Agora, é só conferir para ver o que deu certo e o que deu errado:
Quem vai subir a rampa do Palácio do Planalto em
2019?
2019?
Com a redução do período para campanha eleitoral nestas eleições, em nível estadual e federal, as datas das convenções foram postergadas em relação às dos pleitos anteriores. E isso contribuiu para um quadro maior de incertezas para o eleitor e para os próprios candidatos.
O cenário se pinta com pelo menos duas dezenas de candidatos, bem ao modo da confusa e conveniente Legislação Eleitoral Brasileira, que tentam aperfeiçoar mas não conseguem. O número exagerado de partidos, as negociações e as negociatas, as candidaturas oportunistas e pouco consistentes em nada ajudam o eleitor a se definir. Pior que isso, nem os próprios candidatos conseguem ter um planejamento de campanha razoável.
Em meio a tudo isso, meia dúzia de pessoas aparecem com condições de ocuparem espaços nos noticiários. Alguns alvos de aplausos, mas todos com muito telhado de vidro. E dificuldade para justificar-se perante o eleitor, que mais do que nunca está atento sobre o que é noticiado de cada um deles. Há, ainda, a discussão das fake news, um instituto terrível que pode levar o eleitor a decidir sobre a quem dirigir seu voto e, em consequência, eleger este ou aquele. Os nomes que poderão estar na pauta, ao meu ver, são poucos:
- Jair Bolsonaro já é o mais discutido. Há os que o defendem, ferrenhamente, e os que o criticam ferozmente. Tem uma linha bem definida, dos candidatos conhecidos é o que tem maior capital eleitoral pessoal, embora em partido com pouca consistência;
- Ciro Gomes, com boa experiência política, é oportunista, namora, ao mesmo tempo, com a esquerda e com a direita, na qual tem origem. Está de olho no voto dos petistas e aproveitando que o PT insiste em ter Lula como candidato, o que é improvável acontecer porque, mesmo que venha a sair da cadeia, terá as implicações da ficha suja, das quais não se livrará. A demora na indefinição petista, favorecerá Ciro e Marina Silva.
- Marina Silva, vai continuar aparecendo bem nas pesquisas eleitorais, tem muitos fãs, mas é frágil, seus discursos não conseguem se sustentar, e pode ser facilmente desmontada pelos adversários, como Dilma fez com ela nas últimas eleições. Vive a utopia, enquanto outros viverão o pragmatismo eleitoral.
- Geraldo Alckmin, seria o candidato mais experiente, pois governar São Paulo não é muito diferente do que governar o Brasil. Certamente que terá o apoio do Palácio do Planalto, pois o PMDB não conseguiu colocar para o eleitor alguém palatável. A população quer ver Temer e Meireles pelas costas. Aliás, a vida de Temer será um inferno, depois que deixar o comando do País, por causa de seus processos tenebrosos dos quais terá que se defender. Será o sucessor dos incômodos de Lula, com uma acentuada tendência de sofrer as mesmas consequências que o petista sofreu até agora. A candidatura de Alckmin tenderá a crescer, pois o centrão se agarrará nele. O PMDB é o partido com maior capilaridade, mas só consegue chegar à Presidência quando um vice, filiado seu, chega ao poder circunstancialmente, como foi com José Sarney, Itamar Franco e Michel Temer.
- Álvaro Dias, candidato com poucas chances, pois não conseguirá reunir, em torno dele, uma coligação consistente. Conhece administração e parlamento, mas a única chance de se fortalecer seria de tivesse o apoio do centrão, mas não consegue ter liderança suficiente para angariar adeptos;
- Fernando Hadad, herdaria, facilmente, os votos de Lula, o único político com alta capacidade de transferência de votos no momento. Tem contra si o desgaste do PT por causa das denúncias de corrupção que envolve seus dirigentes.
- Os demais, são apenas bagrinhos, que não vão conseguir nadar e morrerão afogados em seu próprio habitat político.Julho está chegando, terminará a Copa do Mundo de Futebol e, aí sim, as nuvens da política começarão a se dissipar.Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC
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