sábado, 27 de julho de 2024

Lenda de São João Maria, o monge andante

 


 



A fé no Monge João Maria – E a Canonização popular | Click Riomafra

      Ao longo dos dois últimos séculos, era normal se verificarem pessoas andantes das estradas, a maioria sem identificação, que levavam em si segredos os mais diversos. Eu mesmo conheci algumas, em minha adolescência. Despertavam a curiosidade dos moradores das cidades e mesmo das comunidades interioranas. Além desses, outras figuras religiosas marcaram época no Vale do Rio do Peixe, como Frei Bruno, na região de Joaçaba; e Frei Crespin Baldo, no antigo Rio Capinzal, em Linha Sete de Setembro, no local onde está instalado hoje do Distrito de Santa Lúcia, em Ouro.
       Tanto Frei Bruno como Frei Crespin têm atribuído a si a prática de milagres, especialmente pela realização de curas. Sobre Frei Bruno, é dito que ele andava pelas ruas com seu cajado, cumprimentando a todos e dando conselhos a quem os pedisse. Era um andante urbano. Contam que, deslocando-se entre Joaçaba e Luzerna, seguia sem interromper a viagem em que se aprofundava a meditar, e era possível que fosse localizado em ambos os lugares ao mesmo tempo.  Depois de sua morte, as pessoas passaram a pedir a ele a intercessão para operar curas de seres portadores de doenças graves, quando que em estado quase que terminal. Relatos nos dão conta de que muitas foram as graças alcançadas por seus fiéis seguidores que, cada vez mais, lhe devotam a Fé.
       Frei Crespin, morreu num acidente de jipe, na Linha Entrada, em Capinzal, quando ia com outros frades a Curitiba para um encontro religioso. O jipe tombou sobre ele e sua boca acabou calcada num pequeno buraco de uma valeta, tendo morrido afogado, após a ingestão de água e barro. Igualmente, é venerado por todos os que o conheceram. Eu mesmo fui abençoado por ele quando criança, nas proximidades da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, em Leãozinho, Ouro, quando este ainda pertencia a Capinzal. O processo de canonização de Frei Bruno está em fase bem adiantada, enquanto que, com relação a Frei Crespin, há uma tentativa inicial, ainda incipiente.
       Mas é certo que, muito além do que consta nos relatórios escritos, há muitas histórias sobre ambos andando de boca em boca, de coração em coração. Algumas revestidas de acréscimos em razão do entusiasmo de pessoas que acreditam em ambos, e no seu poder de curar.
       Lá em Leãozinho, Ouro, uma vez, ainda à época de Crespin, um andarilho esteve na gruta de Nossa Senhora de Lourdes e, por ser época de inverno, ao final da década de 1950, ele se alojou numa benfeitoria da Capela local, um pequeno galpão perto do rio que dá nome à comunidade, acendendo um fogo, de repente com alguma técnica que conhecia, uma vez que não portava fósforos nem isqueiros. Estive lá com uma das filhas de meu padrinho, João Frank, que me criou a partir de meus 13 meses de vida, até meus oito anos, quando voltei à família de meus pais, para frequentar a escola rudimentar. À época, houve muita especulação sobre a identidade daquele homem, que nada pedia, pouco falava, e muito rezava. Um saco velho de algodão, com alguns pertences, era tudo o que possuía. Meu padrinho, um homem justo e de bom coração, mandou-nos que lhe levássemos comida, frutas, açúcar mascavo, pão, vinho, salame e café com leite. Fomos lá, entregamos e percebemos uma tênue alegria no rosto sofrido daquele senhor, que nos agradeceu e abençoou.
       Histórias de andantes pelas estradas também ouvi de meu avô, Victório Baretta, em Linha Bonita, em minha adolescência. Ele era bodegueiro no interior de Rio Capinzal, no Distrito de Ouro, e recebia pessoas em seu casarão de nove quartos, uma sala comercial e duas outras, um escritório, uma cozinha e o compartimento do lavador de louças. O banheiro ficava instalado num galpão à parte, onde se localizava o tanque de lavar roupas, que recebia água de bica. Um chuveiro de campanha, em zinco galvanizado, um paiol capaz de armazenar mais de mil sacas de milho em espigas, cerca de três mil dessas, um considerável armazém, estábulos e chiqueiros completavam o conjunto da propriedade. Era normal ver andantes de alojando em alguma das benfeitorias. Os viajantes, mascates, que deixavam seus animais na casa de pasto, eram acomodados em quartos do casarão. Eu mesmo vi muitos desses andarilhos, que andavam me parecia sem rumo, mas que todos sabiam rezar e agradeciam, respeitosamente, pelo abrigo e comida que nossa família lhes dava.
