sábado, 9 de novembro de 2013

Turismo Social com Poesias

         Por três oportunidades em minha vida tive oportunidades de estar alojado na Colônia de Férias do Hotel SESC Cacupé. O Sistema SESC (Serviço Social do Comércio) Catarinense tem unidades espalhadas por Santa Catarina. Sou, atualmente, aluno na Unidade de Joaçaba. Estou tentando melhorar meu domínio sobre o computador. E, através do SESC Joaçaba, voltei, pela quarta vez ao SESC do Cacupé.  Passei três dias participando das atividades do Festival do Idoso. A entidade  tem oferecido o Turismo Social aos seus integrantes. Orgulhosamente, agora posso dizer que sou, oficialmente, um "membro de carteirinha" Família SESC Catarinense.

          Há uma dúzia de anos, costumava ir com a família, tínhamos os filhos ainda junto conosco. Muita alegria e lazer orientado. Ao chegar no Hotel SESC Cacupé, minha cabeça voltou ao passado e lembrei-me de quantos bons momentos ali vivemos. A alegria de dividir nosso lazer com os filhos. Fizemos isso durante duas décadas.

          A grande área de lazer localizada na Praia do Cacupé, na Capital Catarinense, em nossa maravilhosa Ilha da Magia, guarda os mistérios das bruxas ilhoas e os encantos da natureza. A intervenção humana só melhorou o lugar. Há uma estrutura com 62 cabanas que hospedam, confortavelmente, os hóspedes, e ainda  um moderno hotel. Edificações complementares, com alojamentos, restaurante, centro de multiuso, o salão para eventos sociais "Ilha do Campeche", piscina, quadras de areia  para esportes e ainda um fabuloso campo de futebol suíço com grama sintética são alguns dos equipamentos. Para as crianças, parque infantil, tudo com atividades orientadas por profissionais ligados à arte e à Educação Fíísica. Animação e recreação. Movimento para o corpo, a mente e a alma. Salas de Jogos, Academia, Casa das Bruxas, áreas para caminhadas e trilhas em meio à mata nativa. É uma erstrutura fabulosa.

          Uma atividade nova, de que participamos na quinta-feira à tarde foi o Voley Câmbio. Esta consiste em dividir as pessoas em dois grupos de até seis jogadores cada um. A diferença básica com  o jogo de vôlei convencional é de que a bola é retida quando chega nas mãos do jogador. Ele não precisa tocar de imediato com os dedos. O objetivo é o de que as pessoas se movimentem girando ou fazendo os rodízios de cada vez que a bola é alçada para o campo adversário. E pode ser tocada , por três pessoas  em cada vez que está numa determinada parte do campo. E somente o jogador que está próximo da rede, ao centro (o meio de rede) pode lançá-la para o outro lado, por sobre a rede. O segredo da boa jogada está em que cada atleta se acostume a passar, no primeiro ou segundo toque da bola, para o lançador e, tão logo  a bola lhe é passada, ir fazendo o rodízio, no sentido horário.  É um jogo que exige muito raciocínio rápido e agilidade com o corpo  e as mãos.

        Senti que todos se entusiasmaram muito com o jogo. Vou levar a ideia para minha região. E, todos aqueles que tinham medo de machucar os dedos quando jogavam, agora podem jogar sem se preocupar com isso. Garanto que o nível de recreação e ânimo é o mesmo que na modalidade convencional.

          Nossa turma é composta pela Liliana D ´Agostini, que comanda nossa delegação. Rose Balen Oliveira, do Grupo Alfredo Sigwalt. Faço parte do grupo Papa Francisco, juntamente com o Domingos Dassi, a Lurdes Bortoli, a Rosita Wieser Pancera  e a Zenaide Sganzerla. Aproveitei minha fala em público para ressaltar a importância do joaçabense Rogério Sganzerla (irmão da Zenaide), para o cinema brasileiro. É o produtor de "O Bandido da Luz Vermelha"  e outros 16 filmes brasileiros, 12 dos quais longa-metragens. Sempre que participo de algum evento, prouro destacar as pessoas e os empreendimentos da cidade onde moro.

          Nossa delegação foi  no mesmo ônibus que a de Concórdia, chefiada pela Cris. Fizemos amizade com eles e nos divertimos muito. Ganhamos em troca de conhecimentos e cultura, além de partilhar atividades de esportes e de lazer. Trocamos muitas informações. Algumas, que serão objeto de matéria futura, muito me sensibilizaram.

