sábado, 29 de agosto de 2020

Sinto em ti , o sabor da uva madura





Sinto, em ti, o sabor da uva madura
Há, em ti, a energia do sol dourado
A força que brota do vinho tinto
A destreza de um animal alado
Um anjo de docilidade e formosura.

Sinto, em ti, o calor das areias do deserto
A calmaria da nuvem embranquecida
O perfume do lençol bem limpo
O aroma da baunilha  amarelecida
E o frescor do intenso vento do inverno.

Vejo, em ti, a agilidade de uma andorinha
A singeleza e a esperteza de uma criança
A beleza e a realeza da princesinha.

Então...
Reúno todos os teus predicativos
Os teus sabores e a tua energia
As qualidades, todas em harmonia
Todos os melhores dos adjetivos
Para te dizer, com toda a alegria
Que me inspiras no meu dia a dia!

Euclides Riquetti
29-09-2015

A Democracia Contestada


Como as democracias morrem': um novo jeito de implantar ditaduras no século  XXI - _comciência



       Muito mais pessoas do que possamos imaginar não estão nem aí pra democracia. Mais de metade dos eleitores brasileiros, segundo pesquisas, pouco se importam com ela e dizem que têm motivos para acreditar que a sociedade possa viver melhor sem ela. Diante de tantas barbaridades que costumam ver e de negociatas para que políticos se garantam no Poder, isso se torna compreensível.
     Um instituto de pesquisas brasileiro classifica os democratas como “sólidos” ou “instrumentais”. Os democratas instrumentais existem há muito tempo, não é coisa de agora. Ora, em tempos de pandemia, boa parte destes acham que os executivos devem, inclusive, passar por cima de leis e normas para resolver os problemas causados pela pandemia do novo coronavírus, ou em momentos de outras crises.  Mais de 80% de um grupo pesquisado se enquadra no de “democratas instrumentais” e cerca de 12% se consideram “democratas sólidos”, aqueles que creem na “democracia acima de tudo”. Os instrumentais querem viver num Estado prático e flexível. Nesse contexto, os chefes de executivo, em todos os níveis, foram eleitos para resolver os problemas da população e devem fazê-lo, nem que tenham que sobrepor-se às leis.
       Mas nem só de democracia e política vivem os homens e as mulheres. Há coisas muito importantes que precisam ser preservadas, como ter emprego e renda, gozar de boa saúde, ter comida à mesa, poder andar nas ruas seguro e  e ter acesso aos estudos. Então, o cidadão comum, aquele que precisa labutar, diariamente, para poder ter satisfeitas as suas necessidades básicas, tem um pensamento próprio e engana-se quem pensa que as pessoas simples são “teleguiadas” ou mesmo alienadas. Bem que as mulheres, que têm opinião muito clara sobre os assuntos e que têm uma biografia respeitável, podiam ir para o embate eleitoral e começar a ocupar um espaço maior, proporcional ao número de eleitoras cadastradas. Seria bom para a política que as mulheres conquistassem mais postos no Executivo e no Legislativo.
       No momento, enquanto se discute o que é melhor para nos prevenirmos contra a Covid 19, o contrabando continua em alta, o comércio de drogas idem, e os feminicídios acontecendo. As agressões contra a mulher podem ser em número bem maior do que mostram as estatísticas oficiais. E, vergonhosamente, muitos gestores da saúde, inescrupulosos, continuam tirando do dinheiro sagrado que deveria ser bem aplicado na saúde das pessoas.
       Enquanto isso, nos municípios, os acertos e desacertos nas coligações para o executivo municipal vão acontecendo. Há, sempre, um jogo de interesses na pauta, há quem detenha votos e se coloca como cabo eleitoral. Como não há mais a possibilidade de coligações para o Legislativo Municipal, os partidos que não tiverem um time razoável (não em quantidade de candidatos, mas sim em número de votos), acabarão por não elegerem nenhum vereador. Também, por ser uma eleição atípica em virtude da ocorrência da pandemia do novo coronavírus, o acesso do candidato ao eleitor também será limitado. Isso favorecerá quem já é muito conhecido e contará a maneira como será o seu contato com o que vota.
      Mantive contato com políticos de algumas cidades e o pensamento  deles continua o mesmo que vem pautando as eleições há algumas décadas. Chovem candidatos ao cargo de prefeito, em partidos que se apresentam como alternativa aos tradicionais MDB, PP, PT, PSDB, DEM/PSD. Neste pleito, seria o momento de os partidos mais fortes elegerem um bom número de representantes  nas câmaras municipais, mas, diante do quadro atual, tudo é muito imprevisível. Dado o quadro atual, um mesmo partido que venha a eleger 3 vereadores numa câmara com nove cadeiras, é uma demonstração de muita força política.
Euclides Riquetti – Escritor – 

Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - 28-08-2020

Um poema de amor e paz

Mulher campo florido Fotografias de Banco de Imagens, Imagens Livres de  Direitos Autorais Mulher campo florido - Página 2 | Depositphotos®


Estou te escrevendo este poema
Faço o que todo o poeta faz
És uma flor roubando a cena
Em meu soneto de amor e paz.

