sábado, 21 de dezembro de 2024

Cai a chuva macia no verão da gente

 


 






Cai a chuva macia no verão da gente
Nestas tardes quentes de dezembro
Vem refrescar o corpo e minha mente
Tem sido assim desde que me lembro...

Chuvas de verão,  sempre esperadas
Regam os milharais e molham a terra
E as carreiras de plantas enfileiradas
Que aqui vicejam desde a primavera.

Tornam tenras as tardes enfadonhas
Põem ânimo nos corpos preguiçosos
E refrescam as almas mais medonhas.

Mas, depois que ela vem e vai embora
Movem-se meus instintos pecaminosos
Então meu rosto ri e minh' alma chora!

Euclides Riquetti

Misturam-se as lágrimas de cristal

 


 

 



Misturam-se as lágrimas de cristal
Aos pingos de chuva que caem
Que rolam pelo seu rosto  ao natural
Que excitam o seu corpo escultural
E vão buscar o mar...

Perdem-se na imensidão das águas colossais
Perdem-se nos dias, nos meses, nas tardes outonais!

Levam consigo significados benditos
Dúvidas e certezas que se esvaem
Levam dores, sentimentos e conflitos
Brotados de corações sôfregos e  aflitos
Que buscam sua alma para se abrandar...

Tornam-se grãos de areia a acariciar meus pés
Tornam-se diamantes que flutuam nas marés.

Assim são as lágrimas derramadas por amor
Que não se evaporam, eternizam-se simplesmente
E podem compor um mundo de alegria,  ou mesmo de dor
Levemente, delicadamente, docemente...

Apenas lágrimas de cristal
Que caíram de seus olhos de mar!

Euclides Riquetti

O Natal que está por chegar

 




O Natal que está por chegar

Chega, de novo, o Natal das Crianças
No mundo todo, o Natal de Jesus
O Natal das canções e das belas lembranças
O Natal das noites de luz.

O Natal que aguça a tua sensibilidade
O Natal do Menino envolto em mantos
Que enseja partilha e caridade
Mas também  saudades e copiosos prantos.

Vem o esperado Natal do presentes
Da Missa do Galo, das renas e dos trenós
No Norte o frio, no Sul as noites quentes
Natal do amor pleno ou dos corações sós...

Espero o Natal que chega amanhã
Dos docinhos, das uvas, peras e panetones
Das  ceias com aves, pêssegos e maçãs
De "emotions, emoções e emociones".

Que venha, pois,  o Papai Noel
Com a neve no Norte,  ou aqui tropical
A pé, em trenó, ou num carrossel
Só pra te dizer: Feliz Natal!

Oh, oh, oh, oh!!!

Euclides Riquetti

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Analfabetismo - violência – incertezas na economia e na política - para onde vamos?

 


       O Brasil continua com elevado número de analfabetos. Segundo o IBGE, o censo de 2022 mostra que ainda somos um país de analfabetos. Se considerarmos que as cidades precisam investir ao menos 25% de seu orçamento em Educação, isso é um indicativo perverso. Você tem visto vídeos ou reportagens sobre as escolas do Norte e Nordeste? Viu a precariedade das suas instalações físicas? Você, leitor, leitora, acha que quem escreve nomes próprios  com letra inicial minúscula tem condições de ensinar?

      No pós governo militar, tivemos sete presidentes: Fernando Collor de Melo, que sofreu impedimento. Itamar Franco, que o substituiu. Fernando Henrique Cardoso, que o sucedeu e cumpriu dois mandatos. Luiz Inácio Lula da Silva, que  governou por dois mandatos e está na metade de seu terceiro. Dilma Rousseff, um mandato e meio. Michel Temer, meio mandato. Jair Messias Bolsonaro, um mandato, tentou a reeleição e perdeu. Estamos no Lula 3.

