sábado, 20 de setembro de 2025

Onde sopra o minuano - No Dia do Gaúcho

 




Lá, no Sul, onde sopra o vento minuano
Onde vicejam os vastos e verdes gramados
Onde nasce o sol mais garboso e soberano
E ali capeiam rostos bonitos e abençoados
Nascem as mais belas mulheres!

Lá, no Sul, onde se estendem as campinas
E as manhãs azuladas são alvissareiras
E as prendas se revelam desde meninas
Instruídas nas singelas artes campeiras
Nascem as mais belas mulheres!

Mulher sulista, gaúcha de alma e coração
Beleza de rainha, simpatia de realeza
Mulher sulista, mulher do fogo e da paixão
Beleza de senhora, corpo de princesa
Nascida para amar e ser amada!

Mulher sulista, que guarda bons sentimentos
Divina inspiradora de meus versos
Mulher com que divido os meus momentos
Divina inspiradora de meus versos
Nascida para amar e ser amada!

Euclides Riquetti

Quando os pássaros me acordam

 


 






Quando os pássaros  me acordam
Desde as horas da madrugada
E me convidam  para esperar
Por mais uma  manhã ensolarada
Meus sonhos azuis  a procuram
Sentados à beira da estrada.

Quando o canto deles me chama
Lembrando-me que já é um novo dia
Sou tomado por algo muito bacana
Um misto de entusiasmo e euforia
Pois sinto que sua alma me emana
Muito amor, paixão e alegria ...

Quando, já passado algum tempo
Percebo que nosso dia valeu a pena
Constato que em todos os momentos
Das tardes longas ou pequenas
Você reanima os meus sentimentos
Com suas palavras mais serenas.

E,  quando a noite vem novamente
Quando é hora de dormir e sonhar
Penso em você na cama quente
Imagino-a desnuda a me esperar
E meu coração feliz e contente
Não vê a hora de encontrá-la.

Euclides Riquetti

A canção na madrugada chuvosa

 







Na madrugada, enquanto chovia
Eu te abraçava
Porque esperava o dia
E, mais uma vez
Reviver o sonho
E a poesia!

Na madrugada, enquanto chovia
Eu apenas pensava
E também escrevia
Um novo poema
Uma nova canção
Com tua melodia!

Era a melodia do encantamento
Que gravei em meu pensamento
Quando você cantou...
Era a canção do momento
Que veio junto com o vento
Quando você cantou!

A canção da madrugada chuvosa
É a mesma da tarde gostosa
Da tarde do abraço e do beijo...
É a canção da alma dengosa
Que canto em verso e prosa
Pra dizer que eu te desejo!

Euclides Riquetti

Riccordi: O Segundo Encontro da Família Richetti/Riquetti em Cascavel - reeditado

 






            Estivemos em Cascavel neste sábado. Não poderíamos, jamais, deixar de participar do Segundo Encontro da Família Richetti, que é organizado pelos primos filhos dos meus tios Marcelino e César, irmãos de meu pai, Guerino. Estavam lá muitos dos Richetti, Ricchetti e Riquetti. Do Sul, do Centro-oeste e do Paraguai.  Em Cascavel e região, reside a maioria dos filhos dos tios Marcelino e César, irmãos de meu pai.

          Os do Tio Marcelino eram originários de Rio Pardo, interior de Campos Novos e para lá se dirigiram há uns 50 anos. São pioneiros no bairro Nova Cidade, onde ajudaram a fundar e erigir a Igreja de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos. Iniciaram-se nas atividades de marcenaria, passaram a produzir carrocerias de caminhões e, com o passar dos anos, a descendência numerosa foi diversificando auas atividades e ocupações, mas mantendo-se unidos enquanto família. Os filhos do Tio César e da  Tia Rosina (Baretta), no bairro São Paulo, desenvolveram serviços em oficina mecânica e fornecimento de peças de reposição para veículos automotores.  Nossos primos criaram sólidas raízes na cidade.