       No início dos anos setenta, me deparei com um volume de histórias muito interessantes sobre um monge que teria vivido no Vale do Rio Iguaçu, que andou pela região da Lapa, Ponta Grossa, Guarapuava, e Porto União da Vitória, na região em que fervilhou a Guerra do Contestado, e vindo mais ao Sul, propriamente em Lages, Curitibanos e Campos Novos, e no Norte do Rio Grande do Sul. O Monge João Maria, como era chamado, que pode ter sido apenas um homem ou dois, ou mesmo três, segundo contam, certamente que com o sobrenome de Agostini, depois Agostinho; ou João Maria de Jesus. As informações, no entanto, nos levam a crer que era o mesmo homem, com características bem peculiares. Seria um curandeiro, um místico, um conselheiro, um contador de histórias, um religioso, ou um fugitivo da Lei? Imagino, pelo que ouvi sobre ele, ao longo de minha vida, ser um misto de tudo isso, um ser humano de grande alma e coração, capaz de operar milagres, de influenciar positivamente e psicologicamente as pessoas que acreditavam nele, um receitador de chás de ervas, incentivador de que rezassem a Jesus, um andarilho capaz de fazer andarem os paralíticos e de repor o sorriso no rosto dos deprimidos. E assim é construída uma aura em torno dele. É o herói humilde, com muito caráter, o benfeitor e defensor dos fracos e oprimidos, muitas vezes adorado, e por alguns rejeitado, pois representaria perigo para os poderosos, em razão de verdades pronunciadas em suas palavras.
       Por outro lado, é dito que, nos lugares onde era mal recebido, lançava pragas que, em pouco tempo, se concretizavam. Monge ou profeta, predisse muitas coisas que calaram na mente das pessoas, em especial dos sertanejos do Sul do Brasil, e que foram sendo passadas adiante, oralmente. Um monge leigo, que usava roupas velhas, talvez uma túnica de sacerdote muito desgastada, um gorro na cabeça, sandálias muito rústicas, um saco velho, de algodão encardido, uma velha Bíblia e um cajado. Seus discursos ou sermões encantavam os ouvintes, humildes, falando do fim do mundo, de coisas que iriam acontecer. Profetizou: “Chegará um tempo em que ninguém saberá quando será inverno nem verão”, e isso se verifica, hoje, nas constantes anormalidades climáticas.  “Plantem o que dá debaixo da terra”. “As mulheres tomarão uso da vestimenta dos homens”. “Filhos e filhas não obedecerão seus pais, haverá filhos contra os pais e pais contra filhos”. “Haverá uma águia de aço carregando gente” (avião). “Haverá um burro preto carregando gente” (carro). “Um gafanhoto de aço roncador destruirá as florestas” (motosserra). “Uma cobra preta cruzará toda a região e engolirá muita gente, por ela só caminharão pés de borracha” (asfalto e carros).
       Também é dito que, quando das tempestades, o Monge ficava sentado ao relento, mas não se molhava. Ainda, que era capaz de estar, ao mesmo tempo, em dois lugares, rezando numa gruta e curando um doente numa casa. Jamais os índios ou os animais selvagens o atacavam. Fazia surgir olhos d´água nos lugares em que pousava. Curava doentes com infusões da planta conhecida como vassourinha, e suas rezas. Ainda, dizem que, uma vez, após jejuar por dois dias, dois anjos o levaram para o céu. No entanto, muitas são as versões sobre a data e o local de seu desaparecimento.
       As histórias contadas sobre o Monge são muitas e são propagadas ao longo dos últimos dois séculos. A mais recente, surgiu em União da Vitória, após a Enchente de 1983, que fez subirem muito as águas de três rios que banham Santa Catarina: Iguaçu, na divisa de nosso estado com o Paraná; Rio do Peixe, que corre de Norte a Sul; e Rio Itajaí, que vai do Planalto ao leste, desaguando no Atlântico. Dizem que, numa das passagens de João Maria por União da Vitória e Porto União, passou pela casa do Coronel Amazonas Mendes Marques, proprietário de embarcações que transportavam gente e mercadorias pelo Rio Iguaçu. Com sede e fome, foi recebido pelo Coronel, que residia à margem Norte da Ferrovia denominada, à época, Rede Viação Paraná-Santa Catarina, no hoje Bairro São Cristóvão. Recebeu da família do Coronel Amazonas comida para matar sua fome e água para saciar sua sede. Disse, então, ao Coronel, que um dia haveria uma grande inundação, e que as cidades gêmeas, Porto União e União da Vitória, iriam ficar submersas às águas do Rio Iguaçu, parando de subir quando chegasse ao último degrau da escada com que as pessoas chegavam a sua residência. Pois, na Enchente de 1983, a maior da história e que causou danos irreparáveis a catarinense e paranaenses, isso se concretizou: quando a água chegou ao último degrau, seu nível parou de subir. E, dias depois, foi lentamente se normalizando, com o Iguaçu voltando, normalmente, ao seu leito. Visitei, pessoalmente, algumas das fontes abençoadas pelo Monge, que costumava acampar-se ao lado delas: a da Água Santa, em Zortéa; uma num mato no acesso à fazenda Nossa Senhora de Belém, de Alceu Saporite, nos campos de Água Doce; e o “pocinho” de “São João Maria”, no Morro da Cruz, em Porto União. Ali, muitas crianças são até hoje batizadas, inclusive alguns de meus familiares o foram.
       Sempre que conduzo turistas para o Vale do Rio Iguaçu, na condição de condutor cultural, tenho passagem obrigatória pelo Pocinho de São João Maria, onde pelo menos duas esculturas talhadas em madeira o mostram com a imagem com que as pessoas verdadeiramente o conhecem. Ali são feitas orações e há muitas imagens de santos levadas a ele. São a simbologia dos supostos milagres que ele realiza. Eu mesmo compus a “Oração do Monge São João Maria”, que tem sido espalhada para o mundo através da internet:

       Oração ao Monge São João Maria


Nas plagas de Taquaruçu
Nas grutas do Vale do Peixe
Nos morros e planaltos do Sul
E onde que a memória deixe
Ou nas raízes do Iguaçu
Neste chão catarinense
Os revoltosos exclusos
Mexeram com as almas das gentes.

