sábado, 2 de novembro de 2024

Se um dia...A gente se reencontrar

 


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Se um dia
A gente se reencontrar
Numa estrada estreita
Ou mesmo na beira do mar
Então te pedirei perdão
Por te querer, por te amar!

Se um dia
Nosso caminho se cruzar
Onde quer que seja
Que ele se entrelaçar
É provável que me ignores
Por que já não me queres mais!

Mas se um dia
A gente quiser sonhar
Mesmo com o sonho distante
Pelo universo a navegar
Talvez a gente se entenda
E possa de novo se amar!

Euclides Riquetti

Lenda de São João Maria, o monge andante

 


 



A fé no Monge João Maria – E a Canonização popular | Click Riomafra

      Ao longo dos dois últimos séculos, era normal se verificarem pessoas andantes das estradas, a maioria sem identificação, que levavam em si segredos os mais diversos. Eu mesmo conheci algumas, em minha adolescência. Despertavam a curiosidade dos moradores das cidades e mesmo das comunidades interioranas. Além desses, outras figuras religiosas marcaram época no Vale do Rio do Peixe, como Frei Bruno, na região de Joaçaba; e Frei Crespin Baldo, no antigo Rio Capinzal, em Linha Sete de Setembro, no local onde está instalado hoje do Distrito de Santa Lúcia, em Ouro.
       Tanto Frei Bruno como Frei Crespin têm atribuído a si a prática de milagres, especialmente pela realização de curas. Sobre Frei Bruno, é dito que ele andava pelas ruas com seu cajado, cumprimentando a todos e dando conselhos a quem os pedisse. Era um andante urbano. Contam que, deslocando-se entre Joaçaba e Luzerna, seguia sem interromper a viagem em que se aprofundava a meditar, e era possível que fosse localizado em ambos os lugares ao mesmo tempo.  Depois de sua morte, as pessoas passaram a pedir a ele a intercessão para operar curas de seres portadores de doenças graves, quando que em estado quase que terminal. Relatos nos dão conta de que muitas foram as graças alcançadas por seus fiéis seguidores que, cada vez mais, lhe devotam a Fé.
       Frei Crespin, morreu num acidente de jipe, na Linha Entrada, em Capinzal, quando ia com outros frades a Curitiba para um encontro religioso. O jipe tombou sobre ele e sua boca acabou calcada num pequeno buraco de uma valeta, tendo morrido afogado, após a ingestão de água e barro. Igualmente, é venerado por todos os que o conheceram. Eu mesmo fui abençoado por ele quando criança, nas proximidades da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, em Leãozinho, Ouro, quando este ainda pertencia a Capinzal. O processo de canonização de Frei Bruno está em fase bem adiantada, enquanto que, com relação a Frei Crespin, há uma tentativa inicial, ainda incipiente.
       Mas é certo que, muito além do que consta nos relatórios escritos, há muitas histórias sobre ambos andando de boca em boca, de coração em coração. Algumas revestidas de acréscimos em razão do entusiasmo de pessoas que acreditam em ambos, e no seu poder de curar.
       Lá em Leãozinho, Ouro, uma vez, ainda à época de Crespin, um andarilho esteve na gruta de Nossa Senhora de Lourdes e, por ser época de inverno, ao final da década de 1950, ele se alojou numa benfeitoria da Capela local, um pequeno galpão perto do rio que dá nome à comunidade, acendendo um fogo, de repente com alguma técnica que conhecia, uma vez que não portava fósforos nem isqueiros. Estive lá com uma das filhas de meu padrinho, João Frank, que me criou a partir de meus 13 meses de vida, até meus oito anos, quando voltei à família de meus pais, para frequentar a escola rudimentar. À época, houve muita especulação sobre a identidade daquele homem, que nada pedia, pouco falava, e muito rezava. Um saco velho de algodão, com alguns pertences, era tudo o que possuía. Meu padrinho, um homem justo e de bom coração, mandou-nos que lhe levássemos comida, frutas, açúcar mascavo, pão, vinho, salame e café com leite. Fomos lá, entregamos e percebemos uma tênue alegria no rosto sofrido daquele senhor, que nos agradeceu e abençoou.
       Histórias de andantes pelas estradas também ouvi de meu avô, Victório Baretta, em Linha Bonita, em minha adolescência. Ele era bodegueiro no interior de Rio Capinzal, no Distrito de Ouro, e recebia pessoas em seu casarão de nove quartos, uma sala comercial e duas outras, um escritório, uma cozinha e o compartimento do lavador de louças. O banheiro ficava instalado num galpão à parte, onde se localizava o tanque de lavar roupas, que recebia água de bica. Um chuveiro de campanha, em zinco galvanizado, um paiol capaz de armazenar mais de mil sacas de milho em espigas, cerca de três mil dessas, um considerável armazém, estábulos e chiqueiros completavam o conjunto da propriedade. Era normal ver andantes de alojando em alguma das benfeitorias. Os viajantes, mascates, que deixavam seus animais na casa de pasto, eram acomodados em quartos do casarão. Eu mesmo vi muitos desses andarilhos, que andavam me parecia sem rumo, mas que todos sabiam rezar e agradeciam, respeitosamente, pelo abrigo e comida que nossa família lhes dava.