          No sábado, fui um dos primeiros a chegar, antes das sete horas, sendo recebido pelo primo Alceu. Logo depois chegou a Cristiane, veio toda arrumada, já havia, como ela mesmo disse, ido ao salão arrumar o cabelo e fazer maquiagem, queria estar bem na foto.  Postei-me à entrada e fui cumprimentando os que chegavam. O Primo Jaime, uma liderança familiar e cultural  incontestável, a Rosane, com seus filhos, o José Luiz, de Campo Grande, MS, dos Richetti de Paraí, o casal Nestor e Iracema, de Porto Alegre. Depois a Neiva Scalsavara com seu marido italiano Alessando,  e o menino Lorenzo. A Vero com a Eduarda, o Luciano e o Claudinei; o Celso, liderando a turma de Paraí. E fui reconhecendo alguns como o Giovane (marido da Cris) e a menina Brendha;  a Marinês e o Guisti, que no ano passado nos brindaram com suas danças; o primo Nilvo, o Juvelino, a Dilma e todos os outros, impossível enumerar. O Orlando Surdi com a prima Deonilda e os filhos também muito simpáticos e solícitos.
       
          Depois do café, a belíssima celebração da Santa Missa, com a participação do Tio Victório, a esposa e a Tânia, e os primos Sérgio, Nilson Maicon, de Ouro e Capinzal. Revi a Monalysa com o Samir e a Valentina, mais a prima Adiles, que vieram de Florianópolis. Foram  muitos abraços, belas lembranças que ficarão em minha mente para sempre. Na missa, comentada pela Rosane, os jovens tocando e entoando belas canções. Emoção em ouvir "Nossa Senhora", aquela canção do Roberto Carlos. A entrada apoteótica, com três meninas, a Eduarda e as duas meninas Dartora, numa bela coreografia, seguidas de uma família de imigrantes italianos, depois um grupo de parentes vestindo a camiseta do evento, na cor branca e com mangas curtas em vermelho e verde, as cores da Itália. E o Medalhão símbolo, confeccionado em couro, tudo muito harmônico. Cerca de 50 pessoas no cortejo coreografado, uma árvore com os nomes dos Richettis já falecidos. Tudo muito emocionante e bem organizado, as letras das canções em dois telões.

         Ao meio-dia o almoço, com um delicioso costelão no cardápio e, à tarde, a programação cultural, esta simplesmente espetacular. Uma encenação intercalada com diversas performances de dois grupos elegantemente trajados,  em suas vestimentas com características da imigração italiana, apresentando danças muito bem coreografadas. Na abertura, o Jonathan, filho do primo Jânio, surpreendeu a todos ao chamar a manorada Amanda, entregando-lhe uma flor e pedindo-a em casamento. Pedido feito, pedido aceito.  Isso emocionou muito os presentes, pois foi um gesto muito romântico de parte dele, uma forte demonstração de seu amor por ela.

          Na sequência, após as apresentações, um show musical com o Jurandi e um companheiro dele, de Lacerdópolis e  o Rodriguez, casado com uma da família, professor em Curitiba, que manda bem numa acordeona e nas canções nativistas.  Uma programação bem organizada, tudo perfeito, bonito. alegre. Uma confraternização muito autêntica, singela, belíssima, contagiante. Agora, já escolhido o local do próximo encontro: Paraí, RS. Estaremos lá, certamente!

          A hospitalidade desse pessoal de Cascavel é extraordinária. A dedicação deles em organizar tudo direitinho merece nosso aplauso e agradecimento. Alías, quero agradecer ao primo Juvelino pos nos ter conduzido à Rodoviária para a volta.

Um grande abraço em todos e que venha o Terceiro Encontro dos Richetti, Ricchetti, Riquetti e agragados, em Paraí!

Euclides Riquetti

O primeiro encontro da Família Riquetti-Richetti em Cascavel - PR - reedicação




Patriarca Frederico Richetti, meu avô e matriarca
Genoveva Píccoli Riquetti - naturais de Caxias do
Sul.


