sábado, 31 de dezembro de 2016

Feliz ano novo!

Alegria, muita alegria
Nada de decepções
Nada de desilusões
Apenas alegria
Muita alegria!

Alegria que brota do coração
Alegria que se propaga
Que chega acalmar a alma
Alegria de montão
A vida em comemoração!

Muita alegria para mim
Pra ti, pra nós
Jamais ficarmos sós
Simples assim:
Alegria pra ti e pra mim!

Alegria que impulsiona
Que leva a novos caminhos
Sem dores e sem espinhos:
A alegria que se soma
Se eterniza e tem aroma!

Alegria com aroma de flor
De beleza e muita cor
Alegria com muita paz
A alegria que a vida  nos traz:
A alegria de ter o teu amor.

Feliz ano novo!

Euclides Riquetti

Nossa amiga Aline Rocha é pentacampeã na São Silvestre






          Já virou rotina! Aline Rocha vence mais uma corrida de São Silvestre,a categoria para Cadeirantes. Foi nesta manhã de sábado, em São Paulo. Nossa amiga Aline Rocha foi a mais rápida entre as mulheres, feito que conquista pela quina vez consecutiva. Na masculina, Heitor Mariano cruzou em primeiro entre os homens. Aline venceu com a arca de 49min36s. A segunda colocação ficou com Vanessa de Souza, que fez o trecho com  51min17s.

         Para nós, joaçabenses e camponvenses, ver a Aline no lugar mais alto do pódio, é uma honra. Já estamos acostumados com a jovem, agora com 25 anos de idade, noiva de seu treinador, o professor Fernando Orso, lá nas alturas. Acreditamos nela desde que a conhecemos, em nossas corridas diárias na pista do Clube Cmercial aqui em Joaçaba, junto com seus colegas, paraatletas da ARAD. estamos acostumados com a liderança dela, com sua simpatia, com sua dedicação. Com o apoio dos seus pais, com o carinho que he dispensa a mãe do Fernando, Maristela Orso, com o da comunidade joaçabense. Aline tem competido em diversos lugares do mundo e vai nos trazer ainda muitas alegrias.

Vou colar aqui o que escrevi sobre ela há 4 anos, quando ela venceu pela primeira vez:



"Parabéns, Aline! Paraatleta Medalha de Ouro na São Silvestre

          Uma das melhores notícias que eu poderia ter neste final de ano é,  sem dúvida nenhuma,  a da vitória de Aline dos Santos Rocha na prova para cadeirantes na Corrida de São Silvestre, neste 31 de dezembro de 2012, em São Paulo.

          Há dois  anos vejo a Aline treinando na pista do Clube Comercial, aqui em Joaçaba, junto com os seus colegas paraatletas. Seu treinador/namorado, Professor Fernando Orso, muito dedicado, cobra dela rendimento e ela busca, incansavelmente, a sua superação. A bela Aline, 21 anos, sofreu um acidente e tornou-se cadeirante aos 15 anos.Há dois, começou a treinar, incentivada pelo namorado.  Disse-me, dia desses, que seu sonho é participar, em condições de competir por medalhas, nas Paraolimpíadas de 2016. Humildade, dedicação,  determinação e simpatia são características sempre presentes em nossa atleta. Seu empenho nos treinos a  a leva ao sucesso. Seu companheirismo, estimulando ao Daluan e aos outros atletas, mostra que é uma grande pessoa.

          Em 22 de novembro postei no meu blog: "Parabéns, Aline!. Foi quando ela ganhou duas medalhas de ouro pela cidade de São Caetano-SP. Depois ela foi para os Parajasc, em Brusque, e repetiu o feito. Agora, nos enche de orgulho e emoção, conquistando sua medalha de ouro na São Silvestre.

          Tenho certeza de que os fogos saudando a chegada do Ano Novo aqui em Joaçaba estarão misturando-se ao dos amigos que comemorarão o grande feito da Aline.

Parabéns ao casal de namorados, Aline e Fernando, certamente os que mais têm a comemorar.  E, muitas outras vitórias estão por vir"

Ora, com muito orgulho, eu, a Miriam e os demais da família estamos parabenizando a Aline Rocha e ao Fernando pela conquista. Valem os parabéns também para o paraatleta Heitor Mariano, que conquistou o primeiro lugar no masculino.


Euclides Riquetti
31-12-2016


Você é muito especial





Você é pra mim, alguém muito especial
De quem eu gosto, quero muito, demais
Gosto como gosto de peras, de goiabas
Como gosto de figos e uvas adocicadas
De todas as frutas e das flores tropicais:
Você é atraente e divinamente sensual!

Suas mãos e os braços são tão jeitosos
Seus ombros têm o gosto das essências
Gosto de seus olhos e de seus cabelos
Seus dedos finos, só desejo mordê-los.
Seus lábios têm desenho de excelência
Adoro sentir os seus aromas cheirosos ...

De sua boca, vêm palavras interessantes
Meu pensamento vaga para a encontrar
Você é feita dos mais nobres elementos
Com quem quero dividir os sentimentos.
Você é parte de meu sentir e meu sonhar
Com seu belo sorriso e modos elegantes!

Euclides Riquetti
31-12-2016





Versos e versos


Foto: Caçadores de Imagens - Capinzal - SC - Gente muito talentosa... Parabéns pelo seu trabalho!



Reverto meus versos em reversos
Reverto emoções em mais emoções
Acalento ilusões e paixões
Paixões e ilusões
Em meus revertidos versos!

Meus versos traduzem saudosismo
Não há neles vitórias
E muito menos (in) glórias
Somente há palavras simplórias
Não há neles heróis, nem heroísmo!

