As eleições para
a escolha dos prefeitos e vereadores que comandarão ou legislarão nos
municípios brasileiros, ocorrida no domingo 06 de outubro, como das vezes
anteriores, traz aos candidatos não eleitos verdadeiros ensinamentos. Costumo
dizer que as derrotas nos ensinam bem mais do que as vitórias, em todos os
sentidos. As ocorridas no último domingo
não fugiram da regra e nos mostraram que, quem não se atualiza, não se elege.
E, dentre os atualizados, também haverá ganhadores e perdedores.
Ao contrário das
judicializadíssimas eleições em nível federal, nas locais não se usam termos
como “democracia”, a palavra tão maltratada, usada por pessoas que têm a mídia
na mão, mas que agem bem longe disso. Milhões são desperdiçados em mediações e
julgamentos de querelas insignificantes, mas que, devidamente impulsionadas,
nutrem encrencas e agiram a mente de milhões de pessoas. No pleito presente,
vimos barbaridades piores do que as dos tempos da UDN e do PSD, das vassouras e
das espadas, de Jânio Quadros e do Marechal Lot. Agora, a briga vem nas redes
socias.
Os jornalistas, ativistas políticos por sinal,
sem nunca terem disputado nem uma eleição de síndico de prédio sem elevador,
emitem opiniões infundadas, erram feio. Os institutos de pesquisa continuam
dando uma puxadinha para o candidato que lhes paga, mas procuram ser disputou
uma vaga de vereador, não se elegendo. longo da história, foram fadados ao
fracasso e ao desaparecimento, como o caso do Ibope, que nem mudando de nome
consegue sobreviver.
Os olhos e
ouvidos da maioria dos brasileiros se voltaram para a cidade de São Paulo, onde
três candidatos disputaram os votos com chances de irem para o segundo turno, o
atual prefeito Ricardo Nunes, pelo MDB; Guilherme Boulos, pelo PSOL, aliado ao
PT; e Pablo Marçal, do minúsculo PRTB, que não tinha nenhum segundo de tempo
em rádio e TV, mas que com grande habilidade e domínio nas redes sociais,
angariou 28% dos votos dos paulistanos e, por pouco, não se viu no segundo
turno. Marçal é um fenômeno político, como foram lá atrás Jânio Quadros,
depois Lula, mais recentemente Bolsonaro, e agora ele. Inteligentíssimo e
habilidoso na comunicação, um novo-rico que diz o que acha que deve para
atingir seus objetivos políticos. Suas estratégias precisam ser analisadas com
profundidade. Aquilo que ele fala, no intuito de obter votos e simpatias, é uma
outra questão. Cabe à Justiça, assegurado seu amplodireito de defesa, julgar
com imparcialidade os seus atos e suas falas.
Aprendendo muito
por aqui também – As eleições nos mostraram, por seus resultados, que as
pessoas querem mentes novas atuando. Os “Dinos”, aqueles que nunca leram a
história de José Waldomiro Silva,
tentaram e, respeitosamente, posso dizer que até passaram vergonha. Silva,
depois de ter sido prefeito de Joaçaba e deputado estadual, voltou aqui e não
conseguiu se eleger vereador. A história se repetiu em Joaçaba, com Harmindo Haro Neto (PSD); em Ouro, com Vítor Faccin (PT). Em Zortéa,
Paulo Franceschi. ex-Prefeito, ficou em terceiro lugar na busca por novo
mandato pelo PSDB.
Os prefeitos
eleitos das nossas cidades – Joaçaba elegeu o empresário e político Vilson
Sartori, tendo como vice o contador Jorge Dresch, um verdadeiro “Marco
Maciel”, o tipo de parceiro que representa muita segurança para qualquer
administrador púbico. Herval d´Oeste elegeu Ronaldo da Rosa, do PSDB, tendo
Gilmar Moraes, agropecuarista, como Vice. Ronaldo não se elegeu em 2020, mas
ficou à disposição da cidade para ajudar e não ficou fazendo futrica. O seu vice,
uma pessoa simples, mostrou ser um bom empreendedor rural e cidadão bem
intencionado. Em Luzerna, Juliano Schneider se reelegeu, com nossa amiga Tita
de vice. É uma nova geração de políticos que veio se firmando na vizinha
cidade. Tita é uma forte atuante nas lides comunitárias, inteligente e
carismática. As três cidades estarão em boas mãos.
Em sua
entrevista para a NSCTV, um dias após eleito, Sartori manifestou sua intenção
de Governar para Todos os Joaçabenses, e não poderia ser diferentes. Terá
muitos desafios, ele bem sabe disso. A Saúde precisa de um “sacode” geral, que
abrange inclusive alguns Planos de Saúde. Precisamos de um secretário ou
secretária ágil, que conheça a área, tenha boa capacidade de gestão e saiba lidar com os profissionais. A mobilidade
urbana precisa de intervenções severas, projetos ousados e inteligentes, em ações
que custam dinheiro, mas que devem ser buscados em Brasília e em Florianópolis.
E cabe ao Governador Jorginho Mello fazer com que o projeto do contorno viário ande com celeridade. Nossas
cidades precisam disso, é coisa séria e não pode ser objeto apenas de narrativa
política.
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