim era meu colega Dionísio, com quem desenvolvi grande afinidade por sermos oriundos da mesma região.

          Fui estudar Letras e não tinha boa base em Inglês. Ele me deu seu livro básico para eu fosse resolvendo exercícios (ele estudava no São José, num curso intensivo que denominavam de mini-Ginásio, à noite). Depois, vendo que eu gostava de jogar bola e não tinha chuteiras, deu-me sua "Gaetta nº 43", que ficava um pouco folgada no meu pé, mas que quebrava o galho. Era assim o amigo. O que era seu era dos outros também.

          Quando criaram a Loteria Esportiva, começou  a jogar adoidadamente. Ensinou-me que "zebra" era quando um time grande perdia para um pequeno.  Era muito festeiro, frequentador de casas noturnas, de todos os ambientes possíveis. Fazia sucesso com as gatas. Me apresentava aos outros como "Sargento Riquetti", pois eu havia raspado o cabelo ao passar no vestibular e parecia mesmo um milico. Dava-me moral. Contava-me suas histórias de pescarias e caçadas na beira do Pelotas. Tinha planos, mas teria que deixar o Exército porque não conseguira estabilizar a "QM", como dizia ele.

          Aplicou suas economias de cinco anos num Fundo de Investimentos que quebrou e ele ficou sem nada. Saiu do batalhão e não tinha mais tudo o que economizara. Mesmo assim, com um colega do Exército, que era de Concórdia, compraram a"Boite Karandache", que acabaram vendendo porque há uma diferença muito grande entre você ser frequentador e ser administrador.

          Num fim de tarde, chegou um recado através de um vizinho, um funcionário gentil da Copel que tinha telefone: seu pai havia falecido em Pouso Alto, interior de Campos Novos. Veio com o Corcel 4 portas do Boles para dar adeus ao seu progenitor. Em razão disso, voltou para o sítio da família, definitivamente. E, quando fui morar em Zortéa, encontrei-o no escritório da Zortéa Brancher, onde eu trabalhava à tarde no Financeiro e lecionava pela manhã e noite na Escola Major. Ele, por sua vez, estava lecionando na Escola Municipal de Três Porteiras, ali perto de onde morava.

          A vida dele deu uma guinada extraordinária. Um dia, disse-me: "Riquetti, você sabe tudo o que eu já fiz na minha vida, de bom e de ruim. Mas agora estou com Deus. Fui um pecador, mas agora deixei de ser. Deus é minha vida e meu norte é a Bíblia". E o Cabo Dionísio, que baixara das Forças Armadas como Terceira Sargento da Reserva, era um soldado de Deus. Ficava muito nervoso quando as coisas saíam do rumo, defendia a moral e os bons costumes.

          As pessoas o jugavam doido, mas eu o compreendia e respeitava. Fora um bravo soldado no 5º BE e era o responsável pelo "Paiol de Munição", um serviço que era outorgado somente para pessoas de extrema confiança do Comando Militar. Um atleta vigoroso e obstinado e eu ficava chateado porque as pessoas não davam a ele o devido valor. Muitas vezes, as pessoas tratam os outros pelas aparências, sem conhecer as virtudes que eles têm. Nos últimos anos, juntou-se aos companheiros de Igreja, fez pregações, realizou batizados nos rios, foi servente de pedreiro, agricultor e até participou dos Movimentos  dos  Sem-terra. Eclético, nunca perdeu a candura...nem sua alma deixou de ser nobre, nem seus gestos deixaram de ser polidos!

          Ele e o Cabo Backes me apelidaram de "Alegria". Também me chamavam de "Sorriso". E o Backes o chamava de "Triste". Coisa de jovens! O Jair Backes, que é meu vizinho aqui em Joaçaba, informou-me que o Backes, seu irmão, o Cabo, faleceu há três anos,  no Mato Grosso. Tinha casado com a namorada, Holga, me parece, que era vendedora na Loja Vencedora, ali em União da Vitória.