Um poema de muita alegria
Um sonho de cor e sedução
Pinto o cenário que um dia
Deu-me à luz muita paixão.

Descrevo flores e perfumes
Com seus mais finos odores
Teus olhos são os meus lumes
Desenho-os em multicores.

Nada há que mais  me envolva
Não  há nada que me apraz
Nada há mais  que me revolva
Do que um poema de amor e paz!

Euclides Riquetti

Revisitando o Deus Negro


          Não sei o porquê de hoje ter-me voltado à década de 1970, uma das mais produtivas de minha vida. Mas algo me impeliu a retornar a ela e, por conseguinte, relembrar de como era a vida dos jovens. Eu queria estudar, fazer uma carreira, construir uma vida digna, ter confortos que não tive antes, "ser alguém". E então  lembrei-me de pessoas que me apoiaram, me ajudaram... e também dos que me jogavam na vala da "ninguenzada".

           Quanta coisa contabilizei naquela década: Fiz 18 anos, terminei o curso de Técnico em Contabilidade, passei no vestibular, mudei de cidade, de estado, de trabalho, badalei muito, namorei,  terminei meu curso de Letras/Inglês, casei-me, tirei carteira de motorista, comprei meu primeiro carro, fiz concurso para professor, fiz minha casa, tive duas filhas, gêmeas. Ah, e escrevi algumas poesias que acabei jogando no lixo. Como gostaria de reavê-las! Apenas duas salvei, porque foram publicadas num livro, em União da Vitória e me restaram "Tu" e "Uma Oração para Você", esta muito significativa, que compus no verdor de meus 20 anos...

          Naquela década,  usávamos cabelos compridos, calças boca-de-sino e mais adiante pantalonas, camisa xadrez ou com estampas florais,  meias vermelhas, perfume Lancaster ou Pretty Peach. E, quem conseguia obter,  calça Lee ou Levi´s importada, indigo-blue. Era bacana ter jaquetas Lee ou então verde-oliva, a cor do Exército Brasileiro. Comprávamos distintivos "US Army" ou "Marinner", que aplicávamos nos ombros das jaquetas,  e isso era marca de prestígio perante a galera. Alguns conseguiam umas camisetas de malha de algodão que tinham a inscrição: "University of Californy" ou "Columbus University". Isso significava sucesso garantido.

          E as mulheres? Bem, a maioria delas também usava roupas assim, unissex. E a minissaia dos anos 1960 e as saint tropez  acabaram  substiuídas  por shorts curtos, aquelas meias "cabaret" e botas de cano médio ou longo. E, a partir de 72,  aquela onda de, no inverno, usar blusa de tricô e meia da mesma lã e das mesmas cores.

          Nos cinemas Guiliano Gemma fazia o Ringo derreter os corações das mulheres e as múscas italianas e  francesas que vinham nos compactos simples ou duplos e nos long-pays imperavam nas rádios.  A onda "inglês" veio meio junto, com  "The Beatles" em seu rock.

          Mas a grande onda da década veio por conta de uma ofensiva da Igreja Católica no sentido de mobilizar as novas lideranças jovens e reanimar as já maduras para suas lides religiosas.  Começaram com o cursíhos, obra iniciada na Espanha bem antes do que no Brasil.  Nunca participei de um, mas muitos amigos meus fizeram parte de ações cursilhistas. Jovens que optaram por deixar o seminário passaram a atuar como professores ou engajando-se nas atividades da Igreja. Inteligentes e com boa formação,  eram bons exemplos a serem seguidos.

         Foi nessa época que o corumbaense que foi para São Paulo aos 16 anos, Neimar de Barros, deixou o trabalho de junto à TV do Sílvio Santos, onde dirigiu os programas "Cidade Contra Cidade" e "Boa Noite Cinderela" e converteu-se de ateu para Católico Apostólico Romano. Tornou-se escritor poeta e pensador,  e passou a ter forte liderança dento da Igraja Católica. Visitou mais de 4.000 comunidades religiosas e vendeu mais de 4 milhões de exemplares de seus mais de 10 livros que escreveu nas línguas portuguesa e espanhola.

          Em 77, quando eu me iniciava efetivamente no Magistério Catarinense, na Comunidade de Duas Pontes, hoje município de Zortéa, em Santa Catarina, a moda  era ler "Deus Negro", de Neimar de Barros. Logo depois surgiram outros livros dele e o que mais chamava  atenção era "O Diabo é Cor-de-rosa". Todos liam, recomendavam, iam passando adiante a idologia, o pensamento do convertido autor. E, em seu rastro,  também vinha o Artur Miranda, que conheci lá na Casa Paroquial de Capinzal.
          Em 1986 Barros concedeu uma entrevista à Revista Veja que fez grandes estrondos nos meios religiosos brasileiros. Declarou que estava infiltrado na Igreja a serviço da maçonaria ( o que nunca foi comprovado, acho que foi invencionismo dele), que estava descobrindo os podres da mesma e disposto a revelá-los para o mundo. E declinou diversas "vergonhas" que estariam acontecendo nos meios eclesiásticos. A repercussão foi das piores.