       Participamos, neste feriadão, do Primeiro Econtro da Família Richetti/Riquetti em Cascavel, Paraná. Foi uma experiência emocionante e renovadora para mim. Fiquei sabendo que  iria acontecer há três semanas, quando estava em viagem de férias pelo litoral catarinense e minha decisão de participar  deu-se na mesma hora. Meu primo Jaime Richetti havia ligado para minha filha, Caroline, e ela informou-me sobre isso. 
         Viajamos na sexta-feira, 12, bem cedinho, e logo após o meio-dia, chegamos a Casavel, aquela progressista e bela cidade do Grande Oeste Paranaense. À tardinha fui ao local do Encontro, o salão de festas da Igreja de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, localizada nas proximidades da Rodovia BR 277, na saída para Curitiba. Os descendentes de meu tio, Marcelino Richetti, foram os pioneiros daquele ponto de Cascavel, onde iniciaram uma empresa e até hoje a maioria ali reside. Dos filhos dele, o Hilário e o Alcides deixaram seus entes e moram no Céu. É uma turma numerosa e a ideia de se realizar a festa veio justamente da Dilma, uma das filhas, e foi abraçada pelos filhos do Tio César que ali residem, no Parque São Paulo, o Jaime, o Juvelino e o Jânio. E recebemos muita atenção da Vero. Mas o time organizador estava muito forte e o evento teve um nível de organização excelente, tanto que, em 2013, vai-se repetir na mesma cidade.
          Na chegada, encontrei muitos dos meus primos, de diversos graus, com os quais fui- me entrosando. Dentre eles estava o Dirceu, marido da Célia, o Alao, o Carlinhos, nosso fogueteiro e marido da Everly, o Geovani Fabian, marido da Cristiane. Alguns eu conhecia de redenet, como a Marinês  e  a Neiva, que casou-se com um  italiano de Veneza,  muito simpático e divertido. A Rosane, filha do Hilário e da Fiorentina, e irmã do Gilmar e do Altemio, fez o comentário na missa, em que foram homenageados a Irmã Zulmira e o tio Victório Richetti, o único  filho vivo  do Nono Frederico.
          Reencontrei o Samir Machado, marido da prima Monalysa, o Celso Richetti de Paraí, que trouxe consigo o Danilo, filho do Guerino   ( primo do Guerino meu pai ). Aliás, no meio de muitos reencontros, acabei descobrindo uma sobrinha dele, a Marli, descendente do Benjamim, e fiz a aproximação dos dois, pois nem sabiam da existência um do outro. Conheci o Ângelo Lourival Ricchetti, de São Paulo, escritor, de  outro ramo familiar que não o dos descendentes de Pascoal, meu bisavô, que veio de Veneza.  Conversei muito com o Reinildo Galvão, casado com uma prima, e que mora em Curitiba. E com os filhos do Surdi e da prima Deonilda, que vieram de Araucária,  com a prima Iraci Durigon, de Toledo , com a prima Adiles e outras que vieram de Florianópolis.  Reencontrei o Nilvo e o Juventino, filhos do Marcelino, meus primos com idade maior que a minha.  Conversar  e movimentar muito as mãos enquanto falamos, é uma característica presentes em todos nós.
       É claro que não poderei falar de todos os que encontrei e conheci, mas para mim foi tudo muito gratificante.
          Aconteceram apresentações artísticas que deram muito brilho à festa, com danças típicas e até dança do ventre, com a jovem Vanessa.
          Com apenas um mês desde a idealização e a realização, o acontecimento foi marcante, e todos os que trabalharam pelo seu sucesso merecem nosso aplauso e reconhecimento sincero. Agradeço pela oportunidade de participar e conclamo a todos os que não puderam fazê-lo desta vez, que o façam no dia 12 de outubro de 2013, quando teremos o Segundo Encontro da Família Richetti.
          Uma curiosidade que percebi  na lista telefônica do Hotel: O Juvelino Riquetti é irmão de Jaime e do Jânio Richetti. Bem, eu sou Riquetti neto do Frederico Richetti, tenho parentes com pelo menos quatro  grafias distintas.
          Um grande abraço aos cerca de 300 que estavam lá, gente bonita e inteligente,  e que no próximo ano possamos reunir pelo menos uns 600. Agradeço à Marinês por ter-me mandado um e-mail bem bacana e que li ao chegar em casa.
Euclides Riquetti

14-10-2012

Perto do mar

 


 



Resultado de imagem para imagens trapiche de canasvieiras

Procuro por você insistentemente
Ali pertinho do mar em calmaria
Busco-a nas nuvens sorridentes
Busco pelo seu rosto contente
Para que aplaque minha nostalgia.