       São três décadas e meia de governos com alternância entre direita e esquerda e “do meio”: Collor foi um playboyzinho despreparado para governar. Contrariou alguns setores e ferrou-se. Itamar Franco, enquanto riam de seu topete, fez um ótimo governo, criando o Plano Real e estabilizando nossa moeda e nossa economia. FHC, metido a intelectual, comedor de buchada de bode, foi oportunista e andou de carona no real. Para reeleger-se, manobrou o câmbio do jeito que quis. Lula foi bem em seus dois primeiros mandatos e mostrou que a esquerda podia governar e conviver com a direita. Virou até presidiário. Dilma era uma despreparada, foi motivo de piadas e não conseguiu relacionar-se bem nem com os seus partidários. Sofrendo impedimento, foi substituída por Temer, que realizou reformas importantes e saíu do governo com baixa popularidade. O milico Bolsonaro foi razoavelmente bem na economia, mas falou muitas bobagens e isso lhe custou caro. Lula, no presente mandato, também por suas falas, está comprometendo o futuro do Brasil por causa do endividamento. Precisamos de muita responsabilidade. E a imprensa, que tem seus lados de preferência, precisa ir para o foco jornalístico e sair desse seu comportamente excessivamente opinativo.

       Continuamos com elevado índice de analfabetos, criamos um monte de preguiçosos e não vemos luzes que nos retirem da escuridão educacional ou social. Na economia, vivemos em solavancos. Na saúde, notícias de gente morrendo nos postos de saúde e  nas emergênias dos hospitais. A situação climática, cada um defende e narra seu pensamento e seu interesse. Na segurança, enquanto se discute sobre o imposto das armas, gente é assaltada e assassinada em todos os lugares. Feminismo em alta mas mulheres sendo covardemente mortas pelos maridos brutamontes. Crianças e velhos maltratados.

       Por favor, não me venham falar em “políticas públicas”. Falem-me de ações e soluções públicas. Não banalizem o termo democracia, vivam-na em sua alma e em sua conduta em casa, na escola, em sua igreja, em seu clube, e  não fiquem enchendo o saco.

       E os beneficiários dos programas sociais do Governo Federal, que esforço fazem para buscar emprego? Ou preferem fazer biscates ou trabalhar por dia a fim de não perderem as vantagens a que se acostumaram receber? E muitos  afastados do trabalho por limitação laboral ou doenças, continuam trabalhando não registrados em empresas.

       Então, precisamos melhorar em muitos aspectos. Mas, se não levarmos a educação muito a sério e cortarmos benefícios de aproveitadores, não poderemos esperar por um País melhor!

       O Brasil endividado cujo futuro nos incomoda – A situação política, no Brasil, é muito bagunçada. No momento, está em níveis insuportáveis para nossos ouvidos e olhos. O termômetro de nossa economia anda em duas linhas: o preço do dólar e os índices da Bolsa de Valores. E ambos são assustadores.

       Picolé de chuchu cada vez mais xuxu – Geraldo Alkmin, vice presidente do Brasil, vive o seu pior momento como político. Apenas um arremedo do que foi o exitoso e equilibrado Governador de São Paulo, médico por formação. A imprensa até tem poupado o Governo de suas críticas, embora os fatos mostrem a fragilidade de  Geraldo.

       Com a internação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o qual sofreu duas cirurgias na cabeça na semana passada, o normal seria que este tirasse umas semanas para se recuperar, mas nada! Até a Lei dos créditos de carbono foi sancionada por Lula enquanto estava na UTI no seu pós-cirúrgico. Inconcebível isso! Inclusive alguns jornalistas militantes teceram severas críticas pela postura do Presidente. Deveria ter passado ao Vice, da forma mais institucional possível. Recuperar o cor´po e a mente para voltar com muito gás para dirigir os Brasil na segunda parte de seu terceiro mandado.

       Isso nos remete a refletir sobre o medo que ele e seus assessores filiados ao PT e PSOL pensam e temem: Geraldo Alkmin faria com Lula o que Michel Temer fez com Dilma Roussef?

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 Minha coluna no Jornal Cidadela-- - Joaçaba - SC

Em 19-12-2024

Esperar pelo amanhecer

 


 



Esperar pelo amanhecer

Sentindo o frio que judia

Com a cuia e sem a guria

Apenas um mate sorver...