       No início dos anos setenta, me deparei com um volume de histórias muito interessantes sobre um monge que teria vivido no Vale do Rio Iguaçu, que andou pela região da Lapa, Ponta Grossa, Guarapuava, e Porto União da Vitória, na região em que fervilhou a Guerra do Contestado, e vindo mais ao Sul, propriamente em Lages, Curitibanos e Campos Novos, e no Norte do Rio Grande do Sul. O Monge João Maria, como era chamado, que pode ter sido apenas um homem ou dois, ou mesmo três, segundo contam, certamente que com o sobrenome de Agostini, depois Agostinho; ou João Maria de Jesus. As informações, no entanto, nos levam a crer que era o mesmo homem, com características bem peculiares. Seria um curandeiro, um místico, um conselheiro, um contador de histórias, um religioso, ou um fugitivo da Lei? Imagino, pelo que ouvi sobre ele, ao longo de minha vida, ser um misto de tudo isso, um ser humano de grande alma e coração, capaz de operar milagres, de influenciar positivamente e psicologicamente as pessoas que acreditavam nele, um receitador de chás de ervas, incentivador de que rezassem a Jesus, um andarilho capaz de fazer andarem os paralíticos e de repor o sorriso no rosto dos deprimidos. E assim é construída uma aura em torno dele. É o herói humilde, com muito caráter, o benfeitor e defensor dos fracos e oprimidos, muitas vezes adorado, e por alguns rejeitado, pois representaria perigo para os poderosos, em razão de verdades pronunciadas em suas palavras.
       Por outro lado, é dito que, nos lugares onde era mal recebido, lançava pragas que, em pouco tempo, se concretizavam. Monge ou profeta, predisse muitas coisas que calaram na mente das pessoas, em especial dos sertanejos do Sul do Brasil, e que foram sendo passadas adiante, oralmente. Um monge leigo, que usava roupas velhas, talvez uma túnica de sacerdote muito desgastada, um gorro na cabeça, sandálias muito rústicas, um saco velho, de algodão encardido, uma velha Bíblia e um cajado. Seus discursos ou sermões encantavam os ouvintes, humildes, falando do fim do mundo, de coisas que iriam acontecer. Profetizou: “Chegará um tempo em que ninguém saberá quando será inverno nem verão”, e isso se verifica, hoje, nas constantes anormalidades climáticas.  “Plantem o que dá debaixo da terra”. “As mulheres tomarão uso da vestimenta dos homens”. “Filhos e filhas não obedecerão seus pais, haverá filhos contra os pais e pais contra filhos”. “Haverá uma águia de aço carregando gente” (avião). “Haverá um burro preto carregando gente” (carro). “Um gafanhoto de aço roncador destruirá as florestas” (motosserra). “Uma cobra preta cruzará toda a região e engolirá muita gente, por ela só caminharão pés de borracha” (asfalto e carros).
       Também é dito que, quando das tempestades, o Monge ficava sentado ao relento, mas não se molhava. Ainda, que era capaz de estar, ao mesmo tempo, em dois lugares, rezando numa gruta e curando um doente numa casa. Jamais os índios ou os animais selvagens o atacavam. Fazia surgir olhos d´água nos lugares em que pousava. Curava doentes com infusões da planta conhecida como vassourinha, e suas rezas. Ainda, dizem que, uma vez, após jejuar por dois dias, dois anjos o levaram para o céu. No entanto, muitas são as versões sobre a data e o local de seu desaparecimento.
       As histórias contadas sobre o Monge são muitas e são propagadas ao longo dos últimos dois séculos. A mais recente, surgiu em União da Vitória, após a Enchente de 1983, que fez subirem muito as águas de três rios que banham Santa Catarina: Iguaçu, na divisa de nosso estado com o Paraná; Rio do Peixe, que corre de Norte a Sul; e Rio Itajaí, que vai do Planalto ao leste, desaguando no Atlântico. Dizem que, numa das passagens de João Maria por União da Vitória e Porto União, passou pela casa do Coronel Amazonas Mendes Marques, proprietário de embarcações que transportavam gente e mercadorias pelo Rio Iguaçu. Com sede e fome, foi recebido pelo Coronel, que residia à margem Norte da Ferrovia denominada, à época, Rede Viação Paraná-Santa Catarina, no hoje Bairro São Cristóvão. Recebeu da família do Coronel Amazonas comida para matar sua fome e água para saciar sua sede. Disse, então, ao Coronel, que um dia haveria uma grande inundação, e que as cidades gêmeas, Porto União e União da Vitória, iriam ficar submersas às águas do Rio Iguaçu, parando de subir quando chegasse ao último degrau da escada com que as pessoas chegavam a sua residência. Pois, na Enchente de 1983, a maior da história e que causou danos irreparáveis a catarinense e paranaenses, isso se concretizou: quando a água chegou ao último degrau, seu nível parou de subir. E, dias depois, foi lentamente se normalizando, com o Iguaçu voltando, normalmente, ao seu leito. Visitei, pessoalmente, algumas das fontes abençoadas pelo Monge, que costumava acampar-se ao lado delas: a da Água Santa, em Zortéa; uma num mato no acesso à fazenda Nossa Senhora de Belém, de Alceu Saporite, nos campos de Água Doce; e o “pocinho” de “São João Maria”, no Morro da Cruz, em Porto União. Ali, muitas crianças são até hoje batizadas, inclusive alguns de meus familiares o foram.
       Sempre que conduzo turistas para o Vale do Rio Iguaçu, na condição de condutor cultural, tenho passagem obrigatória pelo Pocinho de São João Maria, onde pelo menos duas esculturas talhadas em madeira o mostram com a imagem com que as pessoas verdadeiramente o conhecem. Ali são feitas orações e há muitas imagens de santos levadas a ele. São a simbologia dos supostos milagres que ele realiza. Eu mesmo compus a “Oração do Monge São João Maria”, que tem sido espalhada para o mundo através da internet:

       Oração ao Monge São João Maria


Nas plagas de Taquaruçu
Nas grutas do Vale do Peixe
Nos morros e planaltos do Sul
E onde que a memória deixe
Ou nas raízes do Iguaçu
Neste chão catarinense
Os revoltosos exclusos
Mexeram com as almas das gentes.

Cruzes espalhadas nos morros
As fontes benzidas das águas
Gemidos pedindo socorro
Corações cheios de mágoas
O velho do cajado e do gorro
Pés descalços e mãos calejadas
São João Maria do bom povo
Abençoe minhas simples palavras.

O manto de trapo que cobre
Um corpo esguio e indefeso
Esconde as origens de um nobre
Que tem por justiça o desejo
São João Maria a esses  pobres
Dá tua bênção, teu conselho
Abençoa os caminhos em que corre
O rejeitado sertanejo.

Monge João Maria da oração
Olha pro céu anilado
Que tomou-me a casa e o pão
Que fez de mim um coitado
Dá alimento ao meu coração
Que anda nos caminhos jogado.

E, entre anjos e arcanjos
Nas imensidões de um além
Perdoa até mesmo os tiranos
Paz para eles também
São João Maria, Homem Santo
Homem que lutou pelo bem
Que reine a harmonia em todo o canto
E que Deus nos diga amém!

       São João Maria, líder espiritual do sertanejo sul-brasileiro, para onde quer que tenha ido parar seu corpo, em algum lugar da América do Sul, deixou sua alma vagando para alojar-se em muitas das fontes onde repousou. Um curandeiro, milagreiro ou um místico andarilho, o Monge Andante, a quem respeito como Santo, por quem já rezei, a quem já pedi proteção, abençoa o povo brasileiro!