Tento encontrá-la nas areias nuas
Caminhando sob o sol escaldante
Procuro-a nas travessas e nas ruas
Faço isso em todas as horas e luas
Mas nada de rever o seu semblante...

E, depois de um belo entardecer
Encontraram-se as almas aflitas
Já o sol se esconde para anoitecer
O mundo fica mais bonito de se ver
Eu rezo por você na noite bendita!

Euclides Riquetti

Apenas tons florais





Apenas tons florais

Mergulho meu ser num paraíso de cores
Flutuo em espaços românticos e colossais
Me perco a deleitar-me entre plantas e flores
Nos perfumes mais doces e nos tons florais.

Apalpo os ramos das flores brancas do perdão
Da lealdade, da paz, da inocência e da pureza
Nas margaridas, orquídeas e lírios em profusão
Nas tulipas e nas rosas em toda a sua beleza.

Me encanto com as flores  na vermelha cor
As gérberas que denotam fidelidade e atração
Pelos cravos e os crisântemos devoto amor
Pois todas elas me despertam intensa  paixão.

Excitam minha memória as flores amarelas
Da amizade, da alegria, do calor do verão, do sol
Me lembram os campos com as flores singelas
O nosso sucesso, a felicidade a beleza do girassol.

O azul que me vem do céu, o azul cor do mar
O azul da confiança e da verdadeira harmonia
O azul das hortênsias, o azul índigo e sem par
Da íris e das violetas que me enchem de alegria.

Na cor roxa das flores respiro dignidade
Relembro dos dramas e do que quero esquecer
Pressinto o mistério, mas busco a liberdade
A calmaria que me atrai e meu ânimo a crescer.

As flores verdes me trazem o alento e a esperança
Dão a minha vida o mais harmônico esplendor
Da natureza pródiga me trazem a doce  lembrança
São a força da juventude, do desejo e do vigor...

O carinho, a doçura, o entusiasmo e a gratidão
Tudo posso expressar com as azaleias e bromélias
Dou-lhe tudo o que possa conter em meu coração
Amo dálias, sempre-vivas, beijos, e camélias.

Flores cor-de-rosa, dou-lhas, carinhosamente
Elas, com todo o seu charme e com toda a afeição
Para que as admire e aspire-as graciosamente
Aceite-as como minha marca, eterna devoção.

Flores, não importa sua cor, mas sua beleza
Rainhas dos jardins, princesas engalanadas
Desde as mais simples às de maior beleza
Me fazem lembrar de você, mulher amada!

Euclides Riquetti

 

Mar... luar... olhar...



Mar...
Luar....
Olhar...
Sonhar! (Querer)

Flor...
Amor...
Calor...
Dor! (Sofrer)

Navegar
Divagar...
Namorar...
Amar! (Pretender)

Canção...
Paixão...
Emoção...
Coração! (Viver, viver!, viver!)

E, entre verbos e substantivos
Te ver... tecer... te ter...
E, entre versos (re) sentidos:
Teu ser...
Apenas te querer.
(Jamais te perder!)
 
Euclides Riquetti

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Pedes-me para fazer-te um poema

 


 


Pedes-me para fazer-te um poema

Mas não sei o que esperas de mim:
Um elogio, uma declaração de amor, algo assim
Ou uma promessa de felicidade sem fim
Mas não me dás as palavras,  nem me sugeres o tema.

Ora, ser poeta não é uma profissão:
Escrever poemas requer certas habilidades
Além de ter alguma sensibilidade
Como  sentir amor e sentir saudades
Ou fechar os olhos para sentir inspiração!