Ouvir música saudosa

No rádio velho a tocar

Na espera do dia chegar

Escutar a rola chorosa...


Ir dedilhando o teclado 

Tirando palavras catitas

Compor estrofes bonitas

Na manhã deste sábado.


E fazer uma boa oração

Pra Mãe Virgem Maria

Pedindo proteção no dia

Que venha logo o verão!


Chega de frio, umidade

Chega de incomodação

Prefiro daquele calorzão

Do que me dá saudade.


Tenha uma hora feliz

Vai sorvendo seu mate

Pois se a saudade bate

É paixão, amor de raiz!


Euclides Riquetti

Um sorriso discreto, um afago amoroso

 


 



 



                                                      Imagem de "O Rei de Porcelana"

Um sorriso discreto, um afago amoroso


Um sorriso discreto

Brota das maçãs de um rosto

E o moldura com encanto.


Um olhar de afeto

Mira um outro olhar suposto

E lhe oferece o acalanto. 


Um afago amoroso

Gera o gesto de afável carinho

A ventura da nobreza e a docilidade!


Porque o sorriso é algo valioso

Livre como a ave que deixa o ninho

E vai em busca de sua liberdade!


Euclides Riquetti

Caio Zortéa - saudosas lembranças, 30 anos depois de ter-nos deixado...

 


 


 


       


       Há pessoas que marcam a vida da gente. Pela sua maneira simples de ser, pela afabilidade com que nos tratam, pelo legado de honestidade que deixam para a humanidade. Os anos podem passar, mas as marcas profundas que provocam em nossa vida jamais se deletam. Ter sido colaborador e ter, da mesma forma, tido ele como colaborador, nos igualou. O jeito amigo de ser, a empatia sua característica, todas as suas qualidades pessoais, o ser humano incrível, tudo no Caio foi muito marcante para mim e minha família. São 30 anos hoje,,, Mas tudo parece que aconteceu ontem. Mais uma vez, reedito aqui minha homenagem ao Caio Zortéa. 

          Todos os anos, no dia 21 de dezembro, lembro-me do amigo Antônio Carlos Zortea Neto - o Caio. Conhecia-o da adolescência, quando perambulava pelas pacatas ruas de Capinzal, com os amigos de sua idade. Gostava de futsal nas quadras do Mater Dolorum e do Padre Anchieta, de teatrinhos, de brincadeiras ingênuas.  Dizem que, em casa, ajudava a cuidar dos irmãos pequenos, sabia até dar-lhes banho e trocá-los. Tinha sempre um sorrisinho discreto, de "bom menino". Esse sorriso se conservou por toda a sua vida, abreviada num acidente ocorrido na SC 303, ali onde passo todos os dias. E, em todas as vezes, lembro-me dele. A cada ano, nessa época, a paisagem de fundo se constitui pelo mesmo paredão de rochas e, acima, um milharal verdejante. Agora, muito mais verde após dias com chuvas...


           Quando voltei de União da Vitória para minha região e fui lecionar  em Duas Pontes como professor, fui convidado a trabalhar também na Zortéa Brancher, fábrica de compensados e esquadrias para os mercados nacional e internacional. O Caio era o Diretor Industrial, seu irmão Hilarinho Diretor Financeiro, o Pai Hilário Diretor Presidente, o tio Guilherme Brancher  Diretor Florestal, o primo Lourenço Diretor Comercial, o primo Aníbal Diretor Administrativo.

          Era muito fácil lidar com o Caio, uma figura humana extraordinária. Sempre fora  assim,  perdera a mãe ainda criança,  buscava nas pessoas a compreensão e o carinho. Tinha um Zoológico particular, com muitos animais. Não era de ostentações, tinha uma bela e elegante namorada, a Vera, que costumo chamar de "Moça Bradesco". Costumava contar algumas histórias como aquela do passarinho entre as mãos de um homem, uma metáfora possivelmente, para exemplificar e elucidar uma mensagem que quisesse passar para a gente.