          Ontem escrevi um poema que postei no meu blog: "No dia em que você partiu". Era minha homenagem aos amigos que se foram. vale para o Dionísio, o Backes, o Godoy, que fez carreira no Exército e já faleceu. Enquanto escrevia, as lágrimas dificultavam-me ver a tela do computador. Amigo verdadeiro é sempre amigo verdadeiro! Que os três amigos se encontrem lá no céu e possam continuar com o lema de nossa república de estudantes do início da década de 1970: "Neste Natal, nós, da República esquadrão da Vida, estaremos alertas e vigilantes". E continuamos sempre vigilantes, rezando pelos amigos que se espalharam pelo Brasil, tiveram suas famílias e são pessoas muito honradas.


           O Dionísio sempre me procurava lá em Ouro. Imaginei que aquela fortaleze devesse durar 100 anos! Mas não foi assim, infelizmente. Tenho algumas histórias que eu poderia escrever sobre ele. Quem sabe, num sonho, ele me autorize a contar. Ao contrário, serão segredos que ficaram em mim e nas pessoas que melhor o conheceram... De qualquer forma, em algumas ocasiões, pude ajudá-lo a resolver problemas seus. Ele me dizia que eu era "seu padrinho". E eu dizia que não, que era ele que era meu padrinho, desde os meus 19 anos, lá no Porto. Importa-nos, tanto a mim quanto a ele, que éramos amigos e o que eu posso fazer por ele é rezar e poder dizer aos amigos quem ele foi, o que foi, e quanto bom ele foi.


Grande abraço, amigo Dionísio, de seu amigo Riquetti, "sempre alerta e vigilante"!

Euclides Riquetti
07-09-2014

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Um sábado belíssimo: fique bem...



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Tenha um sábado belíssimo
Um dia levemente ensolarado
Um céu azul com matizado
De nuvens brancas, lindíssimo!

Tenha um sábado de alegria
Muita jovialidade e animação
Muita paz no seu coração
E o prazer de viver este dia!

Tenha um sábado diferente
Com suas coisas dando certo
E meu espírito estará perto
Cuidando de você, certamente!

Tenha um sábado gracioso
Muita motivação para a vida
Reencontros sem despedidas
Um dia simplesmente gostoso!

Pois vou fazer-lhe uma oração
Pedir pra todos muita saúde
Equilíbrio com amplitude
Muito carinho no coração.

Fique bem, fique muito bem!

Euclides Riquetti

Flores amarelas...

 





Acariciar o seu cabelo liso
Sentir seu  cheiro seco e perfumado
Imaginar um campo ensolarado
Com flores simples, simplesmente belas
Gramados verdes, flores amarelas
É apenas disso que eu tanto preciso.

Sentir calor em seu abraço quente
Beijar sua boca doce e bem moldada
E no seu corpo que me atiça a mente
Viajar no tempo da vida passada....

Perder-me em sonhos e encantamentos
Nos campos verdes, natureza viva
Flores amarelas brancas, flores vida
Ver nos seus olhos aquele brilho breve
E  no seu rosto um sorriso leve
Alimentar a alma com meus sentimentos

Sentir o vento que sopra num  repente
Devanear sem me lembrar das horas
Comemorar aquilo que a gente sente
Viver  o presente, o aqui e o agora...

Euclides Riquetti

Venha ver... está chovendo lá fora

 







Venha ver... está chovendo lá fora
Cântaros despejam as suas águas
Que banham os passantes de agora
E já banharam minhas mágoas...

Venha ver... ainda está chovendo
E pingos de cristal em seus conflitos
Vêm do céu que foi escurecendo
E se quebram nos paralelepípedos.

Molha a chuva as frágeis florinhas
Que, sufocadas por pés desalmados
São feridas pelas ervas daninhas.