Euclides Riquetti – Joaçaba – SC – novembro de 2018 

Os que foram nos deixaram saudades

 


                          Família de meu nono Victório Baretta (nascido em 1901 - Farroupilha - RS)

                         Em pé:  Dorvalina Adélia (minha mãe) ;  Clarinda, Arlindo - Alcides - Juventino  - Marcelino - Arestides - Iracema - Ivani - Ivo - Névio - Adelino (tios) - Sentados: Nonno Victório e Nonna Severina Coltro Baretta) - ao lado do seu casarão, em Linha Bonita - Ouro - SC. 


Os que foram nos deixaram saudades

Lembranças eternizadas em nossa memória

Tenham sido dias de infortúnio ou de glória

Mas nos deixaram tantas saudades!


Dos que foram, ficaram as lembranças

Registros em nós docemente registrados

Magistralmente em nossa mente gravados

Eternas, doces, agradáveis lembranças!


Os que ficaram precisam muito de nós

Nosso carinho e afeto em dobro externados

Para que se sintam protegidos e apoiados

Para que nunca se sintam só!


Euclides Riquetti

02-11-2024



Porque anjos existem!

 



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Sim, anjos existem, estão em todos os lugares
Protegendo-nos, cuidando-nos, flutuando
Nas paredes dos templos e nos altares
No coração de cada ser bondoso e venerando.

Anjos existem e nos dão os seus sinais
São presença constante em toda a nossa vida
E depois que surgem, não somem jamais
Sempre presentes na dor e na alegria sentida.

Anjos se vestem com suas túnicas brancas
Com as asas branquinhas da cor do algodão
Pousam nos seres das almas mais francas
Voam pelos ares e céus de toda a  imensidão.

Sim, os anjos existem e você é um deles
Pois está presente em todas as minhas ações
Anjo de amor que mata minha sede
Rezo por você as minhas singelas orações.

Euclides Riquetti

Lembranças...

 






Lembranças...


É fácil falar do vento, que rima com o pensamento
Do ar, que vem do mar
Da flor, que revela o amor
Do sentimento, que remete no tempo...

É fácil falar do inverno, do amor eterno
Da desmedida paixão
Que explode no coração
E que leva do céu ao inferno!...

É fácil falar da terra, da alegria da primavera
Da planta que cresce
Do broto que floresce
Dos longos anos de espera!

É fácil falar de um porto e de um olhar absorto
Do dia do verão quente
Que queima a pele da gente
E do cansaço que mata o corpo!

É tudo muito belo !!!
Formosa inspiração !!!

Difícil
É lembrar de cada estação
Dia, mês, ano...
De cada beijo profano
De cada momento mundano
De corpo e alma em profusão...

E em cada olhar
Em cada pensar
Em cada lembrar
Querer que tu voltes
E não te ver voltar!...

Euclides Riquetti

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(Através do google)

Fique junto de mim...

 


 


 


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Você, inspiradora musa de meus versos e de minhas canções
Que diz ter andado no infinito azul e que quer voltar
Que trilhou o firmamento sobre as nuvens e os trovões
Viu as estrelas que eu conheci apenas no meu sonhar.

Você, que aceitou navegar na minha imaginação
Que embebeu-se de minhas palavras sutis e carinhosas
Que tentou buscar o amor muito além da escuridão
Tornou-se o antecanto das poesias mais ardorosas.

Você, que na manhã chuvosa refugiou-se, perdidamente
Que migrou seu pensamento para andar no céu sem fim
Que desejou voltar, e quer isso firmente, defiinitivamente
Voe, venha cair em meus braços, fique junto de mim.
Fique junto de mim...

Euclides Riquett

Águas da saudade...bem assim!

 


 


 




As águas da saudade levam as esperanças
Para passear
Buscam o rumo das lembranças
Nos  vales a cantar.

Vão-se elas nas andanças
Como a canção de ninar
Levando consigo de herança
O direito de sonhar.

As águas da saudade brotam do amor frustrado
Da história que não deu certo
Do conto que não foi contado
Da palavra que não virou verso!

As águas da saudade vão e vêm
Pra lá, pra cá
Sem incomodar ninguém.

Não ferem o coração
Que se entregou com paixão.
São inofensivas
Compreensivas
Entendem a tua solidão.

As águas da saudade brotam de ti
Vêm até mim
Pra que eu possa te ajudar
A entender
A viver
Suportar!

Suportar a saudade
De dois corações sós:
O teu
O meu
O que se divide entre nós!

E que nos traz a saudade
Muita saudade!