Meus versos são livres, como livre é a chuva
Como é livre a água que corre
E vai quebrando as curvas.
Como é livre o sol que os montes cobre
Como é livre a noite que vem... quando o sol morre!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Cheiro de chuva e mato




Sinto, em você, o cheiro de chuva e mato
Os odores da paixão que se traduzem
Os sabores da ilusão que se misturam
Com meu cheiro, seu cheiro e o do mato!

Sinto, em você, o frescor da tarde chuvosa
A cor da flor, da semente que foi guardada
E que se tornou planta da mesma germinada
O odor da flor perfeita, do cravo,  da rosa! 

Sinto, em você, o cheiro doce da saudade
Das horas, dos dias e meses que passaram
Ainda  o cheiro das estrelas que apagaram
Que se reacenderam em sua real majestade!

Sinto, em você, o cheiro puro e indizível
E me delicio, em você, tão perdidamente
E me envolvo, com você, alegremente
No cheiro de chuva, de mato, indescritível!

Euclides Riquetti
30-12-2016



Te quero




Te quero e não tenho nenhuma dúvida disso
Deixei-te isso bem claro, já faz muito tempo
És dona de meu corpo e do meu pensamento
Sou um poeta, apenas, sempre a teu serviço!

Te quero muito e nada há que possa me mudar
Digo-te agora, já te disse antes e ainda direi
Em ti me inspiro, em ti sempre me inspirarei
És um bom motivo por quem viver e sonhar!

Te quero e creio que também tanto me queres
E isso é tão verdadeiro como existe a terra
Te espero e acredito que também me esperas...

Te quero e conto que me digas se tu me quiseres
Isso é o que há de melhor da condição humana
Te esperamos eu, a noite e minha alma profana.

Euclides Riquetti
30-12-2016

O Tchule, o Urco, o Mário Ferro

Distintivo e um dos uniformes do Arabutã FC - Capinzal - SC - com estádio na Baixada Rubra, em Ouro - SC. Tchule e Urco foram atletas e Mário o responsável pela conservação do gramado do seu campo de futebol.


          No dia em que os brasileiros comemoram o Dia Nacional da Consciência Negra,  minha mente se voltou para alguns amigos com quem convivi e que, ao partirem, me deixaram com muitas saudades. São pessoas que marcaram época em Capínzal e Ouro  pela sua maneira de ser e posso até arriscar a classificá-los como figuras folclóricas: O José dos Anjos, conhecido como Tchule; Vivaldino dos Santos, o Urco; e Mário Borges da Rosa, o Ferro.

          De comum com eles, em alguma época de minha vida vesti a camisa do nosso glorioso  Arabutã FC. Os dois primeiros como jogadores e o último como um aficcionado pelo Rubro da Baixada.

          Conheci o Tchule ainda na infância, tinha um irmão, o Jânio, que chamávamos de "Chefo". O pai deles chegou a aposentar-se como funcionário da Prefeitura de Ouro. O Tchule era uma figuraça. Quando ria, seus dentes brancos eram bem realçados em sua tez morena. Muito simpático, inteligente, habilidoso com os pés, no futebol, e com as mãos e braços no repicar  das baquetas em sua bateria no tempo de "Os Fraudsom". Gostava muito de samba, era muito fera. Trabalhei com ele no Posto Texaco, ali no Ouro, da Família Dambrós. Éramos lavadores e lubrificadores de carros e caminhões. Trabalhávamos muito.

          Jogava no Arabutã, era zagueiro central habilidoso, mas sabia jogar nas outras posições. Quando voltei de União da Vitória e fui morar em Zortéa ele apareceu por lá, no tempo em que estive fora havia jogado no Grêmio Lírio. Na mesma época, a notícia de que foi acometido por uma hepatite que, mal curada, levou-o para o mundo dos mortos. Até hoje guardo seu sorriso bonito e sua maneira educada de resolver as coisas. Uma vez emprestei-lhe minha jaqueta branca e ele me emprestou um de cor gelo, ainda quando lavávamos carros. Era a maneira que tínhamos para ir aos bailinhos...

          Com o Urco, jogamos bola nos veteranos do Arabutã. Além de lateral esquerdo vigoroso, era um bom marcador. Às vezes atuava na zaga. Era também árbitro da Liga e trabalhava no Serviço de Inspeção  Federal na Perdigão, junto com o Bisteca, o Cheiroso e o  Kojak.  Levou azar o amigo, pois foi acometido de Leucemia. Fez transplante de medula óssea em Santa Maria, RS, mas com o tempo a mesma voltou e ceifou-lhe a vida, deixando os filhos, que foram meus alunos na Escola  Sílvio Santos.

          O Mário Ferro foi uma das figuras mais folclóricas que conheci. Só usava camisa de vermnelho encarnado, do Arabutã. Na falta de uma, podia ser do Internacional. Trabalhou na conservação do Estádio do Arabutã, era muito caprichoso. Mesmo depois de sair de lá, defendia o clube e o patriomônio como se dele fossem. Aos domingos, ia a pé pela rua de asfalto, meio cambaleando, e chegava ao campo, ficava torcendo de pé, junto ao alambrado. Mesmo não estando perfeitamente sóbrio, sabia tudo o que se passava no gramado. Reclamava do juiz, lamentava as derrotas e invadia o campo após as vitórias.

          Muitas vezes, no frio do inverno, de madrugada, batia lá em casa. Não queria nada, não entrava, só queria me comprimentar. E perguntava: "Ondé que tão as geminha? Tão durmindo? E a zoinho preto?" Eu ficava um bom tempo lá com ele e ele pegava seu chapéu de aba larga e ia embora. A vizinhança gostava dele, as crianças gostavam dele. De vez em quando filava uma prato de comida na Dona Ézide Miqueloto e depois de brincar com as crianças, a Caroline, a Michele, o Fabrício, o Maxuel, o Felipe, o Júnior, a Evelyn, a Aquidauana e o Thiago,  se mandava. na rua, ia abanando pra todo mundo, conhecia todos e todos o conheciam.  Gostava de ir ao sítio do Nízio Dal Pivo, no Pinheiro do Meio, onde era bem tratado e até ajudava a fazer cachaça no alambique. Viveu a maior parte de sua vida sozinho e, quando foi a Joinville ver uma filha, ficou por lá e morreu. Acho que perdeu seu habitat natural...

