sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Reflexões no pós-eleições e revolta nos meios educacionais em Ouro

 


             

       As eleições realizadas no último domingo, 27, em seu segundo turno, consolidaram o expressivo crescimento da direita e do centro-direita no Brasil. A  partir de 2025, o desenho político em nosso País será outro. E a grande lição fica para as legendas situadas à esquerda brasileira, que se esqueceram do trabalhismo para se entregarem à defesa de pautas de comportamento. O discurso surrado já não faz efeito e o eleitor quer muito mais de isso. Nem mais a utopia convence. O sonho está dando lugar à realidade e até alguns dirigentes nacionais do PT já perceberam isso.

       Enquanto que na direita e no centro surgem a toda a hora novas e robustas lideranças jovens, o outro lado segue a trilha riscada por políticos que foram afastando-se de seus ideais para se abraçarem aos interesses próprios ou de seus agora parcos financiadores. As grandes disputas deram-se entre as candidaturas de centro e de direita. Os considerados progressistas levaram de goleada. A conquista de prefeituras pelos partidos mais exitosos mostram o crescimento de PSD, que levou 887: o MDB, 853: o PP, 746: o União Brasil com 583; o PL, com 516; e o Republicanos, que conquistou 434 prefeituras. Somem-se a esses resultados uma grande legião de vereadores eleitos por esses partidos e se terá a dimensão de quanto foi o tamanho da vitória.

       O centro-esquerda teve o PSB,  com 309; o PSDB, com 272; e o PT que obteve a Vitória em 252 cidades. Tendo o atual Vice-Presidente, Geraldo Alckmin, ex PSDB como principal figura do PSB, e o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o líder maior e fundador do PT, e o PSDB que foi o grande protagonista das eleições no Brasil na era Pré-PT, a decadência é facilmente constatada. O radical PSOL, que perdeu com Guilherme Boulos, na cidade de São Paulo, não elegeu nenhum prefeito no Brasil, diante de 5 que teve como eleitos em 2020. Se esse pessoal quiser sobreviver, terá que rever seus conceitos e posturas.



       Revolta nos meios escolares em Ouro – Gerou grande revolta entre alunos, professores, pais e sociedade em Ouro, a ideia do comando Regional da Educação Estadual aqui de Joaçaba, de fechar o curso noturno de Ensino Médio do Colégio Estadual Prefeito Sílvio Santos, daquele município. A principal justificativa foi a de insuficiência de alunos. Estes teriam que frequentar o noturno do Mater Dolorum, em Capinzal

      A questão não é tão simples assim. Há muitas escolas em Santa Catarina que funcionam com número de alunos que poderia ser considerado baixo, e não se tem notícia de que medidas assim radicais estejam sendo tomadas. Cabe às lideranças políticas locais defenderem os interesses de seu capital intelectual. O curso iniciou-se em 1992 como Técnico de Processamento de Dados. Foi um dos 3 pioneiros em Santa Catarina. Na época, com um laboratório composto por 10 computadores 286 e 1 286, coisa que nem as instituições financeiras tinham na época. Egressos daquele ensino noturno se tornaram as principais lideranças empresariais e políticas daquele Município. Se isso se consumar, o sentimento de perda gerará também uma elevada perda de autoestima naquela cidade.

       Enquanto isso, toda a comunidade escolar está empenhada em buscar as pessoas que estão fora da escola para que retornem aos bancos escolares. Isso já aconteceu há duas décadas quando a comunidade se colocou contra o fechamento de um curso de séries iniciais na Escola Municipal Professor Guerino Riquetti, tendo êxito, e hoje é uma das principais referências de ensino daquela cidade.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 

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