          Mais adiante, trabalhou em minha campanha, foi meu colaborador, quando me elegi para um cargo público em Ouro, tínhamos até umas combinações em código para lidar com algumas situações, nos entendíamos muito bem.  Liderava, com a Vera, o Antônio Maria Hermes e outros, o Grupo Escoteiro Trem do Vale, do qual minhas filhas e os filhos deles e de muitos amigos faziam parte. Participava de gincanas, empenhando-se como se fosse a última batalha de sua vida. Dava o melhor possível para sua família, adorava suas belas crianças. Dócil, afetuoso, excelente pai e esposo. Cidadão honrado, honesto e exemplar. Tenho as melhores lembranças do amigo Caio. Guardo comigo, até hoje, o texto que, com emoção e dificuldade em controlar-me,  li na Missa de sua despedida, na Igreja Matriz.

          Na Primavera de 1994, Caio coloca uma placa num terreno dos Miqueloto, bem defronte a minha casa, com a seguinte frase: "Vera, Tibi, Deka, Manu e Greta - amo vocês mais do que ontem e menos do que amanhã!.  E, no primeiro dia do Verão, o acidente.

          Lembro-me que eu estava na regional de Educação, em Joaçaba, conversando com o Professor Sérgio Durigon, quando entrou um telefonema, do Valcir Moretto, dizendo-me que o Caio estava no Hospital São Miguel, ali pertinho, mas nada mais havia a fazer, tinha se acidentado e perdido a vida. Foi de cortar o coração. Ficamos muito chocados, abalados. E, em seguida, toda aquela sequência triste, com o corpo levado para sua casa e depois para o Ginásio Municipal de Esportes André Colombo, e para a definitiva morada ao lado da bela mãe, em Capinzal...

          Hoje passei pelo local da tragédia às 13 horas, mais ou menos o horário em que tudo aconteceu. São dezoito anos passados. Revivi tudo, como se fosse aquele dia. E senti saudades. Saudades que só sentimos por quem muito prezamos...

Euclides Riquetti

Redigido em 21-12-2012
Atualizado em 21-12-2024 

Neste sábado de sol

 



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Sábado de sol e de cor
Dia de alegria desmedida
De andar livre na vida
Nada de trizteza, nem dor.

Sábado com muita euforia
Dia das doces sensações
De dar asas às emoções
Nada de melancolia.

Sábado dos corpos sarados
Dos corações atirando setas
Dos corações sendo flechados.

Dia de comemoração
Nas almas de todos os poetas
Que escrevem com amor e paixão!

Euclides Riquetti

Envelhecer e... ser!

 


 



Envelhecer e...ser!

Perceber que o tempo passa

Mas que a vida ainda tem graça

Se a gente quiser...ser!


Envelhecer por que isso é natural

É questão indiscutível

Incontestável!

É manter-se no bem, refutar o mal

É algo incrível

Inigualável, real!


Viver substancialmente

Substativamente

Decentemente!


Envelhecer

Com dignidade e liberdade

Driblando a ansiedade

Sem penar

Sem sofrer!


Envelhecer e constinuar a sorrir

Porque todos os momentos

Mais longos que nosso pensamento

Vão embora

Mas acabam voltando aqui!

Para continuar a envelhecer

E ser!


Euclides Riquetti

Quero te encontrar no fim da tarde



 






Quero te encontrar no fim da tarde, bem à tardinha
Pra te dizer "boa noite" e  te desejar belos sonhos
Pra que durma alegre, sorrindo, sonho de rainha
Pra que todos os seus dias sejam de paz e risonhos.

Quero te encontrar no fim da tarde e poder escutar
Palavras carinhosas que vêm de teu íntimo profundo
Ver o brilho de teus olhos, também poder te admirar
E dizer que te amo com todo o amor deste mundo.

Quero, sim, ah como eu quero poder encontrar-te
Nem que seja somente para poder afagar a tua mão.
Ah, como eu quero poder te ver, poder abraçar-te.

E, em cada abraço, em cada toque bem carinhoso
Sentir o frescor da pele e o pulsar de teu coração
E a forte energia que vem do teu corpo formoso.

Euclides Riquetti

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Coração Ferido

 


 



Há um coração ferido
Flechado pelo cupido
Que lhe pôs veneno
Na noite de sereno
E o deixou... ressentido!