Mas elas reemergirão bravamente
Como você que resistiu no passado
E reviverá, vitoriosa, doravante!

Euclides Riquetti



Quando se douram os trigais



 

 
 

 
Quando se douram os novos  trigais
Fica primavera na minha alma
Quando se esverdeiam os laranjais
Deles brotam as  flores mais  alvas.

Quando se azulam as águas cristais
E correm em direção aos  oceanos
Penso em dias que não voltam mais
Que se somaram em meses e anos.

Quando o caminho fica  extenso
E o porvir fica bem  menor
Olho pro meu passado e penso
Se o que me aguarda será melhor.

Não posso deixar tristes as manhãs
Nem as tardes perderem o sentido
Minhas noites jamais serão vãs
Jamais  serei um poeta exaurido.

Quando se douram os novos trigais
É meu recomeço, minha nova energia
É a força que volta cada vez mais
E me dá ânimo, luz e alegria.
E eu aqui,  pensando em você...

Apenas em você...
E em nada mais!
 
Euclides Riquetti

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Quando sentires o sabor do sol



Quando sentires o sabor do sol, de novo
Ele, que vem depois da chuva copiosa
Retire seu  lápis de um antigo estojo
E dê asas a sua imaginação prodigiosa...

Quando o puseres por entre seus dedos
Rabisque no papel as palavras afáveis
Esqueça infortúnios, livre-se dos medos
Escreva doces versos de amor, adoráveis.

Deixe que o prantear dê lugar à luz
Que seus ânimos ensejem os belos dias
Acredite, sempre, na mão que conduz...

A poesia é a canção da alma que excede
E que nos pode trazer alentos e alegrias
É como sabor do sol que bronzeia a pele...

Euclides Riquetti


O perfume que vem do leste



Posso sentir o doce perfume que vem do Leste
Que vem flutuando, leve, vem de algum lugar
É algo que me envolve, seduz e me enternece
Tem gosto de flores, de sol, da cor azul do mar.

É um perfume que me atrai, me atiça, me desafia
E me traz uma sensação divinamente irresistível
Um misto de sedução, sensualidade, de euforia
Um cheiro de pele clara, atraente e indescritível.

E eu ouço as nuvens silenciosas que mo trazem
E refuto os algodões escuros dos dias chuvosos
Que me roubam os perfumes na noite selvagem!

Então eu  espero que volte o dia claro de lume
Que se dissipe o cinzento dos dias nebulosos
Pra que me volte o olor de seu suave perfume!

Euclides Riquetti

É preciso dizer... e é preciso assustar-se! (Para continuar refletindo...)

 



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Inundação no conhecido "Trevinho da Auto Elite",

confluências da Rua Presidente Nereu Ramos e

Luiz Dorini, em Capinzal - SC - 18-10-2018

Foto da Rádio Capinzal 

 

 

 

         Em 23 de fevereiro de 2011, em artigo meu que foi publicado na coluna do saudoso (e bota saudoso nisso!...) Ademir Pedro Beloto, no Jornal A Semana, de Capinzal, e em meu blog, no dia 16 de fevereiro de 2013, com o título "É preciso dizer... e é preciso assustar-se", com relação às catástrofes ocasionadas pelas inconstâncias climático- ambientais que acontecem no Brasil, mencionei sobre riscos ambientais em razão de eventos climáticos adversos.  Recentemente, vimos o caso de Mariana, em Minas Gerais, cidade que tinha programado visitar para a segunda quinzena de janeiro próximo, e isso ainda pretendo fazer, em que algumas vidas foram perdidas e que os sonhos dos moradores do distrito de Bento Rodrigues foram soterrados e levados pela lama até o mar junto com as agora barrentas águas do Rio Doce, causando danos incomensuráveis à flora e fauna de todo o seu vale e abalando a economia dos pequenos, principalmente dos que vivem da atividade pesqueira.

