Lá, onde mora o coração
Há mistérios infindáveis
Há enigmas indecifráveis
Há segredos inconfessáveis
Lá onde mora o coração.
Lá, onde mora o coração
Consegue chegar o pensamento
Vai pelo ar, com o vento
Vai livre, vai com o tempo
Lá onde mora o coração.
Lá , onde mora o coração
Há lábios certamente rosados
Há lábios por mim desejados
Há amor e há pecados
Lá onde mora o coração...
Euclides Riquetti
04-02-2012
sábado, 4 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Nona Crônica do Antigamente
Recordar e Pensar é preciso. Principalmente nós, que somos antigos, temos, sempre, muito que recordar. E recordar nos traz à mente situações que vivemos e das quais temos saudades. De algumas delas nos orgulhamos e queremos revivê-las. Nem que seja apenas no imaginário. Outras, nosso subconsciente rejeita, ferrenhamente. Há uma pessoa que sempre me diz: "tem algumas coisas que minha mente quer apagar, nada há que me atraia a lembrar delas". E, mais: "O que é ruim já deletei de minha cabeça. De pessoas desprezíveis quero distância. Se fui pobre, nem lembro".
Concordo plenamente com ela, embora muitas vezes isso nem seja possível. Mas vale desviar o pensamento das coisas que nos desagradam, canalizando-o para aquilo que nos deleita, que nutre nossa alma, que incita nosso ânimo, que nos dá mais prazer. Uma pessoa, uma vez, me disse que seu analista recomendou que trabalhasse o domínio de sua mente para não sofrer, procurando evitar lembrar de tudo o que fosse desagradável, dirigindo a mente para algo que lhe confortasse, que fosse auspicioso. Tem razão, ela.
Mas, dentro de meus propósitos de ressaltar que sou antigo, muitas coisas me vêm à mente. Em 1988 estive candidato a um cargo político. Na época, em agosto, nasceu a Rumer Willis. Hoje ela tem 23 anos, é bonita, mora nos Estados Unidos. Meu filho, o Fabrício, tinha menos de um ano, e nós o levávamos para todos os lugares, principalmente às festas no interior do Ouro, onde se come churrasco de verdade nas festas das capelas. E a Michele sempre dava um jeito de, literalmente, cair na água de algum riacho, inverno ou verão. A Caroline vinha correndo chamar-nos. E, assim, lá pelas 14 horas, tínhamos que ir para casa...
Ontem, dia 2 de fevereiro, ao caminhar pela rua central do Ouro, lembrei de meu pai, de minha mãe, de meu irmão, de muitos amigos que já se foram. Pessoas de quem lembro com muito carinho. A procissão de Nossa Senhora dos Navegantes pelo Rio do Peixe remeteu-me à minha infância, quando meu pai e uns amigos, com seus botes, realizaram uma procissão com a imagem de nossa padroeira, vindo da "ilha" até o "açude" e depois trazendo a imagem até o Seminário. Recordei-me do Sr. Reinaldo Durigon, provavelmente o seu maior devoto, que faz aniversário neste dia. Também do Olivo Zanini, que todos os anos ajudava a carregar a imagem desde o Rio do Peixe até a rua. Do Rodrigo Parmalat, que ficava ao colo da mãe, enquanto a barca aportava em sua propriedade, e o João Antunes da Costa, seu pai, ajudava a organizar o local por onde a Santa passaria. Lembrei-me de histórias ouvidas da Dona Noemia Sartori, do Érico Dambrós, do Sr. Ivo Luiz Bazzo, do Pedro Zaleski, do Rozimbo Baretta, do Ivo Maestri e de outros, todas interessantes. Também imaginei o Afonsinho da Silva e sua esposa, Eleonora, ele balseiro e padeiro, estabelecido ali onde hoje é a Unidade Sanitária. Lembrei-me da história de que trouxe a imagem da Santa de Caxias do Sul, fez um capitel para ela, levado pela enchente. Mas, a imagem, intacta, foi encontrada por ele quando a água baixou, ali na margem do Rio do Peixe. Momentos assim nos trazem muitas saudades. São os momentos indeletáveis de nossa mente.
É, ser antigo nos dá privilégios, conhecem-se mais histórias. Ah, a Marjorie Estiano, a Manu, da Vida da Gente, está enveredando para os lados do Eriberto Leão, agora Gabriel, ele que foi o "devagar" Pedro, naquela novela filmada em Floripa. Com a concordância da Julinha...
Antes que eu esqueça, a Rumer Willis é filha do Bruce Willis. E da Demi Moore. É por isso que ela passa frio, lá nos "States", onde é inverno. Aqui, nós, calor de 35 graus e muito calor humano, para compensar.
Concordo plenamente com ela, embora muitas vezes isso nem seja possível. Mas vale desviar o pensamento das coisas que nos desagradam, canalizando-o para aquilo que nos deleita, que nutre nossa alma, que incita nosso ânimo, que nos dá mais prazer. Uma pessoa, uma vez, me disse que seu analista recomendou que trabalhasse o domínio de sua mente para não sofrer, procurando evitar lembrar de tudo o que fosse desagradável, dirigindo a mente para algo que lhe confortasse, que fosse auspicioso. Tem razão, ela.
Mas, dentro de meus propósitos de ressaltar que sou antigo, muitas coisas me vêm à mente. Em 1988 estive candidato a um cargo político. Na época, em agosto, nasceu a Rumer Willis. Hoje ela tem 23 anos, é bonita, mora nos Estados Unidos. Meu filho, o Fabrício, tinha menos de um ano, e nós o levávamos para todos os lugares, principalmente às festas no interior do Ouro, onde se come churrasco de verdade nas festas das capelas. E a Michele sempre dava um jeito de, literalmente, cair na água de algum riacho, inverno ou verão. A Caroline vinha correndo chamar-nos. E, assim, lá pelas 14 horas, tínhamos que ir para casa...