          Três pessoas boas, simples, que muito marcaram a vida de muita gente. Que angariaram a simpatia nossa e das pessoas que os conheceram. Então, no Dia Nacional da Consciência Negra, quero homenageá-los, bem como a todos nossos irmãos afrodescendentes. Estejam com Deus, Tchule, Urco e Ferro!

Euclides Riquetti

Apenas nós e o verbo amar!




Deus me permitiu ser poeta
Pra que eu pudesse escrever
Da forma mais livre e direta
O que meus olhos podem ver...

E, se Ele resolveu me permitir
Que eu assim me expressasse
Poder chorar, até poder sorrir
Então me queira e me abrace...

Para que, no íntimo do beijo
No ímpeto do nosso desejo
Nós possamos nos deliciar...

Para que o amor se concretize
E que nos tempos se eternize:
Apenas nós e o verbo amar!

Euclides Riquetti
30-12-2016




quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Um abraço eterno




Um poema romântico extraordinário
Algo assim, com palavras escolhidas
Escrevê-lo e guardá-lo num sacrário
Palavras singelas por você ouvidas...

Versos perfeitos, muito bem rimados
Estrofes harmonicamente organizadas
Pensamentos nossos tanto combinados
Almas gêmeas há muito encontradas...

Tão valiosos versos quanto um afago
Um passar de mão num rosto moreno
Por você eu me perco e me embriago...

Um poema de amor, algo até fraterno
O seu olhar sutil e meu amor sereno
Um beijo ardente, um abraço eterno.

Euclides Riquetti
29-12-2016


Cai a chuva macia no verão da gente





Cai a chuva macia no verão da gente
Nestas tardes quentes de dezembro
Vem refrescar o corpo e minha mente
Tem sido assim desde que me lembro...

Chuvas de verão,  sempre esperadas
Regam os milharais e molham a terra
E as carreiras de plantas enfileiradas
Que aqui vicejam desde a primavera.

Tornam tenras as tardes enfadonhas
Põem ânimo nos corpos preguiçosos
E refrescam as almas mais medonhas.

Mas, depois que ela vem e vai embora
Movem-se meus instintos pecaminosos
Então meu rosto ri e minh' alma chora!

Euclides Riquetti
29-12-2016


Homenagem ao Negão Esganzela, o Moço da Gaita!




          O Negão dedilhava o teclado de sua gaita com elegância e  maestria. Tirava dela, desde moço, qualquer tipo de moda da tradição gaúcha: música nativista, xote, vanerão, valsa, chamamé, qualquer coisa
que lhe pedissem. Gostava de trajar calça social, preferencialmente cinza ou azul,  e camisa com colarinho, normalmente  branca ou de uma cor muito clara. Dobrava os punhos da camisa de manga longa para melhor movimentar os braços nas alças de sua gaita. Sabia as notas das músicas "de cor e salteado".
Colocava seu coração corinthiano a mover suas mãos e a incitar seu cérebro, tirando os mais belos acordes. Era convidado a participar de festas sociais e animar eventos de escolas.


          Competimos em trincheiras opostas na campanha política de 1988, quando ele se elegeu vereador. Naquele dia 16 de novembro de 1988, ao final do dia, encontrei-o ali na Rua XV, em Capinzal, defronte ao "Edifício Sanalma" Ainda pela manhã havíamos recebido o resultado das urnas. Eu tivera êxito em minha postulação e ele também. Veio correndo e me abraçou: "Ganhamos, Riquetti! Vou apoiar você!" - eu jamais iria esperar isso de um adversário, mas aconteceu. E demos início a uma amizade que foi-se consolidando aos poucos e durou por 25 anos. Viramos, adiante, colegas de trabalho, até aliados na política. 

          Enaltecer a humildade dele, a habilidade que tinha na conversa com as pessoas, seu alto nível de educação, não faz jus às suas inefáveis qualidades. Mas dizer que ele foi uma grande, sincero e verdadeiro amigo, isso sim é ser justo e honesto com sua memória. Estivemos juntos em bons e em maus momentos. Confiava-me muitos de seus segredos, tinha absoluta confiança em mim e eu tinha nele. Há pouco mais de um anos, fiz um poema para ele, imprimi e fui levar a sua  casa.  Colou na parede, queria mostrar para os amigos que o visitassem que eu era verdadeiramente amigo dele. E, se o compus, é porque ele era merecedor. Queria que ele soubesse, em vida, o quanto eu o prezava.

          Consegui conversar com ele pelo menos em três das seis vezes que o visitei aqui no Hospital Santa Terezinha, em Joaçaba. Estava muito debilitado, mas muito lúcido. Lembramos de alguns bons momentos de nosso convívio e ele me agradeceu pelo poema. A gente sentia que sua vida estava chegando ao fim, mas só falávamos com otimismo, ensejando a sua recuperação. Há uma semana, disse-lhe que iria viajar e que quando voltasse o visitaria já em sua casa, recuperado...  E, na noite de ontem, ainda ausente da cidade, recebi a informação de que ele havia partido...

          Vereador do primeiro dia de  1989 ao primeiro de 1997, em duas Legislaturas,  portou-se sempre com retidão, não usou do cargo para favorecer-se. Prestou concurso para o cargo de Vigia Noturno em 1989 e tirou primeiro lugar, efetivando-se no Município de Ouro. Adiante, ocupou funções de Diretor de Obras e Urbanismo. Há oito anos foi acometido de doença e "veio levando a vida". Eu sempre mencionava para meus familiares que o Negão deveria ter um coração muito forte, resistente, na proporção de sua bondade. E, tenho certeza, foi isso que permitiu que tivesse uma sobrevida de pelo menos uns três anos.