Cruzes espalhadas nos morros
As fontes benzidas das águas
Gemidos pedindo socorro
Corações cheios de mágoas
O velho do cajado e do gorro
Pés descalços e mãos calejadas
São João Maria do bom povo
Abençoe minhas simples palavras.

O manto de trapo que cobre
Um corpo esguio e indefeso
Esconde as origens de um nobre
Que tem por justiça o desejo
São João Maria a esses  pobres
Dá tua bênção, teu conselho
Abençoa os caminhos em que corre
O rejeitado sertanejo.

Monge João Maria da oração
Olha pro céu anilado
Que tomou-me a casa e o pão
Que fez de mim um coitado
Dá alimento ao meu coração
Que anda nos caminhos jogado.

E, entre anjos e arcanjos
Nas imensidões de um além
Perdoa até mesmo os tiranos
Paz para eles também
São João Maria, Homem Santo
Homem que lutou pelo bem
Que reine a harmonia em todo o canto
E que Deus nos diga amém!

       São João Maria, líder espiritual do sertanejo sul-brasileiro, para onde quer que tenha ido parar seu corpo, em algum lugar da América do Sul, deixou sua alma vagando para alojar-se em muitas das fontes onde repousou. Um curandeiro, milagreiro ou um místico andarilho, o Monge Andante, a quem respeito como Santo, por quem já rezei, a quem já pedi proteção, abençoa o povo brasileiro!

Euclides Riquetti – Joaçaba – SC – novembro de 2018 - publicado somente em 03-09-2020

Gotinhas de orvalho

 





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Gotinhas de orvalho
Gotinhas de orvalho queimam
Quando caem na madrugada
São como princesinhas que reinam
Na terra dos sonhos e encantada.

Gotinhas de orvalho tão delicadas
Também podem causar avarias
Podem ser como pedras nas estradas
Ou como espinhos nas cercanias.

Gotinhas de orvalho também ferem
Ferem de dor, ferem  uma paixão
São como flechas que se desferem
E podem machucar meu coração.

Gotinhas de orvalho, ora inofensivas
Outras vezes vorazes e impetuosas
Caíram nas relvas de minha vida
Transformadas em gotas lacrimosas!

Bem assim...

Euclides (Celito) Riquetti

Olhos que te veem (O doce do teu beijo)

 


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Que bom que eu tenho olhos que te veem
Que bom sentir o doce de teu beijo
Que bom que tenho lábios que te beijam
Que bom sentir o olhar do teu desejo.

É bom ver-te vestida desse rosa
É bom  tocar tua pele tão morena
É bom ver-te bonita, assim formosa
É bom amar tua alma tão serena.

Melhor é abraçar teu corpo frágil
Melhor é te roubar o beijo grácil
De amor e de desejo revolvido.

Divino é mergulhar no teu abraço
Divino é me perder no teu enlaço
No corpo que me deixa enternecido.

Euclides Riquetti

sexta-feira, 26 de julho de 2024

O mundo gira, os dias passam...

 


 



O mundo gira

Os dias passam

O tempo conspira

E mãos se entrelaçam.


O planeta flutua

Desfila no universo

Na galáxia nua

E eu faço versos!


Eu me equilibro

Sobre minhas pernas

Procuro seu brilho

Nas poesias eternas.


E, nesse meu pensar

Viajo na imaginação

Estou a procurar

Minha verdadeira inspiração:

Você!


Euclides Celito Riquetti

A Festa do Colono em Ouro - acontece hoje -conheça sua história

 



          Início do ano de 1981.  Era Prefeito em Ouro o Sr. Ivo Luiz Bazzo. Era também  época de fazer realizar um sonho que ele vinha acalentando há um bom tempo: realizar uma festa que viesse a tornar-se tradicional naquele município, cuja base de sustentação econômica era a atividade agropecuária. Trocou umas ideias com sua equipe, e formou uma Comissão Organizadora para fazer com que tudo pudesse ser planejado e executado a baixo custo e desse um bom resultado. Seria a oportunidade de o Poder Público e os cidadãos renderem suas homenagens aos colonos, que foram os grandes responsáveis pela consolidacão de Ouro como referência em agricultura e pecuária.

             A Primeira Festa do Colono do Município de Ouro seria promovida em Pinheiro do Meio, a comunidade geograficamente melhor situada no seu território. Tinha um bom campo de futebol, a comunidade estava construindo o primeiro ginásio de esportes rural,  havia o prédio escolar também disponível.  E era a comunidade com menor número de  famílias. Mas os sócios da comunidade foram briosos e investiram dinheiro próprio para que pudessem ter seu ginásio de esportes onde os filhos pudessem jogar. Iriam tomar empréstimos pessoais junto a bancos e emprestar para a sociedade. Depois, com os lucros auferidos no evento, devolveriam os valores a cada um.

