O Brasil
continua com elevado número de analfabetos. Segundo o IBGE, o censo de 2022
mostra que ainda somos um país de analfabetos. Se considerarmos que as cidades
precisam investir ao menos 25% de seu orçamento em Educação, isso é um
indicativo perverso. Você tem visto vídeos ou reportagens sobre as escolas do
Norte e Nordeste? Viu a precariedade das suas instalações físicas? Você,
leitor, leitora, acha que quem escreve nomes próprios com letra inicial minúscula tem condições de
ensinar?
No pós governo
militar, tivemos sete presidentes: Fernando Collor de Melo, que sofreu
impedimento. Itamar Franco, que o substituiu. Fernando Henrique Cardoso, que o
sucedeu e cumpriu dois mandatos. Luiz Inácio Lula da Silva, que governou por dois mandatos e está na metade
de seu terceiro. Dilma Rousseff, um mandato e meio. Michel Temer, meio mandato.
Jair Messias Bolsonaro, um mandato, tentou a reeleição e perdeu. Estamos no Lula
3.
São três décadas
e meia de governos com alternância entre direita e esquerda e “do meio”: Collor
foi um playboyzinho despreparado para governar. Contrariou alguns setores e
ferrou-se. Itamar Franco, enquanto riam de seu topete, fez um ótimo governo,
criando o Plano Real e estabilizando nossa moeda e nossa economia. FHC, metido
a intelectual, comedor de buchada de bode, foi oportunista e andou de carona no
real. Para reeleger-se, manobrou o câmbio do jeito que quis. Lula foi bem em
seus dois primeiros mandatos e mostrou que a esquerda podia governar e conviver
com a direita. Virou até presidiário. Dilma era uma despreparada, foi motivo de
piadas e não conseguiu relacionar-se bem nem com os seus partidários. Sofrendo
impedimento, foi substituída por Temer, que realizou reformas importantes e saíu
do governo com baixa popularidade. O milico Bolsonaro foi razoavelmente bem na
economia, mas falou muitas bobagens e isso lhe custou caro. Lula, no presente
mandato, também por suas falas, está comprometendo o futuro do Brasil por causa
do endividamento. Precisamos de muita responsabilidade. E a imprensa, que tem
seus lados de preferência, precisa ir para o foco jornalístico e sair desse seu
comportamente excessivamente opinativo.
Continuamos com
elevado índice de analfabetos, criamos um monte de preguiçosos e não vemos
luzes que nos retirem da escuridão educacional ou social. Na economia, vivemos
em solavancos. Na saúde, notícias de gente morrendo nos postos de saúde e nas emergênias dos hospitais. A situação
climática, cada um defende e narra seu pensamento e seu interesse. Na
segurança, enquanto se discute sobre o imposto das armas, gente é assaltada e assassinada
em todos os lugares. Feminismo em alta mas mulheres sendo covardemente mortas pelos
maridos brutamontes. Crianças e velhos maltratados.
Por favor, não
me venham falar em “políticas públicas”. Falem-me de ações e soluções públicas.
Não banalizem o termo democracia, vivam-na em sua alma e em sua conduta em
casa, na escola, em sua igreja, em seu clube, e
não fiquem enchendo o saco.
E os
beneficiários dos programas sociais do Governo Federal, que esforço fazem para
buscar emprego? Ou preferem fazer biscates ou trabalhar por dia a fim de não
perderem as vantagens a que se acostumaram receber? E muitos afastados do trabalho por limitação laboral
ou doenças, continuam trabalhando não registrados em empresas.
Então,
precisamos melhorar em muitos aspectos. Mas, se não levarmos a educação muito a
sério e cortarmos benefícios de aproveitadores, não poderemos esperar por um
País melhor!
O Brasil
endividado cujo futuro nos incomoda – A situação política, no Brasil, é muito bagunçada. No
momento, está em níveis insuportáveis para nossos ouvidos e olhos. O termômetro
de nossa economia anda em duas linhas: o preço do dólar e os índices da Bolsa
de Valores. E ambos são assustadores.
Picolé de chuchu
cada vez mais xuxu – Geraldo Alkmin, vice presidente do Brasil, vive o seu
pior momento como político. Apenas um arremedo do que foi o exitoso e
equilibrado Governador de São Paulo, médico por formação. A imprensa até tem
poupado o Governo de suas críticas, embora os fatos mostrem a fragilidade
de Geraldo.
Com a internação
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o qual sofreu duas cirurgias na cabeça
na semana passada, o normal seria que este tirasse umas semanas para se
recuperar, mas nada! Até a Lei dos créditos de carbono foi sancionada por Lula
enquanto estava na UTI no seu pós-cirúrgico. Inconcebível isso! Inclusive
alguns jornalistas militantes teceram severas críticas pela postura do
Presidente. Deveria ter passado ao Vice, da forma mais institucional possível.