         Eu tinha lido justamente os dois livros que mencionei, entrei na onda da época, era imaturo, não tinha propriedade sobre minha opinião ainda. Fiquei muito revoltado com ele e mesmo os comentários que li sobre ele, oriundos de seus admiradores internautas, não me fizeram mudar em relação ao péssimo conceito que formei a seu respeito. Acho que ele foi ou oportunista, ganhando muito dinheiro e se promovendo em cima da de nossa Fé, ou  um baita enganado,  que usou de meios pouco legítimos para atingir  seus nebulosos objetivos.

          Acho que de bom alguma coisa restou nessa história:  muitos jovens, na época, foram surgindo como lideranças nas cidades, alguns que se conheceram nesses encontros até constituíram família, tornaram-se importantes gestores públicos e privados, emprendedores, educadores. Enfim, essa geração teenager que tornou-se adulta  naquela década, deixou filhos com elevado nível de formação pessoal e intelectual que estão espalhados pelo Brasil e pelo mundo,  fazendo sua parte no contexto de nossa história.

          No ano passado, dia 06 de maio, bastante debilitado em função do Alzaimer de que estava acometido, Neimar de Barros veio a falecer. Sua morte passou em branco. Não pela doença, mas por ter sido rejeitado pelos eus fãs em razão da falta de coerência entre o que pregou e o que deixou de concreto como exemplo. Caiu no ostracismo e os brasileiros o esqueceram. Só lembram de seu nome os pré-idosos que viveram em seu tempo. Os outros, só conhecem o Neymar que joga no Santos, baita craque de bola!

Euclides Riquetti
27-02-2013
         

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

É nossa toda a imensidão




 

É nossa toda essa imensidão
É nosso o vento que acaricia minha pele
É nossa toda essa imensidão
É nosso o luar que prateia a madrugada
É nossa toda essa imensidão
É nosso o poema que a alma concebe
É nossa toda essa imensidão
É nosso o canto, sinfonia da passarada.

É nosso o infinito do céu matizado
E também são as cores do arco-íris
É nosso o desenho da planta, articulado
E também o sorriso dos rostos felizes.

É nosso esse mundo de verde, de azul, de infinito
É nosso o frescor no dia que amanhece
É nosso esse vale encantado, bonito
É nosso o sonho que a alma aquece...

São nossos a alma, o sonho, o sorriso
É meu, muito meu, o prazer de estar contigo!
 
Euclides Riquetti

Nego Joe (Antonio Carlos Andrioni Souza) conterrâneo em "Flor do Caribe"

Blog do Riquetti: Nego Joe (Antonio Carlos Andrioni Souza) conterrâneo em  Novela da Globo

Nego Joe, o Neguinho do Dario (de Souza) e da Bete (Andrioni), junto com amigos e Neymar Júnior, em Irapema - SC - onde reside


Na segunda-feira, 31 de agosto,  no horário das 18 horas, a TV Globo iniciará a reprise da novela Flor do Caribe. Uma das canções da trilha da novela tem como título "Primeiro Raio de Sol" da Banda nego Joe, do conterrâneo Antônio Carlos Andrioni de Souza, o Nego! Então, estou reprisando uma crônica que escrevi em março de 2013: 
          "Quando, no dia 11 de março de 2013,   às 18 horas, a TV Globo brindar o público brasileiro com a novela "Flor do Caribe", dirigida pelo Jaime Monjardim, e você, durante a trama ouvir a canção que diz "Quando o primeiro raio de sol/Encontrar o teu sorriso/Vai perceber que os seus olhos são/As janelas do paraíso!",  capinzalenses e ourenses terão muito a comemorar. É que a canção "Primeiro Raio de Sol",  interpretada pela banda catarinense  Nego Joe, liderada pelo vocalista e compositor Antônio Carlos Andrioni de Souza - o Nego, foi incluída na trilha daquela novela.

           Antônio Carlos,  o Nego como é chamado pelos amigos e familiares, filho do Dario "Nilson Dias" Pereira de Souza, e da Beth Andrioni, nasceu em Capinzal e passou sua infância em Ouro. Seu pai tocava em "Os Invencíveis" e, como diz o professor Sérgio Durigon, "o Nego Dario segura a barra de qualquer banda". A Beth costumava acompanhar o marido nos bailes em que tocava e,  desde pequeno,  o Nego acompanhou o pai. Nego ganhou prêmios em Lacerdópolis e Ouro, depois passou a ter conquistas regularmente nos festivais do meio Oeste Catarinense. Na época era aluno de nossa Escola Estadual Prefeito Sílvio Santos. Era aplicado, estudioso. As meninas achavam ele bonitinho, uma gracinha!

