sábado, 1 de março de 2025

Não podemos nos deixar cegar: o futuro é muito incerto!



       Não nos esqueçamos de que a facilidade de hoje pode tornar-se a dificuldade de amanhã. Distribuir é fácil, desde que não seja com o dinheiro da gente. Querer ser popular com benesses é perigoso.. Então, olho na política!

       As eleições em nível estadual e federal estão a 20 meses de nós. Mas as ações visando à obtenção de votos já estão em curso faz tempo. O raciocínio da classe política não é o mesmo que tem o cidadão comum, o eleitor que sempre espera por dias melhores, que trabalha muito, paga impostos e sustenta quem não trabalha, ou trabalha muito pouco. .

       Há oito anos, (e parece que isso foi ontem), o Presidente Michel Temer protagonizava ações que lhe conferiam uma alta rejeição por propor a votação de uma reforma previdenciária. E, no pacote, uma reforma das leis trabalhistas. No ano passado, muito se falou em redução da jornada de trabalho semanal para o trabalhador celetista. O funcionalismo público, dentre seus muitos privilégios, de uma forma ou de outra, já trabalha menos horas que os outros trabalhadores, além de, pelo argumento de economia de energia, água e material de limpeza e suprimentos, trabalhar um turno único, de seis horas, goza de privilégios ao menos dois meses por ano.

       Agora, já há cientistas políticos, economistas, administradores e alguns políticos falando que a Previdência Social precisará de nova reforma... E, quando a fumaça campeia, pode ter certeza de que atrás dela já tem fogo.

       Mas tudo poderia ser facilitado se, em vez de demagogia, se tratassem os brasileiros por igual, acabando com privilégios. E, quanto maior o nível hierárquico, maiores as despesas com salários, mais déficit, mais risco para as finanças do País, estados e municípios. Mas essa possibilidade pouco de vislumbra.

       Alguns poucos administradores de municípios já estão agindo para proteger suas cidades, as empresas e, por consequência, os cidadãos. Estão propondo limites para a concessão do bolsa família e outros benefícios. Sejamos francos: Precisam de ajuda os velhos, os doentes, os portadores de alguma deficiência em ralação aos outros seres, e as crianças nascidas em lares pouco protegidos.

       A realidade é que as empresas precisam de gente para trabalhar e não encontram. Muitos preferem ficar na informalidade, para continuar recebendo algumas bolsas ou vales, do que a garantia  do registro em sua carteira de trabalho. Reduzir a distribuição de dinheiro “de graça”, incentivando a formalização, mesmo que em categoria “autônomo”, elevaria a arrecadação da Previdência Social. Se nada acontecer, logo daqui a dois anos estaremos vendo a falação ( e não falácia), de que as despesas com aposentados estão altas e que alguma coisa precisa ser feita. Aguardemos!


       Na Capital Catarinense do Carnaval – A propaganda de nosso carnaval propala que nosso carnaval é o mais seguro de todos. Concordo! Em tempos de carnaval, costumamos ver forte continente policial nas ruas de Joaçaba, principalmente para ordenar o trânsito, que fica sob uma outra configuração. Nosso carnaval tem alto nível, sempre teve líderes que conseguem colocar as escolas na rua.

       Administrar uma escola de samba é uma tarefa penosa, mas prazenteira. Ainda defendo, e sempre defenderei,  que tenhamos um sambódromo, uma vila cultural, social e esportiva. Uma área extensa, com boa compleição geográfica, quem sabe até um novo bairro. Investimento de uma forma e muito desenvolvimento de outra.




       Chica Pelega, nossa heroína – Francisca Roberta, nascida em Limeira em 1885, filha dos peões caboclos Zinho e Chiquinha, vindos de uma estância do Rio Grande do Sul, foi assassinada em fevereiro de 1914, por forças governistas, durante o turbulento conflito denominado Guerra do Contestado. A valente cavaleira morreu antes de completar 29 anos, era seguidora do Monge São João Maria. Há produções literárias e em vídeos que falam de nossa guerreira. Teve o noivo e o pai assassinados, salvou-se com sua mãe e tornou-se cuidadora e enfermeira de velhos, crianças e feridos. A história dela é bonita e merece muito mais registros.

       José Waldomiro Silva, Rogério Sganzerla, Francisca Roberta (a Chica Pelega), Doutor Aluar de Oliveira Pinto, Doutor Miguel Russowsky, Carlinhos Fet e João Paulo Dantas,  são personagens que merecem muito mais do que lhes foi feito até agora. Frei Bruno está em processo de canonização. Frei Edgar deus as bases para o desenvolvimento de nossa Joaçaba. Quem sabe, junto à Cidade do Samba, se possam ter museu e monumentos que ajudem a preservar e enaltecer a história desses e outros cidadãos.

       Os amantes da história e da cultura agradecem!

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

Publicado no Jornal Cidadela em 

27-02-2025

      

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