quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Atrás de uma máscara de negro pano

 


 


Atrás de uma máscara de negro pano 


Voltou o meu sorriso que já desaparecera

E agora eu me sinto um homem reanimado

Desfruto, eufórico, das tardes prazenteiras

É difícil dimensionar o sorriso recuperado.


Olhos felizes, brilho nos dentes, um perfume 

Peito altivo, o corpo firme, a pele morena

Flutuando no ar qual um notívago vagalume

Exalando os discretos odores de alfazema.


Mas meu sorriso agora se intimida, se limita

Esconde-se atrás de uma máscara de negro pano

Por medo de um mal oculto, que ameaça a vida.


Não se têm prazos, já não se sabe sobre o futuro

Como assim já tem sido nos dois últimos anos

Quero poder andar livre, respirar o ar mais puro!


Euclides Riquetti

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