         Gostava muito de jogar futebol, treinando nas bases do Arabutã  Futebol Clube e no Ginásio André Colombo. Acompanhava o pai nos treinos e jogos, especialmente nas tardes de sábado. Formávamos com o Dario a dupla do lado direito, ele na ponta e eu na lateral dos veteranos.  Agora é mais chique dizer "master".  Foi apelidado de Nilson Dias porque era muito parecido com o atacante do Botafogo do Rio que tinha esse nome.E tinha o cabelo "black-power" igualzinho a este. E, na nossa cidade, apelido pegava mesmo, eu que o diga. Uma vez fomos jogar na terra dele, Água Doce. Não sei se jogamos bem, mas compramos maçãs num depósito que havia ao lado do campo a "preço módico". E a torcida pegava no pé dele porque estava lá jogando contra sua cidade. Ele apenas sorria. Como ele não reclamava de nada, quando o time ia mal o treinador descontava em cima dele. Sabia que o rapaz era educado e ficava quietinho. Pai e filho foram meus alunos.
          Talentoso, o Nego não apenas herdou do pai o gosto e o conhecimento refinado sobre a música. Herdou dos pais a sua maneira dócil e educada de ser.

          Radicado em Balneário Camboriú, fundou sua banda em 2004 e veio crescendo sistematicamente. Fez várias aberturas para shows de renomadas bandas brasileiras, inclusive em edições do Planeta Atlântida, o maior evento musical do verão  em SC e no RS. Em 2006, com  sua "Canção da Paz", venceu o FEMIC catarinense. Na época nós os trouxemos para a cidade para um show. Esbanjou simpatia e animação. Em 2012 teve participação na novelinha Malhação, da Globo,  com "Give me Love".

Nego Joe apresenta-se dia 28 de abril em Caxias - Pioneiro

          Agora, a Banda que faz sucesso nas redes sociais e em eventos do Sul do Brasil, amplia grandemente seu raio de atuação. E nós vamos ficar torcendo para que o Nego e seus companheiros faça muito sucesso. De música eles conhecem muito. São bastante responsáveis e profissionais, o que lhes dá credibilidade e abertura de espaços. A letra da canção é formidável. Muito apropriada para tematizar um par romântico. Parabéns, Nilson Dias e Bete, pelo filho que vocês têm!"

          Abraços e Boa Sorte, Nego!

Euclides Riquetti
março/2013

Quero ser o poema perfumado


Quero ser o poema perfumado que você devora
A rima preferida que me abandonou
O soneto alexandrino que se foi embora
A alça da blusinha que a gente rasgou...

Quero ser o poema inspirado que você deseja
Ou a canção romântica que você cantava
Que escrevo e apago antes que você o veja
Ou as toalhas enroladas que você guardava...

Quero ser o sonho doce  que nós dividimos
A ousadia vivida, o perigo iminente
Não quero acreditar que nós  desistimos
Que lutamos muito, mas não o suficiente.

Quero ser o futuro que sorri muito contente
Que ri do passado sem lógica ou explicação
Quero ser o reencontro que volta neste presente
Que me embala no sonho das notas de sua canção.

Euclides Riquetti

Silêncio no Asfalto - soneto undecassílabo









Euclides Riquetti recebendo premiação das mãos de Jucelino Ferraz, Prefeito em Exercício de Joaçaba, pelo primeiro lugar no "Concurso de Poesias Dr. Miguel Russoswsky", em 20-12-2018, por obter  Primeiro Lugar na categoria Soneto. O concurso foi promovido pela Gerência  da "Casa da Cultura Rogério Sganzerla" 



Silêncio no asfalto


O asfalto liso, azul-cinza matizado
É palco de nostalgias e de dilemas
O asfalto que tem o brilho prateado
É canteiro de meus prantos e poemas.

O asfalto escuro vai perdido na curva
Onde morre o sonho e vagam os atritos
Coração dilacerado em alma turva
Na sentida dor, abalos e conflitos.

O asfalto inóspito se alonga na vista
Duas faixas douradas decoram a pista
No desafio sutil, terno e sedutor.

É um instigar e uma dúvida presente
Tétrico palco da tragédia iminente:
Calou-se a voz do poeta sonhador...



Euclides Riquetti

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Reze por mim que eu rezo por ti



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Reze por mim que eu rezo por ti
Rezo pela Nossa Senhora de Guadalupe
Rezo na Capela que temos aqui
E peço a Deus que sempre me desculpe.

Peço, em todas as minhas orações
Proteção por toda a nossa família
Peço aos santos de minhas devoções
Que nos guardem em suas vigílias.

