segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Dia do Professor - o que mudou?


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Escrevi há três anos: Será que mudou ou está tudo igual?



          Mais uma vez chegamos ao "Dia do Professor". E então, comemorar o quê? Na condição de professor aposentado, tenho a comemorar a satisfação de ter contribuído para a formação de milhares de jovens dos ensinos fundamental e médio, os quais, em boa parte, deram sequência aos seus estudos  buscando graduação e, alguns, chegando a tornar-se mestres e  doutores.

          Sempre procurei ser um conselheiro de meus alunos, em todas as épocas. Eu me realizava vendo que eles buscavam algo mais, queriam o melhor para si mesmos. Sempre os incentivei a continuarem, da mesma fora que faço, hoje, com muitas pessoas com quem tenho relações de amizade e outras que surgem em meu caminho em razão de minhas atividades e de minhas andanças por aí.

          Sempre é bom lembrar que, se existem prefeitos, governadores, presidentes, é porque algum ser bem intencionado, algum dia, esteve a lhes passar conhecimentos e a educá-los. Assim vale para os médicos, os engenheiros, os advogados, os psicólogos, os administradores, enfermeiros, policiais, e todos os demais profissionais.

           A educação, por sua vez, tem sido o tema preferencial dos chavões nos discursos dos políticos. Falam nela, na segurança, na saúde. Mas o discurso está sempre muito longe da prática. Existe um Piso Nacional de Salários para os professores e o seu pagamento não é cumprido em muitos estados e municípios. Aqui em Santa Catarina, já estamos acostumados à enrolação dos políticos... Nosso Governador e nosso Secretário da Educação não nos deram nenhum reajuste salarial no decorrer de 2015. Atribuo isso à pouca vontade do Governador. Arranjaram um jeito de mascarar uma realidade e nós ficamos no prejuízo.

          É claro que a economia anda mal no País. Porém, a realidade de Santa Catarina é melhor do que a dos demais estados. E, se o governo consome um percentual elevado de seus recursos para o pagamento da folha do funcionalismo, é porque há secretarias em que o nível salarial é elevadíssimo. Também há o empreguismo, que bem sabemos como funciona. Muitas gente poderia ser dispensada, uma vez que nem efetivos são. E isso não acontece apenas em nosso Estado, mas também nos demais.

          Então, causa-me nojo quando ouço pessoas querendo mostrar que defendem a educação e os professores, quando é perceptível que o que fazem é somente o proselitismo.

          De qualquer forma, desejo muita saúde e entusiasmo a todos os colegas que abraçaram a causa do magistério e que contribuem, efetivamente, pelo crescimento moral e intelectual das pessoas, e o desenvolvimento das cidades, estados e País.

           Também cabe boa parte da culpa ao nosso SINTE, o sindicato que nos deveria defender... mas que, pelo radicalismo, não consegue negociar. Sei que muitos de nossos representantes não pensam como as lideranças em nível estadual, mas eles são votos vencidos nas assembleias.

          Hoje, decepcionei-me por causa do pouco caso que é dado ao PROFESSOR. Busquei, em todos os portais a que costumo acessar, mas nada vi sobre o Dia do Professor. Então, fui pelo google e percebi que o jornalista Moacir Pereira, da RBS, escreveu sobre o projeto de eleição para Diretor de Escola que o governador Raimundo Colombo estará entregando à Assembleia Legislativa às 10 horas deste dia. Mas nenhuma referência positiva à questão de nosso Plano de Carreira ou de qualquer ajuste para o professor. Dali, extraí e posto aqui o comentário de um leitor:
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Mauri Daniel Marutti ·

E aí desgovernador gastou tutano durante três anos e escolheu esta data para apresentar esta proposta requentada? Quando nada produzimos o resultado é esta nota. Alguém acredita que esta eleição / indicação será isenta e livre de vícios políticos partidários? Senhor desgovernador o que corrompe a relação educando professor é a forma como este desgoverno trata a educação; os desvios efetuados; a não aplicação de recursos garantidos pela CF; a não aplicação do piso linearmente na carreira do magistério; a destruição do plano de cargos e salários; o abandono da infraestrutura das escolas; e as constantes notas tentando justificar a inoperância governamental através da aplicação do suposto piso. Quanto aos centros partidários e confrontos ideológicos, o que seus diretores faziam e fazem até o momento é o quê? A isto chamamos de hipocrisia."
          Comungo do comentarista, sou altamente a favor da democracia nas escolas, em 1984 fui presidente da Comissão Regional da Democratização da Educação.
         E registro meu descontentamento e minha decepção pela maneira como a EDUCAÇÃO e os PROFESSORES vêm sendo tratados em Santa Catarina, no País e em muitos dos municípios brasileiros.
Euclides Riquetti
15-10-2015

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