As mansas águas do lago inerte
Escondem medos e segredos
São águas descidas dos veredos
Que o sol do meu outono aquece.
Lágrimas de mulheres que sofreram
De choros copiosos e incontidos
Que levaram seus gozos e gemidos
E, silenciosamente, ali jazeram.
São as águas do tempo paradas
Que já não banham corpos desnudos
Já não atiçam meus olhares mudos
Mas que banharam vidas passadas.
E eu tento localizar-te nas margens
Deitada ao sol que te bronzeia
Que te torna a mais desejável sereia
Que eu cobiço em minhas tardes...
(Num sábado outonal, à meia tarde!)
Euclides Riquetti
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