Peço forças para nossas fragilidades
Que dê nos dê alento nas aflições
Que, com toda a sua  generosidade
Nos proteja contra as perdições.

Reze por mim que eu rezo por ti
Peço a proteção do Senhor Bom Jesus
Para que te faça muito, muito feliz
Ele que teus passos guia e conduz.

Tu me cantas uma canção... e eu te componho um poema!







Na noite da escuridão
Entre o conflito e o dilema
Tu me cantas uma canção
E eu te componho um poema...

Na noite do luar escondido
Em que a prateada se deleta
Sonharei o amor bandido
Na madrugada discreta...

Na noite do sonho da espera
Contarei as horas passando
A mesma alma que te quisera
Te quisera ver voltando...

Rezarei por ti nos meus sonhos
E em todos os meus devaneios
Quero rever teus olhos risonhos
Poder abraçar teu corpo inteiro!

Euclides Riquetti

Coloque sua alma dentro de meu coração







Coloque sua alma dentro do meu coração
Levemente
Suavemente
Sutilmente...

Feche seus olhos e apenas me abrace
Gentilmente
Carinhosamente
Firmemente...

Traga seus lábios vermelhos para junto dos meus
E me beije
Deliciosamente
Perdidamente
Amadamente...

Apenas porque
O lugar de sua alma é estar em mim
O lugar de meus lábios é estarem em você
Juntos de novo... sempre...bem assim!


Euclides Riquetti

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Não tente compreender o Universo




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Não tente compreender o Universo
Com toda a sua imensidão e infinitude
Pois não  há como saber o que há além
Se nem sequer entendemos também
O que nos dizem os brancos versos
Que componho na noite de negritude.

Não tente entender o incompreensível
Nem imaginar o que for inimaginável
Pois há coisas que fogem de seu alcance
Não há perdão se não houver uma chance
Nem o novo se tudo parecer impossível
Então me entregue seu coração afável!

Não deixe que o seu tempo passe célere
Não perca os seus anos, os meses e dias
Busque viver a sua vida intensamente
Liberte seu corpo, sua alma e sua mente
Usufrua de tudo o que a vida lhe confere
Viva cada instante com paixão e alegria!

Euclides Riquetti

Falam os anjos

Página Inicial Bebe Anjo Flores

Falam os anjos alados e celestiais
Saúdam as gentes com as gentilezas
Tecem vestes de linho para a nobreza
Mais do que merecem todos os mortais
Quando te componho este poema...

Nos versos dos poemas declamados
Trêmula, minha voz vai te encantar
Vai sobrevoando a terra e o verde mar
Subindo os montes de topo azulado
Procurando teu corpo para abraçar
Batendo em teus lábios adocicados
Olhando nos teus olhos abençoados!

Fogem meus olhos em busca dos teus
Soam os sinos na tarde ensolarada
Matizadas flores colhes na jornada...
Vão os anjos levar-te os beijos meus
Tantas tardes azuis no céu encantadas
Quantas vezes me permitir meu Deus.

Euclides Riquetti
26-08-2020

O Caminhão Azul do Nono Savaris


Homenagem póstuma a Silvino Savariz



        Conheci o Selvino Savaris e sua prole em 1977, quando ele morava no Pouso Alto, uma comunidade lindeira ao Rio Pelotas, então pertencente ao Município de Campos Novos, ali pra cima da Volta Grande. Foram vindo seus netos, a família foi crescendo e, no início da década de 1980, adquiriu propriedade no Bairro Parque e Jardim Ouro, em Ouro. Com dupla residência, com o passar dos anos, acabou ficando por ali, até o seu falecimento, que se deu recentemente.

       Nascido em 21 de dezembro de 1933, na comunidade conhecida como Caravággio Velho, no Distrito de Ouro (que antes fora Distrito de Abelardo Luz), pertencendo ao município de Cruzeiro (hoje Joaçaba), casou-se, na juventude, com Dona Amélia Bazzo, numa união muito feliz, da qual nasceram oito filhos, o Vítor Antônio (in memorian), Hilário, Aurora, Ivo, Iraci (in memorian), Dirceu, Célio e Oscar. Tornou-se uma forte liderança no âmbito do esporte, da religião católica e do cooperativismo agropecuário.

       As histórias com o Nono Savaris são muitas e algumas delas eu mesmo vivenciei. A primeira foi na época em que eu fui morar em Duas Pontes, hoje município de Zortéa, para lecionar Inglês e Português na Escola Básica Cipriano Rodrigues de Almeida, convidado que fui pela Diretora Vitória Leda Brancher Formighieri, esposa do compadre Aníbal. Eu jogava nos aspirantes do Grêmio Esportivo Lírio, tinha 24 anos e atuava como lateral direito. Me chamavam de Orlando, porque eu era cabeludo, cultivava razoável barba, era alto e magro, muito parecido com o Orlando, saudoso craque que jogou no Coritiba, no Grêmio e no Vasco. Orlando era companheiríssimo de Oberdan, que jogaram muito no Coritiba e no Grêmio, fechando as porteiras da defesa daqueles clubes. O Nono era gremista histórico e convicto. No Pouso Alto, organizaram um time de futebol, com titulares e aspirantes, construíram um campo de futebol... Nome do time: Grêmio do Pouso Alto, com camisa tricolor, em listras verticais, igualzinho ao de Porto Alegre.