Há um coração  magoado
Triste e desolado
Com seu íntimo sofrido
E um ser desiludido
Num corpo... maltratado!

Há um corpo e um coração
Há uma alma em ebulição!

Mas, como diz o poeta
Uma coisa é certa:
Só o tempo apara as arestas
Só o tempo amaina os desalentos
Abafa e dilui os sofrimentos!

O tempo, sim, o tempo
É que ajuda a curar
O coração ferido.

Apenas ele!

Euclides Riquetti

Sentir tua voz que vem de longe

 


 



Vim sentir tua voz que vem de longe

Perceber que ela ecoa nos rochedos

Vem de algum lugar onde te escondes

Vem para abraçar os meus segredos!


Vim ouvir os versos dos teus cantos 

As notas das canções que só tu cantas

A melodia que se abraça em teu pranto

E te conduz pelos lugares onde andas.


Se em redondilhas exalto ternamente

Os dotes que te trouxe a tua natureza 

É nos sonetos que te cortejo fielmente.


Mas é nos versos livres, soltos, brancos 

Que eu te falo com toda a afável sutileza

Que tua beleza é que me encanta tanto!


Euclides Riquetti

A árvore de tua vida

 



Eu quero apenas ser a árvore de tua vida

Até mesmo uma página amarelecida

Ou uma pétala seca de tua rosa preferida

Um verso isolado em tua canção...


Eu quero que me sejas a luz que anuncia

A chegada de mais um novo dia

O sabor do chá que tu sempre bebias

A conta do rosário onde rezas com devoção.


Eu quero somente que nunca te esqueças

Que me tenhas como algo que te pertença

Sermos um par sem nenhuma diferença

Duas crianças grandes, alma cheia de paixão.


E que tu leias o que escrevo com carinho

Já ao amanhecer, bem de manhã, cedinho

Quero te ser uma rosa sem ferinos espinhos

Quero morar sempre dentro de teu coração!


Euclides Riquetti

20-12-2024





quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Gata no telhado

 


 





Uma gata no telhado

A outra mia na cama

É o fogo que arde em chamas

E o amor escrachado...


Gata ousada pula muros

Passa pelas grades do cercado

Vem deitar ao meu lado

Com teus olhos azuis, pelo escuro...


Gatas dóceis de paixão

Perfume bem amadeirado

Pelo teu corpo exalado

Tem pele cor de sedução!


Uma mia, outra sorri

Uma pula e a outra corre

É um fogo que nunca morre

Há ousadia em mim e em ti!


Euclides Riquetti

Ansiedade

 


 


 


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Ansiedade
Sofrimento por antecipação
Realidade
Sentimento de frustração
Ou apenas falta de... solução??

Ansiedade
Causa dores morais
Abalos emocionais
Atitudes anormais
Por quê?

Ansiedade
Como curar?
Ler, correr, rezar?
Ou apenas pensar
Que dá para superar...

Mas, de que forma?

Ansiedade
Constante preocupação
Emoção
Escuridão
O que fazer?
Para onde ir?
Como fugir?

Ansiedade
Só a buca da verdade
Só o tempo das descobertas
É que podem ajudar-me!

Euclides Riquetti

Apenas ganhar teu abraço

 





Eu quero apenas ganhar teu abraço carinhoso

E compartilhar de teus segredos
Para afastar todos os medos
Com um abraço bem gostoso...

Eu quero apenas sentir o calor do teu corpo
E viajar contigo pelas nuvens claras
Imaginar-te em  minhas rimas raras
Me sentir ancorado no teu porto...

Eu quero apenas que me beijes, que me abraces
Me perder contigo sem ter hora
Não pensar no ontem,  nem no agora
Acariciar teus cabelos,  acariciar tuas faces.

Eu quero apenas que acredite no que eu digo
Que viva a vida de verdade
Quero buscar em ti a felicidade
Viver em plena sintonia contigo!

Euclides Riquetti

O Natal está chegando, minha gente!

 


 



 




Voltam a repicar os sinos que anunciam o Natal

É dezembro no país tropical!