         O Olindo Esganzela deixa a Rosa, o Eduardo, o Ewerton, a Vitória, a Lilian e a Iliane.Voltou, neste sábado de sol, a morar no Engenho Novo, ao  lugar onde nasceu. Estava com 55 anos. Seu corpo agora ali repousa, inerte. Mas sua alma foi animar, com seu talento, uma legião de anjos e arcanjos. Num cortejo celestial, foi tocando sua acordeona em meio ao coro de anjos, numa celebração da nova vida. Ao Negão Esganzela, pela sua bondade e pela sua fraterna e simpática maneira de ser, nosso desejo de que esteja bem no Paraíso!

Euclides Riquetti e Família
07-11-2013

Poema do horário de verão


Grazi Massafera - atriz brasileira

Quando a manhã de domingo chegar
E parecer-lhe que mais tempo já se  passou
E que o sol muito mais cedo vai brilhar
Verá que apenas seu relógio é que mudou...

Os passarinhos a cantar serão os de sempre
Estará ali a erva-mate para o chimarrão
E as palavras me sairão assim, de repente
Para o poema do nosso "horário de verão".

Veja que o vento sopra macio, é ainda cedo
Muda o relógio, mas não muda a inspiração
É apenas uma questão de ajuste e não de medo
Vale a hora que é ditada pelo seu coração.

E, no fim da tarde, quando a noite vai demorar
Haverá tempo para que possa pensar em mim
Imagine-se andando pela beira de um vasto mar
E inspire-se na sua imensidão que não tem fim!

Apenas isso!

Euclides Riquetti
17-10-2015

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Um poema de amor e paz



Estou te escrevendo este poema
Faço o que todo o poeta faz
És uma flor roubando a cena
Em meu soneto de amor e paz.

Um poema de muita alegria
Um sonho de cor e sedução
Pinto o cenário que um dia
Deu-me à luz muita paixão.

Descrevo flores e perfumes
Com seus mais finos odores
Teus olhos são os meus lumes
Desenho-os em multicores.

Nada há que mais  me envolva
Não  há nada que me apraz
Nada há mais  que me revolva
Do que um poema de amor e paz!

Euclides Riquetti

Frases que me marcaram... reeditado e adaptado...





Esta li agorinha:

"Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre, que só tem dinheiro." (José Granado, leitor do site G1, comentando uma notícia de que uma casal armou um barraco muito grande num voo que saiu de São Paulo para Nova York às 3 horas de hoje, 28 de dezembro de 2016, causando tanta confusão, que o  avião teve que pousar no aeroporto de Brasília, de onde só partirá às 19 horas para NY).

 Então reeditei uma de minhas crônicas... porque vale a pena ler e refletir, sempre!


Frases que me marcaram... de pessoas que conheci ...

            Você, certamente, já ouviu alguma frase que o marcou. Ou pelo apelo inicial, ou pela sua repetição. Mas belas frases não precisam se constituir de pensamentos de filósofos ou pensadores. Podem vir de pessoas muito simples. Também de peças publicitárias. Ou de um comercial de rádio ou TV.
         
          Lembro-me, seguidamente, das propagandas que eu escutava na minha adolescência nas rádios "Catarinense" e Herval D ´Oeste, ambas de Joaçaba, ou na Rádio Clube, de Capinzal, mas que funcionava no Ouro.  Aquelas propagandas das Casas Pernambunacas, cantadas, por exemplo: "Não adianta bater/Que eu não deixo você entrar. As Casas pernambucanas/É que vão... aquecer o meu lar" E seguia-se: "Vou comprar flanelas, lãs e cobertores, eu vou comprar? E não vou sentir/O inverno passar". Certamente que você, leitor madurão, deve ter ouvido isso...

           Ivo Luiz Bazzo, duas vezes Prefeito em Ouro, SC, me introduziu à política. E me dizia: "Fazer o que se pode com o que se tem"! À época, isso parecia denotar certo acanhamento em ter arrojo. O tempo, depois, mostrou-me que esta é uma verdade insofismável. Se as pessoas, em sua família, em sua empresa, ou mesmo na Gestão Pública, assim agissem, talvez não tivéssemos, num primeiro momento, um desenvolvimento acelerado. Mas, com o tempo, observar-se-ia que "dar o passo conforme o tamanho das pernas", pode resultar num crescimento mais firme, seguro e sustentável. Não aconteceria o que acontece hoje, com tanta quebradeira de empresas, pessoas físicas e instituições públicas.

         O próprio prefeito Bazzo me contava de uma frase que o Sebastião Félix da Rosa, o "Véio Borges", pioneiro do Bairro Navegantes,  costumava dizer: "Não cai uma folha de uma laranjeira sem que seja vontade de Deus". Fiquei com as frases de ambos em minha cabeça. Assim como já havia ficado quando o professor Francisco Filipak, na FAFI, em União da Vitória, nos  falava de uma pequena paródia que fizera da famosa "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias: "Meu amigo passageiro/Quando a viagem lhe convenha/Pelo solo brasileiro/Vá e venha pela Penha"! E a usava para nos explicar as "redondilhas maiores" para nós, seus estudantes da disciplina de Teoria Literária.

           Como a beleza das frases não precisa ter época, podem ser atemporais, vou mencionar duas ainda, atualíssimas: a primeira, da Pedreira Joaçaba, que uma época constava numa faixa colocada defronte à casa do Zé Masson, ali no Ouro: "Nós movemos as pedras para construir seus sonhos"... Quando beleza numa frase para fazer propaganda de pedras britadas. Já parabenizei aos amigos a Pedreira Joaçaba por isso, pois acho a frase magnífica. Bem que eu gostaria de saber quem foi o seu criador. Atualmente, ainda é utilizada em suas propagandas no rádio. A segunda, vem de um locutor da Rádio Catarinense, aqui em Joaçaba, o locutor Marcos Valnei, que ao finalizar seu programa "Rádio Saudades", ao final da tarde, diz: "Escreva no seu presente a história de suas futuras saudades".