          Na manhã de sexta-feira, cada Unidade do SESC apresentou, num auditório, uma espécie de relatório sobre os prejetos sociais que os seus alunos desenvolveram em suas cidades. Todos fizeram direitinho sua parte. Fui convidado pela nossa coordenadora regional,. Liliana D ´Agostini, a apresentar minha atividade literária a todos os demais. Num telão, abriram meu blog e eu dei meu recado, enaltecendo o objetivo de minhas crônicas: Trazer a público e deixar registrada a história de muitas pessoas que viveram no anonimato e que nunca foram contempladas com seu nome num jornal, numa revista. mas que, hoje, com a internet, consigo relatar sobre a vida simples de muitas personagens das cidades onde vivi e colocar para que as pessoas as conheçam em muitos países do mundo.

           Na sexta à noite  fui declamar poemas de minha autoria no Show de Talentos. Representei o SESC de Joaçaba e fiquei muito contente em ter sido convidado para isso. No salão de festas Ilha do Campeche, após as apresentações culturais, um  bailinho. No sábado pela manhã, caminhada até a Casa das Bruxas, no alto do morro, depois muita atividade recreativa e física.

          Minha primeira experiência com Turismo Social foi magnífica. Gostei da ideia. E o SESC, em Santa Catarina está indo muito bem nessa área. Obrigado pela oportunidade de participar.



Euclides Riquetti
09-11-2013
          

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Sopa quente - ah, que delícia!

          De vez em quando me vêm à mente algumas situações muito agradáveis que vivi durante minha infância. Sinto que a bela fase pela qual todos nós passamos está sempre presente em meu imaginário e me volta constantemente. Dizem que a mente deleta as coisas ruins e nos traz à tona as coisas boas. Concordo plenamente que seja assim.

          Quantas e quantas vezes, ao degustar uma sopa, lembro-me, com muitas saudades, das sopas que,  carinhosamente,  preparava minha madrinha, Raquel, e sua filha Ladires, lá no Leãozinho. E que a Nona Baretta, a Severina, e as tias Iracema (Baretta Mazera) e Ivani (Baretta Dal Cortivo), com muito carinho, preparavam para os sobrinhos, muitos que éramos a visitá-las, em nossas férias escolares, lá na Linha Bonita. Também, de algumas que "devorei", na Casa do Tio Valentin (Baretta) e minha adorável Tia Marietina, irmã de meu pai,  ou na Tia Joana (Dambrós - Riquetti)  lá perto da Linha dos Frigo, onde meu pai tinha sua colônia de terras. E as sopas que minha sogra, Dona Ana (Anzolin Carmignan) , me oferecia lá em Porto União, naqueles tempos tão difíceis de estudante...  Sempre sopa de feijão, geralmente com macarrão ou arroz, tempero vegetal, muito gostosa. Eu adorava isso.  E as que minha mãe, Dorvalina,  nos preparava, com muito carinho, ali no Ouro. Saudades de todas...

          A simplicidade e o carinho com que faziam as sopas, uma maneira fácil, prática e econômica de alimentar mais de uma dezena de bocas, a cocção em fogão aquecido com lenha, esmaltado e floreado, deve estar também em sua lembrança, amigo leitor. Não nascemos em "berço de ouro", todos tinham que trabalhar, eram muitos em cada família. E a sopa, além de suprir tudo isso, era uma maneira de aquecer-nos no início das noites mais frias do inverno. Às vezes, umas colheres de vinho tinto misturado à sopa de feijão, davam-lhe um sabor especial e ajudavam a aquecer. E aquela tigela de queijo ralado, envelhecido, para sobrepor numa deliciosa camada, cheirosa, que nos atrai. Com generosas fatias de pão caseiro e uma rodelas de salame colonial bem curado, um copinho de vinho... ah, que delícia!

          Nossa vida não precisa de muitos "luxos" para ser boa. Alimentos preparados com muito carinho, com os temperos que a Nona ou a Mamma souberam combinar, e que foram ensinando às filhas, podem fazer nossa alegria todos os dias. Sopas, macarronadas, risotos, carnes assadas ao forno, saladas, tanta coisa boa, enfim. Comia boa e saudável, que enseja longa vida!

Euclides Riquetti
08-11-2013


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Canção para Eduarda

Ao cantar esta canção
Me lembro, com emoção
Da praaaaia!...

Foi lá que eu te conheci
Me encantei quando te vi
Na praaaaia!...

Encontrei-te junto ao mar
Com a  areia a te queimar
Da praaaaia!...