          Foram então convidadas para uma reunião algumas lideranças representativas que poderiam ajudar na organização da festa: Carlos Tessaro, Presidente da Cooperzal; Carmelino Morosini, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ouro; Mauro Brancher, chefe local do escritório da Acaresc; Delmar Antônio Zanela, Gerente do Banco do Brasil; Édio Brusco, Gerente da Perdigão Ouro S/A; Carlos Baretta, vereador da comunidade de Linha Caçador, que representava aquela região do Município; Sérgio Riquetti, Vice-prefeito;  Euclides Riquetti, Secretário Municipal de Administração.  Feita a primeira reunião, programou-se uma maior, já com outras lideranças que foram sendo incorporadas, como Ozíris D 'Agostini, empresário;  Celita Colombo, Supervisora Local de Educação; Álvaro de Oliveira, locutor da Rádio Capinzal Ltda, Nolberto Zulian, contador da Prefeitura; Nízio Dal Pivo, Líder da Comunidade de Pinheiro do Meio e outros.

          Definiu-se que a festa, basicamente, teria a seguinte programação: Pela manhã, Missa Celebrada pelo Frei Victorino Prando, no interior do Ginásio com inauguração do mesmo em ato cívico; Serviço  de Som, a cargo de Celso Farina;  de Serviço de Cozinha durante a manhã e meio-dia pelas senhoras da comunidade; Churrasco ao Meio-dia; Jogo de Futebol entre a Seleção o Interior do Ouro e o Arabutã Futebol Clube à  tarde. Os jogadores da Seleção  foram convocados pelo Alduir Silva, conhecido como Binde, com ajuda de Eurides Baretta.  Estes venceram o Arabutã, do Técnico Valdomiro Correa, por 1 a 0.  E, à noite, um grande baile.

          No período da tarde, antes do jogo de futebol, foram sorteados brindes arrecadados junto ao comércio de Capinzal e Ouro.

          O movimento de pessoas foi muito grande durante todo o dia. Toda a programação foi um sucesso e houve grande sobra financeira, a qual permitiu que as contas fossem pagas. À noite foi oferecido em gostoso e variado Café Colonial, organizado pela então extensionista da Acaresc, Sônia Mônica Webber, que mais tarde casou-se com Sérgio Durigon. 

         No ano seguinte, após uma avaliação da Comissão Organizadora,  que constatou que a população aprovou o formato do evento, aconteceu a Segunda Festa do Colono, em Pinheiro Baixo. E, com exceção da edição de 1983, que teve que ser suspensa por causa das calamidades decorrentes das enchentes, em todos os anos veio sendo realizada. Até uma década atrás era realizada cada ano em uma comunidade e passou, depois da construção do Centro de Eventos de Nossa Senhora do Caravággio, a ser realizada ali,  onde há uma boa estrutura para acomodação das pessoas, estacionamento de veículos, exposição de equipamentos agrícolas e a Capela de Nossa Senhora do Caravággio para celebração de missa. Ainda há a realização de shows e bailes. O Café Colonial, ao final do dia, é sempre um atrativo muito esperado. O formato inicial não teve grandes mudanças nas três décadas de realização.

A Festa do Colono em Ouro é a que comporta o maior número de participantes para eventos desse gênero no Vale do Rio do Peixe.

Euclides Riquetti

Na noite fria e escura

 


 



Na noite fria e escura me agasalhei em você
Dividimos afagos e compartilhamos carinhos
Mandei embora meus medos, você sabe por quê
Nós buscamos nos sonhos reencontrar um caminho.

Na noite fria e escura eu rezei com você
Pedimos a Deus por nós dois, pela sua proteção
Rejeitamos viver o que nos faça sofrer
Juramos amor, muito amor, amor e paixão...

A noite fria e escura eu só queria que acabasse
Que as horas corressem bem rapidamente
E que um  dia  de sol de imediato voltasse

A noite é dos anjos, dos seus clarins e seus cânticos
É amiga dos namorados,  de quem se ama fielmente
É a hora do poeta compor os seus versos românticos.

Euclides  Riquetti

Açougueiros de Rio Capinzal - crônica de memórias

 


 


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Reeditando... mais uma de minhas crônicas que foi publicada, neste mês, no livro "Capinzal - Cidade do meu coração"...
   
          Em minha infância, costumávamos brincar numa rua de Rio Capinzal. Chamavam-na de Rua do Beco. Hoje tem nome: Rua Giavarino Andrioni. Jogávamos "taco" e bola. Brincávamos de esconde-esconde, fazíamos fogueiras no inverno, no meio da rua. Era tudo muito divertido.

          Meus amigos "de rua" foram indo embora: O Ademir e o Milton Mantovanello foram para Cascavel. O Ademir Bernardi para a Barra do Leão. O Paulinho Lucietti, cujo nome era Adelir, foi para Dois Vizinhos. O Mário e o Arlindo Thomazoni, para Araruna. O Moacir e o Cosme Richetti, irmãos, bem como os irmãos  Altevir e o Valdir Souza, para Joaçaba. O Celito Bandido Baretta, para a Linha Bonita. Os irmãos Adelto e Adélcio Miqueloto  são os que ainda restaram em Ouro.