          Precisa dizer mais??

Euclides Riquetti
14/03/2015

A maioridade de Zortea (Reprisando...)



          Zortea está comemorando idade nova. Maioridade muito bem conquistada: 18 anos de um novo Município. Emancipado de Campos Novos, o antigo Distrito de Duas Pontes, mas que era conhecido como Zortea por comportar, em seu território, a emprea Zortea Brancher S/A, está localizado entre as cidades catarinenses  de Capinzal e Campos Novos, e ainda confronta com o Rio Pelotas/Uruguai, na região do Município de Machadinho, no Rio Grande do Sul. Foi emancipado pela Lei Estadual nº 10.051, em 29-12-1995. Sua população, hoje, é de pouco mais de 3.000 habitantes.

          Há cinquenta anos,  Zortea Brancher S/A - Compensados e Esquadrias, tinha uma fábrica e seu escritório no centro de Capinzal, nas ruas Dona Linda Santos e XV de Novembro, respectivamente, fundada que foi por Antônio Zortea Primo e  Guilherme Brancher. Ainda, dentre seus sócios, teve Pedro Domingos de Paoli e  Nadir Susin.  Na região era chamada de " a poderosa!", poius era uma grande produtora e  empregadora, expandindo suas atividades para a área agropastoril. Em 1979 abriu uma indústria em em Rondônia.
          Fui morar em Zortéa em fins de fevereiro de 1977, com o intuito de lecionar na Escola Básica Major Cipriano Rodigues Almeida, convidado que fui pela Diretora Vitória Leda Brancher Formighieri, traabalhando com as disciplinas de Língua Nacional (Portuguesa), e Língua Estrangeira Moderna - Inglês. Ainda completei a carga com Preparação para o Trabalho e Educação Física. Ingressei na condição de efetivo no Magistério Estadual, por haver prestado Concurso Público, em 1978.

         Paralelamente, trabalhei na empresa, primeiro no Departamento Financeiro de depois no Administrativo.A Escola tinha um quadro de professores extraordinário, a maioria com formação em nível superior ou cursando-o. Vivíamos como uma grande família. Escola/Igreja/Grêmio Esportivo Lírio era o trinômio social e cultural. A economia se centrava  na produção de madeira compensada e esquadrias,  numa planta inudstrial que contava com cerca de 550 colaboradores. Produziam entre 25 e 30 mil portas e ainda 1.000 metros cúbicos de compensado por mês.

           Com a redução da oferta de madeira e a alteração substancial na Legislação Brasileira, a empresa foi reduzindo as suas atividades, chegando à paralisação por completo. As granjas de produção de grãos, notadamente a soja, o trigo e o milho, passaram a garantir a economia local, bem como o comércio que, com a emancipação do Distrito, fortaleceu-se a partir de 1996. Com a expansão das atividades da antiga Perdigão Agroindustrial, em Capinzal, a mão-de-obra disponibilizada em razão da queda na atividade madeireira passou a ser canalizada para o abate de frangos, em Capinzal. Loteamentos da Família Santos, em terrenos favoráveis para a construção de casas residenciais, oportunizaram que as pessoas fossem fixando-se ali. Uma população de cerca de 1.200 pessoas em 1977 passa a ser de 3.000 atualmente.

          Com a formação do novo Município, a atividade pública passa a ter grande importância na sua economia e hoje a cidade está muito bem estruturada em seu serviço público, com créditos às administrações de Alcides Mantovani, Remilton Andrioni e Paulo Franceschi. Estes  foram meus alunos.

          Zortea tem um território muito privilegiado, com áreas favoráveis para o plantio, construção de empreendimentos comerciais e industriais e mesmo residências familiares. Muitos de seus jovens estudaram nas  faculdades de Joaçaba, Campos Novos e Capinzal.  Outros saíram para estudar fora, inclusive no exterior, e não mais voltaram. Foram buscar espaço na atividade pública ou privada em diversas cidades e estados brasileiros. Foram honrar sua origem, sua família, sua pequena cidade. O nível intelectual de seus habitantes é muito bom.  Diversos de meus ex-alunos cursaram doutorado fora do país.

          Zortea não precisará ( e nem é bom que isso aconteça)  tornar-se  uma cidade populosa. Interessa, sim, que possa o Poder Público dar ótimas condições de Educação e Saúde aos seus moradores e eles, mesmos, sem nenhuma tutela, vão saber encaminhar-se com independência.

          Uma das coisas que os zorteenses sabem fazer muito bem é o delicioso churrasco. A sfestas que ali acontecem são, sempre, muito concorridas.

          Pessoalmente, considero o município a "Capital Catarinense das Águas Superficiais". Quase que uma dezena de cascatas e cachoeiras se localizam em áreas do município pouco habitadas, no Rio Agudo, com destaque para o Itaimbé, a maior delas, o que poderá se tornar um grande atrativo turístico.

          Minhas filhas, gêmeas, Michele e Caroline, nasceram ali. Foi uma grande alegria para nós termos vivido e participado,  ativamente, das atividades culturais, esportivas, religiosas e sociais em Zortea, lugar de que gaurdo belas e saudosas lembranças, principalmente da Ecola com seus alunos e professores, e de meus colegas de futebol e de empresa.

          Ao povo zorteense, meu grande abraço nestes tempos em que estão prestes a alcançar a maioridade.