         Como resposta, os governos e seus órgãos ambientais estabeleceram multas pesadas à Vale do Rio Doce, que é controladora da mineradora SAMARCO. Mas... Bem, deixo isso para você, leitor, analisar com sua apurada condição  crítica. E minha pergunta é: "Até quando desastres do gênero vão continuar a acontecer no Brasil? O que tem sido feito e o que pode ser feito para mitigar e amenizar as situações de risco?" Vejam o que escrevi:

        "Vivemos em cidades charmosas, colonizadas por descendentes de italianos ou germânicos, com declives e aclives acentuados, numa topografia altamente irregular. É assim nosso Vale do Rio do Peixe. Matas exuberantes cobrem os morros e formam os cílios dos riachos e de nosso majestoso rio, outrora piscoso, cujas águas já foram muito cristalinas, depois tornaram-se turvas (e turbulentas).

         Ouro e Capinzal não fogem à regra. São belas e prósperas. Por aqui já aconteceu "de tudo", coisas boas e muitas barbaridades. São cidades onde acontecimentos tristes têm ocupado as notícias no âmbito microrregional ou até estadual. Tivemos perdas humanas que jamais serão compensadas, até porque a vida é irrecuperável. Coisas insignificantes, recorrentemente, ocupam os noticiários.

          Mas os temas verdadeiramente sérios e importantes não têm sido debatidos. Meio ambiente e mobilidade urbana têm ficado em plano secundário. Deveriam ser discutidos à exaustão. Nas conferências das cidades estiveram na pauta, mas a participação popular não foi expressiva."

          Então, vejamos as fotos publicadas nos portais da região nesta semana. Inundações e enchente no Rio Capinzal. Muita confusão também aqui em Joaçaba, com a população reclamando através das emissoras de rádio, por causa da falta de um sistema de macrodrenagem que possa dar conta das águas que descem dos morros e vão inundar o centro da cidade. Muitas fotos e nenhuma análise crítica, nem um "mea culpa".

         Ora, desde 1983 tenho observado, analisado  e avaliado todos os eventos climáticos adversos e suas consequências, bem como parte de suas causas. No nosso caso, não é o desmatamento, uma vez que todo o vale do Rio do Peixe melhorou em termos de cobertura verde,  não pelo amor mas pela dor que a Lei impõe, mas acontecem as cheias do Rio do Peixe e do Rio Capinzal, bem como do Leão, no interior de Campos Novos, do Tigre, em Joaçaba, do Nair, em Lacerdópolis, do Leãozinho e do Ribeirão Doze Passos, em Ouro, e outros. Não, não é isso! Atribuo, em grande parte, à ocupação dos seus vales, principalmente nos que cortam as áreas urbanas, onde se construíram  casas e se pavimentaram as ruas, estas na maioria das vezes com drenagem insuficiente para comportar as precipitações irregulares de chuvas. Se, na área rural temos mais florestas e preservação, nas cidades, DEVASTAÇÃO!

         É só olhar a ocupação dos morros em Capinzal, com todos os loteamentos dos quais as águas originadas desaguam no Rio Capinzal. Uma bacia de um rio assoreado por construções, galerias e pontes, tudo sem vazão suficiente para o deságue. E isso que o Rio do Peixe nem está tão cheio a ponto de represar suas águas.

           A ocupação gananciosa das margens do Rio Capinzal, (ou seria por ignorância, mesmo?...), levaram ao assoreamento do mesmo em diversos pontos, e há os milhares de lotes urbanos que foram vendidos nos diversos loteamentos no âmbito de sua bacia, com acentuada impermeabilização do solo. Há algumas soluções que podem ser implementadas, mas que custarão bastante dinheiro, e que passam por abertura de alguns canais, aumento da vazão sob as pontes e nas galerias, alargamento e possivelmente construção de muros nas margens e até retiradas de algumas construções de edificações comerciais e residenciais. Tenho tudo bem claro na cabeça, a começar pela água que vem de um pequeno vale situado  nas proximidades do ginásio Dileto Bertaioli, que tem causado muitos transtornos. Há duas décadas, nossa família deixou de adquirir um imóvel no local porque consideramos que haveria risco de inundações no futuro, devido à uma sanga canalizada, o que vem se confirmando atualmente.

