Sou totalmente a
favor da democracia, acho que no mundo não há lugar para ditaduras. Ainda é o
melhor regime político para todos os países, o direito das pessoas precisa ser
sempre respeitado. Abomino toda a forma de tortura física, pressão psicológica,
agressão física ou moral. As pessoas
precisam respeitar para se fazerem respeitar. Todos os seres precisam ser
respeitados, inclusive os animais e as plantas. Tudo o que é natural e orgânico
precisa de bom trato!
A campanha
eleitoral deste ano foi pura baixaria! Tanto no primeiro como no segundo turno.
Agressões pelas redes sociais, pelo rádio, pela televisão, nas ruas... Tudo
muito condenável! Há três décadas, os candidatos podiam colocar sua foto e seus
currículos para aparecerem nos programas
de TV. Achavam que era pouco e foram abrindo espaço para toda a sorte de
propaganda. Campanhas políticas foram secundadas por shows de artistas muito
bem pagos, inclusive por gente que recebia benefícios das leis da Cultura,
dinheiro nosso, dinheiro que faz falta para diversos serviços essenciais à
população.
Tentaram regular
tudo, proibiram os candidatos de distribuírem chaveiros, camisetas, etc. E isso
serviu pra quê? Ora, uma vergonheira está instalada em todas as formas de
comunicação desta última campanha. É visível o que há de matéria tendenciosa,
jornalista tendencioso, cientista político e social tendencioso! Aliás, as
escolas também tornaram-se grandes depósitos
de aparelhos ideológicos, cada um tentando passar pra frente suas convicções,
nem sempre as mais salutares, ou melhor: nunca ou nada salutares. Cada um foi
perdendo a vergonha na cara da forma que achou mais conveniente, ou que melhor
atendeu a seus interesses e conveniências. Agora, o desespero da perda das
tetas faz com que muitas pessoas se achem na razão de dizerem as bobagens que
querem, as asneiras que lhes convêm, sem se importarem com o que possam causar
em termos de danos morais.
Na semana que vem, as notícias serão outras.
Começar-se-ão as especulações sobre as composições dos ministérios, das
secretarias nos estados, virá a
choradeira dos derrotados e dos seus seguidores. Mas o Brasil precisa andar. A
ordem e a disciplina precisam voltar e é isso que as urnas estão indicando para
a classe política. Os caciques ou coronéis donos de currais eleitorais vão dar
lugar a uma nova geração de políticos, que podem trazer o Brasil de volta aos
eixos. Queremos um Governo que não gaste mal nosso dinheiro, um Judiciário
justo, em que quem está errado tenha que ser punido e quem estiver certo seja
inocentado. Que os parlamentares atuem de forma isenta, votando os projetos que
sejam bons para os brasileiros e os catarinenses. E que sejam seguidos planos
de desenvolvimento e não planos de partidos políticos. A onda de mudança que
cobriu o País dá crédito aos eleitos para que façam o que tiver que ser feito.
E que a disciplina venha a imperar em todos e por todos os meios. É notório que
os governos pós-militaristas foram um fracasso. Falharam na segurança, nos
investimentos em infraestrutura, saúde e educação e deixaram imperar a
corrupção. Gastaram em propaganda e demagogia. Incentivaram o ócio e a fala
irresponsável. No governo pós-militar, dou como exceção Itamar Franco, que
colocou a Economia em ordem e deu bons rumos ao Brasil. Saiu limpo do Governo e
poucos reconhecem isso.
Qualquer cidadão
lúcido pode e deve fazer uma comparação do que temos vivido com o que foi no
passado. Em 1972, quando ingressei na Faculdade, em União da Vitória, Paraná, o
salário mínimo lá era de Cr$ 250,00. Descontava Cr$ 20,00 de INSS, que eu
compensava com horas extras. Trabalhava o dia todo e ia para a faculdade todas
as noites. Tive aulas aos sábados à tarde durante os quatro anos. Pagava Cr$ 50,00 de mensalidade na Faculdade,
Cr$ 120,00 de pensão e me sobravam ainda Cr$ 80,00 para o cinema, o lazer, o
frapê, a torta de requeijão com nata, o sorvete, e até para a mensalidade do
curso de Inglês no Yázigy. Agora você consegue fazer o quê com um salário
mínimo?