O poeta precisa enxergar mais do que com os olhos
O poeta precisa entender o que os outros não entendem
O poeta precisa desembaralhar os imbróglios
Encontrar as palavras que não se compram e nem vendem!

Ora, animar pessoas pode ser uma arte:
Mas não se pode iludi-las com horizontes risonhos
Nem alimentar nelas vontades e sonhos
Que não possam concretizar-se!

Pedes-me para fazer-te um poema de amor
Talvez uma declaração de uma paixão exacerbada
Ora, não te quero ver iludida, nem enganada
Só quero que tu sejas uma risonha flor!

Euclides Riquetti

Mr. Safik

 


Imagem relacionada

Capinzal - SC - minha terra natal!

          Saudade é um sentimento nobilíssimo. Pessoas que sentem saudades e medo estão sempre vivas, atentas ao derredor.

          Os anos 50 não restam apenas em tua nostalgia, mas na minha, no verdor de minha infância. Boas lembranças dos tempos em que se tomava o bote e se buscava a Ilha da Siap, da malandragem dos mais velhos: primos, irmãos, amigos... na escusa busca de frutas naquelas paragens e, da subida nos cipós, nas brincadeiras de Tarzan, no armar de linhas de pesca nos sarandis, nas brincadeiras de virar o bote, na procura de lugar em que "desse pé", no leito das límpidas águas do Rio do Peixe.

          Juro-te, peloas goiabas, caquis e melancias afanados, que foram os grandes anos de minha vida. Juro-te, pelos lambaris, carás, joanas,  mandis e jundiás pescados, que foram as melhores aventuras de minha vida. Juro-te, pelas águas transparentes das corredeiras da Ilha, que quando avistávamos as meretrizes banhando-se nas margens do lado esquerdo, cobríamos os olhos para não fazer pecado... e quando, por deslize, os dedos se abriam e nossos olhos buscavam, furtivamente, o corpo daquelas banhistas, íamos, na primeira oportunidade, ao confessionário de nossa suntuosa Matriz São Paulo Apóstolo, onde, nos meses de janeiro, gastávamos nossos trocados na pescaria e nos cavalinhos da Grande Festa em que, não raro, bandas animavam o ambiente e o chope animava o povo, que era muito feliz. Não procurávamos o Frei Lourenço, o mais severo dos freis, mas o outro Frei, aquele que vivera as agruras da Segunda Guerra Mundial, viera da Itália, que era mais condescendente e impunha penitências mais leves. Diziam as Senhoras que era o confessor preferido, parcimonioso, atencioso, compreensivo, além de outros "oso" e talvez "ivos".

          Como são boas as lembranças. Boas lembranças do tmpo em que, ma ponte pênsil, trafegavam alguns automóveis, dizem que até o caminhãozinho FORD Gigante (ou era Chevrolet), das Indústrias Reunidas Ouro! Depois, o orgulho de ver a Ponte Irineu Bornhausen ali, imponente e formosa, sombreando as águas e ligando as duas cidades gêmeas do Baixo Vale.

          Como era bom ir à Comercial Baretta e comprar anotando "na caderneta", ir à loja das Indústrias Reunidas Ouro comprar sabão e banha "Ouro", e vinagre "Horizonte"! Tomar gasosas de framboesa no engarrafamento da Indústria de Bebidas Prima, comprar capilé no Bar Avenida, no Bar do Adelino Beviláqua, jogar bola nos campinhos esparramados por aí, como aquele do "Morrinho do Pão-duro", onde hoje é a Central telefônica da cidade, ou no Municipal, nosso "terrão", onde jogavam Vasco, Arabutã, São José, Ouro, Operário do Mandu, Botafoguinho dos Baratieri, Flamenguinho do Coquiara, Fluminense do Rogério Caldart, Palmeirinhas da Rua da Cadeia (o do meu irmão Ironi), Vasquinho dos filhos do Ernesto Zortéa, Ameriquinha dos riquinhos da área central, e outros, que, "pelo conjunto da obra", não deixavam a grama crescer. E havia ainda os recessos, como quando o Circo Robattini veio e instalou-se no campo, com picadeiro vestido de maravalha da Zortéa ou dos Hachmann.

