As eleições
realizadas no último domingo, 27, em seu segundo turno, consolidaram o
expressivo crescimento da direita e do centro-direita no Brasil. A partir de 2025, o desenho político em nosso
País será outro. E a grande lição fica para as legendas situadas à esquerda
brasileira, que se esqueceram do trabalhismo para se entregarem à defesa de
pautas de comportamento. O discurso surrado já não faz efeito e o eleitor quer
muito mais de isso. Nem mais a utopia convence. O sonho está dando lugar à
realidade e até alguns dirigentes nacionais do PT já perceberam isso.
Enquanto que na
direita e no centro surgem a toda a hora novas e robustas lideranças jovens, o
outro lado segue a trilha riscada por políticos que foram afastando-se de seus
ideais para se abraçarem aos interesses próprios ou de seus agora parcos financiadores.
As grandes disputas deram-se entre as candidaturas de centro e de direita. Os considerados
progressistas levaram de goleada. A conquista de prefeituras pelos partidos
mais exitosos mostram o crescimento de PSD, que levou 887: o MDB, 853: o PP,
746: o União Brasil com 583; o PL, com 516; e o Republicanos, que conquistou 434
prefeituras. Somem-se a esses resultados uma grande legião de vereadores
eleitos por esses partidos e se terá a dimensão de quanto foi o tamanho da
vitória.
O centro-esquerda
teve o PSB, com 309; o PSDB, com 272; e
o PT que obteve a Vitória em 252 cidades. Tendo o atual Vice-Presidente,
Geraldo Alckmin, ex PSDB como principal figura do PSB, e o Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva como o líder maior e fundador do PT, e o PSDB que foi o
grande protagonista das eleições no Brasil na era Pré-PT, a decadência é
facilmente constatada. O radical PSOL, que perdeu com Guilherme Boulos, na
cidade de São Paulo, não elegeu nenhum prefeito no Brasil, diante de 5 que teve
como eleitos em 2020. Se esse pessoal quiser sobreviver, terá que rever seus
conceitos e posturas.
Revolta nos meios
escolares em Ouro – Gerou grande revolta entre alunos, professores, pais e sociedade
em Ouro, a ideia do comando Regional da Educação Estadual aqui de Joaçaba, de
fechar o curso noturno de Ensino Médio do Colégio Estadual Prefeito Sílvio Santos,
daquele município. A principal justificativa foi a de insuficiência de alunos.
Estes teriam que frequentar o noturno do Mater Dolorum, em Capinzal
A questão não é tão simples assim. Há muitas escolas
em Santa Catarina que funcionam com número de alunos que poderia ser considerado
baixo, e não se tem notícia de que medidas assim radicais estejam sendo
tomadas. Cabe às lideranças políticas locais defenderem os interesses de seu
capital intelectual. O curso iniciou-se em 1992 como Técnico de Processamento
de Dados. Foi um dos 3 pioneiros em Santa Catarina. Na época, com um
laboratório composto por 10 computadores 286 e 1 286, coisa que nem as
instituições financeiras tinham na época. Egressos daquele ensino noturno se
tornaram as principais lideranças empresariais e políticas daquele Município. Se
isso se consumar, o sentimento de perda gerará também uma elevada perda de
autoestima naquela cidade.
Enquanto isso, toda
a comunidade escolar está empenhada em buscar as pessoas que estão fora da
escola para que retornem aos bancos escolares. Isso já aconteceu há duas
décadas quando a comunidade se colocou contra o fechamento de um curso de
séries iniciais na Escola Municipal Professor Guerino Riquetti, tendo êxito, e
hoje é uma das principais referências de ensino daquela cidade.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
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