No outono bravio, sinfonizam-se os acordes do vento
Maestrados pela orquestra sincrônica do universo
Sinaliza-se a vinda de um inverno frio e perverso
Com nuvens cinzentas redesenhando o firmamento...
Pois que venham as gélidas noites e as manhãs geadas
Em que os corpos se refugiarão nos mantos ou vinhos
Em que outros se encostarão em seus pares quentinhos
Em que se perderão como se fossem almas alinhadas.
E, que depois da inconstância do inverno, a primavera
Nos traga a beleza natural das flores em cada florir
Nos traga os perfumes e aromas de seu afável sorrir
Enquanto planto meus sonhos e alimento quimeras.
Para que, quando, novamente, o alto do verão chegar
E o sol morenar o seu corpo divinamente gracioso
Pudermos nos abraçar e trocarmos o beijo delicioso
Possamos, alegremente, nos amar, sonhar, viver, amar!
Euclides Riquetti
22-05-2016
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