As cidades se embelezam para receber o bom velhinho

Que virá no trenó com renas,  ou montado num burrinho.


Os olhos das crianças brilham de alegria

As mães correm atrás de meninos e meninas

Que querem andar no trenzinho

Que querem ganhar um brinquedinho.


As vitrines das lojas com aquele visual atentador

A atiçar a  imaginação do consumidor...

"Mamãe, pede pro Papai Noel trazar pra mim

Um ursinho grandãããão assim!..."


Não faltarão festas nem presentes

Nem rostinhos bonitos e risonhos

Nem mensagens bonitas, certamente

Nem corações cheios de sonhos:


Pois o  Natal está chegando, minha gente!


Euclides Riquetti

Os Mistérios do Hotel Paraná (Em União da Vitória) - CRÔNICA SAUDOSISTA



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A área onde se localizava o Hotel Paraná, na Praça Coronel Amazonas, dá lugar a edificações de grande porte.


          As amizades que a gente faz têm um incomensurável valor. Às vezes fomos próximos de pessoas que nunca nos notaram e nem nós as notamos, não por orgulho, mas por que, ironicamente, podemos ter trilhado o caminho paralelo, mas não o mesmo. Podemos ter vivido no mesmo bairro, na mesma cidade, mas interesses distintos nos conduziram por distintos caminhos. Hoje, com a disponibilização das redes sociais, consegue-se  fazer novas amizades e redescobrir algumas que se guardaram, adormecidas, por longos anos.  Tenho buscado percorrer os caminhos por onde andei na minha juventude e, felizmente, tenho reencontrado muitas pessoas que também andaram por eles.  E, no mesmo trajeto, acabei formando outros novos amigos. A amizade é algo sensacional. Quando madura, bem construída, torna-se sólida e nos traz muita satisfação e alegria.

          Numa dessas incursões pelo facebook, conheci uma pessoa que me me suscitou ternas lembranças, devo ter passado milhares de vezes pelos caminhos em que ela passou. Agora, quatro décadas depois, descubro respostas para perguntas que nunca obtive.

          Já mencionei, nas crônicas anteriores, meu modo de vida de meus tempos de faculdade, quando eu morei em Porto União da Vitória. São duas cidades, separadas parte pelos trilhos da estrada de ferro, parte pelo Rio Iguaçu. Duas cidades e dois estados: Porto União, em Santa Catarina, a cidade onde se situava o 5º Batalhão de Engenharia de Combate. União da Vitória, no Paraná, onde se situava o Estádio Enéas Muniz de Queiroz, onde vibrei em muitas tardes de domingo, quando ia lá torcer pela A.A. Iguaçu, e na qual jogava meu conterrâneo e amigo Roque Manfredini, um dos melhores goleiros que Capinzal já produziu.

          Morei  quatro de meus cinco anos ali,  bem no centro de União da Vitória, na Rua Professora Amazília e, por último, na Avenida Manoel Ribas. Andava muito, a pé, na cidade plana, vivi ali o melhores anos de minha juventude.

          Dentre as lembranças que atraem meu pensamento, está o trajeto que fazia do "Esquadrão da Vida", a nossa república de estudantes, até a FAFI, onde eu estudava. Apenas quatro minutos a pé. Uma dobra de esquina, duas ruas,  e a Praça Coronel Amazonas, onde três prédios nos chamavam a atenção: a Catedral, a Fafi e o Hotel Paraná. A Catedral, uma edificação que dispensa comentários, uma obra de suntuosa arquitetura. A Fafi, uma edificação funcional e sem atrativos arquitetônicos. Mas tinha seu valor pela sua história e pelo nível de formação de seus acadêmicos. Na não menos histórica Praça Coronel Amazonas, a qual eu atravessava para chegar à aula. Ali, um lugar muito seguro à época, era o lugar em que as mães levavam as crianças para brincar num parquinho. Árvores centenárias marcavam aquela paisagem, eram o seu maior atrativo. E, dirigindo meu olhar de lá para a direita, o casarão do misterioso Hotel Paraná. Dezenas, quiçá centenas de  histórias rondavam aquele sobradão imponente, belo, aristocrático, mas ao mesmo tempo assustador...

