Não nos
esqueçamos de que a facilidade de hoje pode tornar-se a dificuldade de amanhã. Distribuir
é fácil, desde que não seja com o dinheiro da gente. Querer ser popular com
benesses é perigoso.. Então, olho na política!
As eleições em
nível estadual e federal estão a 20 meses de nós. Mas as ações visando à
obtenção de votos já estão em curso faz tempo. O raciocínio da classe política
não é o mesmo que tem o cidadão comum, o eleitor que sempre espera por dias
melhores, que trabalha muito, paga impostos e sustenta quem não trabalha, ou
trabalha muito pouco. .
Há oito anos, (e
parece que isso foi ontem), o Presidente Michel Temer protagonizava ações que
lhe conferiam uma alta rejeição por propor a votação de uma reforma
previdenciária. E, no pacote, uma reforma das leis trabalhistas. No ano
passado, muito se falou em redução da jornada de trabalho semanal para o
trabalhador celetista. O funcionalismo público, dentre seus muitos privilégios,
de uma forma ou de outra, já trabalha menos horas que os outros trabalhadores,
além de, pelo argumento de economia de energia, água e material de limpeza e suprimentos,
trabalhar um turno único, de seis horas, goza de privilégios ao menos dois
meses por ano.
Agora, já há
cientistas políticos, economistas, administradores e alguns políticos falando
que a Previdência Social precisará de nova reforma... E, quando a fumaça
campeia, pode ter certeza de que atrás dela já tem fogo.
Mas tudo poderia
ser facilitado se, em vez de demagogia, se tratassem os brasileiros por igual, acabando
com privilégios. E, quanto maior o nível hierárquico, maiores as despesas com
salários, mais déficit, mais risco para as finanças do País, estados e
municípios. Mas essa possibilidade pouco de vislumbra.
Alguns poucos
administradores de municípios já estão agindo para proteger suas cidades, as
empresas e, por consequência, os cidadãos. Estão propondo limites para a
concessão do bolsa família e outros benefícios. Sejamos francos: Precisam de
ajuda os velhos, os doentes, os portadores de alguma deficiência em ralação aos
outros seres, e as crianças nascidas em lares pouco protegidos.
A realidade é
que as empresas precisam de gente para trabalhar e não encontram. Muitos
preferem ficar na informalidade, para continuar recebendo algumas bolsas ou
vales, do que a garantia do registro em
sua carteira de trabalho. Reduzir a distribuição de dinheiro “de graça”,
incentivando a formalização, mesmo que em categoria “autônomo”, elevaria a
arrecadação da Previdência Social. Se nada acontecer, logo daqui a dois anos
estaremos vendo a falação ( e não falácia), de que as despesas com aposentados
estão altas e que alguma coisa precisa ser feita. Aguardemos!
Na Capital Catarinense do Carnaval – A propaganda de nosso carnaval propala que nosso carnaval é o mais seguro de todos. Concordo! Em tempos de carnaval, costumamos ver forte continente policial nas ruas de Joaçaba, principalmente para ordenar o trânsito, que fica sob uma outra configuração. Nosso carnaval tem alto nível, sempre teve líderes que conseguem colocar as escolas na rua.
Administrar uma
escola de samba é uma tarefa penosa, mas prazenteira. Ainda defendo, e sempre
defenderei, que tenhamos um sambódromo,
uma vila cultural, social e esportiva. Uma área extensa, com boa compleição
geográfica, quem sabe até um novo bairro. Investimento de uma forma e muito
desenvolvimento de outra.
Chica Pelega,
nossa heroína – Francisca Roberta, nascida em Limeira em 1885, filha dos peões
caboclos Zinho e Chiquinha, vindos de uma estância do Rio Grande do Sul, foi
assassinada em fevereiro de 1914, por forças governistas, durante o turbulento
conflito denominado Guerra do Contestado. A valente cavaleira morreu antes de
completar 29 anos, era seguidora do Monge São João Maria. Há produções
literárias e em vídeos que falam de nossa guerreira. Teve o noivo e o pai
assassinados, salvou-se com sua mãe e tornou-se cuidadora e enfermeira de
velhos, crianças e feridos. A história dela é bonita e merece muito mais
registros.
José Waldomiro
Silva, Rogério Sganzerla, Francisca Roberta (a Chica Pelega), Doutor Aluar de
Oliveira Pinto, Doutor Miguel Russowsky, Carlinhos Fet e João Paulo Dantas, são personagens que merecem muito mais do que
lhes foi feito até agora. Frei Bruno está em processo de canonização. Frei
Edgar deus as bases para o desenvolvimento de nossa Joaçaba. Quem sabe, junto à
Cidade do Samba, se possam ter museu e monumentos que ajudem a preservar e
enaltecer a história desses e outros cidadãos.
Os amantes da
história e da cultura agradecem!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Publicado no Jornal Cidadela em
27-02-2025
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