Euclides Riquetti

Champanhe

 


 


 

Para as tradicionais fotos do brinde cruzado, a Noiva deve ...
Champanhe


Comemore, vibre, entusiasme-se intensamente
Beba uma taça de vinho, uma bebida, champanhe
Eu farei a minha parte,  farei feliz, alegremente
Quero que me abrace, me queira, me acompanhe.

Busque realizar seus sonhos, mas  comigo presente
Torne-me parte integrante de seus projetos pessoais
Agarre-me com seus braços, com força, fortemente
Dividamos nosso coração, nossos laços sentimentais.

Entendamos que o mundo nos impõe muitos desafios
E que é preciso, de nossa parte, muita determinação
Ter coragem para enfrentar todos os mares bravios
E acalmar dentro de nós as inquietudes do coração!

Euclides Riquetti

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Apenas um céu gentil acima de ti


 




Há apenas um céu gentil acima de ti
Que, de dia, te cobre com lençol azulado
Que, de noite, te louva com um manto estrelado
Ou, um cenário de universo imenso e prateado
Mas que, em todas as horas, te protege e sorri...

Há campos floridos que esperam por ti
Cercados pelo verde das árvores folhadas
Das sempre-vivas amarelas, das rosas imaginadas
Onde campeiam almas sedentas de serem amadas
Onde eu campeio para encontrar teu sorriso....

Há campos floridos para adornar tua vida
Há lugares que te remetem aos tempos de infância
Que atiçam tua mente com as saudosas lembranças
Que te devolvem as mais fortes de todas as esperanças
A alegria de viver, a felicidade incontida!
Os campos floridos nunca te abandonam
Estão nas telas dos pintores, nas bucólicas paisagens
Os campos floridos te adornam e te enfeitam
Vão e voltam, nem que seja de passagem
Como aqueles que te querem, de amam, te respeitam

Como eu!

Euclides Riquetti
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sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Aos meus saudosos mestres, com todo o meu carinho!


 






       Os professores sempre me ajudaram desde minha infância. Tirei deles as letras, os números, as vivências múltiplas. As primeiras letras, aprendi em casa, com meu próprio pai, aos sete anos. Também, nessa idade, vi algumas aulas em Linha Bonita, Distrito de Ouro, no município de Capinzal. com o professor Ebenezer Brasil. Eu estava morando uns tempos com meus nonnos maternos, Severina Coltro e Victório Baretta.   Não fui mais do que uma semana para entender o que seria uma escola. Isso depois de ter vivido minha infância em Leãozinho, com meus padrinhos, Rachele Vitorazzi e João (Joanin) Frank. Ainda aos sete, na casa de meus pais, em Ouro, fui com meu velho Guerino acompanhá-lo na escola de Linha Savóia, em Capinzal, algumas vezes. Íamos e voltávamos a pé, pelos trilhos de trem, em direção ao Avaí, hoje Ricardópolis. Em 1961, com oito anos feitos e indo para os nove, matricularam-me no Colégio Mater Dolorum, em Capinzal. 


       Em meu primeiro ano escolar, tive como professora a interna Judite Marcon, pois o colégio Mater Dolorum  era mantido pelas Irmãs Servas de Maria Reparadoras. No mesmo ano, passei por Mariza Calza e Noemi Zuanazzi; no segundo, por umas quatro professoras (Marlene Mattos, Tarcila Boff, uma Enderle e uma Stares). No terceiro ano, dividi o primeiro lugar da sala com o saudoso Vitalino Buselatto, tivemos a Marli Sartori (Sobreira) como professora. No quarto ano, Marilene Lando. A todas elas devoto gratidão sincera e muito carinho. 


       No antigo Ginásio Padre Anchieta, fiz minhas duas primeiras séries. Lembro de Frei Gilberto (Giovanni Tolu - Matemática e Ciências), Wanda Meyer (Inglês, Geografia), Lorena Moraes ( História), Vanda Faggion Bazzo (Português). Eles acumulavam também outras matérias, como Desenho e Geografia. No Ginásio Normal  Juçá Barbosa Callado, que funcionava junto ao Grupo Escolar Belisário Penna, a terceira e a quarta série do ginásio. Ali tive Holga Maria Siviero Brancher como professora de Matemática, Português e Didática; Vera Lúcia Bazzo, com Português; Waldemar Baréa com Ciências; Dioni Maestri e depois Paulo Bragatto Filho com Psicologia e Desenho Pedagógico; Íria Flâmia com Desenho Geométrico; João Bronze Filho com História e Inglês, Frei Adelino Frigo com Religião. 