          Um dos momentos mais divertidos ali era quando os tropeiros traziam bois para o abate. Vinham, normalmente, de Capinzal. Traziam os mais mansos conduzidos "soltos", em tropas,  e quando havia algum muito bravo levavam no laço. E,nós,  todos, subíamos no barranco para ver as façanhas dos boiadeiros. Algumas vezes, não raro, uma das reses fugia, eles corriam atrás dela pela cidade os cavaleiros, seus cavalos galopantes e os cães bem adestrados. E, quando a coisa apertava, os tropeiros gritavam e nós fugíamos, entrando no moinho do Bernardi, ou correndo para os barrancos mais altos. Até que os animais fossem recapturados e recolocados numa mangueira.

          A mangueira era  feita com madeira forte, de angico e bugre. Ao lado, uma pequena edificação onde eram abatidos, diariamente dois os três animais e alguns porcos.  Um cepo com uma cavidade, por onde era introduzida uma ponta do laço que os homens puxavam em dois, para trazer o animal até o local do abate. Depois, a sangragem e a elevação, com uma talha de correntes, a retirada do couro, das vísceras, a água existente num tanque jogada em baldes para lavar a carcaça pendurada. A serra partindo o boi em meio ao espinhaço. É dali que saem  o filé, a alcatra, a costela, a  fraldinha, o mignon. Um tacho com permanente braseiro, de ferro fundido, onde era aquecida a água para a pelagem dos porcos. Depois, esse mesmo tacho era utilizado para o cozimento da banha. Após a prensagem, os torresmos. E sempre sobrava um pouquinho para nós, de graça!

          Lembro bem dos homens que ali trabalhavam: O Guilherme, os tios Arlindo Baretta e e Anildo Mázera, o Ivo Campioni e o Vitorino Lucietti, que era sócio do empreendimento, que pertencia à Comercial Baretta. Além do abate, vendiam a carne, a banha, as morcelas, os salames e o queijo-de-porco. E as pessoas vinham cedo, antes de o dia clarear, para comprar a carne. Lá, do outro lado do rio, havia o "picador", na Rua XV, dos Miqueloto, que tinham o abatedouro na saída para a Siap. E o procedimento de trazer os animais era o mesmo. Mas esses tinham uma "gaiota", um carroção puxado por cavalos que levava a carne para o picador, em Capinzal.

         Pelos lados dos Miqueloto, os Srs. Benjamim e Luiz eram os capitães e colocavam todos os seus filhos na área de trabalho, desde pequenos. O sobrinho Romeu Neis  e o Pedro Lima eram os mais práticos. Sabiam conduzir o gado e abater.

          As carnes eram penduradas para resfriarem-se e, no verão, na Câmara Fria. Nos açougues, os cortes eram feitos com serras de fita, de acordo com o que era pedido pelos fregueses. Se a carne não for refriada, o corte sai horrível, fica com uma aparência ruim, nem dá vontade de comer depois. Mas os habilidosos açougueiros cortavam os pedaços com o peso desejado pelo freguês, com pouco erro. Tinham muito conhecimento do ofício. E os pedaços, embrulhados em folhas de papel "de embrulho", que estavam sobre o balcão. Nesses papéis era feito, a lápis, o cálculo da despesa, "de cabeça", pois não havia calculadoras disponíveis. E quase que sempre faltando uma das suas quatro pontas. É que aquela parte era usada para escrever o nome do freguês, o valor do gasto, e jogar na gaveta, quando ele não tinha caderneta. Para cobrar no fim do mês. E nem precisava de assinatura...A palavra valia! Muito!!!

Euclides Riquetti
11-04-2013

Doces lábios de morango

 


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Beijo seus lábios doces de morango
De divina pele avermelhada
O delicioso aroma vai-me contagiando
Com o gosto de sua  essência adocicada.

Sorver seus lábios e sentir  seus olhos distanciados
Perdidos na planície que se estende  ao longe
Sentir seu coração aberto aos meus afagos
Tentando me levar pra não sei onde.

Ah, doces lábios de morango que me seduzem
Ah, corpo grácil que me aquece nesta tarde fria
Ah, mãos suaves que nas noites me conduzem

Morangos que bailam na música da grande orquestra
Que devolvem a minh' alma a nostalgia
Que fazem minha vida ser u'a grande festa!

Euclides Riquetti

Cuide do meu coração!

 



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Cuide do meu coração!

Bela senhora dos olhos encantadores
Do sorriso envolvente
Do corpo atraente
Dos lábios rosados e desejados
De deliciosos beijos e sabores...

Bela senhora angelical
Que desperta meus desejos
Que acalma meus medos
Que afaga meu rosto amedrontado
E  me atiça com seu jeito  sensual...

Bela senhora que povoa meus sonhos de inverno
Que, elegante e divina  agita minha mente
Com seus olhos que me fitam docemente
Cuide de meu coração, não o deixe maltratado
Que em troca eu lhe darei o amor eterno...

Euclides Riquetti

O luar da madrugada

 



O luar da madrugada

 

Quando o luar da longa madrugada
Cobrir de prata toda esta  imensidão
Se eu estiver percorrendo uma estrada
Mesmo que sem rumo ou direção
Meu inefável pensamento e minha alma
Buscarão em ti o prazer da perdição.

Buscarei  encontrar caminhos que conduzem
Para além de onde se possa imaginar
Buscarei encontrar corpos que seduzem
Talvez jazendo na beira do mar...