       Fomos lá para jogar contra eles, nosso treinador era o  Pedro Raimundo Hilguert, conhecido comi Pedro Camomila, um dos melhores jogadores produzidos por Capinzal, ao final da década de 1960. Camomila me escalou na lateral direita e lá fomos nós... O jogo estava bem disputado e o Nono Savaris era o árbitro. Apitava do jeito que sabia e conseguia, mas era respeitado pelos jogadores e pela comunidade. Quando marcava uma falta, lá no meio do campo, e um jogador reclamava da marcação, ele dizia: "Foi falta, sim. Não reclame porque senão dou penalte contra voceis!". E os jogadores bem sabiam que ele era capaz de mudar o local da falta, levando para a marca do pênalti!

       O Nono Savaris tinha um caminhão azul, um Mercedes-Benz, modelo 1113, com caçamba basculante ou tombeira, com o qual transportava a areia que ele e seus filhos retiravam do Rio Pelotas e insumos agrícolas. Nas portas, havia um adesivo da Cooperzal, cooperativa à qual ele era associado.

       No início do segundo tempo, eu cometi uma falta dentro da área. Pensei: "Vou medir barreira e me postar, para ver o que acontece! Medi nove passos, chamei mais 4 colegas e formamos a barreira. O Nono olhou bem pra mim e autorizou a cobrança da penalidade com barreira. Disseram-me, depois, os colegas de bola, lá, que eu tinha a fama razoável de conhecer sobre o futebol e suas regras, pois quando eu morava em União da Vitória, eu acompanhava muito as atuações da AA Iguaçu nos campeonatos do Paraná, jogos contra Coritiba, Atlético, Colorado, Pinheiros, Londrina, Maringá, Pontagrossense, Cascavel e outros. Eu costumava falar dos jogadores que vi jogar, como o Orlando e o Oberdan, Krüger, Kosilek, Tião Abatiá, o Coutinho (companheiro de Pelé no Santos), Mengálvio, Picasso, Gainete, Aladin, Zé Roberto e tantos outros.

       Outro fato muito importante aconteceu em 1978, quando os padres missionários, dentre eles o Padre Gringo Mantovani (que era nativo  de Lacerdópolis), vieram para celebrar as missões na Capela de Zortéa e adjacências. Num evento final, a celebração foi na Capela de Santa Catarina, para onde afluíram moradores de toda a região, desde o Agudo até a Volta Grande. E os missionários costumavam pacificar as comunidades, inclusive acertar as pontas entre líderes das capelas. Pois o Nono chegou lá com seu caminhão Mercedes-Benz azul, carregado de gente. Alguns vieram em suas rurais, mas a grande maioria veio embarcada no caminhão. Quando os padres deram a oportunidade para os fieis se pronunciarem, o Nono levantou o braço, pediu a palavra e disse que ele não concordava que todo o dinheiro do dízimo da Capela do Pouso Alto fosse para a paróquia de São Paulo Apóstolo e para a Mitra Diocesana de Joaçaba. Ele dizia que sua comunidade era pequena e que precisavam ficar com uma parte do dinheiro lá para ser investida e nas melhorias da capela local.

       Já na segunda metade da década de 1980 morava no Parque e jardim Ouro, em Ouro. O mesmo espírito comunitário que tinha em Pouso Alto também desenvolveu no seu Bairro. Os Savaris foram a maior influência à proliferação de torcedores do Grêmio no parque e Jardim Ouro. Muito apoiou o time de futebol do Parque e Jardim Ouro e o Grêmio do Bairro Alvorada. Seu caminhão, que  antigamente transportava areia, passou a servir para a entrega de lenha e os produtos da loja de materiais de construção dos filhos, a atual SAS Materiais de Construção, e lenha que cortava num picador ali na sua propriedade, onde se situou a garagem dos veículos deles.

       O Nono Savaris merece minha homenagem e o aplauso de nossa família, pois deixou uma descendência que sabe respeitar os outros, pessoal muito empreendedor e bem sucedido. Parabéns aos familiares por terem a alegria e o orgulho de serem filhos ou netos do Nono e da Amélia.

Euclides Riquetti
26-08-2020

Para ser feliz







Na vida, não há um futuro a se prever
Nem sempre nos contentamos com o que temos
Não queira nada além do que pode ter
O que é pra ser nosso, nós nunca perderemos...

Sermos felizes, vivermos contentes
Poder dar e receber muito amor
Contar com os que estão aqui presentes
Darmos à vida muita cor e sabor...