       Fiz meu equivalente ao Ensino Médio no curso de Técnico em Contabilidade na Escola Técnica de Comércio Capinzal. Elba Andrioni (Baretta) com Português; Wolfgang Behling e Roberto (Bolinha) Boratti com Matemática; Vilamil Sbardelotto com Ciências; Luiz Siviero Sobrinho com Contabilidade Geral; Normélio Masson e Ricardo Kozak  com Contabilidade Pública; Antônio Maliska Sobrinho com Elementos de Economia; Ênio Gregório Bonissoni e Benoni Zóccoli com Direito Usual; Ilton Maestri com Contabilidade Bancária; João Bronze Filho com Inglês. 


       Vejam que, tanto no antigo ginásio como no secundário eu tive uma variedade grande de matérias, convivendo com professores que nos traziam as suas experiências da atividade profissional privada. Isso me ajudou muito em minha vida!


       Na FAFI, em Uni]ao da Vitória, de 1972 a 1975, fiz minha faculdade de Lestras-Inglês. Guardo muito carinho de meus professores: Nelson Sicuro, de Língua Portuguesa; Francisco Filipak, Abílio Heiss de Teoria Literária; Nilvaldo Oliveira, de Literatura Brasileira; Fahena Porto Horbatiuk, Literatura e Língua Portuguesa; Geraldo Feltrin, de Língua Inglesa; Francisco Boni, de Literatura Inglesa e Norte-americana; os padres Leo Horst, de Latim e Leopoldo Meltz, de Linguística; Professora Abigail, de Didática e afins; Rosa Maria da Maia Filha, nas áreas ligadas ao Civismo, e Delci Hausen Christ, de Psicologia. 


       No meu curso de Inglês do Yázigy, no edifício Jacobs, em União da Vitória, Geraldo Feltrin, que também me deu a primeira oportunidade de ministrar aulas de Inglês em seu curso. 


        E, por fim, ao Professor multi-titulado Wálter Medeiros, do Rio de Janeiro, na minha especialização em Língua Portuguesa, na Fauldade Plínio Augusto do Amaral, em 1994, em Amparo - SP. Conhecia e dominava quase que uma centena de línguas entre entre as mater e os dialetos. Era diretor do Museu Histórico do Rio de Janeiro.


       Fui privilegiado, sim! Todos deixaram em mim um pouco de seus conhecimentos, experiências e exemplos.  Tudo o que somei guardei para a avida e empreguei ensinando. Então, aos meus queridos mestres, meu carinho e gratidão sempre!


Euclides Riquetti

Um jeito especial de sentir saudades

 


 

 




Um jeito especial de sentir saudades

Tenho um jeito muito especial de sentir saudades:
Saudade com paixão
Saudade com emoção
Saudade apenas de saudade...

Eu, como você, sou movido a sentimentos
Que se alimentam com estímulos
Alegrias de verdade
Encantamentos...

Tenho um jeito muito especial de sentir saudades:
Saudade dos ausentes
Saudade dos presentes
Saudade de bons papos e de amenidades!

Eu, como tantos e tantas
Eu, meus pensamentos e sentimentos
Eu, nossos memoráveis doces momentos
Eu e você, e nossas boas lembranças
Temos recordações que nos fazem
Sentir saudades...


Tenho, sim, sei que tenho
Um jeito muito original
Que seguro e mantenho
De um modo tão especial
Que é retratar em versos
Nos poemas diversos
Que tenho saudades de você...

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

Reflexões no pós-eleições e revolta nos meios educacionais em Ouro

 


             

       As eleições realizadas no último domingo, 27, em seu segundo turno, consolidaram o expressivo crescimento da direita e do centro-direita no Brasil. A  partir de 2025, o desenho político em nosso País será outro. E a grande lição fica para as legendas situadas à esquerda brasileira, que se esqueceram do trabalhismo para se entregarem à defesa de pautas de comportamento. O discurso surrado já não faz efeito e o eleitor quer muito mais de isso. Nem mais a utopia convence. O sonho está dando lugar à realidade e até alguns dirigentes nacionais do PT já perceberam isso.