Quando os primeiros raios de sol fulgurarem
E adentrarem pelas portas e pelas janelas
Banhando os seres nas ruas a desfilarem
Energizando as florinhas brancas e  amarelas
Será hora de nossos pensamentos se buscarem
E andarem de mãos dadas nas íngremes ruelas.

Buscarei encontrar-te onde quer que estejas
Não me importa a distância nem o tempo
Buscarei encontrar teus doces lábios de cerejas
E sentir teu perfume que me traz o vento!

Euclides Riquetti

Quando os sonhos se desfazem

 


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Quando os sonhos se desfazem
Não há mais razões para edificar
Não há mais motivos para cantar
Quando os sonhos se desfazem!

Porque os sonhos se desfazem
Nosso mundo perde o sentido
Nosso castelo parece ter ruído
Porque os sonhos se desfazem!

Se nossos sonhos se desfazem
De nada adianta termos o mar
De nada adianta ainda respirar
Se nossos sonhos se desfazem

Sempre que eles se desfazem
Deve haver outro recomeçar
Deve haver por quem sonhar
Sempre que eles se desfazem!

Eu falo dos sonhos do sonhar
Falo das perdas mais sentidas
Porque as almas mais sofridas
Não conseguem se recuperar!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Águas da saudade




As águas da saudade levam as esperanças
Para passear
Buscam o rumo das lembranças
Nos  vales a cantar.

Vão-se elas nas andanças
Como a canção de ninar
Levando consigo de herança
O direito de sonhar.

As águas da saudade brotam do amor frustrado
Da história que não deu certo
Do conto que não foi contado
Da palavra que não virou verso!

As águas da saudade vão e vêm
Pra lá, pra cá
Sem incomodar ninguém.

Não ferem o coração
Que se entregou com paixão.
São inofensivas
Compreensivas
Entendem a tua solidão.

As águas da saudade brotam de ti
Vêm até mim
Pra que eu possa te ajudar
A entender
A viver
Suportar!

Suportar a saudade
De dois corações sós:
O teu
O meu
O que se divide entre nós!

E que nos traz a saudade
Muita saudade!

Euclides Riquetti

Ame!

 


 

 


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Ame!
Perca-se, perdidamente
Entregue-se totalmente...

Derrube normas, regras e conceitos
Mostre suas virtudes e defeitos
Suas inquietudes, suas atitudes
E ame!

Dispa-se vivamente
Desnude-se completamente
Esqueça os que se importam com seus jeitos
E aplauda quem rejeita preconceitos:
Ame!

Jamais esconda seu olhar apaixonado
Não disfarce os seus  sentimentos
Em nenhuns  momentos
Apenas cuide daquele amor
Que a procura esperançado...

Quebre comportamentos
Rompa o silêncio
Mergulhe nos prazeres que lhe fazem bem
Ame, com suas forças, limites ou cansaços
Com seus lábios, com sua alma e seus abraços
Mas ame!

Ame nos dias de sol e nas noites estreladas
Naquelas que exaltei em prosa e verso
Nos dias de chuva e nas tardes acaloradas
Ame tudo o que existe no Universo:

Ame!

Euclides Riquetti

Flutuando sobre as águas do mar

 


 


 

 

Imagine-se numa barca enorme
Flutuando sobre as águas do mar.
Faça de conta que ali você dorme
Sob um sol ameno a se bronzear...

E, enquanto dorme, você sonha
Com alguém que a possa querer
Com uma vida graciosa  e risonha
Sem lugar para a dor e o sofrer...

Imagine-se recebendo os afagos
Que minhas mãos podem fazer
E delicie-se com os meus agrados
Perca-se nas volúpias e no prazer...

E, enquanto você absorve a energia
Que vem do mar, do sol, de mim
Comemore a luz de mais um dia e...
Beije-me com seus lábios de cetim!

Bem assim!

Euclides Riquetti

O Fator Guarani - entenda o que é o Aquifero que garante água para 8 estados brasileiros e Brasil-Argentina


Veja as áreas de

 localização do GuaraniResultado de imagem para imagens do aquífero guarani


O Fator Guarani - informação relevante
         Na década de 1960,  acompanhei pelo menos duas perfurações de poços artesianos em Capinzal, uma próxima ao Cine Glória e outra aos fundos do Banco do Brasil, a primeira das agências instaladas no Baixo Vale do Rio do Peixe, ali na Rua XV de Novembro. Os operadores das perfuratrizes, as pica-paus, como eram chamadas, viraram amigos meus e moravam numa pensão ali no Ouro. Curioso, acompanhei os demorados trabalhos para atingirem o "lençol d´água", de onde retirariam o precioso líquido.

          Em termos de abastecimento de água, era uma revolução para a época, uma vez que nossas cidades não tinham sistema de abastecimento de água tratado, o que só viria a acontecer na década seguinte, quando eram Prefeitos Apolônio Spadini e Adauto Colombo, respectivamente, de Capinzal e Ouro e, através da Fundação SESP,  implantaram o SIMAE Capinzal/Ouro. Hoje, a coordenação dos SAMAEs em Santa Catarina é efetuada pela Funasa.

          Foi, talvez, a maior conquista da história das duas cidades. Joaçaba, Herval D ´Oeste e Luzerna também têm as autarquias intermunicipais SIMAE.