Euclides Riquetti

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Eu vim te ver de madrugada





Transpus muralhas e paredes
Pra vir te ver de madrugada
Eu vim matar a minha sede
Voltei sedento, ganhei nada...

Não ganhei beijo, nem abraço
Nem o frescor de teu perfume
Vim e voltei com meu cansaço
Voando qual um vaga-lume...

Agora quero a compensação
Um "sim te quero, sim te amo"
Pra amainar minha frustração
Pra alegrar meu fim de ano!

Porque as muralhas e paredes
Não serão barreiras a impedir
Passá-las-ei por muitas vezes
Nada me impedir[a de vir!

Volto a  te ver de madrugada
Venho pra poder ficar contigo
Morena atraente, bronzeada
É só de ti que eu tanto preciso!

Euclides Riquetti
28-12-2016











Minha Sétima Crônica do Antigamente (Velhinho, eu??!)






          O Doutor Google me informa que "antigo" significa que é "aquilo que existe ou que data de longo tempo, ou velho". Então, tô frito, cara!
 
          E eu que achava que, por conseguir correr até 90 minutos na Pista Olímpica do Clube Comercial, não era um velho... Claro, corri isso diversas vezes já, mas em algumas delas acabei com os músculos distendidos. Aliás, correr, exercitar-se, todos os cientistas, médicos, professores de Educação Física e outros afins, dizem que é estimulador para o aparecimento de células novas em lugar das células velhas.

          Fiquei contente em ouvir, ontem à tardinha, na sonzeira do carro, do Nelson Paulo,  o Amarildo Monteiro e mais um colega deles, que as células antigas, diante dos exercícios, tornam-se autofágicas. Massa, cara! Isso me anima muito e você, amigo ou amiga, pode fazer com que suas células, mesmo aquelas que deixam você meio (a) pançudinho (a), possam autofagiar-se, ou seja, matarem a si mesmas, , devorarem-se. É animador porque surgirão outras, novinhas, envernizadas, virgenzinhas ainda, não crismadas e nem batizadas, que poderão deixar-nos, todos, mais jovens e joviais. Sim, joviais, porque os joviais são mais animados, alegres, entusiasmados do que os apenas jovens, pois estes, muitas vezes, já nascem velhos, embora não antigos. Quero ser cada vez mais antigo, sim, mas ficar velho é uma tarefa penosa que deixo para quem quiser ser...

          E, quando falo em antigo, lembro-me de alguns personagens que ficaram bem registrados em minha mente, minha alma e meu coração: O Joaquim Casara, que rezava terços na Linha Bonita, com sua barba branca, cabelo branco, semblante angelical. A Vó Preta e o Vovozinho, nossos vizinhos ali em Ouro, pais da Ilerene, com sua simpatia e bondade infinita.Igualmente a dona Ézide, terceira  avó de minhas filhas. Meu pai, Guerino e minha mãe, Dorvalina, pois pais são pais, dispensam comentários. O Novo Vitório e a Nona Severina, o Seu Ivo e a Dona Iracema (Bazzo), a Dona Noemia Sartori,  o seu Oziris D´Agostini. O Pimba e a Doralva, filho e mãe unidos pela alma. Todos esses figuras simples mas bondosas. O tio Valentin e a tia Marietina, o tio Ambrozim e da tia Margherita, dois Barettas e duas Riquettis, o Seu Idalécio Antunes, e tantos outros. Ah, do Bijuja, do Rozimbo e do Bonissoni, essas figuraças, usarei um texto só para eles, oportunamente.

          É, ser antigo nos possibilita termos mais lembranças. E mais lembranças ensejam mais histórias. Mais histórias nos incitam a lembrar de nossas próprias histórias, e assim o mundo gira, anda...e eu escrevo... e você lê. Ainda bem!

          Ah, hoje nada direi sobre a Marjorie Estiano, a Manu. Nem sobre a Demi Moore, nem sobre a Sheron Stone. Nem sobre o Michel Teló.   A(teló)go! Vejo vê outro dia.

Euclides Riquetti
19-01-2

Quando o sol redesenhou o céu




Quando o sol redesenhou o céu ao fim daquele dia
E matizou em cores quentes o horizonte ondulado
Revivi emoções ternas que há muito eu não sentia
Parecia que eu contemplava um santuário sagrado.

Veja quão bela é a nossa natureza santa e colossal
Os quadros que ela pinta através das mãos divinas
Quando  a harmonia se dispõe,  levemente natural
Quando as perdizes se acocoram pelas campinas...

Descubra meus versos por entre todo esse cenário
Retire de cada um deles a mensagem que quiser
Guarde para você os meus poemas num sacrário.

E, depois de saborear todo o meu carinho  sincero
Venha até mim para me dizer que você me quer
Traga-me todo o seu ser, seu amor puro eu espero!

Euclides Riquetti

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Vinhos - a arte de produzir e conhecer

Ambiente muito acolhedor, além de vinhos e espumantes de alta qualidade, na Villágio Grando, aqui e Água Doce - SC. Vale a pena visitar

          Quem não gosta de um bom vinho? A resposta vem, naturalmente, de cada um de nós, e é difícil encontrar alguém que não aprecie um bom produto, seja ele de uvas americanas ou de europeias. Aqui no Vale do Rio do Peixe, duas cidades se destacam na produção de vinhos e espumantes: Pinheiro Preto e Tangará. Produtos bons, em marcas que ganharam fama nacional e internacional, com uvas americanas ou europeias. Em Campos Novos, com a supervisão de técnicos da Epagri, são produzidos bons vinhos de viníferas de altitude, bem como em São Joaquim, que vem conquistando nome no mercado nacional e internacional.

          Passei a interessar-me por vinhos, tentando entender os processos de fabricação, as varietais e a qualidade,  lendo muito sobre o assunto, vendo reportagens televisivas e mesmo participando de degustações. Apenas degustar, por si só, não nos ensina muito. Porém, quando a degustação vem acompanhada da avaliação e opinião de enólogos, você passa a perceber a diferença que há em cada um. Tenho aprendido gradativamente sobre eles.

