Seguidamente, vejo-me a pensar sobre algumas coisas que
acontecem em nosso País. O grande teatro político montado em torno da tragédia
provocada pelo novo coronavírus me causa indignação e perplexidade. A
politização em cima de um assunto que preocupa a todos precisa ser repudiada e
não aplaudida. Seria possível conceder-se um troféu aos que têm algum poder nas mãos e
agem ou falam dos modos e merdas mais estapafúrdios possíveis com relação à
esperada vacina contra o vírus letal que já vitimou muitos conhecidos e amigos
meus. Tenho algumas dúvidas sobre os merecedores, mas vamos lá:
1.Ricardo Lewandowsky, um daqueles semideuses togados do STF.
Quer que o Ministério da Saúde divulgue o calendário da vacinação contra a
Covid 19. Trágico e cômico, querer o estabelecimento de datas se as vacinas nem
sequer foram aprovadas pela Anvisa. O Ministério da Saúde já lhe respondeu que
cinco dias após a aprovação da vacina pela Anvisa começará a distribuição. Já
há um plano de logística de forma que a vacina chegue aos estados e municípios.
Naturalmente que o Governo utilizará os
aviões da Fab e os veículos do Exército para fazer com que isso aconteça. De
minha parte, acho que o prazo é curto demais, pois depois da aprovação é que
começará a produção, e duvido que a capacidade de produzir seja acelerada.
2. João Dória, governador de São Paulo, que divulga a data do
início da vacinação e o Butantã, responsável pela sua produção no Brasil nem
sequer ainda solicitou oficialmente a autorização à Anvisa para produzir, o que
se dará após a aprovação. O gravatinha não perde a oportunidade de se promover,
pois deseja ser candidato a Presidente da República.
3. Jair Bolsonaro, Presidente da República, que quer que as
pessoas que forem vacinadas assinem um termo de responsabilidade antes de
receberem a vacina. Até compreendo a preocupação das autoridades federais de se
precaverem contra processos judiciais em casos de que as vacinas causem efeitos
colaterais, mas, sendo necessária a aprovação pela Anvisa para que possa ser
produzida, ou aprovada em caso de importação. Quem aceita disputar cargos e
toma posse, precisa saber que foi eleito para resolver os problemas, não para
criar dificuldades e embaraços à população e há riscos que precisam ser
corridos.
4. Jornalismo da TV Globo, incluindo a Globonews, de sua
propriedade. É vergonhoso o comportamento de seus jornalistas, incluindo
William Bonemer, vulgo Bonner, Maria Júlia Coutinho, Gerson Camarotti e outros
que se acham os tais. Parecem ser os donos da verdade e que estão acima de tudo
e de todos. Priorizam a ironia e a crítica, deixando de lado o caráter da
informação noticiosa. Repetem, exaustivamente, requentando, informações já
manjadas. O “fique em casa” mostrou-se ineficaz e não foi respeitado pela
população. Deveriam ter insistido, tanto eles como os comunicadores de outros
canais, nos cuidados e nas precauções que a população deveria ter. Em vez de
darem tanto espaço aos políticos, deveriam ter promovido maior debate entre os
profissionais que atuam na saúde, os infectologistas e os pesquisadores. A
crítica é livre, mas da maneira como fazem, e já fizeram com relação a Dilma e
Lula, causa asco. Deviam atentar mais às palhas que ficaram no rastro da
empresa para a qual trabalham...
5. Propagadores de falsas notícias pela internet. Escrevem,
maliciosamente, ou replicam informações que, além de em nada ajudarem, ainda
provocam comportamentos inadequados. Na semana passada, uma distinta senhora
aqui de Joaçaba falava às vizinhas que na UPA, em Herval d ´Oeste já havia
vacina contra a Covid 19... E havia quem acreditava ou fingia acreditar!
Enquanto a onda
se propaga, as pessoas adoecem ou morrem, e o mundo continua a girar.
Infelizmente, o contrabando e os roubos pipocam, as agressões dos fortões
contra as mulheres, que são fisicamente mais frágeis, continuam a acontecer, as
reuniões de jovens que buscam o lazer sem nenhuma preocupação em se proteger
também. E, agora, a doença migra dos locais públicos para o interior dos lares,
onde moram pessoas de grupos de risco, que são contagiadas por quem vem da rua.
E, pior do que tudo, continuam a acontecer acidentes nas noites, com jovens
tendo sua vida ceifada...infelizmente!
Na terça, 15, a
sexta turma do STJ, em Brasília, por unanimidade, absolveu o ex-Deputado João
Rodrigues do Processo que respondia pela aquisição de uma retroescavadeira, em
1999, quando era vice-prefeito de Pinhalzinho. Nas eleições de 2018, eleito
Deputado Federal, não foi diplomado porque era considerado condenado. Foi,
inclusive, preso. Conheço razoavelmente o caso e acho que a assessoria de João
Rodrigues pisou na bola, na época, não impedindo que tal aquisição fosse feita.
Agora, a unanimidade dos juízes da sexta turma do STJ o absolveu e ele vai ser
empossado, no dia 01 de janeiro, no cargo de Prefeito Municipal de Chapecó.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Depois do vírus nosso maior problema chama-se Jair Bolsonaro. Ele não não está nem aí para resolver os problemas do povo, quer mais que tudo se exploda.
ResponderExcluirEsperar o que dum sujeito que não desceu do palanque e continua a fazer campanha política ao invés de trabalhar.
O STF merece todas as críticas, pois, sua covardia e alinhamento ao golpe de 2016 são flagrantes, porém, dizer que Lewandosky tem agido mal é demais. Aliás, dá pena desse poder tendo que consertar, semana sim outra também, as loucuras desse aprendiz de genocida que nos irrita e envergonha a todos.
Faço minhas as palavras do coronel da reserva Marcelo Pimentel Jorge de Souza: "TENHO NOJO DA PESSOA QUE PRESIDE MEU PAÍS".