          Realmente, foi de comoção o passamento de Maria Lúcia, que devia ter a sua idade, que ia ao Mater Dolorum com casacão xadrez verde e branco, alguns detalhes em preto. Fora a Dona Linda Santos e depois ela. Depois foram outros. O Juca, o Sr. Sílvio Santos, o Moretto, todos grandes amigos. Que pena! Quanta gente boa se foi... Dos Santos e de tantas outras famílias que ajudaram a construir nossa História.

          Também foi o  de tua professora Julieta, que perdeu a vida em General carneiro, em fevereiro de 1980, em acidente de carro, juntamente com seus pais. Mas a outra professora tua, continua aqui, participando de eventos culturais de nossa cidade.

          Nossas cidades, Ouro e Capinzal, mudaram muito. Uns foram embora, vieram outros. Restaram lembranças, vieram acontecimentos, desenvolvimento, eventos, acontecimentos com perdas e ganhos.

          Assim, Mr Safik, ajudo-te a relembrar algumas coisas: os cinemas deram lugar às locadoras de vídeo, as lojas aos supermercados, as canetas-tinteiro aos computadores, os telefones pretos aos celulares, os jipes e as rurais aos carros modernos. Mas não podemos esquecer da Aero Willys do Barison, das lemosines do Fleck, dos jipes dos colonos, dos DKWs do Atolini e do Carleto Póggere, nem dos ônibus a gasolina da "União da Serra", todos de nossa infância. Abraços!
Touareg - Nascido em 23 de novembro de 1952.

(Publicado no Jornal A Semana - Capinzal-SC, em 25-04-2007, na Columa do Ademir Belotto, com a utilização do pseudônimo "Touareg", em  resposta a uma carta publicada anteriormente, por um autor que utilizou o pseudônimo "Mr Safik", que viveu a juventude em Ouro, trabalhou nos Estados Unidos,  e voltou para Florianópolis após a ataque de 11 de setembro às torres gêmeas.

Euclides Riquetti - o Touareg...

Em 15 de janeiro de 2012.

Estender as mãos!

 


 


 


 



Resultado de imagem para imagens estender as mãos


Entenda suas mãos a quem precisa
Àqueles que têm alguma limitação
Àqueles cuja vida não é favorecida
Àqueles que tiveram menos atenção!

A vida pode nos dar oportunidades
Mas nem sempre as podemos segurar
Às vezes faltam-nos as habilidades
Cada ser é um ser - há de se pensar!

Incentive as pessoas para resolver
A buscarem a luz ao que as aflige
Mostre-lhes como a vida pode ser.

Guie-as para que busquem solução
É isso que o mundo ordena e exige:
Agir rápido, com firme determinação!

Euclides Riquetti

O último grito de Agnaldo Timóteo

 

 


 



       O cantor brasileiro Agnaldo Timóteo, aos 84 anos, faleceu em 03 de abril de 2021, vitimado pela Covid 19, no Rio de janeiro, onde se encontrava hospitalizado. Natural de Caratinga, Gerais, viveu a maior parte de sua vida do Rio de Janeiro. Em sua cidade natal, foi torneiro mecânico, fabricante de peças para veículos automotores. Paralelamente, cantava em emissoras de rádio locais, em Governador Valadares e Belo Horizonte. Também em circos que por ali passavam. Imitava Cauby Peixoto. Estava internado no Hospital Casa São Bernardo, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, desde o dia 17 de março. 

