sábado, 14 de setembro de 2024

O Brasil que queima, tem culpados?

 



       A situação de artistas, jornalistas, políticos, ambientalistas e outros que se dizem amantes da natureza está em cheque! Quem defende a natureza,  tem que defender em todos os momentos e em todas as circunstâncias. Não pode ter tendencioso nem de  esquerda e nem de direita. Tem que ser sensato e justo. O resto é pura balela.

       Não os esqueçamos que não foi o Brasil que montou os chaminés na Revolução Industrial da Europa, nem nós que fabricamos todos aqueles carros que poluíram a atmosfera queimando petróleo, o combustível fóssil mais atacado, mas nunca deixado de lado. Agora, precisamos de inteligência, bons exemplos, conhecimento e bom senso para salvar nossas terras, águas, ar, e nossas vidas. Então, menos política, menos falação e mais ação planejada!

       Os pantaneiros conhecem bem a situação do Pantanal Matogrossense. O agricultor sabe dos riscos que tem para sua propriedade se efetuar queimadas em tempos de estiagem e altas temperaturas. A Polícia Ambiental sabe de quantos e quais equipamentos precisa para combater os focos de incêndio. E os governos Federal, Estaduais e Municipais sabem  que precisam trabalhar unidos e ter um planejamento que contemple a prevenção e outro que cuide do combate ao fogo.

       Quando você assiste vídeos e reportagens do alastramento dos incêndios, você consegue facilmente fazer a leitura do que está acontecendo. Quando ouve ou jornalista daqueles que nunca sai da sala com ar condicionado emitindo sua opinião carente de base, então você constata que cada um defende sua narrativa, seu interesse político, ou o que quer que seja. E   vê lá uma área de milhares de hectares sendo dizimada pelas chamas. E as reservas legais, aquele percentual de terras pouco ajudando. É certo  que, se as grandes fazendas tivessem suas áreas divididas em partes, e cada uma dessas fosse contemplada com um cinturão verde (vegetal), seria bem mais fácil impedir o avanço do fogo, apenas com o lançamento de água sobre as faixas de vegetação. Que, se ao longo das rodovias, houvesse uma faixa de 100 metros dessa vegetação, entre a área de domínio rodoviário e a de cultivo, os riscos diminuiriam em muito. E, se você conversar com os que moram lá na Amazônia,  aprenderia um monte de coisas que seriam efetivamente úteis.

       Infelizmente, as narrativas têm sido muitas, mas a ação séria está .longe de acontecer! Vejam que não falei de dinheiro. Melhor usar a inteligência do que reclamar por dinheiro, que nem sempre é a solução para tudo.

       Minha opção  política e minha liberdade de opinião   Na semana, um cidadão ousou me dizer  que eu teria vínculo com um politico da cidade. Está muito enganado! . Não preciso da política, nem de cargos, leio muito sobre política, economia, gestão pública, cultura, turismo, educação,  sou  razoavelmente informado, nunca aprendo o suficiente, tenho um pouco de experiência. Não preciso de emprego e tenho a vida planejada e organizada, portanto luto pela  minha independência, voto em quem eu quero, não preciso de nenhum pretenso influenciador ou cabo eleitoral de candidatos.

       Nestas eleições municipais, estou acompanhando  a política em algumas cidades. Em Joaçaba, as campanhas estão como iniciaram. Sartori mostra as estradas bem cascalhadas, as pontes de alvenaria que foram feitas e as ruas asfaltadas. Gabriel procura passar sua jovialidade e segue alinhado aos propósitos do PSB e do PT. Pedrini apresenta-se como o político da nova geração, com ideias de inovação. Tenho conversado com candidatos à Câmara e lhes dito que em alguns segmentos vale usar as redes sociais e isso é adequado para os jovens. Pessoas maduras precisam gastar as solas dos sapatos. Pessoas de meia idade ou os já no mercado de trabalho, a sola e a internet. Claro que o currículo do candidato, suas ideias e sua folha de serviços para a comunidade contam muito. O que não se pode esperar é que, tendo muitos amigos, se obtenha muitos votos. O amigo de um, também é de ourto, e de outro ainda. O colega de um também pode ser de outros. Com quase sete dezenas de candidatos a vereador em Joaçaba, é difícil que o eleitor não conheça ao menos meia dúzia deles. Vai conquistar votos quem for mais competente para fazê-lo. E não tem mais a onda nacional influenciando, como no pleito anterior.

       Perdas importantes que enlutaram Joaçaba nos últimos dias: Maestro Emílio, professora Vivina Gelatti e Vilson Leorato, o Zequinha. O maestro Emílio, com seu conhecimento e competência, dirigiu corais de diversas cidades. Andava quieto em seu canto e o seu falecimento foi lamentado pelas pessoas que o conheceram. A professora aposentada Vivina, que morava aqui perto do Seminário, teve o seu sepultamento em Luzerna com grande presença de amigos e parentes. O “menino” Vilson, também conhecido como Zequinha, foi velado na capela do Cemitério Frei Edgar, onde recebeu belas homenagens, sendo depois trasladado para sua terra natal, Lacerdópolis, onde foi sepultado. A todos os familiares e amigos deles, nossas mais sentidas condolências.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC

Em 12-09-2024

 

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