         O debate precisa ser trazido à pauta. A sociedade deve propor e cobrar soluções, tanto do Poder Público como dela mesma!

Euclides Riquetti



Lacerdópolis - transbordamento do Rio Nair, na noite de
09 de outubro de 2018 - causou a morte de uma pessoa e
atingiu a área central. Imagens da Prefeitura Municipal, onde
a água atingiu o andar térreo, onde funciona a Secretaria Muni-
cipal de Educação e a Epagri.

Ecoam cânticos angelicais

 







Ecoam nos céus os cânticos angelicais
Secundados pelas clarinetas dos serafins
Ecoam nos céus os cantos universais
E perdem-se nas imensidões e nos confins.

Festejam os anjos as glórias triunfais
As vitórias do bem sobre o vil e o mal
Festejam os anjos com perfumes e florais
A vida eterna no paraíso celestial.

E, quando as carruagens flutuam ao vento
Levadas pelo trotear dos cavalos brancos
As gaivotas brancas  plainam no firmamento.

Vai, meu coração, pelas celestiais savanas
Vai para te encontrar, vai juntar-se a tantos
Parceirar-se  aos anjos em suas caravanas...

Euclides Riquetti

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Escute minha canção

 

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Escute, calmamente, esta minha nova canção
Abrace-a, com carinho,  retenha-a sutilmente
Saiba que eu a fiz com a alma e meu coração
Buscando chegar até você, calar em sua mente.
Entenda meus propósitos de dar-lhe felicidade
Animando-a em seus momentos de desolação
Plantando em você a semente fértil da lealdade
Sensualidade a acender as fogueiras da paixão
Elegância que a torna desejavelmente atraente.

Sedução da pele clara que me encanta e atrai
Preocupação com o futuro, medo de surpresas
Seiva que me abastece com a energia renovada
Retidão diante das inconstâncias e dos sinais
Amor pra dar, pra receber, índole abençoada
Desejo do corpo que provoca e das sutilezas!

Escute cada nota, cada palavra escrita e cantada
Procure entender a mensagem que quero passar
Há um mundo desafiador, há uma nova estrada
Há o caminho que a conduz para um despertar...
Escute, preste toda atenção em tudo o que digo
E encontre a luz para resolver  seus problemas
Siga adiante, busque apoio, venha a meu abrigo
Inspire-me a continuar escrevendo meus poemas.

Volva seus olhos brilhantes para o céu tão bonito
Cuide da imensidão cingida por nuvens brancas
Procure encontrar nas estrelas a sua significação.
Veja, há a beleza do azul na vastidão do infinito
Onde encontro seu olhar que encaro com emoção
E, no céu, astros que se escondem na distância.



Euclides Riquetti

terça-feira, 2 de junho de 2020

Eu já era poeta... você já era poetisa...

 






Quando o meu olhar de poeta
Encontra o seu de poetisa
E meus dedos buscam as teclas
Para a composição concisa
Uma musa inspiradora
Deliciosamente sedutora
Me provoca e inspira...

Devaneios se alojam em meu ser
E no anjo que está dentro de você!

Quando meu coração de poeta
Encontra o seu de poetisa
E ambos pulsam na noite discreta
Em que o vento nos traz a brisa
Que acaricia seus lábios
Dos desejos e dos presságios
E você me inspira e provoca...

Devaneios se alojam em meu ser
E no anjo que está dentro de você!

E então eu tenho a certeza absoluta e precisa:
Em outro mundo
Em outro lugar
Em outro tempo
Eu já era poeta.