Para ser feliz, cuidar das coisas simplesmente
Dar valor a quem nos quer e a quem queremos
Oferecer carinho, segurar a mão fortemente
Presente e futuro risonhos é o que teremos.

A felicidade precisa da  busca incessante
Da harmonia tênue, do entendimento
De termos um coração alegre e cantante
Aplausos pra vida sem dor ou sofrimento!

Euclides Riquetti

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Os verdadeiros sentidos do amor



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Busque encontrar os verdadeiros sentidos do amor
Aqueles que nos fazem bem, nos animam
Aqueles que nossos passos conduzem e determinam
Fuja do que lhe faça sofrer, do que lhe traga dor...

Procure encontrar os verdadeiros motivos para a vida
E veja quanta beleza que ela pode nos oferecer
Que mesmo os momentos em que nos faltar o prazer
Ela precisa ser desfrutada e ser bem vivida...

Almeje encontrar aquele que lhe sorri e canta
Que lhe escreve poemas ou versos encantadores
Que, mesmo que não lhe mande maços de flores
Pensa em você desde a hora  em que se levanta...

Espere ficar com quem lhe quer verdadeiramente
Não às ilusões fúteis, frágeis ou passageiras
A mão estendida, o abraço, as palavras alvissareiras
De tudo você precisa para viver intensamente!

Euclides Riquetti

Quatro paredes



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Eu estou aqui, bem onde você está
E estarei sempre onde você estiver.
Eu estou aqui, sim, aqui neste lugar
E ficarei  presente, se você me quiser.

Sim, eu, você, nós e seu belo rosto
Com seu corpo feito de moça mulher
E eu fico com você, com muito gosto
Se você diz que me ama e me quer.

Aqui, nós dois, quatro paredes e nós
O romantismo que o ambiente requer
O prazer de estarmos juntos e sós
E as palavras doces que você disser.

Sim, apenas as quatro paredes brancas
Muito amor, romance, muita sedução
Palavras de carinho, sinceras e francas
E o pulsar do meu e do seu coração!

Euclides Riquetti

Triste...






Triste...
Porque a tristeza é melancólica
Real, não metafórica!

Triste..
Porque a tristeza existe!

Triste...
Porque mesmo a manhã ensolarada
Não foi suficiente
Para, na tarde acanhada
Ficar bem contente!

Triste...
Porque há um algo inexplicável
Que me detona, implacável
E me deixa triste
Porque você resiste...

Euclides RiquettiTriste

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Quando entardece


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Quando entardece
O sol vai-se logo embora
E pouco depois anoitece
Em menos de uma  hora.

Você não se esquece
E nem eu me esqueço
E isso sempre  acontece
Sem nenhum tropeço.

Você me conhece
Apenas um pouquinho
E quando amanhece
Eu penso com carinho.

O lembrar me aquece
Impulsiona meus instintos
E eu queria que soubesse
Tudo o que eu sinto:

Amor, vontade de amar
Flor: vontade de cheirar
Você: Vontade de beijar
E de nos perdermos no mar!

Euclides Riquetti
24-08-2020












Para cada mulher, uma flor


Resultado de imagem para foto mulher cheirando flor


Para cada mulher, uma flor
Para cada flor, um sorriso de mulher
Para as flores
De todas as cores
O sorriso que cada uma delas quer
E o meu para você
Se você também quiser.

Para seu rosto de finos traços
As carícias de minhas mãos
E muitos beijos e abraços...

Para os seus olhos brilhantes
Em tempos de muita emoção
Os encantos mais cativantes...

Para você, em especial
Um poema simples, talvez até banal
Mas um recado muito sincero
Uma mensagem bem legal
Pra lhe dizer que eu a quero
Pra não perdê-la jamais!

Euclides Riquetti

Abra seus olhos e sorria



Abra seus olhos e me sorria
Como se fosse pela primeira vez
Como se não fosse apenas mais um dia
Um dia de incertezas, um dia de um talvez...

Olhe nos meus olhos e me  dê o seu sorriso
Faça como você costuma fazer
Você sabe o quanto eu preciso
Amar, amar, e sentir prazer.

Sinta o que meus olhos têm a dizer
Na manha bonita ou na tarde ensolarada
Na noite misteriosa em que não consigo ver
Quando me acordo durante a madrugada.

Dê-me apenas o brilho do seu olhar
E me faça sorrir e ficar contente
Temos um longo caminho a trilhar
Mas vivamos felizes cada minuto presente!

Euclides Riquetti

domingo, 23 de agosto de 2020

Sobre te amar



 Praia, Nuvens, Casal, Escuro, Vestido, Menina, Luz


Sobre te amar, te amo
Sobre te querer, te quero
Sobre te esperar, te espero...

Sobre chorar, não choro
Sobre sofrer, não sofro
Sobre morrer, não morro...