       Na década de 1960, morando no Rio de Janeiro, conseguiu emprego como motorista da já famosa Ângela Maria, que possuía carro mas não sabia dirigir. Após uma apresentação na TV Rio, em programa de jair Taumaturgo, depois de muito "ralar", Agnalto Timóteo conseguiu um contrato com a gravadora EMI-Odeon. As coisas passaram a melhorar e ele virou ídolo da Jovem Guarda. Seu primeiro sucesso foi "Mamãe", uma versão de "La Mamma". Gravou versões de músicas que faziam sucesso ao redor do mundo e foi projetado para a fama. Depois de ser bem sucedido com o álbum "Obrigado Querida", passou a dominar as grandes paradas das rádios brasileiras com "Meu Grito", canção composta por Roberto Carlos. Seus duetos com Ângela Maria são a excelência na modalidade no Brasil 

       Dentre seus maiores sucessos, ao longo da carreira, estão "Ave Maria", "Verdes Campos de Minha Terra", Alegria do Amor, O Grito, A Casa de Irene, e muitos outros. Afinal, foram 437 músicas gravadas e todas de excelente qualidade. O romantismo de Agnaldo Timóteo, a beleza de sua voz e a paixão pelo ato de cantar contagiou pessoas de todas as idades, raças e credos.

       Pessoalmente, duas músicas muito me marcaram: "Meu Grito" e "Verdes Campos da Minha Terra", pois foram sucesso e tocaram nas rádios na minha melhor época da vida, adolescência e início da juventude em Capinzal e Ouro, e em Porto União e União da Vitória, na juventude. 

Meu Grito: 

       Se eu demoro mais aqui,

eu vou morrer
Isso é bom
Mas eu não vivo sem você
Eu não penso mais em nada
A não ser só em voltar
Vou depressa e levo o meu amor nas mãos
Para lhe dar
Já não durmo
Morro até só em pensar
E se canto
Só o seu nome quero gritar
Mas se eu grito todo mundo
De repente vai saber
Que eu morro de saudade
E de amor por você
Ai que vontade de gritar
Seu nome bem alto no infinito
Dizer que meu amor é grande
Bem maior do que meu próprio grito
Mas só falo bem baixinho
E não conto pra ninguém
Pra ninguém saber seu nome
Eu grito só meu bem.

Mas só falo bem baixinho
E não conto pra ninguém
Pra ninguém saber seu nome
Eu grito só meu bem.


Homenagem sincera e emocionada de seu fã

Euclides Celito Riquetti - Blog do Riquetti

Joaçaba SC

Choveram pétalas ou lágrimas

 


 







Choveram pétalas de rosas
Que se confundiram com folhas coloridas
Como que se tivessem sido derrubadas pelo vento
Na noite escura, calma, mas chuvosa
Quando choveram pétalas de rosas...

Choveram lágrimas sentidas
Como que se fossem cristais quebrados
Ressentidos pela dor imensa que vem do tempo
Na noite das lembranças revividas
Choveram lágrimas sentidas...

E, sempre que chovem pétalas ou lágrimas
Minha alma abre em prantos suas feridas
Voltam as lembranças a castigar o pensamento
Enquanto a vida vai virando suas páginas
Porque chovem pétalas ou lágrimas...

Euclides Riquetti

Com açúcar ou adoçante?

 


 






Com açúcar ou adoçante? 

Quero um beijo melecado
Com açúcar ou adoçante
Beijo ardentemente beijado
Deliciosamente estonteante.

Quero um beijo demorado
Daqueles de me faltar o ar
Beijo dado, beijo roubado
Aquele que me faz flutuar.

Quero em beijo qual me deu
Para eu nunca mais esquecer
Um beijo que seja meu e seu
Para sentir enquanto eu viver.

Euclides Riquetti

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Me faz bem a chuva

 


 




Resultado de imagem para imagens casal se beijando na chuva


Me faz bem a chuva como o faz a ti
Porque ela dissipa o calor do verão
Traz-me de volta o frescor que senti
Na primavera florida de meu rincão.

A chuva fria me traz a terna sensação
E me reporta às lembranças de dantes
Me traz ânimo ao acanhado coração
E paz como nos tempos já distantes.

Em meio à chuva paira o vento suave
E borbulham  meus ânimos fogosos
E eu espero pela mão que me afague.

E, enquanto as nossas almas pecam
Os pecados mais lascivos, deliciosos
Me perco em teus lábios que vicejam.

Euclides Riquetti

Azul é o mar

 


 







Azul é o mar
Dos pensamentos leves e  morenos
Dos olhos pequenos
Que me fazem sonhar
Porque o céu é azul
E azul é o mar!