          Quando criança, ajudei a fazer vinho lá no Leãozinho, no sítio de meu padrinho, João Frank, na casa de quem fui morar com apenas um ano, um mês e dezessete dias. (Nasceu minha irmã Iradi, que mora hoje em União da Vitória, e meus padrinhos João e Rachel, levaram-me gentilmente para morar com eles, onde permaneci até os oito anos de idade, quando voltei para a casa de meus pais, em Capinzal.)  Lá, ajudei, desde tenra idade, a produzir vinho, com a função de pisar a uva nas tinas de carvalho, amassando os grãos de uvas americanas brasileiras, a Bordô, a Isabel e a Francesa. Esta, por ter a casca fina, é mais recomendada para o consumo in natura. As outras, para a produção do vinho colonial, como o chamamos por aqui.

          A primeira vez que tive contato com gente que entendia de vinhos aconteceu na cidade de Catanduvas, na casa do colega Prefeito Saul Leovegildo de Souza, numa reunião de prefeitos, há 22 anos. Nosso colega Faustino Panceri, Prefeito de Tangará e produtor de bons vinhos, pegava garrafa por garrafa dos vinhos que o anfitrião nos oferecia e dava o veredicto: "Este Niágara (branco), que é de produção de minha vinícola, pode jogar fora. É "vinho morto!"  Todos olhavam, não entendiam por que se haveria de dispensar um vinho de uma garrafa que ainda não fora sequer aberta.  Então, ele a colocava diretamente junto a um facho de luz e nos mostrava. Não havia transparência no líquido. Depois, abria a garrafa, colocava numa taça. Abria outra, da mesma marca e variedade e comparava: "Vejam a diferença: o vinho morto está turvo. O outro está com sua cor natural, mas límpido, transparente". E constatávamos a grande verdade.

          A partir de então, comecei a ler tudo o que me aparecia à  frente em termos de literatura sobre vinhos, de todas as procedências e de todas as qualidades. Frequentei as Vinícolas Cordelier, Aurora e Miolo, na Serra Gaúcha, participei de degustações com enológos experientes, aprendi a entender o porquê de haver astronômicas diferenças de preços entre uma garrafa e outra, muitas vezes da mesma varietal e marca. Na Miolo, em Bento Gonçalves, um enólogo me disse que os vinhos da América do Sul produzidos em 2000 e 2002 eram os "medlha de ouro"; os produzidos em 2004, "medalha de prata"; e os de 2005, "medalha de bronze". Isso foi em 2007.

          Então, passei a analisar melhor os vinhos produzidos em Capinzal e Ouro, com uvas americanas: Casca Dura, Isabel, Bordô e Niágara. O Casca Dura da marca Monte Sagrado, produzido pelos meus primos Alceu e Josenei Rech, lá na Linha Sagrado, é de ótima qualidade. Assim como sabem produzir bom vinho colonial o Jamir Dambrós, o Ariston Lanhi e os Molin. em Capinzal. O Niágara, do Hilário Rech, com a marca Nono Saule, também lá no Sagrado, vale a pena ser consumido. E o Cabernet Sauvignon Bertolla, do amigo Joair, com uvas europeias, de altitude, sempre é muito bom! Mas há outros produtores que fazem vinho para o consumo próprio de muito boa qualidade. Conta para isso colherem a uva no tempo certo, com grãos saudáveis. E nos períodos de pouca chuva a uva é mais doce e gera vinho de melhor sabor. O cuidado na confecção e, sobretudo, a sua armazenagem, são fatores fundamentais para sua boa qualidade.

          Nos últimos anos, fui duas vezes à Vinícola Villaggio Grando, no Distrito de Herciliópolis, em Água Doce. Em ambas participei de degustações de seus vinhos de altitude. Ali ele tem parreirais com videiras que ele mesmo desenvolve, promove sua evolução genética. Maurício Grando era madeireiro e, segundo ele, quando ser madeireiro passou a significar "inimigo do meio ambiente", foi à Europa aprender sobre vinhos e parreirais. Aprendeu e trouxe suas ideias inovadoras para Água Doce. Fez parreirais e todos o chamavam de louco. Substituiu a serraria por uma cantina.  Hoje,  produz vinhos dos melhores do país, como o Canernet Sauvignon, o Sauvignon Blanc, o Chardonnay,  o Tannat e outros. Também seu exclusivo "Innominabile". 

          A fazenda do Maurício  Grando é algo difícil de descrever pela beleza paisagística e organização singulares. O capricho mora ali! . Seu projeto, que está implantando gradativamente, é fabuloso. Seus vinhos e espumantes são de altíssima qualidade e só são encontrados em algumas casas especializadas. Podemos afirmar, com toda a certeza, que o Sul do Brasil produz vinhos de qualidade igual às melhores marcas da França, Portugal e Itália.

          Então, você que gosta de um bom vinho, procure ler muito na literatura especializada e converse com enólogos ou bons apreciadores. Não com aqueles  que compram uma garrafa porque é cara, mas com aqueles que sabem identificar, realmente, o que é um bom vinho.

Euclides Riquetti
30-10-2013
         

Procure a felicidade


Praia de Torres - RS

Procure a felicidade com a força de seu coração
Busque-a nos lugares mais simples e escondidos
Busque-a nas praias, nas praças e nos caminhos
Busque-a com os meios que lhe oferece a razão...

Procure a felicidade nas horas do seu dia
Desde os primeiros  claros  da manhã
Faça dessa sua busca uma tarefa bem sã
Refute as tristezas e enalteça a  alegria.