         Os primeiros poços tubulares abertos nas duas cidades anteriormente mencionadas, buscavam captar água do Aquífero Fraturtado da Serra Geral, que no Vale do Rio do Peixe pode estar  até a 150 metros de profundidade. É  possível obter-se água facilmente entre 80 e 100 metros, os poços rasos. O primeiro geólogo com quem passei a conviver a partir de 1988 foi o Custódio Crippa, que me passou muitas valiosas informações a partir de 1989, quando fomos, juntos, localizar ponto ideal para implantar um poço no Distrito de Santa Lúcia. Ele me deu as descrições de características de lugares onde se poderia encontrar fendas subterrâneas, em convergências de vales, e o levei para a Cascata de São Cristóvão. Achou que o lugar era o ideal e contratamos a abertura do poço, que deu água o suficiente para abastecer uma comunidade de mais de 100 famílias e está correspondendo positivamente há 23 anos.

          Na época, dizia-me o geólogo que já existiam máquinas no Brasil, as roto-pneumáticas, que em apenas dois dias poderiam perfurar poços com 800 metros de profundidade, captando água do Aquífero Guarani, mas que custariam uma valor correspondente a um ano de arrecadação do Município de Ouro.  E que poderia ser encontrada água igual à do Thermas de Piratuba, quentes e sulfurosas. E que até seria possível constuir-se um balneário em nossa cidade. Eu imaginava isso impossível, mas passei a ligar-me em assuntos relacionados ao Aquífero Guarani. Hoje, a situação mostra-se bem diferente. Obtém-se água com investimentos de menos de R$ 80.000,00 (atualmente 120.000,00).

          Posso asseverar que, nos últimos 20 anos, ouvi todas as barbaridades possíveis a respeito de poços artesianos tubulares, rasos ou profundos. Os rasos, do Fraturado da Serra Geral, e os profundos, do Guarani.  Mas também ouvi muitas preocupações verdadeiras e com lógica. Formei meu próprio senso e meu censo sobre isso. Em Ouro, onde mais acompanho, há quase que uma centena de poços razos já perfurados, muitos deles desativados. O perigo não é a abertura de um novo poço, que precisa estar licenciado junto à FATMA, ter ART assinada por Geólogo como responsável Técnico,  e outras convenções necessárias. O perigo reside nos chamados "poços secos", que foram abertos e não lacrados devidamente. Os outros, como receberam o encamisamento à altura do subsolo e do  solo, estão protegidos da invasão de águas contaminadas, dejetos de animais, ou venenos. Mas também há a preocupação com a contaminação das áreas de recarga, que é onde a água da chuva  penetra na terra e desce até os lençóis.  Os abertos nos últimos 10 ou 15 anos, foram bem monitorados, os secos lacrados.   A preocupação deve recair sobre os anteriores, quando não havia licenciamento e acompanhamento. E o cuidado em não poluir as águas superficiais deve persistir sempre, para que só se utilizem as águas dos poços na falta das superficiais.

          Mais recentemente, nos últimos 10 anos, o foco passou a ser a busca de captação no Aquífero Guarani, reserva que tem 45 trilhões de metros cúbicos de água e está localizado na América do Sul. No Brasil, atinge os estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em termos de localização, o AG se distribui 70% em território brasileiro, 5% no Paraguai, 5% no Uruguai e 20% na Argentina.  E, em Santa Catarina, a recarca inicia-se na região de Lages. A preocupação é tanta, e as autoridades e técnicos ambientais estão muito atentos, que até uma pedreira em Lages foi fechada, há uma década, para que não ocorresse a poluição na recarga do Guarani.

          Posso até estar errado, e aceito contestações e observações, mas minhas estimativas são de que, se a água do Guarani sob o território nacional fosse utilizada apenas para o consumo dos lares brasileiros, à razão de 10 metros cúbicos por mês, que é o que eu gasto em minha casa, teríamos reservas para 5.250 anos aproximadamente, sem considerar a recarga ou reposição. Então, é muita água. Basta que cuidemos bem dela, não causemos contaminações nessas recargas e estaremos adequadamente servidos, bem como as  250 gerações que nos sucederem. E, com a reposição, infinitos tempos. É nosso grande capital. Temos águas superficiais em abundância, chuvas suficientes e luminosidade capazes de gerar alimentos como em nenhum lugar do mundo.

          Nas conversas que tenho tido  com os geólogos Custodio Crippa e Jorge Augusto da Silva, meus amigos e ambos residentes em Ouro, tenho conseguido informações que me permitiram formar meus conceitos sobre isso. E, acompanhando as prospecções, constatei que as águas são localizadas sempre a cerca de 100 metros acima do nível do mar. Ou seja, se a altitude for de 400 metros,  o lençol poderá ser alcançado  uma profundidade de 300 metros. E pelo menos três poços existem em Ouro em que foi obtida a água do Guarani a menos de 300 metros. É um norte aproximado, não uma conclusão definitiva. Como Guarani é um platô inclionado e a composição geológica é irregular, é possível que se tenha que ir alguns metros mais ao fundo para encontrar o líquido. E, quanto mais você for para o Oeste, mais profundo será, sendo que em São Miguel D ´Oeste encontrou-se água com 1.410 metros de profundidade.

           No Balneário Thermas Leonense, da Barra do Leão, aqui próximo, com 280 metros chegou-se a ele num dos poços. Encontrados vestígios de petróleo, com mais uma pequena intervenção foi possível chegar-se a uma água límpida e com temperatura maior. E o poço foi revestido com tubos, isolando-se a área onde haveria o petróleo.