E naquele mundo
Naquele lugar
Naquele tempo
Você já era poetisa...

Euclides Riquetti

Andar nas nuvens

 



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Fui andar nas nuvens,flutuar
Buscar não sei o quê
Fui nem sei por quê
Mas fui passear!

Seria o  passeio dos justos
Ou da desolação?
Seria preocupação
Ou vazão a instintos brutos?

Fui andar perto do céu azul
Fui encontrar a paz
Pois é assim que se faz
Aqui no meu amado Sul...

Seria a busca das verdades
Das respostas escondidas
Para as dores sentidas
Para as aflições e as vontades?

 Fui com propósitos e propostas
Fui flutuar nas nuvens brancas
Procurar almas tão santas
Que me dessem as respostas!

E, agora, já sei o porquê
De ter ido buscar ali
Remédio pra dor que senti:
Encontrar você!

Euclides Riquetti

Perto de teu belo sorriso



  

 

 
Não tenhas medo, tu sabes que eu preciso
Ver melhor teu rosto, sentir teu perfume
Olhar nos teus olhos, que me condenam e punem
Mas preciso chegar  perto de teu belo sorriso!

Não te preocupes, não sou um bandido
Nem te justifiques, não dê explicações
Peço-te que entendas  as minhas razões
Eu apenas tenho um coração ferido!

Não me rejeites, procura me entender
Sou apenas um homem que tem sangue nas veias
Que tem fogo na alma para te aquecer.

Mais uma vez eu te imploro e eu te digo
Quero ser só teu, espero que  creias
Que preciso estar perto de teu lindo sorriso!

Euclides Riquetti

As calamidades do oportunismo e da roubalheira em tempos de pandemia: Merda jacta Est?


       


       Os aproveitadores, os oportunistas e os corruptos não perdem tempo nem na hora da desgraça. Uns aproveitam para levar vantagens indevidas, outros como vitrine para promoção pessoal e política e outros para roubarem, mesmo!

       Dia desses soube que algumas pessoas estão reivindicando os seiscentos reais mensais de auxílio indevidamente, escondendo, de alguma forma, que têm renda salarial. Com mais de uma fonte, omitem dados. Imagino que a Caixa, através do CPF das pessoas, estejam vendo os que têm vínculo empregatício e que as ações sejam efetivadas em favor de quem realmente precisa.

       Vi atentamente o vídeo da reunião do Presidente Bolsonaro  com seus ministros. Nada que o incrimine. Observei bem os comentários de analistas políticos, advogados, políticos, dos apresentadores de TV. Todos têm razão ou nenhum tem. O que me chamou muito a atenção foi o comportamento do Noviço  Rebelde, que parecia um cachorrinho acanhado lá, até subserviente. Está bem visível que a valentia dele se dava apenas quando estava bem situado na condição de Juiz em Curitiba. Muitas pessoas que o aplaudiam, agora o apedrejam. Duvidam até das decisões dele nos julgamentos, dos vazamentos de informações que possa ter ocasionado, do seu conluio com outros para atingir seus objetivos, não interessando se estivesse maculando ou não a imagem de alguém. Foi visível a “produtividade” dele nas ações contra o PT e contra figuras bem conhecidas da política, mas nada de força contra os do PSDB, partido de sua simpatia.

      O espetaculismo de Moro, das PF e do MPF, agora, é  visto como uma forte representação teatral. Comungo, também, do pensamento dessas pessoas. Moro é tão midiático como Fernando Collor e vai que lhe apareça um Pedro Leopoldo ou uma Tereza em sua vida... Há tanta gente se posicionando contra ele, principalmente depois da audição do vídeo daquela famigerada reunião, que está sujeito a tornar-se a Marina Silva da vez. Já vi isso com pessoas que agiram como ele e se deram muito mal, tornaram-se não confiáveis. Quem tem um compadre como ele, não precisa de inimigos, diria Carla Zambelli. Você convidaria Moro para padrinho de seu casamento?