Busque, em todos os invernos e  todos os verões
Busque  a sua felicidade que você tanto procura
Viva as mais belas de todas as emoções;

E, ao encontrar as respostas que você tanto quer
Retribua com carinho e com toda a sua doçura
Com seu jeito formoso de menina  e de mulher...

Euclides Riquetti

Feliz pós-Natal, então!




Feliz pós-Natal, então!
Guardem todos os presentinhos
Façam tudo bem direitinho
Não deixem papéis no chão.

Cuidem de que tudo esteja no lugar
As roupas das crianças lavadas
Que estejam limpas as calçadas
Porque o Ano Novo vai chegar!

Leiam, com atenção, os bilhetinhos
Todos os cartões que receberam
Todas as mensagens que não leram
E estão penduradas no pinheirinho.

E, se não fizeram todas as orações
Pelo menos uma quer que seja
Peçam a Deus que os proteja
Que reacenda amor nos corações...

Porque não quero,  não admito
Que gente não fale com gente
Que tenha coração que não sente
Num tempo assim tão bonito.

Então, Feliz pós-Natal!
E que haja, sempre,  muita alegria
Felicidades nas casas suas e na minha
E que possamos dizer:
Feliz pós-Natal!

Euclides Riquetti
26-12-2016










domingo, 25 de dezembro de 2016

Sexta Crônica do antigamente (Se tomar mais que dois sorvetes, morre?")

     


          "Se tomar mais que dois sorvetes, morre?"
          "Morre, sim, respondiam para mim". E, para tantos outros, que gostavam de sorvete, principalmente do "sorvete de uva", que o Sr. Pedro Beviláqua, os Santini, o Casagrande, do Bar Avenida,  o Bar do Carletto,  o Bar do Canhoto, ou mesmo o do Arlindo Henrique faziam, nos anos 60.

          Misturar uva com melancia mata? Uva com leite dá congestão? E se for melancia com leite, pode?
Essas indagações povoavam as mentes confusas de crianças e adolescentes de minha época, que gostariam de devorar tudo o que aparecia pela frente, ficarem  pançudinhos, "matar a bruta" de tanto comer...(Eu era bem  esquálido, porque não tinha dinheiro para ficar pançudinho...)

          Bem, quem, em sua vida, não foi, pelo menos uma vez, "vítima" das boas e bem intencionadas mentiras engendradas pelos pais, com o objetivo de livrar-se do incômodo e desconforto de ver os filhos toda a hora deixando-os de saia justa, porque queriam que queriam dinheiro para comprar "mais" sorvete, e o pediam diante de outras pessoas? A clássica resposta: "faz mal, pode matar", ou: "faz mal, dá uma baita congestão", ou, simplesmente, uma "c....neira", estava sempre pronta.

          O constatável, hoje, pela minha antiguidade, (já disse que sou antigo, muito antigo), é que as pessoas tinham  que encontrar uma forma de se livrar dos filhos pedunchos, e as respostas vinham dos adultos, e de todos os outros que compactuavam com eles, da família ou não. E não havia, naquele tempo, o dinheiro das bolsas do governo, que pudessem regar um dinheirinho na conta da família.

          Ah, mas como era bom um sorvete de uva, que vinha com aquela cor roxa, bem forte, muito doce, carinhosamente preparado por pessoas que ficavam segurando uma pá colocada obliquamente num cilindro giratório, este mergulhado em água bem gelada e com sal, para que o sorvete se produzisse e pudesse compor-se com aquele conezinho de massa, muito massa, que a gente ia devorando...

          E "gasosa", então... Era mais difícil ainda de comprar. Nós ainda tínhamos o privilégio de morar ao lado da "Indústrias de Bebidas Prima", bem ali defronte à Ponte Nova, no Ouro, que fazia a gasosa de Framboesa, em garrafinhas em ou garrafas, e eram uma gostosura, bem melhor que as tubaínas artificializadas ao extremo e que estão por aí, nas prateleiras dos mercados, para engordar pançudinhos e pançudões...

          É, sim, hoje os tempos são outros. O Zeca Pagodinho ganha uma nota preta para tomar cerveja de graça, a Juliana Paes também, tem aquela que desce redondo, tem o refrigerante que é bom para tomar comendo pipoca, aquele da "pipoca com guaraná". E tudo está mais  fácil, tem dinheiro pra tudo, tem calorias para todos os tipos e gostos, coisa que nós não tínhamos antigamente, naquele tempo em que a Marjorie Estiano ainda não havia nascido. (Agora ela é a Manu, de Vida da Gente, da Globo)

          E, por falar em sorvete, com apenas R$ 10,79 você compra um pote de dois litros, da Italiana, especialmente aquele "leite condensado com frutas do bosque". E, se você tomar todo ele na mesma tarde, desde que não seja numa única golpeada, você não morre!!!  E, se você o comprar,  com esse dinheiro, equivalente a três litros e meio de gasolina, e andar a pé o tanto que você andaria de carro, não comprando a gasosa (lina),  você vai queimar todas as calorias que ganhar. Pode acreditar: sou antigo, sei de algumas coisas! Bem, agora, vou pra geladeira ver se tem um "nata com morango"...

Euclides Riquetti
13-01-2012         

Natal, Natal da saudade...




Natal, Natal da saudade...
Saudade da inocência infantil
Saudade do vigor juvenil
Saudade dos tempos de mocidade
Saudade do tempo gentil!

Natal, Natal da esperança
Das lembranças de antigamente
Dos amigos queridos somente
Dos momentos vividos contente
Dos alegres tempos da infância!

Natal, Natal do amor nesse dia
Em que procuro você nos lugares
Em que o pensamento viaja nos ares
Em que os sonhos se embalam nos mares
Em que procuro em você a alegria!

Natal, apenas um simples Natal
Um Natal de grande significação
De presentes, de amor no coração
Um dia para mais uma comemoração
De viver, simplesmente, no Dia de Natal!

Euclides Riquetti