       Enquanto que na direita e no centro surgem a toda a hora novas e robustas lideranças jovens, o outro lado segue a trilha riscada por políticos que foram afastando-se de seus ideais para se abraçarem aos interesses próprios ou de seus agora parcos financiadores. As grandes disputas deram-se entre as candidaturas de centro e de direita. Os considerados progressistas levaram de goleada. A conquista de prefeituras pelos partidos mais exitosos mostram o crescimento de PSD, que levou 887: o MDB, 853: o PP, 746: o União Brasil com 583; o PL, com 516; e o Republicanos, que conquistou 434 prefeituras. Somem-se a esses resultados uma grande legião de vereadores eleitos por esses partidos e se terá a dimensão de quanto foi o tamanho da vitória.

       O centro-esquerda teve o PSB,  com 309; o PSDB, com 272; e o PT que obteve a Vitória em 252 cidades. Tendo o atual Vice-Presidente, Geraldo Alckmin, ex PSDB como principal figura do PSB, e o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o líder maior e fundador do PT, e o PSDB que foi o grande protagonista das eleições no Brasil na era Pré-PT, a decadência é facilmente constatada. O radical PSOL, que perdeu com Guilherme Boulos, na cidade de São Paulo, não elegeu nenhum prefeito no Brasil, diante de 5 que teve como eleitos em 2020. Se esse pessoal quiser sobreviver, terá que rever seus conceitos e posturas.



       Revolta nos meios escolares em Ouro – Gerou grande revolta entre alunos, professores, pais e sociedade em Ouro, a ideia do comando Regional da Educação Estadual aqui de Joaçaba, de fechar o curso noturno de Ensino Médio do Colégio Estadual Prefeito Sílvio Santos, daquele município. A principal justificativa foi a de insuficiência de alunos. Estes teriam que frequentar o noturno do Mater Dolorum, em Capinzal

      A questão não é tão simples assim. Há muitas escolas em Santa Catarina que funcionam com número de alunos que poderia ser considerado baixo, e não se tem notícia de que medidas assim radicais estejam sendo tomadas. Cabe às lideranças políticas locais defenderem os interesses de seu capital intelectual. O curso iniciou-se em 1992 como Técnico de Processamento de Dados. Foi um dos 3 pioneiros em Santa Catarina. Na época, com um laboratório composto por 10 computadores 286 e 1 286, coisa que nem as instituições financeiras tinham na época. Egressos daquele ensino noturno se tornaram as principais lideranças empresariais e políticas daquele Município. Se isso se consumar, o sentimento de perda gerará também uma elevada perda de autoestima naquela cidade.

       Enquanto isso, toda a comunidade escolar está empenhada em buscar as pessoas que estão fora da escola para que retornem aos bancos escolares. Isso já aconteceu há duas décadas quando a comunidade se colocou contra o fechamento de um curso de séries iniciais na Escola Municipal Professor Guerino Riquetti, tendo êxito, e hoje é uma das principais referências de ensino daquela cidade.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 

Num lago azulado

 






Imagino-a num lago azulado
Cercado
Por altos cedros e pinheiros
Por imbuias e caneleiras
Por perfumosas pitangueiras
Cerejeiras e pessegueiros.

Um lago azul com peixinhos dourados
Peixes grande e pintados.
E, em seu redor
Uma clara faixa de areia
Onde repousa você, bela sereia
Numa visão pitoresca:
Uma mulher animal, emergida da água fresca.

Aventuro-me a buscar os seus encantos
E ouvir os seus afinados cantos
Enquanto você  repousa
Escrevo versos na lousa.

Ouso atraí-la com um assobio breve
Tímido, cínico, mas respeitoso.
Quero ser seu príncipe carinhoso
E passar minha mão, de leve
Sobre seus ombros adoráveis
Elegantes
Estonteantes
Saudáveis.

Apenas isso:
Admirar você deitada na areia
Em seu corpo de sereia
Às margens de um lago azulado!

Euclides Riquetti

Quando a esperança renascer das cinzas

 


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Quando a esperança renascer das cinzas
E então o  verde corar todos os gramados
Quando as florinhas amarelas voltarem
Nos campos do Sul de céu azulado...

Quando os seus cabelos forem sacudidos
Pelo vento fresco da manhã de solidão
Quando sua voz movimentar os sentidos
E eu poder ouvir a sua doce canção...

