sexta-feira, 20 de setembro de 2024

As andorinhas da noite (soneto)

 


 


As andorinhas da noite

Voam, silenciosas, na noite, as andorinhas
Como a que não querer que as vejamos
Abanam suas asas pequeninhas
Que as sustentam em seus voos calmos e planos.

Voam, silenciosas, sobre os telhados
Sobre os quartos onde dormem as crianças
Vagam  diante das janelas de vidros espelhados
Tímidas em seus voares e em suas andanças.

Voam, silenciosas,  as andorinhas singelas
Voam com a delicadeza e a sua sutilidade
Sobre as casas verdes, brancas e amarelas.

E seu voo é como o dos anjos protetores
Que cuidam dos lares, das praças, e da cidade
Vigiando tudo, nos céus dos esplendores.

Euclides Riquetti

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