/Hoje eu canto esta canção/Que me traz tanta emoção/
Ao lembrar o som do mar/Ao lembrar o som do mar... do mar!/
(duas vezes)

Foi amor, foi alegria
Foi amor naquele dia
Na praaaaia!...

Eu me lembro bem feliz
Do ceú claro, azul aniz
Da praaaaia!...

Na verdade eu nunca tinha
Visto algo tão bonito
Na praaaaia!...

/Hoje eu canto esta canção/Que me traz tanta emoção/
Ao lembrar o som do mar/Ao lembrar o som do mar... do mar!/
(duas vezes)

Foi  minha vez primeira
A pisar naquela areia
Da praaaaia!...

Não me deste o telefone
Mas escreveste teu nome
Na areeeeia!...

Até hoje te procuro
Seja claro, seja escuro
Na areeeeia!...

/E hoje eu canto esta canção/Que me traz tanta emoção/
Ao lembrar o som do mar/Ao lembrar o som do mar... do mar!/
(duas vezes)

Nota:

Canção poética composta especialmente para a filha da prima
Vero Richetti, Eduarda, de Cascavel-PR. Decendente de meu Tio
Marcelino Richetti.
Euclides Riquetti
07-11-2013

O doce aroma que perfuma

Traz-me o vento que balança a cortina
O doce aroma do fruto goiaba
Que vem perpassando o vão da janela
E me lembra de sua cor linda,  amarela
Cobrindo a polpa vermelho-rosada
Ah, doce aroma que perfuma...e que me anima!

Traz-me de volta seus olhos fugidios
E leva meus lamentos pelas águas do rio.
Traz-me o vento lembranças gostosas
Lembranças que me fazem bem e me afagam
Lembranças verdes e maduras
Que dividíamos com ternura
(E que de min´alma meus pecados apagam...)
Das frutas tenras, macias e saborosas.

Traz-me de volta seus  olhos fugidios
E leva meus lamentos pelas águas dos rio.

Do rio que sai de mim
E que busca você.
Apenas dele...

Euclides Rquetti
06-11-2013




terça-feira, 5 de novembro de 2013

Amar com intensidade


Amar de todas as formas, de todas as maneiras
Amar com o coração, com os olhos, com as mãos
Amar com volúpia, ardor, e com a alma faceira
Amar, apenas amar, viver o amor, com muita paixão.

Viver o amor com toda a intensidade
Despertar sentimentos até já extintos
Descobrir alguém com muita afinidade
Atiçar, ainda,  os mais fortes instintos.

Amar sem limites e sem fronteiras
Amar os seres que nos querem bem
Amar a quem queremos  e que também nos queira.

Amar é poder dar respostas a quem nos espera 
É poder dar esperanças e esperar também
É seivar as  flores  em cada primavera.


Euclides Riquetti
05-11-2013



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Andante na noite, solitária

Andas, na noite, solitária
Como é solitária a lua.
Caminhas, na trajetória imaginária
Andas, vagueias na rua.
Buscas não sabes o quê, não sabes onde
Buscas algo que de ti apenas se esconde
Alguém que não ouve essa voz tão tua
Alguém que chamas, que ouve...
E não responde!

Solitária, andas na noite dos passantes
Dos namorados, dos casais, ou dos amantes
Mas andas.
Não sabes para qual porto queres ir
Apenas sabes que teu destino é o teu fingir.
E é o teu fugir
Para  tua liberdade
Com toda a tua...docilidade!

Mesmo assim
Andas na rua solitária
Imaginária
Temerária
Andas...
Vagas palas ruas direitas, pelas tortas
Pois andas em busca de respostas
Sem saber, ao menos
Aonde queres ir
Onde queres chegar:
Talvez... à beira do mar:
Chegar!
Euclides Riquetti
04-11-2013

domingo, 3 de novembro de 2013

Voltaram os pecados

Voltaram os pecados que haviam saído
Que buscaram encontrar os pecados teus
Voltaram leves e punidos
Voltaram os pecados meus...

Passearam,  de mãos dados, os nossos pecados
Foram sonhar os sonhos permissíveis
Desejavam ser perdoados, depurados
Buscaram os perdões mais impossíveis.

Então  a flecha do cupido, a arma tão letal
Sacramentou o perdão de ambos os pecadores
E foi a vitória do bem perante o mal.

E, as negras tintas  foram  dissipadas
A alvas rosas abriram seus botões em flores
E Deus abençoou nossas almas já purificadas.

Euclides Riquetti
03-11-2013