Sobre sorrir, sorrio:
Sorrio com espontaneidade
Sorrio feliz, de verdade!

Sei viver a noite e o dia
Sei viver com muita alegria
Sei viver no claro, sem lama!

Sei viver sem dramas
Sem nenhuma tristeza
Te amar com a sutileza...

Te amar com energia
Te amar com vitalidade
Te amar e sentir saudades...

Te amar com nostalgia
Com toda a sinceridade
Te amar com amor...e lealdade!

Euclides Riquetti

Pesquisas de popularidade favorecem Governo e mostram o que se pensa sobre o Congresso e o STF

Brasília vira fotografia na Praça dos Três Poderes – Agência Brasília



       Pesquisas divulgadas por um instituto muito contestado pelos brasileiros, indicam aumento da popularidade do Presidente Jair Bolsonaro e queda da do Congresso Nacional e uma certa “estabilidade negativa” do STF, um amontoado de seres de toga que se acha acima de seus iguais, gente prepotente, que ganha muito bem, que nem precisou fazer concurso para chegar lá. Destes, além da perda da popularidade, cresce a sua rejeição pela sociedade brasileira. A pesquisa foi muito ampla em suas questões, embora o universo de pesquisados seja de uma amostragem pequena. Sobre a pesquisa, extraí de um sítio da internet o seguinte comentário, cujo autor é João Braga, desconhecido, mas que traduz bem o pensamento da maioria de nossos viventes:
       Com exceções, tradicionalmente o pior da sociedade vai para a política. Lá fazem leis que os beneficiam e se auto perpetuam no poder. Também indicam os juízes do supremo, não necessariamente juízes, mas semideuses que agem monocraticamente, e preferentemente ninguém incomoda ninguém. A isso chamam de Democracia. Quem quer que seja presidente tem que entrar na prática do toma cá, dá lá, pode ser Lula, ou Bolsonaro. E assim a banda toca...
      Concordo com ele, até porque iniciou com os termos “Com exceções”, e sabemos que há pessoas muito corretas na política, e que nem prosperam muito no ramo, porque quando conhecem os seus meandros, decepcionam-se e a abandonam. É melhor que cuidem de sua vida pessoal, de sua família, de sua profissão ou negócio, e que vivam com dignidade, sem se exporem a falas maliciosas, despudoradas e deselegantes, ditas em nome da “liberdade de expressão”. Os malandros, verdadeiros jundiás, conseguem sobreviver a tempestades e terremotos, viram profissionais, vão iludindo seus eleitores, detonando os dinheiros que deveriam ser usados em investimentos que melhorassem a vida dos brasileiros, os que trabalham, os que empreendem, os que transportam a produção, os que trabalham mesmo mais de 14 horas por dias em suas lavouras.
       Com relação aos tratos com o Congresso Nacional, infelizmente, quem não lhes entrega pelo menos “parte da alma”, não sai do chão. Foi assim com Lula e é com Bolsonaro. Dilma entregou pouco e de seu mal... FHC era afinado com eles e até hoje vive bajulado pelos mesmos e também por uma plêiade de jornalistas que são ligados a grupos de comunicação que mamaram nas tetas da viúva por décadas.   Vi que o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ficou preocupado com o aumento da popularidade do Presidente, vinda em razão de benefícios concedidos através do Auxílio de Emergência. Claro, boa parte dos parlamentares quer ter o governante “na mão”, prática que há muito vem ocorrendo tanto na Câmara como no Senado. Maia anda muito “zangadinho”, pois perdeu as rédeas para deputados que compunham o centrão...
       Está em discussão, também, a atuação de procurador Deltan Dallagnol e de Sérgio Moro na Lava Jato. É visto que, no afã de punir políticos e empresários, “encurtaram distâncias” nas ações investigativas, denunciativas e julgadoras. Mas aquela de terem canalizado dinheiro recuperado pelas operações em favor de uma fundação controlada pelos procuradores, é muito questionável. E, como diz o Senhor João Braga, que no contexto refere-se à precariedade da palavra Democracia, costumamos ver e ouvir sobre ameaças a ela, sempre palavras ditas por gente muito suspeita. Aliás, Rodrigo Maia e alguns ministros do STF recorrem ao termo insistentemente e frequentemente. Mas nem eles, entre si, conseguem entender-se!
       Enquanto isso, aqui em nossas cidades é preciso rodar muito para encontrar um lugar para estacionar um carro nas ruas centrais. É gente gastando dinheiro no comércio, são muitos caminhões nas estradas, ensejando a movimentação das nossas riquezas. É anunciada uma greve dos Correios. Tenho uma opinião bem clara sobre esse órgão autárquico que considero um verdadeiro lesmão: Não quero saber se ficará público ou privado, quero receber meus boletos em casa antes do vencimento.
Euclides Riquetti – Escritor 

Minha coluna no Jornal Cidadela = Joaçaba -SC
em 21-08-2020