domingo, 21 de julho de 2024

A Política Virada ao Avesso – perigo em vista!

 


       A política move o mundo, assim como a economia. A primeira, uma ciência totalmente aberta, é um ventre a abrigar bebês inquietos.  O tempo faz com que se tornem rebeldes. A ambição, a  ganância, a motivação religiosa, ou o incontrolável ímpeto que se aloja no interior do ser humano, tudo o levou e ainda leva a agir em descontrole. Veio a escrita, a radiofonia, a televisão, a internet, e não sei mais o que ainda poderá vir. Mas ninguém duvida que nosso universo político não tem limites, assim como as comunicações. E as ações das pessoas ultrapassam, de longe, raias da razão. Some-se a isso a intolerância e teremos resultados sempre catastróficos.

       O introito é para chegar aos Estados Unidos da América, onde se realizam eleições presidenciais na maior potência do mundo. Bélica e econômica! E lá, como aqui, acontecem tragédias como a que se verificou no sábado, 13, em Butler, da Pensilvânia. Um rapaz de 20 anos atingiu, com tiros de fuzil, a orelha direita de Donald Trump, candidato a Presidente dos Estados Unidos nas eleições deste ano. Um bombeiro de 50 anos recebeu um tiro mortal. O atirador recebeu resposta imediata de snipers que devolveram tiros na direção de onde vieram as balas fatais. Correria, Trump querendo salvar seus sapatos, alvoroço, cautela na divulgação das notícias pelas  maiores redes de televisão do mundo. Daí começam as postagens na internet, narrativas construídas sem responsabilidade, piadinhas, oportunismo político.

       Seria terrorismo? Seria armação dos próprios republicanos? Seria coisa da esquerda contra a direita? Um democrata querendo eliminar o adversário do confuso Biden? Lembramos que, na História dos Estados Unidos da América, 15 outros, antes de Donald Trump sofreram atentados, entre Presidentes e Pré-candidatos, com quatro presidentes mortos. Trump foi o décimo-sexto presidenciável em campanha a sofrer atentado que, segundo o FBI, o contra este foi de autoria de um “lobo solitário”, segundo o jargão policial daquele país, ou seja, o jovem assassino não era ligado a nenhum grupo terrorista. Aliás, a “grande imprensa” brasileira, o que abriu  espaços para mentecaptos propagarem suas opiniões fajutas, ou falsas notícias, principalmente a Lixo News,  não está no gibi.

      Com a resposta rápida da do Serviço Secreto, a  Segurança do ex-Presidente, que abateu o assassino, não se saberá o que levou aquele jovem a tomar a atitude homicida. Agora começam a discutir a questão do armamento, as narrativas políticas, as críticas, as bolas foras de alguns jornalistas e, os mais experientes, trazendo de volta o que ocorreu com John e Robert Kennedy, no Norte da América. Biden, o atual Presidente,  foi elegante e ligou para o adversário Trump lamentando o acontecido e dizendo que a Segurança buscará as respostas numa minuciosa investigação. A verdade interessa a todos! No entanto, ainda nesta semana, Biden começou a tecer críticas a Donald Trump, pois ele precisa manter seus militantes, tão desmotivados a apoiarem sua candidatura. No momento, seu maior adversário é seu próprio partido, o Democratas de lá.

       Se a política está virada ao avesso por lá, não podemos nos esquecer de que prefeitos e vereadores foram assassinados no cumprimento de seus mandatos, ou em campanhas eleitorais, aqui no Brasil, ao longo dos anos.  O próprio ex-Presidente Jair Bolsonaro recebeu uma facada de Adélio Bispo e, por pouco,  salvou-se. As pessoas brigam por futebol e  política no mundo todo.

       E os preços dos combustíveis? Estamos num outro patamar? – Costumo reclamar muito quando assaltam meu bolso. Reclamo do IPTU de Joaçaba, dos valores cobrados por alguns serviços, reclamo dos preços dos combustíveis. Refrescando a memória de todos, na época da Pandemia da Covid 19, foram retirados impostos incidentes sobre os combustíveis. A Petrobras, no entanto, distribuiu dinheiro a rodo para seus acionistas, sempre ganhando muito, lucrando muito. No ano passado, com a volta da cobrança de impostos pelos estados e Governo Federal, houve uma majoração considerável. Agora, com a troca de comendo na estatal, quando muitos acreditavam que não teríamos aumentos, já experimentamos uma facada. O aumento seria de VINTE CENTAVOS  no custo para as distribuidoras. Aqui em Joaçaba a média de aumento foi de 60 centavos. Ora, são três vezes mais! Digamos que na proporção da prática, deveria ter havido um acréscimo de trinta e oito centavos. Então nós estamos pagando VINTE E DOIS CENTAVOS A MAIS DO QUE DEVERÍAMOS PAGAR POR LITRO DE GASOLINA, isso dentro do raciocínio que nos é passado.  Meus cálculos se baseiam nos preços praticados nos postos onde costumo abastecer, em Joaçaba e Lacerdópolis.

       Mas, façamos algumas contas: Quando a Petrobras começou a projetar a alta dos preços, o dólar esteve em até R$ 5,70. E o Petróleo Brent estava a US$ 86.00 ( R$ 4.90 por litro de Brent.) Agora, o dólar baixou para R$ 5,42, e o Brent para US$ 83.00 (R$ 4.50 por litro de Brent) Então, se no dia do aumento autorizado um barril de 100 litros custava US$ 86.00, e agora custa US$ 83.00, e o valor do dólar voltou de R$ 5.70 para R$ 5,42,  estamos pagando um valor real maior.  Como a política seria de ajustes, então está na hora de voltarem aos preços praticados antes do aumento. Ainda, devemos considerar que nem toda a gasolina que consumimos é tirada do petróleo importado, pois temos considerável produção própria.  A questão é que a política partidária toma conta dos cérebros  dos eleitores, enquanto que as altas de gasolina, gás e energia elétrica são absorvidas ( e esquecidas) após a primeira vitória ou derrota de nosso time de futebol preferido.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com


Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC 

Em 18-07-2024

 

      

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