Nas últimas tardes do outono
Nas últimas tardes do outono, chovia
E as plantinhas tímidas e rejuvenescidas
Cobriram com suas folhinhas os gramados
Ternos, verdes, delicados...
E você não entendia
Que as almas, como as flores renascidas
Já não se escondiam!
As chuvas do final do outono esperadas
Foram ansiosamente aguardadas
E vieram com toda a sua exuberância
Para saciar as sedes e recompor rios e lagos.
Vieram em cântaros de abundância
Correram pelos vales da verdejância
E molharam cidades e prados!
Abençoadas sejam nossas aguadas
As fontes, os poços e todos os açudes
As roças de todos os homens rudes
E todas as estâncias dos fazendeiros
As corredeiras dos piscosos rios lindeiros
A natureza em toda a sua magnitude
E as gotículas que descem pelo pessegueiro!
Que as águas dessas tardes e noites chuvosas
Lavem e levem embora nossos pecados
E que se dissipem as nuvens revoltosas.
Que volte-nos o sol, amanhã, de novo
E, com a proteção do Deus que aceito e louvo
Voltaremos a ter céu azul e branco nublado
E novas manhãs belas e esplendorosas!
Euclides Riquetti
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