A política move
o mundo, assim como a economia. A primeira, uma ciência totalmente aberta, é um
ventre a abrigar bebês inquietos. O
tempo faz com que se tornem rebeldes. A ambição, a ganância, a motivação religiosa, ou o
incontrolável ímpeto que se aloja no interior do ser humano, tudo o levou e
ainda leva a agir em descontrole. Veio a escrita, a radiofonia, a televisão, a
internet, e não sei mais o que ainda poderá vir. Mas ninguém duvida que nosso
universo político não tem limites, assim como as comunicações. E as ações das
pessoas ultrapassam, de longe, raias da razão. Some-se a isso a intolerância e
teremos resultados sempre catastróficos.
O introito é
para chegar aos Estados Unidos da América, onde se realizam eleições
presidenciais na maior potência do mundo. Bélica e econômica! E lá, como aqui,
acontecem tragédias como a que se verificou no sábado, 13, em Butler, da
Pensilvânia. Um rapaz de 20 anos atingiu, com tiros de fuzil, a orelha direita
de Donald Trump, candidato a Presidente dos Estados Unidos nas eleições deste
ano. Um bombeiro de 50 anos recebeu um tiro mortal. O atirador recebeu resposta
imediata de snipers que devolveram tiros na direção de onde vieram as balas
fatais. Correria, Trump querendo salvar seus sapatos, alvoroço, cautela na
divulgação das notícias pelas maiores
redes de televisão do mundo. Daí começam as postagens na internet, narrativas
construídas sem responsabilidade, piadinhas, oportunismo político.
Seria
terrorismo? Seria armação dos próprios republicanos? Seria coisa da esquerda
contra a direita? Um democrata querendo eliminar o adversário do confuso Biden?
Lembramos que, na História dos Estados Unidos da América, 15 outros, antes de
Donald Trump sofreram atentados, entre Presidentes e Pré-candidatos, com quatro
presidentes mortos. Trump foi o décimo-sexto presidenciável em campanha a
sofrer atentado que, segundo o FBI, o contra este foi de autoria de um “lobo
solitário”, segundo o jargão policial daquele país, ou seja, o jovem assassino
não era ligado a nenhum grupo terrorista. Aliás, a “grande imprensa”
brasileira, o que abriu espaços para
mentecaptos propagarem suas opiniões fajutas, ou falsas notícias,
principalmente a Lixo News, não está no
gibi.
Com a resposta
rápida da do Serviço Secreto, a Segurança do ex-Presidente, que abateu o
assassino, não se saberá o que levou aquele jovem a tomar a atitude homicida.
Agora começam a discutir a questão do armamento, as narrativas políticas, as
críticas, as bolas foras de alguns jornalistas e, os mais experientes, trazendo
de volta o que ocorreu com John e Robert Kennedy, no Norte da América. Biden, o
atual Presidente, foi elegante e ligou
para o adversário Trump lamentando o acontecido e dizendo que a Segurança
buscará as respostas numa minuciosa investigação. A verdade interessa a todos! No
entanto, ainda nesta semana, Biden começou a tecer críticas a Donald Trump,
pois ele precisa manter seus militantes, tão desmotivados a apoiarem sua
candidatura. No momento, seu maior adversário é seu próprio partido, o
Democratas de lá.
Se a política
está virada ao avesso por lá, não podemos nos esquecer de que prefeitos e
vereadores foram assassinados no cumprimento de seus mandatos, ou em campanhas
eleitorais, aqui no Brasil, ao longo dos anos. O próprio ex-Presidente Jair Bolsonaro recebeu
uma facada de Adélio Bispo e, por pouco, salvou-se. As pessoas brigam por futebol
e política no mundo todo.
E os preços dos
combustíveis? Estamos num outro patamar? – Costumo reclamar muito quando assaltam meu bolso. Reclamo
do IPTU de Joaçaba, dos valores cobrados por alguns serviços, reclamo dos
preços dos combustíveis. Refrescando a memória de todos, na época da Pandemia
da Covid 19, foram retirados impostos incidentes sobre os combustíveis. A
Petrobras, no entanto, distribuiu dinheiro a rodo para seus acionistas, sempre
ganhando muito, lucrando muito. No ano passado, com a volta da cobrança de
impostos pelos estados e Governo Federal, houve uma majoração considerável.
Agora, com a troca de comendo na estatal, quando muitos acreditavam que não
teríamos aumentos, já experimentamos uma facada. O aumento seria de VINTE
CENTAVOS no custo para as
distribuidoras. Aqui em Joaçaba a média de aumento foi de 60 centavos. Ora, são
três vezes mais! Digamos que na proporção da prática, deveria ter havido um
acréscimo de trinta e oito centavos. Então nós estamos pagando VINTE E DOIS
CENTAVOS A MAIS DO QUE DEVERÍAMOS PAGAR POR LITRO DE GASOLINA, isso dentro do
raciocínio que nos é passado. Meus
cálculos se baseiam nos preços praticados nos postos onde costumo abastecer, em
Joaçaba e Lacerdópolis.
Mas, façamos
algumas contas: Quando a Petrobras começou a projetar a alta dos preços, o
dólar esteve em até R$ 5,70. E o Petróleo Brent estava a US$ 86.00 ( R$ 4.90 por
litro de Brent.) Agora, o dólar baixou para R$ 5,42, e o Brent para US$ 83.00 (R$
4.50 por litro de Brent) Então, se no dia do aumento autorizado um barril de
100 litros custava US$ 86.00, e agora custa US$ 83.00, e o valor do dólar
voltou de R$ 5.70 para R$ 5,42, estamos
pagando um valor real maior. Como a
política seria de ajustes, então está na hora de voltarem aos preços praticados
antes do aumento. Ainda, devemos considerar que nem toda a gasolina que
consumimos é tirada do petróleo importado, pois temos considerável produção
própria. A questão é que a política
partidária toma conta dos cérebros dos
eleitores, enquanto que as altas de gasolina, gás e energia elétrica são
absorvidas ( e esquecidas) após a primeira vitória ou derrota de nosso time de
futebol preferido.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC
Em 18-07-2024
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