A propaganda
gratuita no rádio e na televisão mostram um desnecessário e vergonhoso jogo de
informações desprovido de verdades. As vinhetas, principalmente, poderiam ser
dispensadas. Os horários para propaganda política também. Só com a cobertura
que os noticiários dão às campanhas dos candidatos já temos as informações de
que precisamos. Não precisamos de tanta porcaria a nos molestar os olhos e os
ouvidos.
O desespero da
equipe de promoção de Fernando Haddad fez com que retirassem a cor vermelha que
costumavam realçar as imagens do candidato na TV. Também retiraram as imagens
de Lula. O PT errou em insistir no Lula como candidato. Perderam tempo precioso
que poderia ter sido usado para promover melhor aquele que sabiam, desde 7 de
abril, que seria o candidato representando o Partido ao cargo de Presidente da
República. E demoraram também para o seu “mea culpa”. Quando a vaca mostrou-se
atolada no brejo, os responsáveis pelo partido passaram a propor mudanças na
campanha, mas isso deu-se tarde demais.
Só uma hecatombe
caída sobre a cabeça do capitão reformado do Exército Brasileiro, Jair Messias
Bolsonaro, poderia mudar os rumos do pleito e seu resultado, que, ao que tudo
indica, dará ao capitão uma vitória esmagadora. O antipetismo está consagrado e
agora estão aparecendo os oportunistas que querem aproximar-se de Bolsonaro
para surfarem em sua onda. Mesmo algumas falas inadequadas do candidato a Vice,
o general Mourão, conseguem prejudicar a campanha.
Enquanto
Bolsonaro melhorou muito sua maneira de comunicar-se, passando a ter um
discurso mais moderado, Haddad mostra certo abatimento. Navegar contra o
tsunami que veio chegando, é muito difícil para ele. O PT é um fardo pesado, no
momento.
Em menos de dez
dias saberemos o resultado das urnas e começarão as especulações sobre quem
ocupará os ministérios do presidente eleito. E, no próximo ano, quando
deputados e senadores chegarem em Brasília, veremos muitas caras novas e não
teremos mais o desprazer de ver aquelas figuras jurássicas manjadas ocupando os
noticiários. Vê-los-emos, sim, quando estiverem nas manchetes dos escândalos de
corrupção e desvios de dinheiro público para si e para seus apaniguados. Não
mais engravatados na Capital Federal.
É possível que a
onda do momento se prolongue até o pleito de 2020, quando teremos as eleições
para prefeitos e vereadores. Um pleito municipal é bem diferente do que do de
nível federal ou estadual, onde a internet, hoje, tem papel preponderante. Nas
cidades pequenas, principalmente, o que conta, é a capacidade de os candidatos
manterem contato pessoal com seus eleitores, não a comunicação virtual. E ainda
é cedo para se avaliar o quanto a força da mudança verificada neste ano
influenciará a eleição daqui a dois anos. As urnas nos trazem grandes e
inesquecíveis lições. Observar o que é realidade e o que é ilusão, o que é
força ou fraqueza na política, ler, com uma antecedência razoável, as
tendências dos eleitores em cada cidade, para não se passar por surpresas
desagradáveis.
As urnas deram aos candidatos valiosos
ensinamentos. Que os futuros candidatos espelhem-se na realidade de 2018 para
não terem decepções ou serem banidos da política já em 2020.
Euclides Riquetti – Escritor – membro da
ALB/SC www.blogdoriquetti.blogspot.com
Para mim as urnas representam antes de tudo, aquilo que o sistema , de propósito, plantou na mente dos cidadãos.
ResponderExcluirO observador mais atento não se empolga com tudo aquilo que aconteceu e acontecerá se lembrar das maquinações da mídia nos últimos anos: O Jornal Nacional, só para citar um exemplo, com a ajuda diário da Lava Jato, endeusou o mercado e demonizou os políticos e as políticas, especialmente o PT, não se importando no que isso poderia dar (destruição de nossa indústria, das instituições, perdas de direitos, entrega da soberania, desilusão do cidadão...). Quer dizer, para matar os ratos queimaram o paiol, Essa turma, com o apoio irrestrito do STF e das Forças Armadas produziu o monstro que está aí, para a alegria dos incautos.
Para aqueles que quiserem melhor entender aquilo que estou dizendo recomendo a leitura, no GGN - "Bolsonaro e os eleitores lêmingues, por Erick Layser,