Desfilam na orla
Os corpos sensuais
Correndo em si as almas
Que me confortam
Porque os corpos tais
Se banham e se queimam na orla!

Pecam-se em pecados os pensamentos
Que sobrevoam as ondas
E se perdem com o vento
E a água na vastidão da planície
É tudo como se tu existisses
Em todos os lugares do firmamento...

Porque azul é o mar!

Euclides Riquetti

O nada... o amor sem fim!

 


 


 





O nada

Que se contrapõe ao tudo

O ócio

Da depressão o entrudo

O papel em branco

Sem lápis

Sem caneta

Como água sem rio

(Um grande e solitário vazio)

Sem valeta!


O não ter

O tudo faltar

A noiva sem altar

A casa sem goivos

A noiva sem noivo

O velho que não teve o novo

O novo envelhecido pelo tempo

Impuro

Prematuro!


O básico que falta

O silêncio do ostracismo

A vilania do consumismo

O poema sem rimas

A pobreza literária

A agonia primária

As confissões íntimas...


O cãozinho adestrado

Obediente

Inteligente

Educado.

O cabelo bem arrumado

As unhas aparadas

Delicadamente pintadas

Os sonhos sonhados

Os desejos frustrados

Abortados.


A vida é o movimento

O branco das nuvens intensas

Densas.

O azul do firmamento

O vão e frágil sentimento

A saudade

A reciprocidade

A flor sem jardim

O amor sem fim!


E eu, pensando em você:

Bem assim!


Euclides Riquetti

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Aquele céu de final de tarde

 


 






Aquele céu de final de tarde é encantador
Tão belo como nosso amanhecer colorido
Parece um Deus  no firmamento esculpido
Ou desenhado com pinceladas de amor...

O céu de final de tarde do sábado de inverno
Até parecia ser de o de uma plena  primavera
Parece até aquele poema que eu lhe dissera
Parece  ser a descrição do pensamento eterno...

O céu,  que foi colorido pela mão Divina
Me transporta pela vastidão universal
Até sua alma que me encanta e que me anima.

É o nosso céu, céu de nosso mais belo sonho
Algo que nos aproxima, algo sem igual
É a descrição do amor em seu rosto risonho....

Euclides Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com 

Um galo canta...

 



Resultado de imagem para imagem de galo cantando

Um galo canta...

Na vizinhança
Um galo canta...
Quem sabe empoleirado
Num galho quebrado
Que balança.

Na madrugada
Com a voz bem afinada
Canta um velho galo...
Canta para nos acordar
Para irmos trabalhar
Canta aquele galo.

Depois silencia
Pois crianças dormiam
Não queriam ser perturbadas
Nem incomodadas
Pelo barulho do canto
Do galo vigilante!

E, sempre que o galo canta
Na madrugada santa
Eu rezo com  devoção
Enquanto tomo meu chimarrão
Para que nosso novo dia
Venha cheio de paz... e alegria!

Euclides Riquetti

Falei que era sem graça. Obrigado por tê-lo lido!
Grande e carinhoso abraço.

Gotas de cristal

 


 


Resultado de imagem para imagem lágrimas rosto mulher


As lágrimas que rolam pelo seu rosto se transformam em pequenos cristais
Que, ao encontrarem as minhas, fundem seu brilho prateado
Enquanto seus lábios róseos, macios e adocicados
Desejam acariciar os meus ainda mais.

As lágrimas que brotam de seu ser carregam  seivas densas de emoções
Que, ao contato com as minhas, ensejam ternos sentimentos
Enquanto reúnem os mais puros e tênues elementos
Que se misturam às mais frágeis emoções.

O cálice do amor recolhe as lágrimas santas, já santificadas
Na realeza de seus olhos de azul mar
Que se tornam esmeraldas brancas e  cristalizadas.

E eu me faço e desfaço em lágrimas de desejos
Deleitando-me em seu choro e seu sonhar
Oferecendo-lhe meus abraços e meus beijos.

Euclides Riquetti