Recuperar o cor´po e a mente para voltar com muito gás para dirigir os Brasil
na segunda parte de seu terceiro mandado.
Isso nos remete
a refletir sobre o medo que ele e seus assessores filiados ao PT e PSOL pensam
e temem: Geraldo Alkmin faria com Lula o que Michel Temer fez com Dilma
Roussef?
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Minhas "verdades" são bem diferentes das suas.
ResponderExcluirEm primeiro lugar precisamos contextualizar o momento em vivemos, além de toda a carga que trazemos como nação (nossa gênese), desde 1500, isso aqui sempre foi uma grande fazenda, primeiro dos europeus depois, dos americanos, sempre com poucos senhores e muitos súditos (mais de trezentos anos de escravidão).
O capitalismo, que segundo Aníbal Quijano, nascia com a fundação do Novo Mundo, no século XVI, nadou de braçada através do genocídio dos povos originários e da predação monstruosa de suas riquezas pelo colonialismo europeu, depois americano.
O coisa evoluiu, vieram, grosso modo, o Iluminismo, a Revolução Industrial, a formação das nações europeias , a "Independência" das colônias do Novo Mundo, duas Grandes Guerras, a transferência do comando mundial da Europa para os Estado Unidos até chegarmos nas décadas de 1970-80 e com elas o famigerado neoliberalismo de Hayek e Friedman comandado por Reagan e thatcher.
O Brasil entrou um pouca mais tarde nesta onda, poderíamos considerar de Collor para cá.
Na década de 1990, FHC, durante seus dois governos, alterou a Constituição para se adequar ao sistema neoliberal e estuprar a Nação. Vendeu o que pode por um precinho chinfrim. Quem não lembra da entrega da Vale do Rio Doce que valia 100 e foi entregue por 3,2. A coisa foi assim. Se alguém tiver dúvidas a bibliografia sobre a época do pseudo intelectual filósofo é abundante e para melhor entender basta ler os livros: A Privataria Tucana - Amaury Ribeiro e O Príncipe da Privataria - Palmério Dória
Por acaso, na época eu trabalhava numa empresa de energia elétrica de capital misto, porém com o controle do Estado. Lembro-me que antes dos atentados ao World Trade Center e ao Pentágono a pressão do governo para privatizar (vender a preço de banana) o patrimônio público era brutal, quase todos os dias recebíamos delegações do mundo inteiro ( americanos, chineses, europeus ...) interessados na pechincha do FHC e do famoso arquiteto "gorducho" Jaime Lerner. - que Deus o tenha , apesar de tudo (do Banestado, do desmonte das empresas, do pedágio mais caro do Brasil que pagamos ainda hoje).
Resumindo: depois desse longo preâmbulo digo o seguinte:
- O que você chama de "um monte de preguiçosos" eu chamaria de "vítimas do sistema". Prefiro assim,, na dúvida, pró réu. Não que não tenha vagabundagem,
A vagabundagem não é um privilégio nosso, é mais fruto do eurocentrismo. presente no nosso pensar colonial desde o princípio.. Para entender isso precisamos ler Aníbal Quijano, Walter Mignolo, Franz Fanom, Aimé Césaaire...
- Sobre o analfabetismo entendo, que a falta de soberania em virtude da ditadura do mercado, impede que o país estabeleça e cumpra metas razoáveis e decentes.
O exemplo mais gritante foi produzido pelo assaltante dos nossos direitos trabalhistas e previdenciários, o 'vampiro" Michel Temer: o congelamento dos gastos públicos por 20 anos.
- O endividamento do Brasil é fruto da ditadura do mercado (juros altos, terrorismo especulativo com o dólar, sanções do império do caos a potenciais parceiros comerciais e a maneira udenista de nos vermos, essa vassalagem ordinária) Juracy Magalhães produziu uma pérola quando disse. "O que é bom para os Eua é bom para o Brasil" . Bolsonaro representa hoje esse pensamento em toda sua plenitude
O investimento público social não é o problema, é a solução.
Quanto menos o governo investe mais os números mostram nossa decadência.
Então, o analfabetismo no Brasil se mantém ou até cresce por tudo o que foi dito acima.
O Natal está aí e é um bom momento para fazermos uma profunda meditação sobre tudo o que vem acontecendo com a humanidade. Será que se Jesus Cristo vivesse hoje aprovaria esse capitalismo neoliberal que privilegia meia dúzia e descarta os demais? Será que aprovaria o genocídio brutal e covarde perpetrado pelo sionismo israelo-americano? Será que aprovaria aquilo que o homem está a fazer com a natureza?
Tenhamos um bom Natal e aproveitemos para pensar nisso.