       Passado um tempo razoável, a briga política e jurídica entre o Político Inquieto e o Noviço Rebelde continua. E o que espanta, mas não surpreende, é como agem os políticos na defesa de seus interesses pessoais. Na mídia televisiva, aquela que chamam de GLixo entrevista sempre as mesmas pessoas, o Presidente da OAB Nacional, líderes de partidos da oposição, etc. Na época em que ajudaram a derrubar Dilma Rousseff, agiam da mesma forma.

       Maia e Moro jogaram Bolsonaro no colo do centrão, por uma questão de sobrevivência política e isso é muito ruim para o Brasil. O auê que o ex-juiz provocou na imprensa, a expectativa gerada para se saber o conteúdo do vídeo, o suspense daquele ministro do STF, só serviram para fortalecer Bolsonaro perante seus fãs. Os bolsonaristas ficaram mais fortes e fanáticos. Os oficiais da reserva já deram recado em carta aberta sobre, até, haver desobediência e uma guerra civil. Morei, de 1972 a 1975, na Cabolândia, uma república de cabos e sargentos do 5º BE, em Porto União da Vitória, depois transformada em “República Esquadrão da Vida”. Disciplina, muito estudo, muito planejamento em tudo, sempre objetivos claros a serem alcançados. Pessoas bem determinadas que tiveram muito êxito em carreiras que abraçaram posteriormente. Militei na Universidade naqueles tempos em que usar uma roupa verde oliva era um orgulho.

       A linguagem chula utilizada por Bolsonaro na reunião com os ministros é uma coisa muito feia. Porém, não pensemos que isso é apenas exclusividade dele pronunciar impropérios. Conheci um governador aqui de Santa Catarina que, em rodinhas de eventos, falava no mesmo nível que falou o Presidente, sem se importar com outras pessoas por perto, que certamente estavam ouvindo tudo pelo volume da fala. O Ministro da Educação também foi muito mal ao dizer que tinha que matar todo mundo lá de Brasília, inclusive ministros do STF.

       Celso Mello, que foi colocado no STF pelo seu primo Fernando Collor de Mello, também foi mal em publicar um vídeo com falas que não tinham nada a ver com o objeto de investigação. Podem ter certeza, leitores, que logo as decisões monocráticas, por lá, tenham nova normatização, de modo que, em casos graves, nos quais se mexe com a vida do País, elas deixem de ser monocráticas e passem a ser tomadas por turmas de juízes. Celso Mello tem alfinetado o Ministro Augusto Heleno, que fez uma carreira militar brilhante e tem uma considerável biografia, ao contrário de Mello, que chegou ao Supremo pelas mãos do parente amigo, da mesma forma que chegaram seus pares, pela mão de seus amigos, sendo o caso mais recente o de Alexandre Moraes, amigo de Michel Temer.

No texto divulgado no último domingo, oficiais da reserva, ex-colegas de turma de Augusto  Heleno na Academia das Agulhas Negras, se referem aos "ministros" do STF - entre aspas - nos seguintes termos: "bando de apadrinhados que foram alçados à condição de ministros do stf (sic), a maioria sem que tivesse sequer logrado aprovação em concurso de juiz de primeira instância".

Em tom policialesco, o texto adverte: "Alto lá, 'ministros' do stf!" e diz que os autores do texto se mantém calados "em nome da paz no País".

       Os últimos acontecimentos da política, que envolvem a divulgação do vídeo com a fala do Presidente da República e seus ministros, a entrevista da deputada Carla Zambelli e uma emissora de rádio gaúcha, a presença da Polícia Federal fazendo buscas e apreensões, inclusive na residência do Governado Wilson Witzel e no escritório de sua esposa, vão dar muita discussão. Mais uma vez, podemos dizer: “Merda jacta est”!

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com