          O Hotel Paraná, já na década de 1940, abrigava a elite de viajores que passavam pelo Passo do Iguaçu. A cidade era ponto final de linhas de ônibus que vinham de Curitiba, Canoinhas, Mafra, Joaçaba, Palmas, Pato Branco, Concórdia, Chapecó. E dos trens que vinham de Curitiba/Ponta Grossa, São Francisco do Sul e Marcelino Ramos. Então, para seguir viagem no dia seguinte, pernoitavam em Porto União da Vitória. Cerca de uma dezena de hotéis na cidade, mas o mais categorizado, com o melhor serviço e as melhores acomodações, mais luxo em seu interior era, certamente, o Hotel Paraná.

          Depois de reinar absoluto por muitas décadas, com o falecimento do proprietário que sucedeu os fundadores,  o hotel foi arrendado, quando sucederam-se, em seu interior, fatos que marcaram muito a história da cidade,  e que ensejaram todas as especulações em torno do mesmo. Eu perguntava, em 1972, aos colegas,   por que um prédio tão bonito e bem arquitetado, numa paisagem urbana bastante singular, estava ali abandonado, fechado. E me diziam que era um lugar mal-assombrado, que ocorreram  dois assassinatos ali e que, depois disso, nunca mais fora o mesmo. E me explicavam as coisas que eu nunca entendi direito. Mas olhar para tudo aquilo, principalmente à saída da Faculdade, não me causava medo, mas sim admiração, sentimento de perda... Não entendia o porquê de o Poder Público, a Prefeitura, o Estado, não adquirirem aquele exuberante imóvel para ali instalar o Museu da Cidade, uma Casa da Cultura. E nunca obtive respostas.

          Nos cinco anos que  morei na cidade ele permaneceu ali, aumentando seu mistério e suas histórias. (O tempo faz com que se perca a verdade e os fatos se deturpem...) Mas, nos últimos dias, através de uma das herdeiras do imóvel, fiquei conhecendo um pouco da sua história. O avô desta o adquiriu  nos áureos tempos de União da Vitória, na época em que as serrarias eram abundantes e o beneficiamento das madeiras movimentava, fortemente, a economia da região. O Hotel Paraná era o principal destino de empresários e autoridades que chegavam à cidade. Fora construído, não se tem data precisa disso, possivelmente por autoridades de Governo, justamente para abrigar as muitas autoridades que se dirigiam para a região, a qual era integrante do território contestado. Quando o avô faleceu, a família alugou-o para terceiros, tendo acontecido o assassinato de suas pessoas em seu interior. Então, a  mãe da herdeira, com um filho e duas filhas, todos menores, tentou  levar o empreendimento adiante mas, com o falecimento muito prematuro desta, os filhos fecharam o estabelecimento e foram embora.  Havia o sonho de se transformar o prédio numa casa de cultura, mas isso não aconteceu. E, adiante, houve a um incêndio que comprometeu a estrutura de alvenaria, resultando na ocupação do terreno para construção de prédios de apartamentos.  Ao revisitar a cidade, deparei-me, posteriormente, com aqueles prédios que ali estão agora...

          Parte da história daquele sobradão que me encantou na juventude, pude ter resgatada pelas informações de uma amiga recente  que, na época, entre dezessete e dezoito anos,  tendo sido criada no interior daquele hotel, ali viveu os grandes momentos de sua infância e adolescência.   Aqueles tempos em que se faz a amizade na escola, na rua,  nas festinhas de aniversário. Fiquei imaginando como deve ter sido a vida daquele rapaz e de suas duas irmãs, todos menores, que pisaram, pouco antes de mim,  as mesmas calçadas que eu também pisei.  E que brincaram naquela praça, sentiram o frio nevoento do inverno e o sol causticante do verão. E que tinham seus sonhos, sua família, mas acabaram sós. E que foram construir seus sonhos em outra cidade, deixando ali todas as belas lembranças de sua infância... Mas a vida é assim mesmo. De repente, fatos que acontecem mudam tudo na vida das pessoas...