          Então, estão certos aqueles que têm preocupação com a grande quantidade de poços já perfurados. Mas a perfuração, em si, não é o problema. O problema reside em não se cuidar das águas superficiais e da erradicação dos possíveis locais de contaminação.

            Lembro a todos os leitores (as) que é nosso dever sugerir e exigir medidas e contenção da poluição em todas as suas modalidades de  geração. E que nós, potenciais poluidores, façamos nossa parte, não esperando que sejamos cobrados, pela natureza, a fazer isso. Quando ela cobra de nós, o seu preço é sempre muito alto. Preservemos!       
         

Euclides Riquetti
20-12-2012

Estação alegria

 


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Estação alegria, onde prendo meu tempo
Estação esperança, onde paro esperar
Onde as horas longas me trazem alento
Enquanto olho, fixamente, para o mar!

Estação lealdade, onde há sinceridade
Estação harmonia, da saudade e nostalgia
Onde exercito o bem e a minha verdade
Onde tento ancorar minha alma fugidia.

Estações - todas as estações do mundo
Estações - todas as estações virtuais
Onde desperto um sentimento profundo
Mas meus sonhos são palpáveis  e reais:

Estação alegria!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Meias brancas, de algodão


 


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Você, com meias brancas de algodão
Meias de cano curto, com elastano
Delicadeza nos pés que tocam o chão
Que atiçam meu imaginário profano!

Você, com seus pés bem protegidos
Pisando na calçada fresca e limpa
Tênis brancos para os pés esculpidos
Ressaltando a pele de bronze retinta!

Você, com seu ar jovial, provocante
Desfila na passarela dos meus sonhos
Me encanta com seu jeito elegante
Anima-me nos dias mais enfadonhos!

Você, com suas meias acolchoadas
Com os pés devidamente acomodados
Com sua beleza de mulher idealizada
Que atrai meu pensamento provocado.

Você, apenas você e mais ninguém
Inspiração de meus versos e escritos
Ser singular a quem quero tanto bem
Corpo perfeito, olhar doce e bonito!

Euclides Riquetti

Sou apenas o verso...


 




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Imagino ser, na madrugada, a estrela da vastidão infinita
Ser apenas o verso tímido que teimas em não escrever
Ser uma folha de papel branco que espera pela tua escrita
Ser  a resposta à pergunta que fiz e não queres responder.

Imagino ser uma das árvores tristes da imensa floresta
Que apenas contempla o alegre passaredo em revoada
Que vai de galho em galho comemorar, em grande festa
Que se harmoniza em orquestra na manhã abençoada.

Imagino que bem que poderias me dar um breve aceno
Dizer-me: estou aqui, estou esperando-te com saudade
Dizer-me: espero sempre por ti e por tua doce amizade...

Imagino poder pegar em tuas mãos e dizer bem sereno:
Segura meu coração que eu também quero segurar o teu
Dá-me todo o teu amor, pois quero que seja somente meu!

Euclides Riquetti

Apanhar estrelas, semear sonhos

 


 





Vou sair por aí para apanhar estrelas
Eu e meus pensamentos medonhos
Apanhá-las-ei em toda a sua realeza
E as distribuirei nos meus sonhos...

Vou apanhar quase todas as estrelas
As prateadas, as grandes, as cadentes
Mas eu não saberei onde escondê-las
Tampouco aceito vê-las descontentes!

Quando já for pego um bom punhado
Escolherei a mais  dócil e mais catita
E voaremos, eu e meu  coração alado
Para deixar para você, mulher bonita.

Então, você poderá distribuir estrelas
Dar a todos os que lhe querem bem
Dê-lhes também sonhos em centelhas
Amar a todos eles e a mim também!

Euclides Riquetti

terça-feira, 23 de julho de 2024

Verdadeiramente... eu te amo!

 

 






Bom dia..eu te amo!
E digo isso do fundo do meu coração
Sinto por ti amor e paixão
Porque eu te amo!

Bom dia, eu te amo!
Falo de amor puro e verdadeiro
Amor de namorado companheiro
Porque eu te amo!

Bom dia, eu te amo!
E canto ao mundo, mesmo desafinado
Para dizer que quero amar e ser amado
Porque eu te amo!

Bom dia, eu te amo!
Porque o mundo nada é sem amor
O mundo nada é sem o charme da flor
Porque eu te amo!

Verdadeiramente!

Euclides Riquetti

Viva com alegria, viva com paz!

 


 







Ame todas as coisas que a rodeiam
Ame a luz do sol, o brilho das estrelas
Ame as estradas que serpenteiam
E todas as árvores que pode vê-las.

Viva com alegria, viva com paz
 Viva a magia que a vida lhe traz!

Valorize os seres  que lhe querem
Aqueles que a respeitam também
Acolha as palavras que não ferem
Refute aquelas que não fazem bem.

Viva co alegria, viva com paz
Viva a magia que a vida lhe traz!

Imagine campos e flores amarelas
Lugares bonitos e encantadores
E lembre das palavras tão singelas
E pense em dias mais promissores.

Viva  com alegria, viva com paz
Viva  a magia que a vida lhe traz1

Bem assim...

Euclides Riquetti