Quando no horizonte eu puder vislumbrar
A silhueta imaginária de seu corpo elegante
Quando na noite, de novo,  puder recordar
As linhas doces  e a beleza de seu semblante..

Eu saberei que valeu a pena!

Euclides Riquetti

Como se não existisse paz!


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O mundo está virando... já virou
E ficou virado!
Parece-me que já não há tantas verdades
Há desamor, atrocidades
E que tudo mudou.
Mutilaram-se as cidades
Apedrejou-se o céu, assassinaram os rios
Indefiniu-se o comportamento
Do tempo.
Ora chuvas descontroladas
Ora assolador estio.

Quisera que houvesse menos tragédias
E que a realidade não seja travestida de comédias.

Quisera que imperasse o senso da honestidade
E que as pessoas agissem com mais seriedade.

Quisera que nascessem flores ao longo das estradas
Mas estas precisariam terem sido plantadas.

Quisera que os males tivessem a devida cura
E que as almas pudessem pintar-se de brancura.

Precisamos que a mão da Divina Providência
Nos abençoe com sua força e excelência
Pois:

É como se não existisse mais amor
É como se não existisse paz!

Euclides Riquetti

Dia de Finados

 


 


       
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          Neste dia consagrado aos mortos, quero, respeitosamente, congratular-me com todos os meus leitores que já perderam familiares, pessoas próximas e amigos queridos. O ser humano, sensível, sofre quando perde entes que muito ama.

          Hoje, rezei pelos meus amados e saudosos pais, Guerino (falecido em 1977), e Dorvalina Adélia Baretta  (falecida em 2000). E pelo meu irmão Ironi Vítor, que partiu, aos 51 anos, em 1998. Sempre sonho com todos eles, parece-me, então,  reviver a realidade como se ainda estivessem conosco. Também por meus cunhados Anílton (Kiko) e Círio Carmignan, o primeiro descansando em Pato Branco e este em Araucária. Ainda, para meus ex-colegas de trabalho e ex-alunos que partiram antes de nós, para as pessoas que fui conhecendo, ao longo da vida, nas cidades onde morei: Capinzal, Ouro, Porto União, União da Vitória, Zortéa e, agora, Joaçaba.

          Costumo dizer que precisamos viver bem e com dignidade  aqui na Terra,  fazer o bem, querer que todos estejam bem e que fiquem bem. procuro fazer a minha parte, oriento as pessoas de quem me aproximo para que tenham a vida saudável e que estimulem a alegria, rejeitando a melancolia, que uma forma de dar saúde física e mental a nós mesmos.

         Que Deus dê muita paz aos que se foram e saúde e longevidade aos que aqui estão!

Euclides Riquetti

As canções das essências florais

 


 





Quando as canções das essências florais
Encontram as do passaredo em sua toada
E no sonante valsar das manhãs outonais
Bailam as plantas na natureza embalada.

Enquanto soam os clarinetes angelicais
Perfilam-se os anjos em suas vestes alvas
Então voam sobre as planícies celestiais
Saem a saudar os apanhadores  das almas.

Mas se astros nos clareiam com os lumes
Para decorar nossas  noites espetaculosas
As flores nos brindam com seus perfumes.

Então mergulho nos sonos e sonhos meus
E vou clamar pelas musas bem cheirosas
Vou poetar meus versos aos ouvidos teus...

Euclides Riquetti

Homenageando minha saudosa mãe...


 


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 Homenageando, nesta data, minha querida e saudosa mãe Dorvalina Adélia Baretta Riquetti, falecida há 22 anos. 


Mãe - das dadivosas mãos, mãe

Mãe - das caridosas bênçãos, mãe.

Mãe dos filhos gerados e amados
Mãe dos filhos cuidados e guiados.

Mãe - da vida dedicada, mãe
Mãe - da lida abnegada, mãe.

Mãe das manhãs azuis, esperançosas
Mãe das noites negras e chorosas.

Mãe - do filho perfeito e bem nascido
Mãe - do sagrado leito ali estendido.

Mãe do olhar bondoso mas austero
Mãe do falar que assusta mas sincero.

Mãe - do amor em plena difusão
Mãe - da flor, da alma e coração.

Mães são apenas mães:
Não dependem de elogios
Não dependem de flores
Não esperam por presentes.

Apenas rezam por seus filhos.
E eu rezo por elas.

Felicidades a todas as mães:
À minha, à tua, às mães das outras mães.

Euclides Riquetti