Ontem, dia 2 de fevereiro, ao caminhar pela rua central do Ouro, lembrei de meu pai, de minha mãe, de meu irmão, de muitos amigos que já se foram. Pessoas de quem lembro com muito carinho. A procissão de Nossa Senhora dos Navegantes pelo Rio do Peixe remeteu-me à minha infância, quando meu pai e uns amigos, com seus botes, realizaram uma procissão com a imagem de nossa padroeira, vindo da "ilha" até o "açude" e depois trazendo a imagem até o Seminário. Recordei-me do Sr. Reinaldo Durigon, provavelmente o seu maior devoto, que faz aniversário neste dia. Também do Olivo Zanini, que todos os anos ajudava a carregar a imagem desde o Rio do Peixe até a rua. Do Rodrigo Parmalat, que ficava ao colo da mãe, enquanto a barca aportava em sua propriedade, e o João Antunes da Costa, seu pai, ajudava a organizar o local por onde a Santa passaria. Lembrei-me de histórias ouvidas da Dona Noemia Sartori, do Érico Dambrós, do Sr. Ivo Luiz Bazzo, do Pedro Zaleski, do Rozimbo Baretta, do Ivo Maestri e de outros, todas interessantes. Também imaginei o Afonsinho da Silva e sua esposa, Eleonora, ele balseiro e padeiro, estabelecido ali onde hoje é a Unidade Sanitária. Lembrei-me da história de que trouxe a imagem da Santa de Caxias do Sul, fez um capitel para ela, levado pela enchente. Mas, a imagem, intacta, foi encontrada por ele quando a água baixou, ali na margem do Rio do Peixe. Momentos assim nos trazem muitas saudades. São os momentos indeletáveis de nossa mente.
É, ser antigo nos dá privilégios, conhecem-se mais histórias. Ah, a Marjorie Estiano, a Manu, da Vida da Gente, está enveredando para os lados do Eriberto Leão, agora Gabriel, ele que foi o "devagar" Pedro, naquela novela filmada em Floripa. Com a concordância da Julinha...
Antes que eu esqueça, a Rumer Willis é filha do Bruce Willis. E da Demi Moore. É por isso que ela passa frio, lá nos "States", onde é inverno. Aqui, nós, calor de 35 graus e muito calor humano, para compensar.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Calor
Calor?
Amor?
Fulgor?
Desamor?
Temor?
Dor?
Não:
Apenas o calor do sol no verão escaldante
Que difere do calor do coração amante!
Apenas o calor que conforta a alma atormentada
Não o calor que queima na tarde ensolarada.
O calor que harmoniza
É o mesmo que suaviza.
O amor que escraviza
É o mesmo que martiriza.
E as almas arredias
Que buscam as noites frias
O que são?
São espectros
Que vagam nos desertos
Nos caminhos incertos
Com olhos recobertos.
Ver pra quê?
Se não houver o que sentir
Se não houver um voltar depois de um partir
Se não há motivo para volta..
Vaga
Anda
Sente
Mas volta... volta...
Volta pra mim...
Sim.
Volta...
Amor?
Fulgor?
Desamor?
Temor?
Dor?
Não:
Apenas o calor do sol no verão escaldante
Que difere do calor do coração amante!
Apenas o calor que conforta a alma atormentada
Não o calor que queima na tarde ensolarada.
O calor que harmoniza
É o mesmo que suaviza.
O amor que escraviza
É o mesmo que martiriza.
E as almas arredias
Que buscam as noites frias
O que são?
São espectros
Que vagam nos desertos
Nos caminhos incertos
Com olhos recobertos.
Ver pra quê?
Se não houver o que sentir
Se não houver um voltar depois de um partir
Se não há motivo para volta..
Vaga
Anda
Sente
Mas volta... volta...
Volta pra mim...
Sim.
Volta...
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Fim de tarde
Fim de tarde:
O sol começa a se por
O coração a se opor...
E as almas ardem.
É fim de tarde!
Fim de tarde:
As sobras da noite se libertam
E flertam...
Flertam comigo
Contigo
Flertam...
Fim de tarde: a noite vem.
Vem, como as demais
Quando cessam os pardais
E há o encontro dos pensamentos casuais
Na noite que vem
Escura...
Fim de tarde:
Da noite emergente é o prenúncio
Da manhã que vem é prévio anúncio
É mais um fim de tarde:
Como as demais
(Não voltará, não, nunca, jamais)
O que vai, não volta mais...
Apenas volta, no firmamento
A lembramça de ti em meu pensamento.
Mas, como a tarde, tu também vais
E não voltas...(mais!)
O sol começa a se por
O coração a se opor...
E as almas ardem.
É fim de tarde!
Fim de tarde:
As sobras da noite se libertam
E flertam...
Flertam comigo
Contigo
Flertam...
Fim de tarde: a noite vem.
Vem, como as demais
Quando cessam os pardais
E há o encontro dos pensamentos casuais
Na noite que vem
Escura...
Fim de tarde:
Da noite emergente é o prenúncio
Da manhã que vem é prévio anúncio
É mais um fim de tarde:
Como as demais
(Não voltará, não, nunca, jamais)
O que vai, não volta mais...
Apenas volta, no firmamento
A lembramça de ti em meu pensamento.
Mas, como a tarde, tu também vais
E não voltas...(mais!)
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