          Obrigado, Consuelo, por me ajudar a conhecer, um pouco, a história dos mistérios do formoso Hotel Paraná, uma imagem que tenho gravada em minha memória saudosista!

Euclides Riquetti
23-06-2013

Quando a poesia brota do fundo do coração

 


 




Quando a poesia brota do fundo do coração
Ela pode vir em gentil forma de poema
Ou mesmo como letra de uma bela canção
Algo que encanta, não importa o tema...

O sentimento poético é nato no ser humano
Não tem por que ser entendido ou interpretado
Que seja aceito pelos seres em tempos insanos
Quando o mundo confuso nos parece virado...

Benditas as poetas e as mulheres escritoras
Que levam aos leitores suas maravilhas criadas
Benditos os escritores das almas sonhadoras.

Que usem o talento e lhes venha a inspiração
Deus os ilumine nas tardes e nas madrugadas
Coloquem no papel os sentimentos do coração!

Euclides Riquetti

Compondo meus sonetos na beira do mar...

 


 


 



Desconecte-se, completamente,  da sua realidade
Saia pra  fora de si, de seu mundo real
Embarque  no seu pensamento e viaje
Navegue pelo espaço sideral...

Vá, em nau imaginária, para os outros planetas
Tente encontrar neles os poetas e escritores
Abrace-se aos satélites e aos cometas
Mergulhe nos seus perfumes e colores.

E, em cada porto celestial, em cada estação
Em cada lugar em que estiver me procurando
Deixe-se entregar pela desmedida paixão

E, se outros poetas,  você não encontrar
Volte para mim, pois estou aqui esperando
Compondo meus sonetos na beira do mar.

Euclides Riquetti

Sonhos azuis

 


 


 



Meus sonhos são azuis, como azul é  o mar
Nas manhãs de sol brilhante...
Meus sonhos são azuis, como azuis são os olhos
Que  não canso de admirar...
Meus sonhos são azuis como azul é o céu na manhã
Do sol escaldante
Em que as nuvens brancas adornam o firmamento.
Meus sonhos são azuis porque escolheram ser.
Do mesmo azul dos sonhos seus, de sua vontade de viver.

Meus sonhos voam em busca dos seus nas noites do verão
Como já o fez na primavera, no inverno e no outono
Enquanto eu brinco de sonhar com versos, estrofes e poemas...

Meus  sonhos  têm a cor do sangue nobre que banha o seu coração
E que corre em suas veias ágil, rubro anil e morno
Enquanto colho rosas e margaridas nas manhãs serenas...

Meus  sonhos buscam os seus que teimam em não me sonhar
Que teimam em não me querer
Que teimam em não me amar...

Meus  sonhos  azuis dos poemas românticos e das brandas prosas
Meus sonhos azuis  que procuram seus sonhos cor-de-rosa
Meus sonhos de homem que procuram os sonhos de mulher
E que me fazem querer porque creem que você também me quer!

Euclides Riquetti

Pra ti, um poema muito especial

 


 



Pra ti, um poema muito especial

De fim de ano!

Escrito sem camisa, um tanto profano

Meu poema com versos ousados

Para este fim de ano!


Pra ti, os sonhos prateados

Os mais bem sonhados

Encantadores

Acalentados...


Pra ti, as palavras simples escolhidas

Articuladas para meus versos

Sem métrica ou medidas!


Pra ti, a liberdade de escrever e pensar

O sonho ( e o desejo) de andarmos de mãos dadas

Acariciadas

Na beira do mar

Seja em Mariscal ou Canasvieiras

Pisar nas quentess e clara areias!


Pra ti, a inspiração que é bem-vinda

Porque te amei e te ami ainda!


Pra ti, a liberdade de dizer-te,em poesia

Que se deve amar sempre, todos os dias

Porque o futuro é incerto

É um leque bem aberto

É o futuro que tanto quero

É o passado que me deixou nostalgia!


Pra ti, um pedido de desculpas

A reconquista de um sorriso

E os afagos suaves de que tanto preciso

Sem culpas!


Bem assim...


Euclides Riquetti